Empresa de Braga propõe construção “à prova” de inflação e taxas de juros

Através da Blufab, unidade de construção off-site visitada pelo primeiro-ministro, a Casais está a incorporar soluções industriais em hotéis, habitações de custos controlados e residências estudantis.

A Blufab, unidade de construção off-site da bracarense Casais que recebeu esta quarta-feira de manhã a visita do primeiro-ministro, mostrou a António Costa um novo modelo na indústria que “reduz a exposição à inflação e ao impacto das taxas de juros”.

A solução encontrada pelo histórico grupo minhoto permite ainda mitigar a escassez de matérias-primas e de mão-de-obra do setor, ao mesmo tempo que contribui para a redução do prazo de licenciamento dos projetos e da construção em 50%.

De acordo com a informação partilhada pela empresa, este modelo de construção off-site tem a particularidade de reduzir a pegada de carbono em mais de 60%, pelo uso de madeira de engenharia e usar apenas um terço do betão de um edifício tradicional.

“O futuro da construção passa pela criação de valor sustentado, onde os edifícios são capital económico, ambiental e até social”, destaca António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais. Para o gestor, a inovação no setor da construção “deixou de ser opcional” e passou a ser uma “realidade obrigatória e essencial” para o crescimento das empresas.

O responsável empresarial minhoto destaca, por outro lado, citado no mesmo comunicado enviado às redações, que este grupo familiar tem feito “um grande esforço para desenvolver e incorporar soluções industriais nas habitações de custos controlados e nas residências de estudantes”.

É que esta industrialização off-site permite estandardizar e repetir os processos. Além disso, adotando o Building Information Modeling (BIM) na base dos processos digitais, desenvolveu modelos de projeto técnico “facilmente adaptáveis e utilizáveis por outras empresas de construção, engenheiros e arquitetos”, que, assim, os podem adaptar e utilizar em projetos similares noutros municípios.

Novo hotel em Guimarães com parceria austríaca

Um exemplo deste tipo de construção sustentável é o Hotel B&B em Guimarães, construído pela Casais, que é apresentado como o primeiro edifício de construção híbrida na Península Ibérica. Para o grupo, este tipo de construção é “um exemplo de equilíbrio entre produtividade, pessoas e planeta — e o primeiro a usar um biomaterial que armazena carbono numa filosofia de economia circular”.

Liderado por António Carlos Rodrigues, o grupo bracarense tornou-se acionista da Cree Holdings, uma construtora de madeira austríaca que ajudou a construir, por exemplo, este novo hotel em Guimarães. O grupo Casais passou a ser o terceiro acionista desta sociedade, em conjunto com os grupos Zech e Rhomberg.

Fundada há 65 anos, a Casais apresenta-se como uma das maiores empresas do setor da construção em Portugal, mantendo o cariz familiar. Em 1994, o Grupo Casais deu início ao processo de internacionalização, na Alemanha. Atualmente, opera em 17 países e conta com um volume de negócios de mais de 682 milhões de euros, sendo os mercados internacionais responsáveis por 440 milhões de euros.

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Mulheres cientistas recebem menos subsídios e bolsas do que os homens

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

As mulheres ainda estão sub-representadas nas investigações científicas e que constituíram apenas 30% dos que pediram subsídios. Os homens tendiam a solicitar mais financiamento do que as mulheres.

As investigadoras recebem um financiamento substancialmente inferior ao dos seus pares: cerca de 310.000 euros face a 597.500 euros para os homens, indica uma meta análise de estudos sobre o tema divulgada hoje.

O trabalho, que tem como autora principal Karen Schmaling, professora de psicologia na Universidade Estatal de Washington em Vancouver, e como coautor Stephen Gallo, do Instituto norte-americano de Ciências Biomédicas, é publicado na revista Research Integrity e Peer Review.

A análise comparativa revelou que, embora num primeiro pedido de subsídio homens e mulheres recebam um financiamento semelhante, quando as cientistas solicitam mais ajuda para continuar a investigação têm menor possibilidade de a conseguir do que os homens (cerca de 9% menos).

