Vhils desafiado pelo Hotel MS Collection cria mural dedicado a Eça de Queiroz

"Scratching the Surface – Eça", com 4,7x4 metros, pode ser encontrado naquela que foi em tempos a residência do pai e família de Eça de Queiroz.

O artista Vhils (Alexandre Farto) disse “presente” ao desafio lançado pela marca hoteleira MS Collection, de interpretar Eça de Queiroz numa instalação artística junto da piscina do seu primeiro Hotel de cinco estrelas, em Aveiro. O resultado é um mural de 4,7×4 metros “cujo conceito artístico explora a vida, obra e impacto de Eça de Queiroz na cidade de Aveiro”, refere-se em nota de imprensa.

A obra “Scratching the Surface – Eça” pode portanto ser encontrada no MS Collection Aveiro – Palacete de Valdemouro, que foi em tempos a residência do pai e família de Eça de Queiroz, e visa “desvendar as camadas ocultas da história que se encontram por baixo da superfície, conectando passado e presente numa peça intemporal”.

Não queremos ser só o primeiro hotel cinco estrelas de Aveiro, queremos acrescentar valor à cidade e a quem nos visita. Nesse sentido, decidimos apostar num artista de renome nacional e internacional, para dar vida a um mural inócuo situado no exterior do Palacete de Valdemouro“, refere, citada em comunicado, Margarida Antão, diretora-geral da marca MS Collection.

Margarida Antão acrescenta ainda que “revemo-nos na imagem, audácia e forma de interpretação da arte de Vhils e acreditamos que esta peça vem enriquecer o património cultural do nosso hotel MS Collection Aveiro, cujo conceito e decoração são inspirados na história de Eça de Queiroz”.

Por seu lado, o artista diz-se honrado “enquanto artista e português” de “ter a oportunidade de criar esta intervenção em homenagem a Eça de Queiroz, um dos melhores e mais reconhecidos autores portugueses de sempre, e um pilar incontornável da cultura portuguesa”.

Não é todos os dias que se tem a oportunidade de pensar e criar obras que encapsulam o poder e legado de figuras emblemáticas, cuja obra foi e continua a ser de enorme relevância. O facto deste edifício ter sido, em tempos, habitado pela família deste grande escritor, atribui ainda mais significado e personalidade a este mural, que espero estar à altura da herança que representa”, afirma Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils.

Localizado no coração da cidade, o MS Collection Aveiro tem abertura prevista para “breve”. A unidade hoteleira “combina história, elegância, conforto e qualidade, atributos que definem os seus quartos e restantes espaços, nomeadamente, o restaurante, a piscina exterior, o SPA e o ginásio”, sendo que “todo o conceito e decoração são inspirados na vida e obra do escritor e diplomata Eça de Queiroz e contam com alguns apontamentos a fazer lembrar o estilo francês do séc. XIX, país onde residiu até ao fim dos seus dias”, adianta-se em nota de imprensa.

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Rússia inicia processo de denúncia de tratado sobre armas convencionais

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

Assinado em 1990, em Paris, o tratado pretendia impedir qualquer uma das alianças militares da Guerra Fria na Europa, a NATO e o Pacto de Varsóvia, de reunir forças para lançar uma ofensiva.

A câmara baixa (Duma) do parlamento russo denunciou esta terça-feira o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa, suspenso pela Rússia em 2007, iniciando o processo para o país abandonar o acordo. O projeto de lei aprovado pela Duma foi apresentado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, segundo a agência espanhola EFE.

O líder russo nomeou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Serguei Riabkov para liderar o processo de rescisão do tratado nas duas câmaras da Assembleia Federal Russa, de acordo com um decreto presidencial. Assinado em 1990, em Paris, e atualizado em 1999, o tratado pretendia impedir qualquer uma das alianças militares da Guerra Fria na Europa, a NATO e o Pacto de Varsóvia, de reunir forças para lançar uma ofensiva.

Durante o plenário da Duma, Riabkov afirmou que “serão necessários cerca de seis meses” para que a Rússia “saia completamente” do tratado. “Nas condições atuais, este tratado tornou-se uma relíquia do passado. Os nossos opositores não devem iludir-se de que a Rússia pode regressar” ao acordo, disse, citado pela EFE.

