Novobanco com lucros de 373,2 milhões no primeiro semestre, um crescimento de quase 40%
Banco lucrou quase 40% mais nos primeiros seis meses do ano em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Resultado líquido totalizou 373,2 milhões de euros.
O Novobanco lucrou 373,2 milhões de euros nos seis meses até junho, uma melhoria de quase 40% em comparação com o resultado líquido do primeiro semestre do ano passado, revelou a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este desempenho demonstra a “evolução sustentada do negócio e da capacidade de geração de receita e de capital”, assume o Novobanco.
“Apresentamos mais um período de forte desempenho comercial e financeiro, com um crescimento contínuo do negócio, sólidos rácios de liquidez e uma sustentada geração de capital”, diz o presidente executivo, Mark Bourke, numa nota que acompanha as contas semestrais. “O Novobanco continua a superar as expectativas”, acrescenta.
Nestes seis meses, a margem financeira quase duplicou em relação ao semestre homólogo, tendo crescido 95,5%, para 524 milhões de euros, “reflexo da melhoria da taxa de juro média dos ativos e de um menor aumento do custo dos recursos financeiros”, explica a instituição.
O produto bancário comercial cresceu mais de 62% e ascendeu a 669,4 milhões de euros, “num ambiente favorável de taxas de juro”. “Este desempenho mais que compensou o efeito da inflação e do investimento na melhoria dos processos do banco”, refere o comunicado publicado esta sexta-feira, dia em que serão conhecidos, também, os resultados semestrais do Santander Totta e do BPI.
Concretamente no serviço a clientes, cujo resultado ascendeu a 145,4 milhões de euros (uma ligeira melhoria de 0,7% em termos homólogos), as receitas com gestão de meios de pagamento subiram 10,5% e as receitas com comissões desceram 8,8%.
Resultados do grupo
Em simultâneo, os custos operativos do Novobanco agravaram-se em 7,8%, para 225,1 milhões de euros, o que também é explicado pelo referido investimento “na otimização e simplificação da organização”.
Depósitos crescem no segundo trimestre
Entre janeiro e março, os depósitos dos clientes tinham sofrido uma queda de 3,1% no primeiro trimestre. Agora, a tendência inverteu-se: entre abril e junho, os depósitos apresentaram um crescimento de 2,5%, em resultado do reforço da quota de mercado do Novobanco. Assim, olhando para o conjunto dos primeiros seis meses de 2023, os depósitos dos clientes no banco tiveram um ligeiro recuo de 0,7%, para perto de 27,53 mil milhões de euros.
Na concessão de crédito, o Novobanco destaca que a estratégia de “apoio ao tecido empresarial nacional pautou-se pelo rigor e disciplina no que respeita” e que este apoio “tem sido transversal a todos os setores e a todas as empresas, com um foco especial nas PME exportadoras e nas empresas que incorporam inovação nos seus produtos, serviços ou sistemas produtivos”.
Nesse contexto, “o crédito a clientes (bruto) totalizou 25,808 mil milhões de euros (+0,7%), com os empréstimos a empresas estáveis, mas ligeiramente superiores se considerado exposição a papel comercial, e crédito à habitação e consumo também a registar um desempenho positivo”, resume o banco. “O crédito concedido a empresas representava 55%, crédito à habitação 39% e crédito ao consumo e outros 6%”, remata. O rácio de transformação manteve-se em 82,6%.
“As provisões para crédito e títulos apresentam uma ligeira redução face aos valores registados no primeiro semestre de 2022”, concretamente uma descida de 4,4 milhões de euros, segundo o Novobanco.
Crédito a clientes
Nos resultados semestrais, o Novobanco destaca também que o rácio CET 1 fully loaded aumentou cerca de 200 pontos base, para 15,1%, enquanto o rácio de solvabilidade subiu 230 pontos base, para 17,8%. A empresa destaca ter “fortes níveis de liquidez, confortavelmente acima dos requisitos regulamentares”.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h20)
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