As diferenças não só constituem verdadeiros obstáculos para o êxito profissional das mulheres, mas também representam um problema real para a ciência, adverte Schmaling, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Os cientistas analisaram dados de 55 estudos sobre subsídios atribuídos entre 2005 e 2020, bem como de 1,3 milhões de pedidos em todo o mundo. A maioria das subvenções foi concedida nos Estados Unidos e na Europa.

O trabalho mostra que as mulheres ainda estão sub-representadas nas investigações científicas e que constituíram apenas 30% dos que pediram subsídios. Além disso, os homens tendiam a solicitar mais financiamento do que as colegas.

Os autores assinalam que, em dois dos estudos analisados — relativos aos Estados Unidos –, embora homens e mulheres tenham pedido subsídios do mesmo valor, as investigadoras receberam menos ajuda.

Schmaling e Gallo consideram que situações como esta refletem o baixo nível dos Estados Unidos em termos da igualdade de género (ocupa o 53.º lugar entre 153 países), em comparação com as políticas ativas da maioria dos países europeus.

O trabalho recomenda a reforma do sistema de concessão de ajudas, especialmente ao nível da composição dos comités ou comissões que as atribuem e dos procedimentos para aprovar os pedidos.

Muitas agências de financiamento valorizam o que designamos de ‘medidas bibliométricas’ do sucesso de uma pessoa, como o número de artigos que publicaram e quantas pessoas os citaram”, explica Gallo, citado pela EFE.

Mas estas medidas “são profundamente parciais e imperfeitas e não refletem necessariamente diferenças na excelência científica”, adianta.

Além disso, estudos anteriores indicaram que os homens tendem a citar com maior frequência estudos de outros homens e que se “autocitam” com mais frequência do que as mulheres, ou seja, referem-se a trabalhos anteriores em novos estudos, o que contribui para aumentar o seu número de citações.

Isto reforça um sistema “já desequilibrado”, portanto, apoiar as mulheres cientistas ao longo da sua carreira é a “chave para corrigir esse desequilíbrio”, diz Schmaling.

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Grega YourHero obtém 5 milhões em financiamento. Quer liderar serviços para casa em Portugal

No mercado português, o investimento será também direcionado para o lançamento da “Pros Academy”, um curso intensivo para os profissionais que permite aprender bases sobre gestão.

A YourHero obteve um financiamento de cinco milhões de euros e, até ao final do ano, a plataforma de serviços domésticos quer ser o serviço líder em Portugal. Entrada no segmento B2B e a expansão para outros mercados europeus são as grandes apostas com esta injeção de capital.

“Este financiamento é fundamental para darmos o próximo passo no mercado português. Estamos há cerca de um ano e meio em Portugal, onde tivemos um arranque de operações bastante positivo e, agora, estamos prontos para a curto prazo assumir a liderança do mercado neste segmento de serviços domésticos. Com as novidades que temos previstas até ao final do ano, tanto os nossos profissionais como os nossos clientes terão uma experiência ainda mais satisfatória com a YourHero”, diz Francisco Bernardes, country manager em Portugal, citado em comunicado.

Em Portugal, mercado onde a plataforma liga profissionais aos consumidores que necessitam de pequenas reparações em casa, e em que está presente desde 2021, a YourHero conta com uma rede de mais de 420 profissionais inscritos para prestação de mais de 70 categorias de serviços na Grande Lisboa e no Grande Porto. O objetivo é, até ao final do ano, liderar.

“É altura de assumir a liderança em Portugal e utilizar este investimento como um passo para garantir que o nome da YourHero será o primeiro a ser a ser lembrado quando pensamos em serviços para a casa”, diz Ricardo Borges, partner português da startup grega YourHero, citado em comunicado.

Aposta em formação dos profissionais

No mercado português, o “investimento será também direcionado para o lançamento de uma “ProsAcademy”, um curso intensivo para os profissionais, que lhes permite aprender bases sobre finanças, vendas e otimização de negócios, entre outras áreas relacionadas com a gestão”. Parte do montante será também canalizado para o lançamento da funcionalidade “Money Back” – uma garantia de devolução do dinheiro se o cliente não estiver satisfeito com o serviço – e para aumentar o número de colaboradores”.

