Balanços ucraniano e russo das inundações da barragem de Kakhovka totalizam 13 mortos
Desde o rebentamento da barragem de Kakhovka, na terça-feira, as autoridades ucranianas retiraram 2.400 pessoas das áreas afetadas pelas inundações. Rússia e Ucrânia trocam acusações.
As inundações no sul da Ucrânia causadas pelo rebentamento da barragem de Kakhovka terão provocado já 13 mortos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelas autoridades ucranianas e russas.
O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, anunciou a morte de cinco pessoas na parte da região de Kherson controlada pela Ucrânia, enquanto o chefe da zona ocupada pela Rússia, Vladimir Saldo, reportou oito mortos.
Tanto Klymenko como Saldo anunciaram os balanços provisórios das inundações nas respetivas contas na rede social Telegram, segundo a agência francesa AFP.
O ministro ucraniano disse também que 13 pessoas foram dadas como desaparecidas e que 48 localidades estão inundadas, incluindo 14 em áreas sob ocupação russa.
Desde o rebentamento da barragem, na terça-feira, as autoridades ucranianas retiraram 2.400 pessoas das áreas afetadas pelas inundações, segundo Klymenko.
O responsável pela parte da região de Kherson sob ocupação russa disse que mais de 22.700 casas em 17 localidades estavam inundadas.
“De acordo com as previsões, a subida das águas pode durar mais 10 dias”, afirmou.
Saldo disse que 5.800 pessoas foram retiradas desde terça-feira, das áreas inundadas sob ocupação russa, e quatro mil pessoas estão ameaçadas pela falta de água potável.
Acusou ainda o exército ucraniano de bombardear a região, “o que está a dificultar o trabalho das equipas de salvamento”.
A Rússia bombardeou a cidade de Kherson e a parte da região sob controlo ucraniano, segundo jornalistas da AFP presentes no local.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição da barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950.
A barragem foi capturada pelas forças russas pouco depois de terem invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Posteriormente, a Ucrânia recuperou a cidade de Kherson, na margem direita do Dniepre, mas a sul, na margem esquerda do rio, o controlo continua nas mãos das tropas russas.
A Ucrânia acusou as forças russas de terem destruído a barragem para travar uma contraofensiva e a Rússia atribuiu o incidente a bombardeamentos ucranianos.
Nenhuma fonte independente conseguiu ainda dizer o que causou o rebentamento da barragem, que se encontra na zona ocupada pela Rússia.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que visitou a região de Kherson na quinta-feira, afirmou hoje que centenas de milhares de pessoas estão a ter dificuldade em aceder a água potável.
“Para centenas de milhares de pessoas em muitas cidades e aldeias, o acesso à água potável está seriamente dificultado”, lamentou Zelensky, também no Telegram, citado pela AFP.
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