O diplomata russo referiu que, após a denúncia do tratado, a Rússia notificará os países signatários sobre a decisão. “Isto é feito pelo menos 150 dias antes da data de saída planeada e inclui uma declaração sobre as circunstâncias únicas que tornaram este passo necessário”, disse.

Na declaração, a Rússia exprimirá “a sua posição sólida, baseada na lei federal” adotada pela Duma, de acordo com Riabkov. “Transmitiremos publicamente aos países da NATO e à comunidade internacional que foi o Ocidente, com as suas ações destrutivas, que tornou impossível a nossa permanência no tratado”, afirmou.

O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Duma, Leonid Slutski, disse que a decisão dos deputados russos será “enviada hoje aos parlamentos de todo o mundo”. Portugal, que integra a NATO, é um dos países signatários do acordo internacional sobre armas convencionais na Europa.

O tratado, descrito como a pedra angular da segurança europeia, eliminou a vantagem quantitativa da antiga União Soviética em matéria de armas convencionais na Europa, segundo a EFE. O tratado estabelecia limites iguais para o número de tanques, veículos blindados de combate, artilharia pesada, aviões de combate e helicópteros de ataque que a NATO e o Pacto de Varsóvia podiam instalar entre o Oceano Atlântico e os Urais.

Após vários anos de desacordo entre a Rússia e a NATO, Moscovo suspendeu a aplicação do tratado em 2007. Moscovo justificou a decisão com os planos dos Estados Unidos de instalar elementos do escudo de defesa antimíssil na Europa Oriental, que a Rússia considerava uma “ameaça direta” à sua segurança.

O Pacto de Varsóvia foi assinado em 1955, como reação à entrada da então Alemanha Ocidental na NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte). Além da União Soviética, Albânia (até 1968), Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia, República Democrática Alemã (RDA) e Roménia integravam o Pacto de Varsóvia.

A RDA retirou-se em 1990, na sequência da reunificação alemã. O Pacto de Varsóvia foi dissolvido em 1991, ano do colapso da União Soviética.

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Quercus atribui “Qualidade de Ouro” a 393 praias portuguesas

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

São menos 47 do que na época balnear do ano passado. A região Norte é a que registou uma "maior queda" e a região do Tejo e Oeste a que reúne um maior número de praias galardoadas (98).

A associação ambientalista Quercus classificou 393 praias portuguesas como tendo “Qualidade de Ouro”, menos 47 do que na época balnear do ano passado, com a região norte a registar a maior queda no número de praias galardoadas. Em comunicado, a Quercus revela que, das 393 praias galardoadas, 327 são costeiras, 56 interiores e 10 de transição, com todas as regiões do país a registarem uma diminuição no número de praias distinguidas.

“Verifica-se uma forte descida na atribuição do galardão nas águas balneares costeiras”, menos 32 praias, e “as águas balneares interiores registaram uma diminuição de 16 praias”, refere a Quercus. A região Norte é a que registou uma “maior queda” e a região do Tejo e Oeste a que reúne um maior número de praias galardoadas (98).

Nas zonas costeiras tiveram a classificação de “Qualidade de Ouro” 45 praias dos Açores, 32 da Madeira, 74 do Tejo e Oeste, 47 no norte, 84 do Algarve, 24 do centro e 21 do Alentejo. Nas zonas do interior foram galardoadas 24 do Tejo e Oeste, 14 no norte, 14 do centro e quatro do Alentejo.

A Quercus tinha atribuído no ano passado, em 2022, a bandeira de “Qualidade de Ouro” a 440 zonas balneares portuguesas, o maior número de sempre, sendo na altura mais 47 praias do que no ano anterior (2021), exatamente o mesmo número que agora baixou.

O galardão “Praia com Qualidade de Ouro” distingue anualmente a qualidade da água balnear das praias de portuguesas, com base na informação pública oficial disponível, tendo exclusivamente em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas, explica a associação ambientalista.