A plataforma vai ainda investir no desenvolvimento de novas funcionalidades tecnológicas para os profissionais da plataforma que lhes darão “a possibilidade de melhorar a sua eficiência em até 200% comparativamente aos seus concorrentes”. Os clientes poderão efetuar pagamentos online e comprar um determinado serviço a um preço específico.

O investimento captado pelos fundadores da YourHero, que será materializado através de um aumento do capital social, o maior desde a sua fundação, teve como principais investidores a LATSCO Family Office e a VentureFriends, que irão contribuir ainda para acelerar o plano estratégico de crescimento da startup grega para os próximos anos. Havendo planos para “a expansão da plataforma para outros grandes países europeus até ao final de 2023”. Hoje estão presentes na Grécia, Chipre, Portugal e Irlanda.

A YourHero pretende ainda iniciar a sua atividade B2B em setores como as telecomunicações, o imobiliário e a prestação de serviços de construção e de manutenção.

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Diretor da PJ foi contactado por Galamba por causa do computador do adjunto

  • ECO
  • 3 Maio 2023

Diretor da PJ, Luís Neves, não quis revelar quem foi o membro do Governo que o contactou após o desaparecimento do computador do ajunto. Mas o Expresso avança que foi mesmo João Galamba.

Luís Neves, diretor da Polícia Judiciária (PJ), revelou esta quarta-feira, em declarações à CNN Portugal, que foi contactado por um membro do Governo após o desaparecimento do computador do ex-adjunto de João Galamba, Frederico Pinheiro. Não revelou a autoria, mas o Expresso avançou logo de seguida que foi o próprio ministro das Infraestruturas, João Galamba, que fez o contacto.

“Registámos logo esta situação como inquérito. [Tomámos posse do] equipamento que já tinha sido recuperado por outra estrutura do Estado, o Serviço de Informações de Segurança (SIS), no dia seguinte. Comunicámos logo ao Ministério Público tudo isto que se estava a passar e entregámos já o inquérito ao Departamento de Investigação e Ação Penal“, referiu Luís Neves.

Em causa está o alegado roubo do computador por parte do ex-adjunto demitido na sexta-feira, Frederico Pinheiro. Para justificar a intervenção do SIS, João Galamba explicou que foi “chamado para defender propriedade do Estado português”. Segundo o ministro das Infraestruturas, o computador levado “à força” pelo seu ex-adjunto continha muitos “documentos classificados pelo Gabinete Nacional de Segurança”.

Já esta manhã, em comissão parlamentar, o PS anunciou que vai viabilizar a audição do SIS e do SIRP no Parlamento, como pedido por vários partidos da oposição. Rejeitou, por outro lado, os requerimentos para que fossem ouvidos também os ministros das Infraestruturas e da Justiça, assim como o adjunto do gabinete que foi exonerado por Galamba.

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PSD está “totalmente preparado” para disputar eleições antecipadas

  • ECO
  • 3 Maio 2023

Líder do PSD diz que não pede eleições, mas não recusará ir a jogo se Marcelo dissolver o Parlamento. "Há uma alternativa a este Governo, que está caótico", assegura Luís Montenegro.

O presidente do PSD acusou António Costa de ter premeditado uma crise institucional com o Presidente da República e provocar eleições antecipadas. Se for esse o caso, Luís Montenegro assegura que está “totalmente preparado” para ir a jogo e que “tem projeto e equipa” para liderar o país.

“Se e quando houver eleições antecipadas, o PSD está totalmente preparado para as disputar, vencer e fazer sair delas um governo reformista, a pensar nas pessoas e não na notícia do dia ou dia seguinte e na sobrevivência”, afirmou o líder social-democrata, em reação ao que chamou de “teatro político” depois de António Costa ter rejeitado o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba.

“Não pedimos eleições, mas não as recusaremos e estamos preparados para as vencer”, afirmou Montenegro em declarações transmitidas pela Sic Notícias, a partir da sede do partido, adiantando que “o PSD não deixará que o infrator possa ser beneficiado” com o cenário de eleições antecipadas que António Costa pretende ao ter “premeditado” um conflito com o Presidente da República.

