Crédito de 500 milhões para projetos verdes tem foco em Portugal e Espanha

Acordo entre o BEI e Bankinter, envolvendo empréstimos de 500 milhões de euros para o financiamento de projetos verdes, prevê que metade dos projetos financiados se localizem em Portugal e Espanha.

Projetos verdes levados a cabo por pequenas e médias empresas (PME), pelas chamadas midcaps ou até por indivíduos poderão recorrer a empréstimos junto do Bankinter que, com o apoio do Banco Europeu de Investimento, disponibiliza 500 milhões de euros. Portugal e Espanha têm direito a 50% do “bolo” total.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) subscreveu uma dívida de 250 milhões de euros do Bankinter, numa operação que permitirá a este banco mobilizar até 500 milhões de euros em empréstimos, anunciam estas instituições esta segunda-feira.

Uma proporção significativa dos projetos (50%) deverão localizar-se nas regiões europeias de coesão, em Espanha e Portugal” — isto é, regiões com um produto interno bruto per capita abaixo da média da União Europeia (UE) — de forma a promover um “crescimento equitativo”.

Na visão do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Ricardo Mourinho Félix, as pequenas e médias empresas são “essenciais” para criar riqueza e emprego nas economias portuguesa e espanhola. A CEO do Bankinter, María Dolores Dancausa, espera que estes fundos permitam às empresas melhorar a sua eficiência energética e transitar para modelos de negócio mais sustentáveis.

20% dos fundos destinam-se a suportar investimentos na eficiência energética, assinala ainda em comunicado enviado à imprensa. “As melhorias ao nível da eficiência energética vão focar-se na construção de edifícios ‘quase-zero’ em termos de energia [com alto desempenho energético] e na renovação do parque existente”, lê-se na nota.

Projetos apresentados por indivíduos, associações de moradores e promotores imobiliários são igualmente elegíveis para este financiamento, sendo que instalações fotovoltaicas para edifícios residenciais também estão cobertas por estes fundos.

Pretende-se que os projetos financiados estejam alinhados com os objetivos do programa europeu RepowerEU, o qual visa eliminar a dependência energética da Europa perante os combustíveis fósseis que importa.

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Oeiras vai tentar vender antigos terrenos da Petroquímica pela quinta vez

  • Ana Petronilho
  • 26 Junho 2023

Desde setembro de 2022 que autarquia tenta vender os terrenos com uma área de 20 mil metros quadrados e onde pode ser construídos um aparthotel, escritórios e habitação. Valor desce dois milhões.

A hasta pública da Câmara de Oeiras para vender os terrenos onde funcionava a antiga Companhia Nacional de Petroquímica voltou a ficar deserta, sem qualquer proposta apresentada. Desta forma, a autarquia liderada por Isaltino Morais vai, pela quinta vez, tentar vender os terrenos, mas com ajustes no valor e na afetação para construção.

Ainda sem data para a próxima sessão de hasta pública, a autarquia adiantou ao ECO que o novo valor base para o imóvel vai descer cerca de dois milhões de euros, passando do valor inicial fixado em 14,52 milhões de euros para cerca de 12,69 milhões. Mas o maior ajuste no valor do terreno aconteceu na anterior hasta pública quando passou de 14,52 milhões para 12,43 milhões. A licitação verbal deverá manter o valor de lance mínimo nos 100 mil euros.

Além disso, a câmara decidiu fazer ajustes para uma “aferição mais racional das áreas brutas a afetar aos usos previstos”, reforçando com mil metros quadrados a área para a construção de habitação coletiva, com as áreas destinadas aos serviços e ao aparthotel a encolher 500 metros quadrados em cada uma. Estas alterações ao projeto ainda vão ser aprovadas pela autarquia, antes da realização da quinta hasta pública.

A afetação dos terrenos será um dos principais travões à venda dos terrenos, apurou o ECO.

