Euribor caem pela terceira sessão consecutiva em todos os prazos
Esta quinta-feira, as taxas Euribor desceram em todos os prazos: a três meses para 3,462%, a seis meses para 3,721% e a 12 meses para 3,875%.
As taxas Euribor a três, seis e 12 meses voltaram esta quinta-feira a descer, pela terceira sessão consecutiva, depois de terem iniciado a semana em máximos desde novembro de 2008.
Apesar desta inversão de tendência nas últimas três sessões, as taxas médias de maio continuaram a subir nos três prazos, mas a um ritmo mais lento do que em abril, principalmente nos dois prazos mais curtos.
- A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta quinta-feira, pela terceira sessão consecutiva, para 3,875%, menos 0,064 pontos, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
- No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também recuou esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,721%, menos 0,025 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado em 29 de maio. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
- No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,462%, menos 0,001 pontos, depois de ter subido em 29 de maio até 3,483%, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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