“O teatro político lastimável de todo o dia de ontem culminou numa declaração solene ao país onde o primeiro-ministro, em vez de falar dos problemas das pessoas e dos seus projetos, decidiu abrir uma irresponsável e egoísta crise institucional. Este teatro político foi premeditado e estava preparado para a primeira ocasião“, acusou o líder social-democrata.

Luís Montenegro considera que António Costa “não teve um problema de consciência” quando recusou o pedido de demissão de João Galamba, mas antes teve a “consciência de mais um problema” no Governo e “pensou mais uma vez na sua sobrevivência e na sua campanha eleitoral”.

“Há meses que o primeiro-ministro desistiu de governar e desistiu de Portugal e entrou em modo de campanha eleitoral”, sublinhou.

Por mais do que uma ocasião Luís Montenegro fez questão de olhar diretamente para as câmaras num esforço para passar a mensagem junto dos portugueses de que podem contar com o PSD para formar governo. O PSD tem “equipa e projetos” e é “capaz de por em marcha uma vaga reformista, que nos leve ao crescimento e trave o empobrecimento” e de responder aos problemas da saúde, habitação, dos pensionistas e dos jovens.

“Não me move nenhum espírito de sobrevivência individual ou partidária. Será a minha última missão na minha vida política ativa”, apontou.

(Notícia atualizada às 13h36)

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Marcelo vai estar ausente do país nos próximos dias, em plena crise política

Após confronto com Costa por causa da demissão de Galamba, Presidente da República desloca-se a Londres para a coroação do rei, a Espanha para prémio a Guterres, e a Estrasburgo (Parlamento Europeu).

Com uma crise política instalada entre Belém e São Bento, o Presidente da República vai estar ausente do país entre 5 e 10 de maio. No entanto, os analistas confiam que Marcelo Rebelo de Sousa vá manter o estilo político e não remeter-se ao silêncio.

“Marcelo Rebelo de Sousa habituou os portugueses a um estilo de intervenção quotidiana. Não creio que seja agora que vá mudar o seu estilo”, argumentou o politólogo António Costa Pinto, em declarações ao ECO.

Não tem interesse em fazê-lo, aliás”, acrescenta o professor de Ciência Política. “Marcelo Rebelo de Sousa até poderá dizer ‘eu não quer comentar a polémica’, mas remeter-se ao silêncio nunca foi o seu estilo”, sublinha Costa Pinto.

Marcelo Rebelo de Sousa habituou os portugueses a um estilo de intervenção quotidiana. Não creio que seja agora que vá mudar o seu estilo.

António Costa Pinto

Politólogo

E nem estas deslocações ao estrangeiro são motivo para deixar de comentar a atualidade nacional, recorda o politólogo e investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Por exemplo na deslocação ao Brasil, aquando da tomada de posse de Lula da Silva, deixou um recado a António Costa.

Disse nessa altura que iria responsabilizar o primeiro-ministro pelo que viesse a ser o resultado da remodelação então anunciada, notando que António Costa escolheu o caminho de “não inovar” e “mexer o mínimo possível”. Já na República Dominicana, no final de março, Marcelo antecipou as previsões de crescimento do Banco de Portugal.

As novas deslocações do chefe de Estado ao estrangeiro arrancam em Londres, com a participação nas cerimónias de coroação de Carlos III, que terão lugar no próximo sábado, 6 de maio.

Depois seguirá para Yuste, em Espanha, para a entrega do Prémio Europeu Carlos V ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. A entrega do galardão ocorrerá a 9 de maio, dia da Europa, numa cerimónia presidida pelo monarca espanhol, Filipe VI de Espanha. Um prémio, como assinalou quando foi anunciado, é um “reconhecimento pela sua brilhantíssima carreira internacional, em particular os seus mandatos à frente das Nações Unidas”.

Finalmente, termina este périplo fora do país com uma deslocação a Estrasburgo, a convite do Presidente do Parlamento Europeu, onde estará a 9 e 10 de maio.