Os terrenos onde funcionava a antiga Companhia Nacional de Petroquímica foram, pela primeira vez, a hasta pública a 6 de setembro de 2022, quando foram realizadas duas sessões que ficaram desertas. A autarquia decidiu fazer uma terceira tentativa de venda dos terrenos a 19 de outubro, mas sem sucesso. O mesmo aconteceu na quarta hasta pública, realizada a 25 de maio deste ano.

Com a venda dos terrenos, a Câmara de Oeiras diz ao ECO que quer “acrescentar valor a esta zona, promovendo a criação de novos espaços e usos a disponibilizar à população”.

Projeto prevê habitação, comércio e serviços

Localizados na Estrada de Paço de Arcos e com uma área de 20 mil metros quadrados, nos terrenos ainda se encontram edifícios devolutos da antiga Companhia Nacional de Petroquímica e vias internas de acesso “em mau estado de conservação”, sendo o seu futuro “a demolição e total reconversão funcional”.

Ainda foram “ocupados pelos serviços técnicos” da autarquia mas, agora, “o prédio em causa não se encontra arrendado nem apto a ser ocupado”, esclarecer fonte oficial da câmara, acrescentando que “desenvolveu para o local um novo cenário urbanístico multifuncional que prevê a concretização de dois lotes de terreno destinado a serviços, comércio e habitação em conformidade com a qualificação do solo definida em PDM”.

Para a compra dos terrenos, no dia da hasta pública terá de ser pago 10% do valor e os restantes 90% são pagos no dia da escritura, que terá de ser celebrada num prazo de 90 dias, após a adjudicação que resulta do leilão. Todas as despesas legais da compra dos terrenos, como os registos e a escritura, são também suportados pelo adjudicatário.

De acordo com procedimento definido pela Câmara de Oeiras, o adjudicatário tem um prazo de nove meses, a partir da data da escritura, para pedir o licenciamento da operação de loteamento para o imóvel e apresentar todo o projeto de construção, incluindo reordenamento viário exterior.

A demolição dos edifícios devolutos e as obras dos novos imóveis terão de arrancar num prazo máximo de 24 meses, após a assinatura da escritura. Caso os prazos não sejam cumpridos por motivos imputáveis ao adjudicatário, será aplicada uma multa de 0,5% do valor da aquisição dos terrenos, por cada mês de atraso, lê-se no documento da autarquia.

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180 jovens de bairros municipais de Lisboa vão aprender a programar

A formação, com duração de 15 horas, decorre entre 26 e 30 de junho, abrangendo jovens de oito bairros municipais de Lisboa.

Cerca de 200 jovens residentes em oito bairros municipais de Lisboa vão ter acesso gratuito a um curso de programação e robótica, uma iniciativa da Gebalis com a Fun Coders Academy. A formação, com duração de 15 horas, decorre entre 26 e 30 de junho.

“Numa sociedade cada vez mais tecnológica e digitalizada, o domínio de competências nestas áreas é essencial, sobretudo para os jovens de hoje que queremos que venham a ter todas as oportunidades possíveis. No entanto, face à escassez da oferta pública neste âmbito e dados os elevados preços praticados no privado, a Gebalis quis dar uma resposta à comunidade”, diz Gonçalo Sampaio, administrador da Gebalis, ao Trabalho by ECO.

“Através desta iniciativa que abrange um total de aproximadamente 180 crianças e jovens residentes em bairros municipais, temos como objetivo fundamental alavancar um processo de integração e inclusão social junto da população mais jovem, dotando-a de conhecimentos, ferramentas e dinâmicas que poderão oferecer horizontes mais alargados ao longo da vida pessoal e profissional”, acrescenta o administrador da entidade gestora dos bairros municipais.

A Gebalis tem 66 bairros municipais sob gestão, com mais de 60 mil residentes. Esta iniciativa abrange 180 jovens residentes de oito bairros, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Os jovens em idade escolar foram selecionados por 17 instituições que atuam nos bairros em projetos de inclusão e integração social.

