Governo espanhol elimina gradualmente descontos na eletricidade e no gás. E prolonga impostos extra sobre a banca

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

No caso da luz, o IVA passa de 5% para 10% ao longo de 2024 e, no gás, o IVA passa para 10% nos primeiros três meses do próximo ano. Sánchez prolongou por mais um ano os impostos extra sobre banca.

O Governo espanhol decidiu eliminar gradualmente, em seis meses, as reduções fiscais sobre a eletricidade e o gás natural, com o IVA a passar dos atuais 5% para 10% em 2024. O Conselho de Ministros espanhol aprovou esta quarta-feira um decreto-lei com o oitavo pacote de medidas para fazer face às consequências económicas e sociais do conflito na Ucrânia, ao qual se juntou a guerra no Médio Oriente.

No caso da eletricidade, o IVA passará dos atuais 5% para 10% ao longo de 2024, enquanto o imposto especial sobre o consumo de eletricidade, que antes era de 5,1% e atualmente está em 0,5%, será de 2,5% durante o primeiro trimestre de 2024 e 3,8% durante o segundo.

Já o imposto sobre o valor da produção de eletricidade, atualmente suspenso e que inicialmente era de 7%, terá uma taxa de 3,5% até março, passando para 5,25% até junho. Por sua vez, o IVA sobre o gás natural vai passar para 10% nos primeiros três meses de 2024.

Entre as medidas que o Governo liderado por Pedro Sánchez chamou de “escudo social” está a suspensão durante o ano de 2024 dos despejos de famílias vulneráveis sem alternativa habitacional.

Mantém-se também durante mais seis meses a proibição de as empresas beneficiárias de ajudas diretas justificarem despedimentos com base no aumento dos custos energéticos.

O Governo espanhol aprovou ainda a prorrogação dos impostos temporários sobre a banca e energia e o desconto de 30% nos transportes públicos. Segundo a agência EFE, Sánchez anunciou o prolongamento por mais um ano dos impostos temporários sobre bancos e empresas de energia.

No caso da energia, poderão ser deduzidos os investimentos estratégicos ligados a projetos industriais e de descarbonização, durante o ano de prorrogação do imposto. Da mesma forma, o imposto solidário sobre as grandes fortunas será prolongado também por mais um ano.

Na área fiscal, a eliminação do IVA para os bens alimentares básicos e a redução para 5% nas massas e óleos serão mantidas por mais seis meses, conforme tinha sido anunciado. O Governo decidiu também prolongar por mais um ano o desconto de 30% nos bilhetes de transporte público de utilização frequente pagos pelo Estado, que as comunidades autónomas devem completar até 50%.

O Governo deixou, no entanto, de fora do pacote de ajuda a gratuitidade dos transportes públicos para jovens e desempregados, que tinha anunciado em novembro passado, durante o debate de investidura de Pedro Sánchez como Presidente do executivo.

Os impostos extraordinários e temporários sobre a banca e empresas energéticas em Espanha incidem nos ganhos com juros e comissões, no caso dos bancos, e nas vendas, no setor da energia, e as empresas alvo destes impostos não podem transferir o custo daquelas taxas para os consumidores, prevendo mecanismos de controlo e sanções em caso de infração.

Quando foram anunciadas estas medidas, o Governo considerou que estavam em causa ganhos extraordinários associados à inflação e à subida das taxas de juro, defendendo que tinha de haver justiça social na partilha dos custos da crise gerada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

Em julho, o Governo espanhol previa uma receita de 3.500 milhões de euros anuais com estes impostos, com a banca a contribuir com 1.500 milhões e as energéticas com 2.000 milhões. Segundo a imprensa espanhola, cerca de 20 empresas dos dois setores são abrangidas por estes impostos extraordinários.

