Portugal entre 20 países da OCDE com emprego recorde no segundo trimestre
Taxa de emprego subiu para 72,4% em Portugal, atingindo máximos de 18 anos. Outros 19 países da OCDE atingiram recordes idênticos no segundo trimestre do ano.
Apesar dos desafios que as economias estão a enfrentar, o mercado de trabalho continua a mostrar resiliência. Tanto que no segundo trimestre do ano a taxa de emprego na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu o valor mais alto em 18 anos. Também em Portugal o emprego chegou ao nível mais expressivo desde 2005, ano em que se iniciou a atual série estatística, mostram os dados divulgados esta quinta-feira.
“A taxa de emprego e a taxa de participação na força de trabalho da OCDE fixaram-se em 70,1% e 73,7% no segundo trimestre de 2023, os níveis mais elevados desde o início das séries em 2005 e 2008, respetivamente”, é sublinhado numa nota divulgada esta manhã.
Entre os 38 países que compõem a OCDE, 19 registaram recordes em ambos os indicadores, incluindo Portugal.
No caso do emprego, por cá, entre abril e junho, a taxa subiu de 72,4%, acima dos 71,8% registados no trimestre anterior e dos 71,6% verificados há um ano. Portugal foi, com este aumento, um dos 20 países da OCDE onde o emprego chegou a um máximo de quase duas décadas, na segunda metade do primeiro semestre (ver gráfico abaixo).
“No segundo trimestre de 2023, a taxa de emprego ultrapassou os 70% em mais de dois terços dos países da OCDE, atingindo valores recorde no conjunto da Zona Euro e da União Europeia”, realça a OCDE.
Já em contraste, em sete países que compõem esta organização houve um recuo. A Turquia registou a taxa de emprego entre os países da OCDE, ao situar-se em 53,6%.
Por outro lado, no caso da participação na força de trabalho, por cá, a taxa foi de 77,4%, acima dos 77,2% registados no trimestre anterior e dos 76,2% verificados no período homólogo, atingindo também o nível mais elevado desde 2005.
A par de Portugal, também França, Itália e Japão registaram máximos tanto no emprego, como na participação na força de trabalho, destaca a OCDE.
Quanto ao desemprego, entre abril e junho, a taxa manteve-se em mínimos históricos no conjunto da OCDE (4,8%), na União Europeia (5,9%) e na Zona Euro (6,4%). Contudo, a taxa de desemprego jovem agravou-se em 0,5 pontos percentuais, o que foi explicado sobretudo pela trajetória do emprego entre os trabalhadores do género masculino.
Apesar da crise inflacionista e dos efeitos da guerra em curso na Ucrânia, os mercados de trabalho têm mostrado resiliência: o desemprego tem registado variações ligeiras, enquanto o emprego continua a subir. Por cá, o Governo tem salientado que à boleia dessa evolução (e do aumento dos salários) a própria Segurança Social tem visto a sua sustentabilidade reforçada.
(Notícia atualizada às 11h24)
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