Inflação terá abrandado de 7,4% em março para 5,7% em abril
Taxa de inflação homóloga abrandou de 7,4% em março para 5,7% em abril. Este é já o sexto mês em que a subida de preços desacelera.
A inflação em Portugal voltou a abrandar em abril, para 5,7%, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira.
Será o sexto mês em que a subida de preços desacelera, ainda que se deva considerar que a comparação é feita com abril do ano passado, em que a inflação disparou por causa da guerra. A taxa de 5,7% em abril compara com os 7,4% registados no mês anterior. É uma queda de 1,73 pontos percentuais, a maior desde janeiro de 2013 (em que a taxa de inflação se reduziu em 1,75 pontos percentuais).
“Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em abril de 2022″, nota o INE.
O indicador de inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis como os produtos alimentares não transformados e energéticos, terá também desacelerado, ao registar uma variação de 6,6% (7% no mês precedente).
O abrandamento da inflação muito se deve à queda nos preços da energia, sendo que o índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -12,7% (taxa inferior em 8,3 p.p. face ao mês precedente).
São os preços da alimentação que continuam bastante elevados, mas, mesmo assim, “o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 14,1% (19,3% em março)”, segundo indica o INE.
É de notar que ainda não é possível verificar os efeitos do IVA Zero nestes dados, já que “a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”. Como alerta o INE, os “eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no IPC em maio”.
Foi a 18 de abril que entrou em vigor a medida do Governo para isentar de IVA a um cabaz de mais de 40 alimentos essenciais para fazer face ao aumento dos preços.
O INE refere ainda que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, indicador utilizado para as comparações europeias, terá registado uma variação homóloga de 6,9% (8,0% no mês precedente).
(Notícia atualizada às 11h40)
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