Para receber a classificação de praia com “Qualidade de Ouro”, a água balnear tem de respeitar vários critérios, como uma qualidade da água “excelente” na classificação anual das cinco épocas balneares anteriores à última e todas as análises realizadas na última época balnear (2022) deverão ter apresentado resultados melhores em vários indicadores bacterianos.

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PGR mantém a posição e recusa nomear mais candidatos para cargo de procurador europeu

O Conselho Superior do Ministério Público rejeitou abrir concurso para selecionar candidatos ao cargo de procurador europeu, após o Ministério da Justiça ter solicitado, à falta de candidatos.

O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), liderado por Lucília Gago, rejeitou (pela segunda vez) abrir concurso para selecionar candidatos ao cargo de procurador europeu, após o Ministério da Justiça ter solicitado a indicação de mais nomes face à falta de candidaturas.

Segundo o boletim do CSMP divulgado esta terça-feira, com base na última reunião do plenário de 3 de maio, o CSMP sublinha que os membros decidiram que já fizeram o que lhes era exigido nesta matéria e que resultou na apresentação de um único candidato: o procurador José Ranito, que exerce atualmente funções como procurador delegado na Procuradoria Europeia.

“O CSMP aprovou, por maioria, reafirmar o anteriormente deliberado, na sessão de 15 de fevereiro de 2023 e considerar executadas, no quadro legal interno vigente, todas as diligências que lhe competem envidar tendentes ao cumprimento das exigências previstas na Lei n.º 112/2019, de 10 de setembro, visando o procedimento de seleção para o desempenho de funções de Procurador Europeu nacional’”, lê-se no boletim.

A posição do CSMP diverge da decisão tomada pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), que, na última semana, assumiu voltar a aceitar candidaturas para o cargo, mas recusando endereçar convites a magistrados em particular.

Porém, esta votação do CSMP teve um voto vencido, da procuradora Vânia Álvares, membro eleita pela Assembleia da República. “Respeitosamente, divirjo deste entendimento. Decorreu cerca de um ano desde a abertura deste procedimento concursal. Neste dilatado espaço temporal, as circunstâncias que levaram à não apresentação de plúrimas candidaturas, com muita probabilidade, ter-se-ão alterado. Desde logo, o número de magistrados que preenchem o requisito de 20 anos de tempo de serviço. Pelo exposto, entendo que, decorrido um ano, deveria ter sido aberto novo procedimento concursal para a indicação de mais dois candidatos a Procurador Europeu nacional”, escreveu a magistrada do Ministério Público.

O processo de candidatura a procurador europeu reunia a 19 de abril apenas dois candidatos, um por cada conselho: o procurador José Ranito, pelo CSMP, e o juiz Ivo Rosa, pelo CSM (na sequência da anterior desistência do desembargador José António Rodrigues Cunha).

Por isso, o Ministério da Justiça (MJ) pediu ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) e ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) para escolherem mais candidatos ao cargo de procurador europeu, depois da desistência do juiz Ivo Rosa, anunciada dias antes.

Em comunicado, o MJ de Catarina Sarmento e Castro relembra que é aos CSM e CSMP que compete “proceder à seleção e indicar ao Governo os candidatos ao exercício das funções de Procurador Europeu nacional. É aos Conselhos que cabe indicar os candidatos que serão apresentados pelo Governo à Assembleia da República para audição, também cabendo aos mesmos Conselhos apreciar o cumprimento dos critérios estipulados no regulamento europeu e na lei”.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.MIGUEL A. LOPES/LUSA

“Cumprido esse procedimento, e após serem ouvidos na Assembleia da República, cabe ao Governo remeter ao Conselho da União Europeia os nomes dos candidatos, previamente selecionados pelo Conselho Superior da Magistratura e pelo Conselho Superior do Ministério Público, para que sejam ouvidos por um painel da União Europeia, assim prosseguindo o previsto no regulamento europeu para a nomeação do Procurador Europeu nacional”.

O magistrado português José Guerra – que exerce o cargo até Julho – foi indicado pelo Governo para o cargo de procurador europeu depois de ter sido selecionado em primeiro lugar pelo CSMP, mas após um comité europeu de peritos ter considerado como melhor candidata para o cargo Ana Carla Almeida.

