Telavive garante que guerra contra Hamas vai continuar “com ou sem apoio internacional”
"Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional. Um cessar-fogo na fase atual é um presente para a organização terrorista Hamas", disse Eli Cohen.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, garantiu esta quarta-feira que a guerra contra o Hamas continuará “com ou sem apoio internacional”, depois de o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter admitido divergências com os Estados Unidos da América (EUA).
“Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional. Um cessar-fogo na fase atual é um presente para a organização terrorista Hamas e permitirá que esta regresse e ameace os residentes de Israel”, disse Cohen.
Estas palavras do chefe da diplomacia israelita surgem depois de, na terça-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter avisado que o Governo de Israel corre o risco de perder o apoio internacional pelos seus bombardeamentos indiscriminados contra a população civil da Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas desde 2007.
Biden também aconselhou uma mudança de posicionamento de Israel para colocar um fim às crescentes críticas internacionais, reconhecendo ao mesmo tempo que Netanyahu deve tomar uma “decisão difícil” a este respeito. Contudo, Netanyahu já disse que está decidido em ir até ao fim no seu plano de combate ao Hamas, insistindo que ninguém impedirá Israel de destruir o grupo islamita palestiniano.
Os EUA são um dos principais aliados de Israel e têm apoiado historicamente decisões e ofensivas contra os territórios palestinianos, mas Biden tem mostrado algumas reservas sobre a estratégia de Israel no atual conflito contra o Hamas.
A Casa Branca anunciou que o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, deve visitar Israel na quinta e sexta-feira. Sullivan vai reunir-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, com o gabinete de guerra israelita e com o Presidente Isaac Herzog, de acordo com um comunicado do Conselho de Segurança Nacional, órgão diretamente ligado ao Presidente Joe Biden.
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