Montenegro recusa andar a reboque do PS e quer marcar agenda própria
“Não vou fazer o frete ao PS de comentar o que fazem todos os dias”, disse aos jornalistas. "Estou concentrado no país, nas pessoas nos problemas que os portugueses querem ver resolvidos”.
Luís Montenegro foi claro e já definiu a estratégia para a campanha eleitoral que se avizinha: não vai andar a reboque do Partido Socialista nem dos temas que fazem a espuma dos dias e quer marcar a sua agenda própria.
Após três hora e meia de reunião com economistas e empresários, Montenegro recusou responder a qualquer pergunta relacionada com as relações entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, o Ministério Público ou até mesmo o artigo de opinião que a procuradora-geral adjunta, Maria José Fernandes, escreveu no Público (acesso pago). “Não vou fazer o frete ao PS de comentar o que fazem todos os dias”, disse aos jornalistas. “Estou concentrado no país, nas pessoas, nos problemas que os portugueses querem ver resolvidos”, como a habitação, a saúde, a educação e os transportes, elencou.
Perante as muitas insistências dos jornalistas, Montenegro repetia sempre a mesma ideia: “Portugal deve criar mais riqueza, ter uma fiscalidade mais amiga dos cidadãos e menos asfixia nas empresas, para que possam investir. Devemos fartar-nos de estar sempre na cauda da União Europeia e assumir o desígnio de deixar de ser um beneficiário de fundos europeus e passar a ser um contribuinte líquido”.
O líder do PSD acabou mesmo por responder “com toda a frontalidade” que não iria responder às perguntas colocadas porque, senão ninguém iria prestar atenção ao que foram fazer esta manhã ao Porto, na Associação dos Jovens Empresários (ANJE).
“Não vou andar a reboque da trica política”, anunciou. “Não é uma questão de contornar. Se lhe responder a essas perguntas ninguém vai ouvir o que estivemos a fazer aqui. É minha obrigação respeitar as mensagens que me foram passadas e falar dos temas que interessam à vida dos portugueses”, explicou.
“Tenha iniciativas em vários temas”, garantiu, quando questionado sobre as negociações com médicos e enfermeiros. Mas, “não é agora que quero falar sobre isso”, concluiu.
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