O Governo esteve desde então – ainda no mandato da ex-ministra a Justiça, Francisca Van Dunem – no centro de uma polémica, sobretudo por ter transmitido dados errados numa nota ao Conselho da União Europeia apensa ao currículo de José Guerra, ainda que a estrutura tenha corroborado a posição do executivo português de que os “lapsos” relativos à proposta de nomeação do magistrado para procurador europeu não interferiram com a decisão da sua nomeação.

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Supervisor confirma Vairinhos e Granado na administração da COSEC

  • ECO Seguros
  • 16 Maio 2023

A ASF autorizou a entrada de José Vairinhos Gonçalves e André Granado para a administração da COSEC. Falta agora a autorização para a Allianz Trade comprar ao BPI o capital que falta para deter 100%.

José Vairinhos Gonçalves e André Granado já assumiram oficialmente o cargo de Chairman e de Administrador da COSEC – Companhia de Seguro de Crédito, respetivamente, após a confirmação dos respetivos registos junto da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Estes novos membros do Conselho de Administração exercerão funções até ao final do presente mandato.

A COSEC tinha submetido, no início de março, junto da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o pedido de registo de novos membros designados pelos acionistas para o seu Conselho de Administração. O regulador deu aval aos dois nomes, pelo que, entraram oficialmente em funções.

José Vairinhos Gonçalves, o novo presidente do Conselho de Administração esteve ligado à COSEC em grande parte da sua carreira profissional, desempenhando vários cargos, incluindo o de administrador executivo. Anteriormente, ocupava o cargo de vogal do Conselho Fiscal. Além de Chairman, o gestor vai acumular também o pelouro da Direção Internacional da COSEC, departamento responsável pela gestão dos Seguros com Garantia do Estado.

André Granado já está a ocupar o cargo de Administrador Executivo como responsável pelos Departamentos Comercial, de Marketing e Comunicação. Com 20 anos de experiência profissional, 17 dos quais no mercado de Seguro de Crédito e Caução, André Granado vem da seguradora espanhola Solunion, onde era responsável pela Gestão de Mercado e Marketing Empresarial para os mercados espanhol e da América Latina. Antes, teve um percurso de 13 anos na COSEC, onde desempenhou funções na área comercial e liderou o Departamento de Marketing e Comunicação da companhia.

Os restantes membros do Conselho de Administração – Vassili Christidis, Plácido Furnari, Pedro Silva Fernandes e Nadine Accaoui – mantém-se em funções até ao final do mandato. Quanto à Comissão Executiva, Vassili Christidis permanece como presidente da Comissão Executiva (CEO), sendo Plácido Furnari e André Granado os restantes membros desta Comissão .

A Allianz Trade, companhia a nível mundial mundial em seguro de crédito, apenas espera a autorização dos reguladores para comprar, ao BPI, os 50% COSEC que lhe faltam para deter a totalidade do capital o que deve acontecer até ao final do primeiro semestre deste ano.

A COSEC é uma seguradora que opera nos setores do Crédito e Caução, sendo responsável, por conta e ordem do Estado Português, pela cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento, principalmente para países de risco mais agravado.

Em 2022, na área do crédito, liderou o mercado com 47% de um mercado que valeu 74 milhões de euros, sendo seguida pelas espanholas Crédit y Caución e CESCE e pela francesa COFACE.

Na área dos seguros de caução disputa a liderança deste segmento que valeu 7,6 milhões de euros com a luso-espanhola Abarca.

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JinkoSolar ocupa o primeiro lugar nas vendas globais no primeiro trimestre

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Maio 2023

Um relatório divulgado pela Solarbe a 28 de abril revela que a JinkoSolar liderou o mercado global de energia solar fotovoltaica no 1º trimestre, superando "JA, Trina, Longi e outros vendedores".

A JinkoSolar forneceu 13,04 GW de painéis solares no primeiro trimestre de 2023, entre os quais quase 50% são painéis solares Tiger Neo do tipo N, o maior número entre todas as marcas de energia solar fotovoltaica. Este foi um crescimento de 72,7% em relação ao primeiro trimestre de 2022. E esse desempenho impressionante torna a JinkoSolar número um em vendas globais e no topo do mercado premium do tipo N, impulsionado em grande parte pelo sucesso de seus painéis Tiger Neo.