O executivo afirmou que esta receita servirá para financiar as medidas que tem adotado desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para tentar diminuir os efeitos da inflação na economia e nos rendimentos das famílias, entre elas os descontos nas compras de combustível e nos passes de transportes públicos, cheques de 200 euros para os particulares que têm rendimentos mais baixos, aumentos de pensões ou a descida do IVA da eletricidade.

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Multimilionário francês Xavier Niel quer comprar Altice Portugal

Dono do grupo Iliad expressou interesse em adquirir a operação portuguesa da Altice ao magnata Patrick Drahi.

O multimilionário francês Xavier Niel está entre os interessados na compra da Altice Portugal, juntando-se ao rol de investidores de olho na operação portuguesa do grupo comandado por Patrick Drahi. A notícia foi confirmada esta quarta-feira pela Bloomberg, depois de os primeiros rumores terem sido noticiados em setembro pelo Les Echos.

Xavier Niel é o dono do grupo de telecomunicações Iliad, que detém a operadora francesa Free. O magnata também está a tentar expandir o seu negócio em Itália, através de uma fusão com a subsidiária italiana da Vodafone, recorda a agência de informação financeira. Contactados pela Bloomberg, a Altice e o grupo Iliad não quiseram comentar.

Segundo a agência, a venda da subsidiária da Altice que controla a operadora portuguesa Meo vai entrar em breve numa nova fase: Patrick Drahi irá preparar uma short list de potenciais compradores já no início de 2024.

Entre os interessados já conhecidos, além de Niel, estão a operadora Saudi Telecom, assim como um consórcio que inclui os fundos Warburg Pincus e Zeno Partners e o gestor português António Horta Osório. O fundo norte-americano Apollo também terá expressado interesse na Altice Portugal.

Há, no entanto, um aspeto relevante que poderá significar um entrave à possível venda da Altice Portugal a Niel. De acordo com a Bloomberg, Patrick Drahi já tinha dito que preferiria vender posições nos seus negócios de telecomunicações na Europa a fundos em detrimento de outras operadoras no setor.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h43)

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Transição energética mundial precisa de 4,1 biliões de dólares anuais

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

Na Europa, a energia limpa centrar-se-á na energia eólica, com a combinação da energia eólica 'offshore' e em terra a tornar-se a principal fonte de produção de eletricidade.

A economia mundial necessitará de um investimento anual de 4,1 biliões de dólares (cerca de 3,7 biliões de euros) em tecnologias de transição e infraestruturas energéticas até 2050, indica um estudo elaborado pela EY, segundo o qual mudanças visíveis no sistema energético só após 2030.

Segundo o documento, da consultora EY e que fala não de uma mas de “múltiplas transições energéticas”, na próxima década a energia solar e eólica alimentarão “quase tudo”, as energias renováveis em geral alinharão a oferta com a procura e o petróleo e o gás serão mais ecológicos, acrescentando que a energia verde dominará a produção de eletricidade até 2038 e representará 62% do cabaz energético até 2050.

Na Europa, a energia limpa centrar-se-á na energia eólica, com a combinação da energia eólica ‘offshore’ e em terra a tornar-se a principal fonte de produção de eletricidade na região até 2027.

A consultora prevê que a procura global de energia aumente 17% até 2050, uma vez que os motores de crescimento na China e no Sul da Ásia compensam a estabilidade registada nos Estados Unidos e na Europa. Quanto ao consumo final de eletricidade, prevê-se que cresça 24% até 2030 e 32% até 2050.

Relativamente à utilização de combustíveis fósseis, que atingirá o seu pico antes do final da presente década, a eliminação progressiva dos hidrocarbonetos demorará mais tempo, variará consoante o mercado e será mais dispendiosa do que o previsto.

Por último, o relatório aponta para a necessidade de construir uma rede hiper inteligente e flexível, face à pressão extrema exercida sobre as redes elétricas à medida que a adoção de energias renováveis aumenta.

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New York Times processa OpenAI e Microsoft por direitos de autor

O processo movido pelo New York Times não exige um valor monetário mas defende que a OpenAI e a Microsoft devem ser responsabilizadas em "milhares de milhões de dólares".

