Comissão Europeia equaciona forçar exclusão da Huawei das redes 5G
Ramo executivo da União Europeia está preocupado com a baixa adoção das recomendações sobre fornecedores de "alto risco" nas partes críticas das redes 5G e admite tornar as medidas obrigatórias.
A Comissão Europeia pode vir a obrigar os Estados-membros a proibirem o recurso a fornecedores de alto risco no desenvolvimento das redes 5G.
O Financial Times noticia esta quarta-feira que a medida esta a ser analisada porque só um terço dos países da União Europeia (UE) já impediu o uso de tecnologia de marcas como a Huawei das partes mais críticas das redes. O jornal britânico cita “responsáveis com conhecimento das discussões” em curso.
A Huawei é um fornecedor chinês de tecnologia que os EUA acreditam ser um veículo de espionagem ao serviço de Pequim. Acusações que também têm tido eco na Europa, mas que a empresa sempre negou com veemência.
Em 2020, a UE acordou um conjunto de recomendações, a que chamou “5G Toolbox”, no sentido da exclusão de fabricantes considerados de “alto risco” do núcleo das redes 5G. No final de maio, o Estado português tornou pública uma deliberação que, na prática, conduz à exclusão de fabricantes como a Huawei do núcleo do 5G e das partes periféricas das redes, apanhando o setor de surpresa.
Ainda assim, a notícia do Financial Times refere ser “improvável” que a Comissão force os Estados-membros a tomarem medidas durante o seu atual mandato, que termina na reta final de 2024.
O ECO tem vindo a questionar a Comissão Europeia sobre os fornecedores de “alto risco” nas redes 5G e a recente decisão portuguesa. Ainda não obteve qualquer resposta.
Depois de conhecida a deliberação de Portugal, emitida por um organismo integrado no Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, a vice-presidente da Comissão Europeia Margrethe Vestager elogiou o país no Twitter. “Felicito o conselho de cibersegurança de Portugal pela decisão ponderada de implementar a Toolbox de segurança do 5G da UE. As ameaças não têm lugar e não impedirão a Europa de tomar medidas legítimas para proteger as suas infraestruturas críticas”, escreveu na rede social.
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