TAP regista prejuízo de 57,4 milhões no primeiro trimestre

Depois dos lucros de 2022, a companhia aérea voltou aos resultados negativos nos primeiros três meses deste ano. Receitas aumentaram.

A TAP voltou aos resultados líquidos negativos. A companhia aérea registou um prejuízo de 57,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, ainda assim um desempenho melhor do que o conseguido no mesmo período do ano anterior. A atividade da transportadora cresceu, com as receitas a crescerem 70,4%.

A companhia movimentou 3,51 milhões de passageiros no primeiro trimestre, um aumento de 67% face ao período homólogo, com reflexo nas receitas de passagens que cresceram 78,7% para os 737,6 milhões. A Manutenção e a Carga e Correio também tiveram melhorias significativas, contribuindo para o aumento de 70,4% nos rendimentos operacionais para os 835,9 milhões de euros.

“O primeiro trimestre de 2023 mostrou uma continuidade do crescimento da procura, fazendo com que a TAP transportasse, pela primeira vez num trimestre pós-crise, mais passageiros do que em 2019“, afirmou o novo CEO, Luís Rodrigues, citado no comunicado da empresa.

Os gastos operacionais também tiveram um aumento expressivo, para os 852,2 milhões, superando em 54,2% as despesas dos primeiros três meses de 2022. A TAP atribuiu esta evolução sobretudo ao aumento da atividade operacional, com os gastos para combustível a subirem 109,6% e os custos com pessoal 52,6%.

A penalizar esta rubrica está também o aumento nas depreciações, amortizações e perdas por imparidade, que aumentaram 8,4% para 130,3 milhões.

Com os gastos a ultrapassarem as receitas, o resultado operacional foi negativo em 16,3 milhões, ainda assim uma melhoria face aos 62 milhões contabilizados no período homólogo.

O resultado líquido cifrou-se em 57,4 milhões de euros negativos, também uma evolução positiva em relação aos 121,6 milhões do ano anterior.

A TAP apresentou neste trimestre, um forte desempenho operacional e financeiro, apesar do aumento dos custos e dos desafios operacionais. Enfrentar esses desafios às portas do verão é o caminho no qual temos de nos concentrar.

Luís Rodrigues

CEO da TAP

“A TAP apresentou neste trimestre um forte desempenho operacional e financeiro, apesar do aumento dos custos e dos desafios operacionais. Enfrentar esses desafios às portas do verão é o caminho no qual temos de nos concentrar”, disse também Luís Rodrigues.

Retirando os encargos com juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), o resultado foi positivo em 113,8 milhões, uma melhoria de 96% face ao período de janeiro a março de 2022. A margem EBITDA subiu para 13,6%.

A dívida financeira líquida da TAP aumentou 12,1% entre dezembro e o final de março, passando para 787,1 milhões.

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