O The New York Times quer processar a Microsoft e a OpenAI, criadora e proprietária do ChatGPT, por violação de direitos de autor. Esta é a primeira ação legal iniciada por um dos grandes meios de comunicação social norte-americanos contra as donas de plataformas de inteligência artificial.

Segundo defende a empresa de notícias norte-americana, “milhões” dos seus conteúdos e artigos publicados foram e estão a ser usados sem a sua permissão para “alimentar” as plataformas de inteligência artificial destas empresas tecnológicas, de forma a torná-las mais completas, fiáveis e inteligentes, refere o The New York Times (NYT).

O NYT alega ainda que estas ferramentas estão a competir com o jornal enquanto fonte de informação confiável. Segundo o processo que deu entrada esta quarta-feira no tribunal, o NYT acusa a OpenAI e a Microsoft de se quererem aproveitar do seu “enorme investimento” na atividade jornalística, acrescentando que estas usam o conteúdo do NYT sem qualquer tipo de pagamento, substituindo-se ao jornal e “roubando” os leitores.

De acordo com a queixa, o ChatGPT gera passagens de artigos do jornal que não podem ser consultados ​​sem o pagamento de uma assinatura, o que significa que dessa forma os leitores podem ter acesso a conteúdos exclusivos e “fechados” do jornal sem terem de pagar por eles o que, por sua vez, conduz à perda de receita (entre assinantes e publicidade).

Já o Bing – motor de busca da Microsoft que possui algumas funcionalidades alimentadas pelo ChatGPT – também produz resultados retirados de sites que são propriedade do The New York Times, sem links de referência para os artigos, aponta o NYT.

O processo movido não exige um valor monetário, mas defende que as empresas tecnológicas devem ser responsabilizadas em “milhares de milhões de dólares” relacionados com a “cópia e utilização ilegal de trabalhos do The Times”, além de exigir a destruição de chatbots e dados que usem materiais protegidos por direitos de autor do The Times.

Este processo é o culminar das negociações infrutíferas entre as diferentes partes iniciadas em abril, com o NYT a referir que abordou as duas empresas à procura de uma “solução amigável”, mas que não foi possível alcançar nenhuma resolução.

Até agora, a OpenAI e a Microsoft ainda não se pronunciaram sobre o processo.

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Raimundo pede política que vá ao encontro das necessidades dos pequenos agricultores

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

"A agricultura familiar precisa de ser valorizada pela qualidade dos produtos e pela dimensão que tem", disse o secretário-geral do PCP.

O secretário-geral do PCP defendeu esta quarta-feira que o país precisa de uma política agrícola e de um governo que vá ao encontro das necessidades dos agricultores, em particular da pequena agricultura. Paulo Raimundo falava aos jornalistas depois de visitar uma exploração agrícola de cariz familiar, na Fonte do Feto, em Santo António da Charneca, no concelho do Barreiro, distrito de Setúbal.

É preciso que se olhe para esta gente para construir um país diferente, uma solução e uma vida melhor para cada um. A agricultura familiar precisa de ser valorizada pela qualidade dos produtos e pela dimensão que tem”, disse. O secretário-geral do PCP criticou o Governo socialista, acusando-o de ter desmantelado todas as estruturas de apoio aos agricultores no Ministério da Agricultura, e defendeu que as opções de fundo do “velho e do novo PS” são iguais.

A título de exemplo referiu que o atual PS é o mesmo “que deixou de fora os pequenos e médios agricultores no que respeita aos apoios à seca”. “A única esperança para haver uma inversão de política, que apoie a agricultura familiar é o PCP e a CDU porque conhecem o nosso trabalho e a nossa intervenção”, frisou.

