Luz Saúde faz aumento até 20% do capital no âmbito da entrada em bolsa
Grupo de saúde liderado por Isabel Vaz irá realizar um aumento correspondente a um máximo de 20% do capital dirigido aos investidores que forem selecionados pela Fidelidade para o IPO.
A Luz Saúde pretende realizar um aumento de capital até um máximo de 20% do seu capital no âmbito do processo da oferta pública inicial (IPO, sigla inglesa) que está em curso pela Fidelidade e que irá levar o grupo de saúde de novo para a bolsa de Lisboa no próximo ano.
O aumento será realizado por novas entradas em dinheiro, através da emissão de novas ações que serão subscritas pelo grupo de investidores institucionais nacionais e estrangeiros que for selecionado pela Fidelidade para participar na sua oferta particular de ações, segundo se pode ler na proposta que vai ser votada na assembleia extraordinária marcada para 22 de dezembro e onde a Fidelidade irá aprovar os planos do IPO.
O conselho de administração liderado por Isabel Vaz considerou que é “vantajoso” avançar com o aumento de capital em simultâneo com o IPO. O aumento de capital servirá para a Luz Saúde “obter capitais próprios adicionais para o desenvolvimento da sua atividade”.
De acordo com a proposta, “o preço de subscrição das novas ações no âmbito do aumento de capital deverá coincidir com o preço de venda das ações por parte da Fidelidade na oferta de venda, tendo como limite o valor nominal de cada nova ação, ou seja, um euro, sendo, todavia, tal preço fixado em face dos resultados do processo de bookbuilding”, adianta a Luz Saúde.
No aumento de capital, a Luz Saúde irá emitir até um montante máximo de 23,9 milhões de novas ações ordinárias, mas o montante concreto e a quantidade de novos títulos a emitir ainda vão ser determinados pelo conselho de administração “em função da procura verificada” no IPO.
Esta operação ainda se encontra sujeita ao cumprimento de várias condições, nomeadamente o sucesso do próprio IPO.
Aliás, fonte oficial revelou esta semana ao ECO que “a publicação da convocatória da assembleia geral e inclusive a aprovação das propostas que venham a ser submetidas não determinam a concretização do processo de venda”.
“Apenas terá lugar se estiverem reunidas as condições que o acionista vendedor considera adequadas para tal”, acrescentou a mesma fonte.
"A publicação da convocatória da assembleia geral e inclusive a aprovação das propostas que venham a ser submetidas não determinam a concretização do processo de venda. Apenas terá lugar se estiverem reunidas as condições que o acionista vendedor considera adequadas para tal.”
No âmbito deste processo, a seguradora detida pelo grupo chinês Fosun deverá avançar para a venda de uma participação entre 30% a 45% do capital do grupo de saúde e que poderá permitir um encaixe entre 300 milhões e 450 milhões de euros. A Fidelidade espera obter uma avaliação de mais de mil milhões de euros para o grupo que tem 28 unidades hospitalares e clínicas e perto de 14 mil funcionários em Portugal.
O grupo chinês informou esta terça-feira que obteve a autorização do regulador da bolsa de Hong Kong para avançar com a operação e indicou que, sujeito à aprovação das autoridades portuguesas, será submetido um prospeto na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) “no devido tempo”.
Como o ECO revelou em maio, Citi e UBS lideram um sindicato bancário para concretizar um IPO da Luz Saúde que vem sendo trabalhado num ambiente de mercado desafiante devido à subida das taxas de juro e, mais recentemente, aos riscos geopolíticos relacionados com a guerra no Médio Oriente.
A Luz Saúde registou rendimentos operacionais de 600 milhões de euros em 2022, um aumento de 10,6% em comparação com 2021. Fechou o ano passado com lucros de 26,9 milhões de euros, mais 62% em termos homólogos.
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