Ao todo serão constituídas 20 turmas, com os cursos a decorrer em dois turnos (manhãs e tardes), num total de 15 horas. O último dia irá decorrer o bootcamp final com todos os alunos (na Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa) onde cada turma apresentará o seu pitch.

Promover a inclusão social através do digital, estimular o raciocínio lógico através da linguagem da programação, potenciar a diferenciação dos jovens no mercado de trabalho são alguns dos objetivos desta iniciativa.

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Portuguesa Growappy lança chatbot exclusivamente dedicado à educação

O chatbot é capaz de responder a perguntas sobre modelos de ensino, rotina diária das crianças, dificuldades de aprendizagem ou atividades para crianças com necessidades educativas especiais.

A startup portuguesa Growappy lançou um chatbot especializado na área da educação, capaz de responder a perguntas sobre modelos de ensino, rotina diária das crianças, dificuldades de aprendizagem ou atividades para crianças com necessidades educativas especiais. Os três fundadores, engenheiros informáticos do Instituto Superior Técnico, estão a utilizar o modelo GPT-3.5-Turbo da OpenAI, responsável pelo ChatGPT.

“Estamos a inovar a Growappy e, para isso, reunimos uma equipa de psicólogos, pedagogos, diretores de escolas e especialistas em educação de ensino especial e inclusão”, conta Nuno Gomes, CEO da startup.

“A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa para impulsionar a educação, proporcionando uma gestão mais eficiente e ágil. A introdução da IA na nossa plataforma permite automatizar tarefas morosas em segundos, reduzir erros e oferecer atividades personalizadas de acordo com as necessidades de cada criança. Todas as decisões e respostas fornecidas pela IA podem ser validadas e melhoras por um humano. Neste sentido, estamos a colaborar com especialistas da área da educação e saúde para otimizar esta nova ferramenta”, acrescenta, em comunicado.

O chatbot estará disponível para educadores, professores e pais através da Growappy. Além da da assistente virtual, a plataforma – que é utilizada por centenas de escolas em Portugal, Itália, Venezuela, Angola e Cabo Verde – irá lançar novas funcionalidades recorrendo à inteligência artificial (IA).

As novas funcionalidades irão ajudar os educadores a lidar com as emoções e comportamentos das crianças – como birras, medos, ansiedade, tristeza – através da disponibilização de orientações e sugestões práticas para apoiar o desenvolvimento emocional das crianças. Irão também sugerir atividades a implementar, nas turmas ou de forma personalizada, consoante os objetivos traçados para cada período escolar para melhorar a aprendizagem infantil.

É uma solução que vai descomplicar o dia a dia dos educadores e permitir-lhes ganhar tempo para estimular as competências motoras, psicológicas, emocionais e criativas dos seus alunos.

Nuno Gomes

CEO da Growappy

A solução tecnológica desenvolvida pela empresa portuguesa vai facilitar o preenchimento de relatórios pedagógicos e oferecer recomendações personalizadas com base no histórico de aprendizagem de cada criança.

“É uma solução que vai descomplicar o dia a dia dos educadores e permitir-lhes ganhar tempo para estimular as competências motoras, psicológicas, emocionais e criativas dos seus alunos”, explica Nuno Gomes.

As novas funcionalidades da Growappy foram apresentadas no congresso sobre inovação na educação “O nascer do futuro”, no sábado passado.

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Sertã quer Rota da Estrada Nacional 2 com reconhecimento municipal

  • Lusa
  • 26 Junho 2023

Câmara da Sertã quer que a Rota da Estrada Nacional (EN) 2 seja reconhecida como projeto de interesse municipal, visando a reivindicação dos apoios necessários à sua dinamização turística.

“A Sertã encontra-se precisamente a meio da Rota da Estrada Nacional (EN) 2, com 17 municípios acima e 17 municípios abaixo, sendo evidente para todos o contributo que esta via tem dado ao desenvolvimento económico. Basta parar nos restaurantes e cafés à beira da EN2 para perceber o impacto que tem”, começa por afirmar o presidente do município da sertã, Carlos Miranda.