Na visita, Paulo Raimundo esteve acompanhado pelo dirigente da Confederação Nacional da Agricultura Joaquim Lopes e por Edgar Pereira, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS). Joaquim Lopes e Edgar Pereira acusaram o Ministério da Agricultura de lançar medidas de apoio à seca deixando de fora os pequenos agricultores e defenderam que a agricultura familiar deve ser protegida.

“É preciso alterar a legislação da contratação pública. Não faz sentido que um agricultor como o João (dono da exploração que visitaram) seja obrigado a concorrer com um importador de produtos hortícolas. Não tem hipótese. É preciso vender diretamente com uma condição básica é que ele contribui para o desenvolvimento económico local, os outros não”, disse Joaquim Lopes.

O dirigente da CNA considerou necessário criar condições para que o interior seja povoado através do apoio aos agricultores uma vez que estes produzem duas coisas que considera importantes: alimentos de qualidade e mão de obra especializada. “É fundamental para criar condições para a fixação de pessoas. Não é a grande agroindústria agrícola espalhada nos perímetros de rega que resolve o problema. Esta transfere riqueza líquida, os agricultores é que são o cerne da questão”, frisou.

Edgar Pereira, por seu turno, alertou que há um setor no distrito de Setúbal “que está com a corda na garganta” por causa da seca, o da cultura do arroz carolino do Sado, que ficou de fora dos apoios anunciados pelo Ministério da Agricultura. “O arroz ficou de fora e a micro e pequena agricultura não tem acesso. Se continuarmos assim não tarda não há arroz carolino no Sado, não há arroz carolino no Mondego”, frisou.

João Luciano, dono da exploração agrícola da Fonte do Feno, disse que os pequenos agricultores “estão no esquecimento”, e confrontam-se com as grandes cadeias que importam de todo o mundo, ficando com mais dificuldades em escoar os seus produtos, obrigando-os a reduzir a produção.

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Pinto da Costa protagoniza nova série na Prime Video em 2024

Na série entram figuras com quem Pinto da Costa se cruzou como José Mourinho, Sérgio Conceição, Jorge Mendes Florentino Peréz, Joan Laporta, Futre, Madjer, Deco, Pepe ou Ramalho Eanes.

Senhor Presidente – O Campeonato de uma Vida” é o título da nova série documental sobre a vida de Pinto da Costa, que vai ser lançada em 2024 pela plataforma de streaming Prime Video, da Amazon.

Com um total de três episódios, a nova série documental incide sobre os 85 anos de vida do “sempre provocador” presidente do Futebol Clube do Porto (FCP), tendo esta sido a primeira vez que Pinto da Costa deu acesso à sua intimidade, num relato em primeira pessoa, refere um comunicado.

A série conta com a participação de familiares, amigos e de figuras com quem Pinto da Costa se cruzou ao longo do seu percurso, como José Mourinho, Sérgio Conceição, Jorge Mendes Florentino Peréz, Joan Laporta, Futre, Madjer, Deco, Pepe ou Ramalho Eanes.

A produção do documentário resulta de uma parceira da Prime Video com a SPi e o FCP. A autoria é de Cristina Arvelos (também produtora executiva) e de Pedro Lopes, e a realização ficou a cargo de Bruno Pinhal, Paulo Menezes e Graça Castanheira.

Esta série documental vem juntar-se ao catálogo de conteúdos portugueses presentes na Prime Video, como “Morangos com Açúcar”, “Operação Maré Negra”, “Pôr do Sol”, “O Clube”, “Chegar a Casa”, “PRAXX”, “Factory of Dreams: Benfica”, “Eu Amo o Benfica” e “Quintana: Um Guerreiro Extraordinário”.

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Novo Portal Base vai nascer em 2025

  • ECO
  • 27 Dezembro 2023

Portal dos contratos públicos só deverá ficar operacional em 2025 e, por isso, o IMPIC vai avançar com melhorias à atual plataforma ao longo do ano que vem.

Vai nascer uma nova versão do Portal Base em 2025. A plataforma onde que são publicados os contratos celebrados por entidades do Estado vai ser substituída por uma nova plataforma com tecnologia e funcionalidades mais avançadas.

