“Não estamos perante mais uma questão de casinhos”, admite Augusto Santos Silva
O presidente da Assembleia da República é a primeira figura de topo da hierarquia do Estado a reagir às buscas em torno dos negócios do hidrogénio e lítio, reconhecendo estar em causa "alarme social".
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, reconheceu esta terça-feira que as buscas no Governo sobre os negócios do hidrogénio e do lítio não são “uma questão de casinhos”, afirmou em entrevista ao programa Hora da Verdade, do Público/Renascença. É a primeira figura de topo da hierarquia do Estado a reagir à operação do Ministério Público, reconhecendo estar em causa “alarme social”.
“Não me parece que estejamos aqui perante mais uma questão de casinhos”, sublinhou Santos Silva e acrescentou: “Não podemos deixar de reconhecer que há um alarme social associado à realização de buscas a sedes de partidos ou a ministérios ou às instalações em que trabalha o primeiro-ministro”. Por isso, defende que o Ministério Público deveria “esclarecer e informar” a opinião pública.
Apesar disso, alertou, que “há processos em Portugal que conduziram a condenações e processos que conduziram a absolvições”. Por isso, o presidente do Parlamento considera que “manda a prudência que esperemos até ao fim”. “Devemos isso a pessoas como por exemplo Leonor Beleza, Miguel Macedo ou Azeredo Lopes, que viram as suas carreiras políticas interrompidas, para não dizer liquidadas, por processos dos quais saíram totalmente inocentados”, sublinhou.
(Notícia atualizada às 13h36)
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