Na última reunião do executivo camarário, esteve em análise a proposta de reconhecimento da Rota da EN2 como projeto de interesse municipal que foi aprovada por unanimidade, e segue agora para apreciação e deliberação em Assembleia Municipal.

Segundo a autarquia, esta proposta decorre da iniciativa da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (AMREN2), que encaminhou um pedido aos municípios integrantes, onde se inclui a Sertã, no sentido de os incentivar a reconhecer publicamente o projeto, conferindo-lhe “uma aura de convergência, sintonia e importância”.

“A proposta de reconhecimento de interesse municipal tem como objetivo dar mais força para reivindicar os apoios necessários para conseguirmos dinamizar cada vez mais este grande projeto turístico que atravessa Portugal”, frisou o autarca. Assim como “dar força à associação para, junto das entidades competentes, Ministério da Coesão Territorial, CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], entre outras entidades”, completa.

A proposta de reconhecimento de interesse municipal tem como objetivo dar mais força para reivindicar os apoios necessários para conseguirmos dinamizar cada vez mais este grande projeto turístico que atravessa Portugal.

Carlos Miranda

Presidente da Câmara Municipal da Sertã

A EN2 é a estrada portuguesa mais extensa, ligando Chaves a Faro, num trajeto de 739,26 quilómetros. É a única na Europa e a terceira no mundo (a seguir à Route 66, nos Estados Unidos e à Ruta 40, da Argentina), que atravessa um país em toda a sua longitude.

“É percorrida a caminhar, a correr, de bicicleta, de mota, de carro ou de autocaravana, traduzindo-se numa excelente forma de descobrir o interior de Portugal e o concelho da Sertã, explorando a cultura, as paisagens naturais, a gastronomia, as tradições e produtos endógenos, sendo amplamente reconhecido o impacto positivo nos mais diversos setores e agentes concelhios”, realça a autarquia.

Em 2022, no Posto de Turismo da Sertã, junto à EN2, foram recebidos mais de nove mil visitantes, sendo que a maioria se encontrava a percorrer esta estrada.

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Mota-Engil fecha contratos de 650 milhões de euros em África

Construtora assina acordos para movimentação de terras na Guiné-Conacri, para a concessão de duas autoestradas na Nigéria e outros mais pequenos em Angola, Moçambique, Ruanda e Costa do Marfim.

A Mota-Engil fechou novos contratos na região de África num valor total de cerca de 650 milhões de euros. Entre os acordos celebrados, a construtora destaca um relativo à movimentação de terras na Guiné-Conacri, com a Rio Tinto Iron Ore Atlantic Ltd, no valor de cerca de 280 milhões de euros.

Segundo a informação enviada à CMVM, a empresa liderada por Carlos Mota Santos assinou ainda na Nigéria, com o Federal Ministry of Works and Housing, dois contratos de concessão de duas autoestradas com uma duração de 25 anos. O contrato foi fechado através de um consórcio formado pela Mota-Engil (49%) e pela AFC – Africa Finance Corporation (51%).

Ainda no continente africano, de acordo com a mesma nota publicada esta segunda-feira, a construtora portuguesa adjudicou outros contratos de menor dimensão em Angola, Moçambique, Ruanda e Costa do Marfim, num total de cerca de 130 milhões de euros, informou em comunicado.

Carlos Mota Santos, CEO da Mota-Engil

Relativamente ao contrato com a Rio Tinto na Guiné-Conacri, a Mota-Engil esclarece que este “está associado ao projeto Simandou, o qual se encontra localizado na região sul da Guiné, a aproximadamente 650 km de Conacri”. Os trabalhos incluem a “movimentação de terras inicial para estabelecimento de acessos e para as futuras instalações industriais de uma mina, bem como bacias de sedimentação, vazadouros e a implementação de medidas de controlo de erosão”. O início do projeto está previsto para setembro de 2023 e deverá durar 30 meses, acrescenta.

