Distribuição afasta “perturbações expressivas” devido à greve

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2023

O Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços anunciou uma greve nas empresas de distribuição em 23 e 24 de dezembro,

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) disse esta quinta-feira não esperar “perturbações expressivas” devido à greve dos trabalhadores, marcada para sábado e domingo pela atualização da tabela salarial.

A APED não antevê consequências ou perturbações expressivas desta greve no normal funcionamento das operações, tranquilizando, desde já, os consumidores que procurem produtos nas lojas dos seus associados”, adiantou, em resposta à Lusa.

O Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese) anunciou, na semana passada, uma greve nas empresas de distribuição em 23 e 24 de dezembro, em protesto contra a falta de atualização da tabela salarial, apesar do ano “muito lucrativo”.

Como é possível que depois de um ano que já se verifica muito lucrativo, a APED diga que as empresas do setor recusam negociar a melhoria das condições de trabalho e de vida dos seus trabalhadores? Como é possível que as empresas e os seus representantes queiram manter as injustiças que diariamente se verificam nos locais de trabalho, com as funções acumuladas indevidamente, o desrespeito pela antiguidade, a desorganização de horários, folgas e férias”, sustentou o sindicato, em comunicado.

Considerando esta posição das empresas de distribuição uma “atitude quase provocatória” que “obriga os trabalhadores a lutar”, o Sitese diz ter enviado ao Governo e aos parceiros sociais um aviso prévio de greve nas empresas filiadas na APED para os dias 23 e 24 de dezembro. “Nos dias 23 e 24 de dezembro os trabalhadores do setor da grande distribuição vão demonstrar que a sua dignidade não é um presente de Natal, é um direito”, enfatizou.

Segundo o sindicato, o que tem vindo a acontecer é que “as empresas aumentam os salários internamente, porque a qualquer momento podem mudar de estratégia, mudar os trabalhadores, mudar a estratégia comercial e ‘começar de novo’, com condições de trabalho ainda piores”. A APED disse respeitar e reconhecer a greve como um “instrumento de reivindicação laboral”, mas ressalvou privilegiar “a negociação e o diálogo”.

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