Os painéis Tiger Neo de tipo N da JinkoSolar, incluindo a sua série BIPV de tipo N, são desenvolvidos e concebidos para um desempenho de produção de energia e uma maior fiabilidade. Características como maior eficiência e potência nominal, maior fator bifacial, menor coeficiente de temperatura, menor degradação, particularmente degradação induzida pela luz e LeTID, e melhor desempenho em condições de pouca luz foram elogiadas pelos clientes. Além dos clientes, os painéis Tiger Neo de tipo N da JinkoSolar também impressionaram os especialistas do setor com a geração de dados reais recolhidos em vários projetos implantados e ligados.

Este ano, a JinkoSolar está a levar a sua série Tiger Neo para o próximo nível, com características melhoradas para liderar o mercado do tipo N. Apresenta a mais elevada eficiência de painel, até 23,23%, potência máxima de 625 Wp, coeficiente de temperatura inferior a 0,29%/°C e fator bifacial de 80±5%. O Tiger Neo da JinkoSolar continuou a liderar o mercado global de painéis do tipo N mais vendidos.

“Não é de surpreender que a JinkoSolar esteja tão bem classificada”, disse Dany Qian, vice-presidente da JinkoSolar. “A marca, apesar de toda a concorrência feroz e dos recém-chegados agressivos, continua a impulsionar e a liderar o avanço técnico e está no topo do mercado premium TOPCon de tipo N. Grande parte dessa força vem da série Tiger Neo, que representa quase 50% das nossas vendas totais pela primeira vez no primeiro trimestre”.

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Pedro Nuno Santos e Medina ouvidos na CPI à TAP a 15 e 16 de junho

Prazo da comissão parlamentar de inquérito à TAP foi estendido. Discussão e votação do relatório final agendada para 13 de julho.

O ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, será ouvido na comissão parlamentar de inquérito à TAP a 15 de junho. A última audição será a do ministro das Finanças, Fernando Medina, marcada para o dia seguinte. Mário Centeno, antigo ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, vai à comissão a 5 de junho.

O presidente da CPI, António Lacerda Sales, anunciou esta sexta-feira a agenda de audições consensualizada pelos partidos na reunião de mesa e coordenadores. Os últimos a serem ouvidos pelos deputados serão o antigo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, no dia 15 de junho e o ministro das Finanças, Fernando Medina, no dia 16.

O prazo da vigência da comissão, que era suposto terminar a 23 de maio, foi assim estendido. Os deputados decidam “concluir as audições no prazo previsto de 16 de junho”, afirmou Lacerda Sales num comunicado lido aos jornalistas. A discussão e votação do relatório final ficou agendada para 13 de julho.

Foram já realizadas 31 audições, ficando a faltar 18 presenciais e 11 por escrito.

Na próxima quarta-feira, dia 24, será ouvida a atual chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas, Maria Antónia Barbosa de Araújo. No dia seguinte, está prevista a comparência do antigo administrador da TAP, João Weber Gameiro, e de Manuela Simões, diretora do departamento jurídico da companhia aérea.

Na semana seguinte, a 30 de maio, será ouvido o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, e no dia 31 o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Marques.

A 1 de junho será a vez de Miguel Cruz, antigo secretário de Estado do Tesouro, seguindo-se o atual secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, a 2 de junho.

A semana seguinte arranca com a audição de Mário Centeno, antigo ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, a 5 de junho. No dia seguinte será o seu sucessor, João Leão. António Pires de Lima, ex-ministro da Economia, está agendado para dia 7 de junho.

A derradeira semana arrancará com a audição a Hugo Mendes, antigo secretário de Estado das Infraestruturas, terminando com Pedro Nuno Santos e Fernando Medina.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015.

(Notícia atualizada às 14h37)

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Cerca de uma em cada dez pessoas empregadas em Portugal é pobre

Em 2020, 18,4% dos residentes em Portugal eram pobres, ou seja, 1,9 milhões de pessoas. A habitação, em 2021, representava mais de 40% dos rendimentos, para 10,1% dos agregados.