Já na Nigéria, o contrato de concessão das duas autoestradas compreende as ligações “Lagos – Badagry – Seme” e “Shagamu – Benin”, com uma extensão de 79 km e 258 km respetivamente. Estas vias ligam “a cidade de Lagos ao centro e sudoeste do país, assim como, a cidade de Lagos à fronteira do Benim”, informa a construtora portuguesa. A Mota-Engil refere ainda que os contratos de concessão preveem “a conversão de duas atuais estradas em autoestradas, bem como o desenho, financiamento, construção / reabilitação, operação e manutenção das mesmas”, num investimento inicial que irá rondar os 240 milhões de euros (ou cerca de 260 milhões de dólares).

A construtora portuguesa garante que, com estas adjudicações, o grupo “continua a reforçar a sua carteira de encomendas no continente africano com contratos relevantes de médio prazo”, bem como a reforçar a sua presença em “mercados core e na área concessional”.

Há três semanas o grupo português tinha anunciado o fecho de novos contratos em vários países da América Latina, como o Brasil, México e Peru, no valor de 890 milhões de euros. O objetivo dos contratos, esclareceu na altura, era “alargar, em dimensão e rentabilidade, a presença nesses mercados”, estando incluído um contrato para serviços de manutenção offshore no Brasil com um consórcio detido, maioritariamente, pela Petrobras.

O grupo Mota-Engil obteve um lucro de 41 milhões de euros em 2022, o que representa um aumento de 69% face ao período homólogo, segundo números divulgados em março. A influenciar estes resultados esteve um período marcado pelo crescimento de 47% da atividade, elevando a faturação para um “patamar inédito” de 3,8 mil milhões de euros, um valor que só estava previsto ser alcançado “no Plano Estratégico em vigor apenas em 2026”.

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Portugal teve o maior aumento dos preços agrícolas na UE no primeiro trimestre

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Junho 2023

Entre janeiro e março, os preços dos produtos agrícolas em Portugal aumentaram 33%, bem acima da subida média da UE (17%). Situação de seca levou a uma redução da produção e ao impulso nos preços.

Os preços dos produtos agrícolas na União Europeia (UE) aumentaram, em média, 17% no primeiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2022, mas abrandaram em comparação com o trimestre anterior, quando se registou uma subida homóloga de 26%, revelam os dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat. Tratou-se da evolução mais lenta desde o início da invasão russa à Ucrânia.

Entre janeiro e março, os preços dos produtos agrícolas no seu conjunto (produção) tiveram os maiores crescimentos em Portugal e Espanha (ambos 33%), o que, de acordo com o serviço estatístico europeu, se deve à situação de seca na Península Ibérica ao longo deste ano. Conduziu a uma redução da produção, dando assim “um novo impulso aos aumentos de preços”. Apenas a Lituânia registou uma descida dos preços (-2%) neste período.

Em Portugal, os preços dos ovos subiram 62,6%, enquanto o arroz e a carne de porco tiveram aumentos, respetivamente, de 68,4% e 60,6% no primeiro trimestre de 2023. Já no espaço comunitário, em destaque estiveram igualmente as progressões nos ovos (60%), no arroz (51%) e nas azeitonas e na carne de porco (ambos 49%).

Ao nível do preço médio dos bens e serviços consumidos na agricultura (ou seja, fatores de produção não relacionados com o investimento) observou-se uma subida homóloga de 11% nos primeiros três meses de 2023, desacelerando face ao trimestre anterior (27%).

As taxas de aumento mais acentuadas do preço médio dos fatores de produção não relacionados com o investimento foram registadas na Hungria (29%), Polónia (20%) e Eslováquia (19%), com os Países Baixos (1%), Malta e Luxemburgo (ambos 3%) a registarem os menores aumento.

De acordo com os dados publicados pelo Eurostat, os alimentos para animais (16%), as sementes e material de plantação (14%) e os produtos fitofarmacêuticos e pesticidas (12%) tiveram os aumentos de preços mais substanciais.

