BCP paga 5,625% por 500 milhões de dívida a três anos
Procura superou os 1,6 mil milhões de euros, mais do triplo dos títulos que o banco liderado por Miguel Maya emitiu.
O BCP vai pagar uma taxa de juro de 5,625% na emissão de dívida que realizou esta segunda-feira e que contou com uma procura superior a 1,6 mil milhões de euros, três vezes mais do que os 500 milhões de euros em títulos que banco emitiu, confirmou o banco em comunicado, em linha com o avançado pelo site de informação financeira IFR.
“A emissão, no montante de 500 milhões de euros, terá um prazo de três anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do segundo ano, um preço de emissão de 99,825% e uma taxa de juro fixa de 5,625%, ao ano, durante os primeiros dois anos (correspondente a um spread de 1,90% sobre a taxa mid-swaps de dois anos). No terceiro ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a 3 meses com um spread de 1,90%”, explica o banco na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em causa está uma colocação de obrigações seniores preferenciais. A operação foi dirigida para grandes investidores como bancos, fundos de pensões e fundos de investimento: “A colocação da emissão foi feita numa base muito diversificada de investidores institucionais, tendo a procura superado em mais de três vezes o montante da operação”, confirma a instituição.
O forte interesse dos investidores levou a que o spread (prémio de risco) baixasse dos 220 pontos base iniciais para os 190 pontos base, uma redução de 30 pontos base, refere o banco, salientando “a elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão”. Isso reflete “uma excelente resposta do mercado aos recentes upgrades do rating do banco”, destaca o BCP.
Precisamente, esta emissão ocorre depois das principais agências de notação financeira melhorarem o rating do BCP, sendo que a mais recente foi a Fitch, na semana passada. A agência de notação citou a melhoria dos rácios de capital e o aumento da rentabilidade num ambiente de taxas de juro mais altas como razões para a revisão em alta para ‘BBB-‘.
Os “book runners“ da operação foram o Bank of America, BNP Paribas, JP Morgan, Millennium BCP e Morgan Stanley.
(Notícia atualizada às 21h27 com informação oficial do BCP)
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