Mais de uma em cada dez pessoas empregadas em Portugal (12,1%), no ano de 2020, eram pobres, conclui o estudo “Portugal, Balanço Social 2022”. Os dados preliminares de 2021 indicam que, neste ano, a taxa de pobreza dos empregados será ligeiramente inferior, de 10,3%, regressando a níveis semelhantes aos de 2019. A habitação, em 2021, representava mais de 40% dos rendimentos, para 10,1% dos agregados.

Esta e outras conclusões foram divulgadas esta terça-feira no estudo desenvolvido pelo centro de conhecimento Nova School of Business and Economics (SBE) for Policy, em parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a faculdade Nova SBE. Os dados que serviram de base ao estudo foram recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na primavera de 2021, portanto ilustrando a realidade dos rendimentos relativos a 2020, mas o estudo também apresenta alguns dados preliminares relativos ao ano de 2021.

Em 2020, Portugal era o oitavo país da União Europeia com maior taxa de risco pobreza ou exclusão social, sendo que os grupos mais vulneráveis eram as mulheres (duas em cada dez), mas também pessoas com escolaridade até ao ensino básico e os desempregados (quatro em cada dez).

O limiar de pobreza era de 6.653 euros anuais, ou seja, 554 euros por mês. Ainda em 2020, 18,4% dos residentes eram pobres, ou seja, 1,9 milhões de pessoas.

As transferências sociais, como os apoios em situação de desemprego, invalidez ou velhice, têm um papel significativo. A taxa de risco de pobreza seria 2,4 vezes maior na ausência do Estado Social: “a rendimentos de mercado a taxa de pobreza seria de 43,5%, o que compara com 18,4% se considerarmos o rendimento disponível”, lê-se no estudo. Em 2021, a taxa de risco de pobreza após transferências sociais é de 16,4%, dois pontos percentuais abaixo da de 2020, dizem os dados preliminares apurados.

Ter uma economia robusta é ótimo. Mas nunca vamos resolver a pobreza sem transferências sociais mais generosas.

Susana Peralta

No mesmo relatório, conclui-se que as transferências sociais contribuem para reduzir a desigualdade: o coeficiente de Gini (no qual 0 representa a completa igualdade) passa de 38, na ausência de transferências, para 33, no cenário em que estas existem, em 2020. Em 2021, situa-se nos 32.

“Ter uma economia robusta é ótimo. Mas nunca vamos resolver a pobreza sem transferências sociais mais generosas”, defendeu Susana Peralta, na apresentação do estudo, no qual se calcula que com 3.925 milhões de euros (ou menos de 2% do PIB de 2020) seria possível elevar o rendimento de todos os pobres até ao limiar de pobreza.

Questionada sobre os efeitos da pobreza, que afeta uma franja da população, no geral do país, Susana Peralta aponta que sai afetado o “potencial produtivo” do país, resultado da baixa escolaridade associada a uma maior pobreza e também de problemas de saúde mental que diminuem a produtividade. Em paralelo, menores rendimentos dão menos margem para gastar.

A pobreza interfere com a capacidade de adquirir vários bens e serviços. Em 2021, 16,4% das pessoas não tinham capacidade para manter a casa adequadamente aquecida e, entre a população pobre, a percentagem sobe para 27,8%. Quase um terço da população diz não ter capacidade para assegurar o pagamento imediato de uma despesa inesperada, 37,9% não consegue substituir móveis usados e 36,6% não tem capacidade para pagar uma semana anual de férias fora de casa. Apesar do cenário preocupante, a tendência tem sido de melhoria em cada um destes indicadores, desde 2019.

A habitação representava, em 2021, um encargo excessivo — isto é, que pesa mais de 40% dos rendimentos — para 10,1% dos agregados portugueses. Entre os agregados pobres, a percentagem de famílias afetadas sobe para 34,4%. No entanto, o acesso a prestações sociais prestações sociais para a habitação foi inferior na população pobre, de 9,5%, face à população total, que apresenta um acesso de 9,9%. Estes apoios são aqueles concedidos pelo Estado para garantir o acesso à habitação digna, que incluem, por exemplo, o subsídio de renda ou o apoio à compra de casa.