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Paola Paredes reforça equipa de imigração e nacionalidade da Caldeira Pires

Paola Paredes centre a prática em consultoria jurídica na área da imigração e nacionalidade - pedidos de vistos, autorizações de residência e aquisição de cidadania -, em Portugal e Espanha.

A sociedade de advogados Caldeira Pires reforçou a equipa de imigração e nacionalidade com a consultora Paola Paredes.

“A integração da Paola é importante para melhorar a nossa capacidade de resposta às necessidades dos nossos clientes nas áreas de imigração e nacionalidade e é mais um passo dado no nosso crescimento. Temos confiança de que seremos capazes de oferecer um serviço ainda mais abrangente e de qualidade aos nossos clientes que precisam do nosso apoio nestas matérias. A Paola possui uma vasta experiência em consultoria jurídica na área da imigração e nacionalidade, tanto em Portugal como em Espanha, o que representará, naturalmente, uma mais-valia para os nossos clientes”, sublinhou a managing partner Félix Bernardo.

Paola Paredes centre a prática em consultoria jurídica na área da imigração e nacionalidade – pedidos de vistos, autorizações de residência e aquisição de cidadania -, quer em Portugal, quer em Espanha. Não só em termos de orientação e aconselhamento sobre os requisitos, processos e documentação necessária, mas também aspetos práticos e administrativos destes processos e representação junto das entidades relevantes.

A nova consultora da Caldeira Pires foi anteriormente responsável de Contratação Pública na Padko S.A e responsável jurídica no Grupo Padko. Desde 2017 assume funções de consultora jurídica externa, quer na área da imigração e vistos, quer no apoio à criação e constituição de empresas para promoção e desenvolvimento imobiliário, em Espanha, Portugal e Estados Unidos da América.

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Avaliação bancária na habitação abranda pelo quarto mês consecutivo. Desde agosto de 2021 que não subia tão pouco

Em maio, a avaliação bancária registou uma variação homóloga de 9,4%. Foi o valor mais baixo desde agosto de 2021 e o quarto mês consecutivo de abrandamento consecutivo.

O mercado imobiliário continua a mostrar sinais de solidez. De acordo com dados divulgados esta segunda-feira feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária na habitação em Portugal foi de 1.510 euros por metro quadrado em maio, 1,27% acima do valor registado em abril.

Depois de em fevereiro ter registado uma contração, há três meses consecutivos que a avaliação bancária na habitação contabiliza uma subida mensal. Porém, os dados do INE revelam também que o mercado está a abrandar.

Em maio, por exemplo, a taxa de variação homóloga da avaliação bancária na habitação ficou-se pelos 9,4% (face a 10% em abril). É o valor mais baixo desde agosto de 2021 e há quatro meses consecutivos que regista um abrandamento.

Segundo o INE, o maior aumento face ao mês anterior verificou-se na Região Autónoma da Madeira (2,8%), e o menor na Área Metropolitana de Lisboa (0,8%). Em termos homólogos face a maio de 2022, a variação mais intensa registou-se na Região Autónoma da Madeira (18,3%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (4,5%).

De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em maio, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, o Alentejo Litoral e a Região Autónoma da Madeira apresentaram valores de avaliação 41,5%, 32,7%, 5,0% e 4,7%, respetivamente, superiores à mediana do país.

No canto oposto estiveram as regiões do Alto Alentejo, Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-48,5%, -47,2% e -47,2% respetivamente).

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Regressa de uma pausa na carreira? Como explicar numa entrevista

Há razões que explicam certos hiatos no currículo de um profissional e formas de o explicar no momento de uma entrevista. A Hays sugere algumas possíveis respostas.

Cuidar dos filhos, tirar tempo para viajar, estudar, cuidar de um familiar ou a procura pelo emprego certo são alguns dos motivos que levam a uma pausa na carreira. Há razões que explicam certos hiatos no currículo de um profissional e formas de o explicar no momento de uma entrevista.