Em entrevista ao Expresso publicada esta quarta-feira, Fernando Batista, presidente do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) revela que o lançamento do concurso para a criação do Base 2.0 vai acontecer em 2024, após elaboração do caderno de encargos, mas a nova plataforma não ficará operacional antes do fim do próximo ano.

Segundo o responsável, a nova plataforma fará “muito mais do que” registar contratos como faz atualmente, e irá “seguramente” ter um custo elevado. Enquanto não chega a nova versão serão operacionalizadas melhorias à atual plataforma. Entre elas, correções ao motor de busca, adaptações a novas exigências da União Europeia, acesso às consultas preliminares do mercado ou a possibilidade das empresas apresentarem propostas a concurso.

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Morais Leitão assessora a EDP na venda de défice tarifário no valor de 1,1 mil milhões de euros

A equipa da Morais Leitão envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro e contou com a participação da consultora Joana Alves de Abreu.

A Morais Leitão assessorou a EDP e SU ELETRICIDADE, comercializadora de último recurso do sistema elétrico português, nas operações de titularização de défice tarifário respeitante a 2024, denominada Volta VIII, e de venda sem recurso de défice tarifário, por um montante total de 1,1 mil milhões de euros.

“Este défice tarifário resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do diferencial de custo a suportar pela SU em 2024, incluindo os ajustamentos dos 2 anos anteriores (2022 e 2023), relacionado com a compra de eletricidade a produtores que beneficiam de regimes de remuneração garantida ou outros regimes subsidiados”, explicou o escritório em comunicado.

A equipa da Morais Leitão envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro e contou com a participação da consultora Joana Alves de Abreu.

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235 funcionários da Segurança Social vão ter bónus mensal até 500 euros

Funcionários da Segurança Social responsáveis por cobrar dívidas superaram objetivos e, por isso, vão ter um prémio de 1,43 milhões. Ao ECO, IGFSS avança que serão 235 os trabalhadores recompensados.

A Segurança Social vai distribuir cerca de 1,4 milhões de euros por 235 dos seus trabalhadores como recompensa pelos bons resultados obtidos no último ano na cobrança de dívidas. O universo de beneficiários foi avançado ao ECO pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS).

“Estima-se que cerca de 235 trabalhadores do Departamento de Gestão da Dívida poderão reunir as condições para serem abrangidos pelo sistema de recompensa dos dirigentes e trabalhadores do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social”, indicou fonte oficial ao ECO.

Desde 2019 que, sempre que são atingidos os objetivos de cobrança de dívida anualmente definidos no Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) do IGFSS, é atribuído um prémio de desempenho aos dirigentes e trabalhadores que exercem funções de cobrança de dívida.

Esta terça-feira, o Governo fez publicar em Diário da República uma portaria na qual faz um balanço da cobrança feita ao longo do último ano — que voltou a superar as metas — e se indica o total (os tais 1,4 milhões de euros) que será transferido para o Fundo de Cobrança Executiva da Segurança Social (FCE), cuja finalidade é unicamente pagar os prémios em questão.

Segundo a legislação, estes prémios não são, porém, iguais para todos os trabalhadores do Departamento de Gestão de Dívida. Variam em função da carreira e categoria.

Deste modo, os assistentes técnicos têm garantido um prémio mensal de 340 euros, enquanto os dirigentes intermédios e técnicos superiores têm direito a um bónus de 500 euros por mês.

Segundo adiantou ao ECO o IGFSS, entre os tais 235 trabalhadores que serão premiados, há 140 técnicos superiores e 25 dirigentes. Ou seja, 70% dos trabalhadores que serão recompensados terão direito a um bónus de 500 euros mensais.

Já o tal prémio de 340 euros por mês será atribuído a 70 assistentes técnicos, detalhou o IGFSS.