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Marcelo promulga lei das startups, mas antecipa “necessidade de correção”

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

Apesar de reconhecer a "importância do quadro genérico definido para as startup e scaleup", o Presidente considera que "a aplicação do diploma depressa mostrará a necessidade da sua correção".

O Presidente da República promulgou esta terça-feira o diploma da Assembleia da República que estabelece o regime aplicável às startups e scaleups, mas defendeu que a sua aplicação “depressa mostrará a necessidade da sua correção”. O anúncio desta promulgação e a justificação de Marcelo Rebelo de Sousa constam de uma nota publicada na página da Presidência da República na internet.

Na nota, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que promulga a lei “apesar do desincentivo à consolidação das startups, traduzido na supressão prematura de benefícios fiscais, e da injustiça relativa do não apoio àqueles que investiram em investigação e desenvolvimento”.

Reconhecendo a “importância do quadro genérico definido para as startup e scaleup”, o Presidente da República considera, contudo, que “a aplicação do diploma depressa mostrará a necessidade da sua correção”.

O diploma promulgado esta terça-feira define os conceitos legais de empresas startup e scaleup, altera o código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, o Estatuto dos Benefícios Fiscais e o Código Fiscal do Investimento.

Esta lei introduz um incentivo fiscal à compra de participações sociais nas chamadas startups, mas exclui deste benefício “os sujeitos passivos que detenham direta ou indiretamente uma participação não inferior a 20% do capital social” e os membros de órgãos sociais da entidade atribuidora do plano.

A lei das startups foi aprovada no parlamento no dia 31 de março com votos favoráveis do PS e do PAN, abstenção do Chega e da IL e votos contra do PCP, do BE e do Livre e foi enviada para promulgação no dia 26 de abril.

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Dívidas fiscais prescritas aumentam mais de seis vezes em 2022 para 43,6 milhões

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

"A prescrição das dívidas fiscais, em 2022, situou-se em 43,6 milhões de euros, o que representou um aumento de 37,3 milhões de euros (585,8%) relativamente ao ano anterior", aponta a DGO.

O valor das dívidas fiscais consideradas prescritas aumentou 585,8% em 2022 face ao ano anterior, para 43,6 milhões de euros, de acordo com a Conta Geral do Estado (CGE) de 2022, publicada esta terça-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

A prescrição das dívidas fiscais, em 2022, situou-se em 43,6 milhões de euros, o que representou um aumento de 37,3 milhões de euros (585,8%) relativamente ao ano anterior”, pode ler-se no documento.

O IVA manteve-se, em 2022, como o imposto com maior peso (57,5%) no total do valor da prescrição em 2022, apresentando o maior acréscimo do valor prescrito, mais 22,4 milhões de euros (836,5%) face ao ano anterior.

No ranking dos impostos com maior peso nas dívidas que prescreveram segue-se o IRC (24%), com um aumento de 8,7 milhões de euros face ao anterior (subida de 500,7%).

Já as dívidas relacionadas com o IRS tiveram um peso de 11,7% no total das dívidas que prescreveram, um aumento de 3,6 milhões de euros face a 2021.

A prescrição de dívidas fiscais ocorre, regra geral, oito anos após o ano “em que se produziu o facto gerador da obrigação de imposto, ressalvadas que sejam as causas de suspensão e interrupção do prazo legal”.

Segundo a CGE, em 2022, o valor agregado de anulações de dívidas registado em receita do Estado foi de 676 milhões de euros, um aumento de 246,5 milhões de euros, o correspondente a uma subida de 57,4% face ao ano anterior.

“Para este acréscimo contribuíram essencialmente as anulações de dívidas de IRC e IRS, com um aumento de 236,8 milhões de euros (83,2%) quando comparado com o ano de 2021”, detalha.

Em causa estão anulações observadas na sequência da entrega de declarações fiscais de substituição pelos contribuintes e da procedência, parcial ou total, de processos de impugnação judicial e reclamação graciosa.

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Presidente da República “esperançado de que a banca esteja acordada para o problema” dos créditos à habitação

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

O Chefe de Estado diz-se "esperançado de que a banca esteja acordada para o problema" dos créditos à habitação, considerando que nesta matéria cabe ao Governo atuar "numa escala mais pequena".