Em carta dirigida à Assembleia da República, no final de abril, o Chefe de Estado indicava que previa deslocar-se a Londres entre 5 e 6 de maio, a Yuste, Espanha, entre 8 e 9 de maio, e a Estrasburgo entre 9 e 10 de maio. Deslocações que foram aprovadas pelo Parlamento, cumprido a formalidade imposta pela Constituição que obriga os deputados a autorizarem as deslocações do Presidente da República fora do território nacional.

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Mundo deve preparar-se para novos recordes de temperaturas devido ao El Nino

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

A Organização das Nações Unidas alertou para a probabilidade de o fenómeno climático El Nino se formar este ano, elevando as temperaturas a novos recordes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou esta quinta-feira para a probabilidade de o fenómeno climático El Nino se formar este ano, elevando as temperaturas a novos recordes.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da ONU, estima que haja 60% de hipóteses de o El Nino se formar até o final de julho e 80% até o final de setembro.

O El Nino é um fenómeno climático natural geralmente associado ao aumento das temperaturas e da seca, em algumas partes do mundo, e às fortes chuvas, noutras.

Aconteceu pela última vez em 2018-2019 e deu lugar a um episódio particularmente longo – La Nina -, que causa efeitos opostos e, em particular, uma queda nas temperaturas.

Apesar desse efeito moderador, os últimos oito anos foram os mais quentes alguma vez registados.

Contudo, sem o La Nina, a situação do aquecimento poderia ter sido ainda pior: “atuou como um travão temporário no aumento da temperatura global”, disse secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em comunicado.

“O desenvolvimento do El Nino provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e aumentará as hipóteses de se baterem recordes de temperatura”, alertou.

A OMM indicou que 2016 foi “o ano mais quente já registado, devido ao ‘duplo efeito’ de um El Nino muito forte e ao aquecimento causado por gases de efeito estufa ligados à atividade humana“.

Os efeitos do El Nino nas temperaturas são geralmente sentidos no ano seguinte ao surgimento do fenómeno meteorológico, pelo que o seu impacto provavelmente será mais sentido em 2024, sublinha a OMM.

“O mundo deve preparar-se”, alertou o responsável.

Destacou ainda a necessidade de estabelecer sistemas de alerta precoce – uma das prioridades da OMM – para proteger as populações mais ameaçadas.

Não há dois El Nino iguais e os seus efeitos dependem, em parte, da época do ano, disse a OMM, acrescentando que tanto a organização como os serviços meteorológicos nacionais monitorizarão de perto a situação.

O fenómeno ocorre em média a cada dois a sete anos e costuma durar de nove a 12 meses.

É geralmente associado ao aquecimento das temperaturas da superfície do oceano no Oceano Pacífico tropical central e oriental.

O El Nino geralmente causa aumento da precipitação em partes do sul da América do Sul, no sul dos Estados Unidos, Corno da África e Ásia Central e pode causar secas severas na Austrália, Indonésia e partes do sul da Ásia.

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Teresa Madeira Afonso assume co-coordenação da área de Imobiliário da PLMJ

A sócia da PLMJ Teresa Madeira Afonso vai assumir a co-coordenação da área de Imobiliário do escritório, ao lado dos atuais sócios coordenadores Rita Alarcão Júdice e Francisco Lino Dias.

A sócia da PLMJ Teresa Madeira Afonso vai assumir a co-coordenação da área de Imobiliário do escritório, ao lado dos atuais sócios coordenadores Rita Alarcão Júdice e Francisco Lino Dias. Em comunicado, a PLMJ afirma que o objetivo é “continuar a consolidação do posicionamento em assuntos e clientes com um perfil eminentemente transacional”.

“É um desafio que aceito com o maior entusiasmo e que encaro como uma continuação do tipo de trabalho que tenho vindo a desenvolver na PLMJ onde acompanho, na equipa de Corporate M&A, grandes transações imobiliárias dos clientes do escritório. Do ponto de vista do trabalho, assuntos e clientes é um passo que faz todo o sentido para o escritório e na minha carreira, ao qual acresce o privilégio de co-coordenar uma equipa extraordinária, ao lado da Rita Alarcão Júdice e do Francisco Lino Dias”, sublinhou Teresa Madeira Afonso.

