Brasil segue exemplo de Portugal e também vai testar semana de trabalho de quatro dias
Depois de vários países europeus (incluindo Portugal) terem testado a semana de quatro dias, o Brasil também vai experimentar esse modelo, num projeto-piloto. Preparação inicial arranca esta terça.
Depois do Reino Unido, da Irlanda, do Canadá e até de Portugal, é agora a vez de o Brasil testar a semana de trabalho de quatro dias. Vinte empresas vão participar nesse projeto-piloto, cuja preparação arranca esta terça-feira, dia 5 de novembro. A condução desta experiência está a cargo da 4-Day Week Global, consultora que está também a contribuir para o teste da semana de trabalho mais curta por cá.
“A semana de quatro dias está a ser adotada em todo o mundo, numa tentativa de melhorar a produtividade e o bem-estar no local de trabalho. Agora, os brasileiros poderão também experimentá-la”, anunciou a 4-Day Week Global.
As empresas brasileiras interessadas em testar este modelo tiveram até ao final de agosto para se inscreverem no projeto-piloto. Duas dezenas avançaram nesse sentido, pelo que esta experiência irá abranger cerca de 400 trabalhadores.
À semelhança do teste português, o piloto brasileiro não implicará perda alguma do salário, sendo o objetivo reduzir o horário de trabalho para 80%, mas manter os níveis de produtividade associados à semana de cinco dias.
Este mês, começa a preparação inicial da experiência brasileira, com uma série de masterclasses, nomeadamente sobre a gestão de tempo e as métricas de produtividade. Já em novembro começará o teste com as empresas inscritas.
A ideia de uma semana de trabalho mais curta não é novidade, mas ganhou um novo fôlego nos últimos anos, com as mudanças do mercado laboral provocadas pela pandemia e pelos avanços tecnológicos.
Em Portugal, 39 empresas começaram a testar este novo modelo em junho. A experiência terá seis meses de duração e prevê que nenhum trabalhador sofrerá cortes salariais. Já no Reino Unido, o piloto já terminou e uma fatia muito significativa dos empregadores anunciou que não tinham intenções de regressar à semana de cinco dias.
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