Mineiro Aires afirma que pressão sobre comissão do novo aeroporto “vai aumentar”
Carlos Mineiro Aires, presidente da comissão de acompanhamento da Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto, garantiu que a coordenadora foi escolhida de forma independente do Governo.
O presidente da comissão de acompanhamento da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do novo aeroporto, Carlos Mineiro Aires, antecipa que a pressão sobre a Comissão Técnica Independente vai aumentar nos próximos meses. Garante também que a coordenadora, Rosário Partidário, “não foi escolha de nenhum ministro”.
“Até ao período de finalização dos estudos a pressão vai aumentar”, afirmou Carlos Mineiros Alves no arranque da II Conferência sobre a AAE para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa. “A pressão já existe”, acrescentou o presidente da comissão de acompanhamento.
No mês passado o ministro das Infraestruturas, João Galamba, pareceu descartar a opção Santarém, dizendo que ficava demasiado longe. O que suscitou protestos por parte dos promotores do projeto aeroportuário para aquela cidade, uma das opções que será estudada pela Comissão Técnica Independente (CTI).
O antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, quis também deixar claro que a escolha de Rosário Partidário para liderar a CTI não teve intervenção do Governo, mas apenas das pessoas previstas na resolução de conselho de ministros: o presidente do Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP), do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) e do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).
“A coordenadora não foi escolha de nenhum ministro, foi escolha das três pessoas que referi“, garantiu o também presidente do Conselho Superior de Obras Públicas. “As mentiras é que não são aceitáveis. Estive na génese deste assunto com o primeiro-ministro no gabinete dele. Não posso aceitar que ponham em causa a idoneidade” das personalidades que escolheram Rosário Partidário.
“Até ao fim o processo vai ser pautado por independência e transparência total“, assegurou Mineiro Alves, que antes já tinha elogiado e agradecido o trabalho que está a ser feito pela CTI.
O presidente da comissão de acompanhamento apontou ainda às críticas sobre a ausência dos custos nos critérios iniciais para a seleção das opções para o novo aeroporto. “Achar que se iriam esquecer de perguntar quanto é que custa é passar um atestado de menoridade às pessoas”, afirmou.
A CTI divulgou este fim de semana os fatores críticos de decisão para avaliar a melhor solução para o novo aeroporto, que vão estar em consulta pública até 4 de agosto. As opções em cima da mesa para o reforço da capacidade aeroportuária da região de Lisboa são: Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Campo de Tiro de Alcochete, Santarém, Portela + Santarém, Vendas Novas, Portela + Vendas Novas e Rio Frio + Poceirão.
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