Israel prepara-se contra ataque a partir do Líbano e evacua comunidades. EUA reforçam presença militar na região
Governo ordenou a evacuação de 14 comunidades junto ao Líbano, perante a possibilidade de um ataque do Hezbollah em maior escala. Bombardeamentos visaram também aeroportos na Síria.
Israel realizou bombardeamentos na Faixa de Gaza, na Síria e no Líbano durante a noite de sábado e na madrugada de domingo. Receando um ataque em larga escala do Hezbollah, as autoridades israelitas ordenaram a evacuação de 14 comunidades no norte do país.
Na Faixa de Gaza foram atingidos vários alvos, depois de Israel ter anunciado a intensificação dos bombardeamentos. A liderança do Hamas apontou a morte de, pelo menos, 55 pessoas e a destruição de 30 casas.
Na Síria, os mísseis israelitas atingiram os aeroportos de Damasco e Aleppo, que o Governo de Benjamin Netanyahu considera serem usados para o fornecimento de armas ao Irão e aos grupos por si patrocinados.
É o caso do Hezbollah, no sul do Líbano, que também foi visado nos ataques. O grupo armado afirmou que seis combatentes foram mortos, segundo a Reuters.
No sábado o grupo xiita libanês afirmou que Israel pagará um preço alto se iniciar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza e avançou que já tem militares na fronteira, disse o vice-líder, Naim Kassem. As autoridades do Hamas também referiram que se Israel iniciar uma ofensiva terrestre em Gaza, o Hezbollah se juntará aos combates.
Apoiado pelo Irão, o grupo possui um arsenal de armas composto por dezenas de milhares de foguetes e mísseis, bem como diferentes tipos de drones, podendo tentar abrir uma nova frente com um ataque em grande escala no norte de Israel.
O Governo de Benjamin Netanyahu afirma que o Hezbollah pode arrastar o Líbano para o conflito e ordenou preventivamente este domingo a evacuação de mais 14 comunidades no norte do país. A Autoridade Nacional de Gestão de Emergências do Ministério da Defesa e as Forças de Defesa de Israel anunciam a expansão do plano de evacuação financiado pelo Estado para outras comunidades no norte de Israel”, disse um porta-voz militar.
O responsável pelos Negócios Estrangeiros dos EUA, Antony Blinken, avisou o primeiro-ministro em exercício do Líbano que a população seria afetada se o país fosse arrastado para a guerra entre Israel e o Hamas.
EUA reforçam presença militar
O secretário de Defesa, Lloyd Austin, anunciou que Washington vai enviar mais meios militares para o Médio Oriente para apoiar Israel e fortalecer a posição dos EUA na região após “a recente escalada do Irão e das suas forças por procuração”, segundo a Reuters.
Os EUA vão enviar um sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) e mísseis de defesa aérea Patriot. Além disso, mais tropas serão colocadas em prontidão, disse Austin. Nas últimas semanas, Washington já mobilizou para o Médio Oriente dois porta-aviões, navios de apoio e cerca de 2.000 fuzileiros.
Durante a noite, uma base aérea no Iraque com forças norte-americanas e internacionais foi alvo de rockets lançados por milícias regionais.
Da Cimeira da Paz, realizada no Egito saíram apelos a um cessar-fogo e as nações árabes a apontarem a criação de dois Estados como a única solução duradoura para o conflito.
O grupo islamita do Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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