Com mais de 17 anos de experiência profissional, a Teresa Madeira Afonso tem centrado a sua atividade no acompanhamento de transações de M&A e private equity, com particular incidência nos setores do Imobiliário, Turismo e Agro-Industrial, e de operações de reestruturação empresarial e insolvência.

“A nossa visão para o posicionamento do escritório é clara e está a aportar resultados que se têm superado ano após ano e este caminho é para continuar. Queremos ter equipas que, além de um profundo conhecimento do setor de atividade em que operam, sejam capazes de combinar expertises diferentes e de oferecer aos nossos clientes a abordagem que cada vez mais procuram e onde nos posicionamos: um perfil transacional e de operações de grande dimensão e elevada complexidade”, disse Bruno Ferreira, managing partner.

Para o líder do escritório, a combinação do “profundo conhecimento” da área de Imobiliário dos sócios Rita Alarcão Júdice e Francisco Lino Dias com a “experiência” de Teresa Madeira Afonso na área de Corporate M&A é o “fit certo”.

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Produção renovável abastece 49% do consumo de eletricidade em abril

  • Lusa
  • 3 Maio 2023

A produção renovável abasteceu 49% do consumo de eletricidade em abril, mês em que as condições meteorológicas se mantiveram negativas para as renováveis, com exceção da fotovoltaica.

A produção renovável abasteceu 49% do consumo de eletricidade em abril, mês em que as condições meteorológicas se mantiveram negativas para as renováveis, com exceção da fotovoltaica, divulgou esta quarta-feira a Redes Energéticas Nacionais (REN).

Em abril, a produção renovável abasteceu 49% do consumo e a não renovável 15%, tendo os restantes 36% correspondido a energia importada.

“O índice de produtibilidade eólico registou 0,80 (média histórica igual a 1), enquanto o hidroelétrico registou 0,34, o segundo registo mais baixo para o mês de abril, só batido pelo registado em 1993 (dados REN desde 1971)”, lê-se no comunicado divulgado.

Já o índice de produtibilidade eólico registou 1,30, o índice mais elevado de sempre para o mês de abril (dados REN desde 2010).

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,83, o de produtibilidade eólica em 0,90 e o de produtibilidade solar em 1,19.

Neste período, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 29%, eólica com 26%, e fotovoltaica e biomassa ambas com 6%. A produção a gás natural abasteceu 18% do consumo, enquanto os restantes 15% corresponderam ao saldo importador.

No que diz respeito ao mercado de gás natural, recuou 25% em abril, registando uma variação mais acentuada no segmento de produção de energia elétrica (com uma quebra homóloga de 52%), enquanto no segmento convencional o recuo foi de 9,3%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 21%, repartido por uma queda de 5,4% no segmento convencional e de 42% no segmento de produção de energia elétrica.

Ainda de acordo com a REN, o aprovisionamento do sistema nacional foi efetuado “praticamente a 100%” a partir do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines.

Segundo salienta, “além do abastecimento do sistema nacional, foi ainda exportado para Espanha, através do gasoduto, cerca de um TWh [terawatt-hora] de gás natural, o valor mensal exportado mais elevado de sempre”.

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Produção industrial cai 4,4% em março à boleia da energia

O índice de produção industrial caiu, em termos homólogos, 4,4% em março, após ter registado uma subida de 1,5% em fevereiro. A descida dos custos da energia explica o recuo.

A produção industrial travou a fundo em março. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de produção industrial caiu 4,4% em termos homólogos em março, face a um crescimento de 1,5% em fevereiro.

Esta evolução foi particularmente influenciada pelo agrupamento de Energia, sem o qual o índice agregado teve uma variação de -1,9% (-1,8% no mês anterior)”, adianta ainda o gabinete de estatísticas.

O agrupamento dos bens de investimento foi o único que cresceu, tendo subido de 4% em fevereiro para 7,7% em março.

Já os agrupamentos de bens de consumo e de bens intermédios registaram quedas de 2,5% e 5,2% em março, respetivamente (contra -4,3% e -17% em fevereiro).