A recrutadora Hays elencou os seis motivos mais comuns para uma pausa na vida profissional e dá algumas recomendações sobre como explicar a sua decisão.

“É essencial que o profissional não tenha vergonha nem oculte nenhuma suspensão que tenha feito na carreira. Por isso, quando um consultor de recrutamento lhe questionar sobre eventuais interrupções responda com honestidade e confiança, oferecendo alguns exemplos de como usufruiu desse tempo e como está entusiasmado por começar um novo desafio”, recomenda a recrutadora.

  • Motivo de doença

Possivelmente, um dos motivos mais comuns para fazer uma pausa, mas aquele em que o colaborador poderá ter maior pudor em justificar no momento em que procura um emprego. “Não há necessidade de fornecer detalhes específicos sobre a doença. Explique que utilizou este tempo para melhorar e para fazer uma pausa e agora está mais pronto do que nunca para voltar a trabalhar, enfatizando porque é que acha que aquela oportunidade é a ideal para si”, aponta a recrutadora.

Caso seja questionado sobre o tema, a Hays sugere uma possível resposta: “Senti-me incapaz de continuar na minha posição anterior devido à minha condição médica. No entanto, agora sinto-me bem e pronto para assumir esta nova oportunidade. É uma posição que se baseia nas minhas aptidões, que vai ao encontro dos meus valores e que me dá a oportunidade de agregar valor real todos os dias”.

  • Cuidar de um parente

Não tem de detalhar as suas responsabilidades no cuidado com o seu familiar, mas deixe claro porque neste momento está pronto para aceitar um novo desafio. “Tive que deixar o meu emprego para cuidar de um familiar, no ano passado. Desde então, conseguimos contratar um prestador de cuidados médicos a tempo inteiro, por isso, voltei a procurar emprego. Estou à procura de uma empresa inovadora e que permita desenvolver as minhas aptidões e achei que era uma ótima combinação”, sugere a Hays como eventual resposta ao potencial empregador.

É essencial que o profissional não tenha vergonha nem oculte nenhuma suspensão que tenha feito na carreira. Por isso, quando um consultor de recrutamento lhe questionar sobre eventuais interrupções responda com honestidade e confiança, oferecendo alguns exemplos de como usufruiu desse tempo e como está entusiasmado por começar um novo desafio.

  • Viajar

Foque-se nos motivos que levou a essa decisão, realçando o que retirou de mais-valias para a sua vida pessoal e profissional com esta experiência. “Fiz uma viagem de seis meses para me expor a diferentes culturas e obter novas perspetivas. Aprendi várias lições de vida durante a viagem. Agora estou pronto para me concentrar na minha carreira. Estou impressionado com o compromisso desta empresa com o desenvolvimento pessoal e profissional e com o equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal”, indica a recrutadora como possível justificação.

  • Cuidar dos filhos

Explique porque optou por priorizar a família em determinada fase e porque está pronto para voltar ao mundo do trabalho. Se questionado sobre o tema, a Hays sugere esta resposta. “Fui pai recentemente e precisava de dar prioridade à minha família e de criar o meu filho. Agora estou pronto para entrar novamente no mercado de trabalho e enfrentar um novo desafio profissional, aproveitando ao máximo o meu crescimento pessoal e profissional.”

  • Novo desafio

Caso esteja entre empregos, reforce a ideia que usou esse tempo para pensar na sua carreira no próximo desafio profissional que quer abraçar e nos seus desejos em termos de evolução de carreira. “Mostre como aproveitou esse tempo para aperfeiçoar e manter-se atualizado sobre as tendências do setor onde está inserido. Descreva porque é que acha que a posição é a indicada, pois está à procura do desafio certo”, aponta a mesma fonte.

“Assim que a minha função anterior terminou comecei imediatamente a procurar um novo emprego e estou à procura de um desafio que me faça progredir na carreira, ao desenvolver as minhas aptidões e a fazer a diferença. Embora tenha tido várias entrevistas ainda não encontrei a oportunidade certa. Estou particularmente interessado nas oportunidades que esta função me iria proporcionar, tais como,…”, sugere a Hays.

