Após cinco semanas a descer, cabaz “IVA zero” volta a ficar mais caro
Deco revela que o cabaz "IVA zero" ficou quase dois euros mais caro na última semana, quebrando uma série de cinco semanas consecutivas a descer. Pescada e iogurte entre os produtos que mais subiram.
Após cinco semanas seguidas a descer, o preço de um cabaz do cabaz de bens essenciais de um conjunto de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” voltou a ficar mais caro, tendo aumentado 1,81 euros face à semana anterior, passando a custar 128,86 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos – que incluem o peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.
Na última semana, isto é, entre 12 a 19 de julho, o custo do cabaz “IVA zero” monitorizado pela Deco aumentou 1,81 euros (1,42%), passando a custar 128,86 euros face aos 127,05 euros estimados na semana anterior, a 12 de julho. Foi a primeira vez que subiu no espaço de cinco semanas.
Não obstante, se a comparação for feita com o dia anterior ao arranque da medida, a 17 de abril, a diferença é expressiva: no espaço de três meses, este cabaz ficou 9,91 euros mais barato, o que se traduz numa quebra de 7,14%. De notar que este balanço, que inclui 41 dos 46 produtos abrangidos pelo “IVA zero”, é ligeiramente diferente do balanço apresentado pelo Governo, que aponta que o custo do cabaz de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” desceu 10%, desde o arranque da medida.
Pescada fresca dispara 22% numa semana
Na última semana, a pescada fresca foi o produto que mais subiu de preço, tendo disparado 22% (1,57 euros) face à semana anterior. Segue-se o iogurte líquido (13%), o pão de forma sem côdea (11%), a maçã gala, o esparguete, o queijo curado fatiado embalado ( todos 6%), a dourada, o atum posta em azeite (ambos 5%), o queijo flamengo fatiado embalado (4%) e o carapau (3%).
Já em termos de categorias de produtos, os congelados foram o que mais beneficiou com a entrada em vigor desta medida, dado que uma cesta deste produto recuou quase 20% (menos 0,72 cêntimos), passando a custar 2,88 euros. Segue-se a mercearia, cujo preço recuou 9,66% (menos 2,15 euros), passando a custar 20,14 euros; o peixe, que baixou 8,28% (menos 2,89 euros), para 31,9 euros; a carne, que desceu 6,62% (menos 2,71 euros) para 38,18 euros; os laticínios, que baixaram 6,26% (menos 88 cêntimos) para 13,21 euros; e, por fim, as frutas e legumes, cuja cesta reusou 2,47% (menos 57 cêntimos), passando a custar 22,45 euros.
Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui alguns produtos também abrangidos pelo “IVA zero”. E à semelhança do cabaz “IVA zero” também o preço deste cabaz voltou a subir, após três semanas a descer. Só na última semana, o cabaz de bens alimentares ficou 3,49 euros mais caro, passando a custar 215,71 euros. Não obstante, desde o início deste ano ficou 2,25 euros mais barato (1,03%).
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