O gabinete estatístico indica ainda que a taxa de variação da secção das indústrias transformadoras situou-se em -2,5% em março, que compara com os -2,8% em fevereiro.

Em termos mensais, o índice de produção industrial recuou 1,1%, contra a queda de 2% no mês anterior. “No primeiro trimestre de 2023, o índice agregado aumentou 0,5% face ao trimestre homólogo (no trimestre anterior, esta variação tinha sido -0,3%)”, adianta ainda o INE.

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Alentejo dá a provar 250 vinhos de 40 produtores em Évora

Évora Wine volta a juntar mais de 40 produtores, num evento programado para os dias 19 e 20 de maio na Praça do Giraldo. A entrada é livre e são esperados perto de 8.000 visitantes.

A 8.ª edição do Évora Wine, que decorre nos dias 19 e 20 de maio, na Praça do Giraldo, vai contar com 250 referências de vinho de 40 produtores do alto e baixo Alentejo. A entrada é livre e são esperados oito mil visitantes, naquele que é considerado o “maior evento de vinho do Alentejo”.

“O Évora Wine é muito importante para o setor do vinho, da gastronomia e do turismo no Alentejo. É, de facto, uma das mais importantes ferramentas para trazer turistas nacionais e internacionais ao Alentejo. Este é o único evento de vinhos do Alentejo com esta dimensão e conceito que permite aos produtores o contacto com consumidores nacionais e estrangeiros num ambiente festivo e descontraído”, salienta Reto Frank Jorg, organizador do evento, citado em comunicado.

Francisco Mateus, presidente da CVRA, acrescenta que “este evento une o vinho, a gastronomia e o turismo, sendo assim uma excelente combinação para promover a região alentejana. Ano após ano, o Évora Wine tem vindo a crescer e a mostrar a capacidade de envolver empresas, dinamizar a atividade turística e mostrar os vinhos e sabores alentejanos”. É pela qualidade e dinâmica que a organização tem conseguido afirmar que a CVRA apoia este grande evento”, realça ainda.

Vítor Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, remata que “o vinho é um tema incontornável e aliciante, por isso é, sem dúvida, uma das principais âncoras da nossa oferta turística”. O mesmo responsável diz que o Évora Wine tem cumprido na perfeição este papel, pelo que se associa “com muito gosto” a mais uma edição, que conta preencher a histórica Praça do Giraldo.

De acordo com a organização, o Évora Wine surgiu pela primeira vez em 2014 com o objetivo de “dar a conhecer o melhor que o Alentejo tem para oferecer – desde vinho de qualidade, à gastronomia, turismo e cultura”.

O Évora Wine conta com a parceria e o apoio do Turismo do Alentejo, da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e da Câmara Municipal de Évora.

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Lisboa concentra mais de um terço das agências de viagens em Portugal

Quase metade das agências de viagens foram constituídas nos últimos cinco anos e localizam-se essencialmente nos distritos de Lisboa, Faro e Porto. Mais de 90% são microempresas.

A maioria das agências de viagens concentra-se essencialmente nos distritos de Lisboa (36%), Faro (14%) e Porto (14%), seguidos de Setúbal (6%) e Madeira (5%), de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela Iberinform.

Quase metade das agências de viagens (44%) foram constituídas nos últimos cinco anos e 25% nos últimos seis a dez anos. As empresas mais antigas, com 11 a 15 anos, representam 11% e as empresas com 16 a 25 anos ou com mais de 25 anos representam 10%.

Iberinform
44% das agências de viagens foram constituídas nos últimos cinco anos

Ao nível da dimensão, 91% são microempresas, uma percentagem que sobe para 99% se acrescentarmos também as pequenas empresas.

A pandemia teve um impacto significativo na indústria do turismo — e as agências de viagens não foram exceção. Embora o setor tenha mostrado sinais de recuperação, ao apresentar um crescimento de 55% em 2021, as agências de viagens ainda estão longe dos níveis de negócio praticados em 2019. Devido às restrições de viagens e ao cancelamento de reservas, a diferença de faturação neste período foi de 65%.

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