Consórcio nacional que junta dono da Avianca também quer ficar com a TAP
Grupo que tem Diogo Lacerda Machado como rosto e que deverá ser anunciado nas próximas semanas conta também com Germán Efromovich para entrar na corrida à privatização da TAP.
A corrida à privatização da TAP deverá contar com um consórcio nacional, do qual Diogo Lacerda Machado, ex-administrador da companhia aérea, será um dos rostos, avança o Jornal de Negócios esta quinta-feira. De acordo com a notícia, deverá juntar-se a este consórcio o dono da Avianca, Gérman Efromovich, naquela que, a confirmar-se, será a terceira tentativa do empresário para entrar no capital da TAP. Além disso, o empresário nortenho Mário Ferreira, que controla a Media Capital, dona da TVI e da CNN Portugal, também poderá já ter sido abordado para se juntar ao grupo, refere ainda a mesma publicação.
Ao Jornal de Negócios, Diogo Lacerda Machado respondeu apenas que tem sido abordado por “candidatos interessados” na TAP e não quis dar mais informação sobre o processo. Mas o certo é que o gestor, que é próximo do primeiro-ministro e foi consultor de António Costa para negócios com privados, já tinha admitido que poderia envolver-se na privatização: “Não excluo envolver-me se achar que posso ser útil à própria TAP”, respondeu em maio quando foi questionado na comissão de inquérito, apesar de ter assegurado, nessa altura, que não tinha aceitado “nenhuma das abordagens” de que tinha sido alvo por parte de candidatos à compra da companhia aérea portuguesa.
Quanto a Germán Efromovich, o jornal refere que o empresário colombiano-brasileiro, que também tem nacionalidade polaca, nunca perdeu o interesse na TAP, nem mesmo depois de ter ficado para trás no processo de privatização de 2015. Assim, deverá juntar-se ao consórcio português, que deverá ser formalmente anunciado nas próximas semanas, assegura a notícia.
Em relação a Mário Ferreira, o Negócios lembra apenas que Lacerda Machado é administrador da Mystic Invest, a holding de investimentos no turismo deste empresário, que é, igualmente, acionista do ECO. Esta quarta-feira, numa entrevista que deu ao Público, o investidor fez alguns comentários sobre o dossiê TAP: “Como empresário, gostava que o Estado mantivesse uma posição na TAP, que teria investidores privados portugueses ou internacionais, mas a gestão tem que ser privada, profissional, desligada dos ciclos políticos e bem auditada. Uma gestão despolitizada é fundamental”, afirmou.
Atualmente, o Governo está à espera de duas avaliações independentes à TAP que estão a ser elaboradas pela EY e pelo Banco Finantia. O Executivo espera fechar a venda até junho de 2024, mas ainda não decidiu qual a percentagem do capital que pretende alienar.
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