Desempregados inscritos no IEFP aumentam 4,5% em setembro
O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2022 em 4,5% e no mês anterior em 1,6%), dá conta o IEFP esta segunda-feira.
O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a aumentar em setembro, pelo terceiro mês consecutivo. Em causa está uma subida de 1,6% face ao mês anterior e de 4,5% em comparação com o universo de inscritos nos centros de emprego verificado há um ano, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira.
“No fim do mês de setembro de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 300.113 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2022 (+12.873; +4,5%) e no mês anterior (+4.752; +1,6%)”, avança o IEFP, numa nota estatística publicada esta manhã.
Entre as várias regiões do país, só os Açores e a Madeira escaparam ao aumento homólogo do desemprego registado. No caso açoriano foi registado um decréscimo de 14,2%, enquanto no caso madeirense a quebra foi de 27,6%.
Em contraste, na região Centro o número de desempregados inscritos nos centros do IEFP saltou 7%, e no Algarve cresceu 6,8%. Estas foram, de resto, as duas zonas do país com o aumento mais acentuado do desemprego face ao verificado há um ano. Já em Lisboa e Vale do Tejo, o aumento foi de 5,7%.
Por outro lado, em comparação com o mês anterior, o desemprego subiu no Norte (2,3%), no Centro (3,4%), no Alentejo (4,4%) e no Algarve (9,6%), mas caiu em Lisboa e Vale do Tejo (0,7%), nos Açores (-0,6%) e na Madeira (-0,5%).
Já em termos setoriais, o IEFP dá conta de que nas atividades agrícolas o desemprego aumentou 1,8%, no setor secundário disparou 8% e no terciário cresceu 6,3%.
E num mês marcado por um agravamento do desemprego, é de destacar também que as ofertas de trabalho caíram. Em causa está um recuo de 17% face ao registado no mesmo mês do ano passado e de 1,2% face ao verificado em agosto. No total, no final de setembro, havia 15.837 vagas em ficheiro, mostram os dados conhecidos esta manhã.
Apesar de o Governo prever que o desemprego estabilizará em 2024 em valores idênticos aos registados este ano, os economistas ouvidos pelo ECO alertaram que há “sinais preocupantes” aos quais é preciso ter atenção. Um deles é a subida do desemprego registado pelo IEFP, identificaram, numa altura em que, por exemplo, por efeito da subida dos juros, as famílias podem estar a reduzir o consumo, pressionando o comércio e, consequentemente, o emprego registado nesse setor.
Atualizada às 11h25
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