O Presidente da República declarou-se esta terça-feira “esperançado de que a banca esteja acordada para o problema” dos créditos à habitação, e “o Banco de Portugal também”, considerando que nesta matéria cabe ao Governo atuar “numa escala mais pequena”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, congratulou-se com as palavras presidente executivo do BCP, Miguel Maya, em resposta ao seu apelo a “uma reflexão sobre os prazos, as taxas e as prestações” dos créditos à habitação.

“Ouvir um responsável cimeiro de um banco dizer que percebeu as minhas palavras e está preocupado eu considerei um bom sinal, porque esse é o problema, esse e a inflação, que podem ou dificultar ou atrasar a chegada dos tais números macro muito bons ao bolso dos portugueses”, declarou.

Interrogado se o Governo deveria adotar mais medidas para ajudar quem tem créditos à habitação, o chefe de Estado respondeu: “Eu acho que isso em primeira mão está dependente da decisão da banca e do acompanhamento pelo Banco de Portugal”.

Segundo o Presidente da República, “é evidente que o Governo com as bonificações tenta em relação a um número limitado de casos facilitados facilitar — mas o número de empréstimos é um milhão e cem mil, o que quer dizer, multiplicado pelo número de pessoas que integram o agregado familiar, atinge três milhões de pessoas”.

“Portanto, eu diria que estou esperançado que a banca esteja acordada para o problema, o Banco de Portugal também. E que depois as medidas que o Governo vai tomando a nível de Orçamento do Estado também contribuam, mas numa escala mais pequena –– é mais pequena, para aqueles que estão mesmo muito carenciados, não atinge todos os que têm empréstimos para a habitação”, concluiu.

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Comissão de inquérito à TAP informa Santos Silva sobre nova fuga de informação

  • Lusa
  • 16 Maio 2023

Em causa estão novas informações divulgadas pela imprensa com comunicações trocadas entre membros do Governo sobre a exoneração por justa causa da ex-presidente executiva da TAP.

O presidente da comissão de inquérito à TAP informou esta terça-feira o presidente da Assembleia da República de nova fuga de informação de documentos que estão no arquivo da comissão, segundo o ofício a que a Lusa teve acesso.

“Vimos informar que tomámos hoje conhecimento, através dos meios de comunicação social, de nova divulgação pública de conteúdos, documentos e elementos que se encontram no arquivo documental desta comissão”, lê-se no documento assinado por António Lacerda Sales, endereçado a Augusto Santos Silva, cujo assunto é “comunicação de nova fuga de informação”.

Em causa estão novas informações divulgadas pelo Correio da Manhã, com comunicações trocadas entre membros do Governo sobre a exoneração por justa causa da ex-presidente executiva da TAP.

O anterior presidente da comissão de inquérito, Jorge Seguro Sanches, tinha já pedido a intervenção de Santos Silva num caso semelhante de divulgação de documentos enviados à comissão, publicados em órgãos de comunicação social, o que levou o presidente da Assembleia da República a abrir uma investigação interna.

O presidente da Assembleia da República nomeou a deputada do PS Alexandra Leitão, atualmente presidente da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, para fazer a investigação sumária às eventuais fugas de informação de documentos, tendo até 23 de maio (daqui a uma semana) para entregar as conclusões.

Urgência na exoneração de gestores da TAP

O Correio da Manhã noticiou que o ministro das Finanças, Fernando Medina, queria que as exonerações da ex-administradora executiva da TAP Christine Ourmières-Widener e do ex-presidente do Conselho de Administração da TAP Manuel Beja fossem tratadas pelos serviços jurídicos do Estado com extrema urgência.

A notícia cita um e-mail enviado ao secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, pelo chefe de gabinete de Fernando Medina, em 8 de março, dois dias depois da conferência de imprensa em que foram anunciadas as exonerações por justa causa, pedindo também que os ex-presidentes fossem notificados da nota de culpa naquele mesmo dia.

Naquela comunicação, ainda segundo o CM, o chefe de gabinete do ministro das Finanças, Carlos Alberto Domingues, admite que o último pedido será inexequível.

 

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