  • Estudar

Destaque as competências que quis adquirir e desenvolver com esta decisão e como estas novas aptidões serão úteis para esta oportunidade de emprego. “Apercebi-me que precisava de adquirir mais conhecimento e por isso tomei a decisão de voltar a estudar, numa tentativa de tornar a minha carreira num futuro melhor. Agora que já terminei o curso pretendo uma nova oportunidade onde possa utilizar essas mesmas aptidões”, indica a consultora.

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Euribor cai a 3, 6 e 12 meses depois dos novos máximos na sexta-feira

  • Lusa
  • 26 Junho 2023

As taxas Euribor desceram hoje a três, a seis e a 12 meses, depois de terem atingido na sexta-feira novos máximos desde novembro de 2008.

As taxas Euribor desceram esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses, depois de terem atingido na sexta-feira novos máximos desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta segunda-feira para 4,092%, menos 0,055 pontos, depois de ter registado seis máximos consecutivos. A Euribor a 12 meses subiu para 4,147% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também baixou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,908%, menos 0,025 pontos, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou esta segunda-feira para 3,577%, menos 0,033 pontos e depois de ter sido fixada em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir, pela oitava reunião consecutiva, mas como em 4 de maio em apenas 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Arrefecimento na Alemanha e Zona Euro é “maior fator de risco” para economia portuguesa, aponta barómetro CIP/ISEG

Barómetro da CIP e ISEG aponta para um crescimento de 2,5% da economia portuguesa este ano, ainda que existam riscos para estas projeções. Investimento pode ajudar a impulsionar economia.

A economia portuguesa encaminha-se para um crescimento a rondar os 2,5% em 2023, acima das expectativas estabelecidas no ano passado, mas o arrefecimento do crescimento na Alemanha e na Zona Euro apresenta-se como o maior risco negativo a estas perspetivas, de acordo com o barómetro da conjuntura económica feito pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Tendo por base o indicador de tendência da atividade global, que utiliza estatísticas como os inquéritos de conjuntura, os dados da produção industrial, o consumo de cimento e o volume de negócios nos serviços e comércio, as duas instituições projetam que o mais provável é “que o crescimento homólogo no 2º trimestre se mantenha ao nível do registado no 1º trimestre” (2,5% homólogos e 1,6% em cadeia).

Assim, concluem que “as expectativas avançadas para o 2º trimestre permitem consolidar a previsão de um crescimento anual para 2023, entre 2,1% e 2,9%, centrada em 2,5%”. Este número está em linha com as mais recentes previsões das instituições internacionais como a OCDE e FMI, que recentemente reviram em alta as projeções para Portugal.

Apesar desta previsão mais otimista, a CIP e o ISEG alertam que “o maior fator de risco negativo para Portugal parece ser o arrefecimento do crescimento na Alemanha e na Área Euro e a duração desse arrefecimento”. Isto depois de em março já se ter sentido o possível impacto de um arrefecimento industrial na Europa, com uma queda do índice de produção industrial.

A Alemanha encerrou o primeiro trimestre com uma contração de 0,3% do PIB, depois de no último trimestre de 2022 já ter também registado uma queda de 0,5% do PIB, colocando assim o país em situação de recessão técnica. Já a Zona Euro registou um crescimento de 1,3% entre janeiro e março, o que compara com 1,8% no trimestre anterior.

Por outro lado, existem também fatores que podem impulsionar o PIB de Portugal, com os economistas a salientarem neste barómetro que “o crescimento do investimento até ao final do ano poderá contribuir para um crescimento mais elevado em Portugal”.

A publicação, divulgada esta segunda-feira, inclui também o índice de confiança do ISEG, relativo à evolução da atividade económica portuguesa no curto prazo, indicando que em maio se verificou uma subida do nível de confiança face ao mês anterior.

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