Ainda que só tenha sido publicada esta semana, a portaria produz efeitos a 1 de janeiro deste ano. Segundo as regras em vigor, os bónus devem ser transferidos de modo trimestral: a cada três meses, os técnicos superiores e dirigentes intermédios recebem 1.500 euros além do salário, enquanto os assistentes técnicos amealham 1.020 euros em prémios.

7,7 milhões de euros em cinco anos

Apresentação pública do balanço da atividade das áreas da Economia, Finanças Públicas e Emprego, no Ministério da Economia e do Mar - 30DEZ22

Estes prémios mensais foram desenhados pelo ex-ministro José Vieira da Silva, em linha com o prémio que já existia há vários anos na Autoridade Tributária para estimular a produtividade global dos serviços e o cumprimento dos objetivos de cobrança do fisco.

Em 2019, por referência à cobrança feita em 2018, foram logos separados 1,5 milhões de euros para esse fim. O ano seguinte foi sinónimo de um aumento desse montante global, que atingiu o valor mais elevado registado até hoje: 1,99 milhões de euros.

Já em 2021, o total destinado a recompensar os funcionários do Departamento de Gestão da Dívida baixou para 1,3 milhões de euros. Mas em 2022 voltou a aumentar, para 1,44 milhões.

Quanto a este ano, o valor determinado pelo Governo é, segundo já mencionado, 1,43 milhões de euros, o que significa que é muito semelhante ao distribuído no último ano pelos trabalhadores da Segurança Social.

Contas feitas, em cinco anos, o Governo já canalizou quase 7,7 milhões de euros para o FCE, sendo importante realçar que esta é uma prática que já chegou a gerar críticas.

Numa audição parlamentar, a Provedora de Justiça atacou a criação destas recompensas, dizendo que “gostaria de compreender” como é a escassez de recursos na Segurança Social se coaduna com estes prémios de desempenho em função da cobrança de dívida.

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Aeroporto do Porto atinge recorde de 15 milhões de passageiros este ano

O novo recorde de passageiros supera em dois milhões o máximo anterior, alcançado antes da pandemia, em 2019.

O aeroporto do Porto atingiu na terça-feira um recorde anual de passageiros, ao receber o passageiro número 15 milhões, no mesmo dia em que bateu um outro recorde de 100 mil aterragens e descolagens num ano.

O passageiro número 15 milhões aterrou à tarde no aeroporto do Porto, num voo da Turkish Airlines, proveniente de Istambul, segundo um comunicado divulgado pela ANA – Aeroportos de Portugal | VINCI Airports. Já o voo da TAP Air Portugal, com origem em Nova Iorque, foi o movimento 100 mil este ano.

De acordo com as gestoras do aeroporto, o ano de 2023 foi marcado por uma forte recuperação do tráfego no aeroporto do Porto, que em 2022 recebeu 12,6 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 116,3% face a 2021. O anterior recorde de passageiros foi de 13 milhões, em 2019.

De acordo com a ANA e a Vinci, o aeroporto do Porto continua a diversificar as ligações diretas aos principais mercados na Europa e a crescer significativamente o tráfego em ligações diretas intercontinentais, que aumentaram cerca de 51% em número de passageiros, face a 2022.

O Porto está atualmente ligado a mais de 106 destinos diretos, através de 30 companhias aéreas. Em 2023, o aeroporto adicionou sete companhias e 17 novas rotas.

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Fnam diz que os médicos estão a praticar “medicina de catástrofe”

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

Há dias com um único médico interno a assegurar urgência externa de Medicina Interna, de acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).

Os médicos estão a praticar “medicina de catástrofe” em várias unidades onde o volume de doentes é excessivo na última semana do ano, defendeu esta quarta-feira a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).

“O encerramento e condicionamento de quase metade dos Serviços de Urgência (SU) de norte a sul do país foi algo que se tornou trivial neste Ministério da Saúde liderado por Manuel Pizarro, que não teve a competência de conseguir atrair e fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde, num ano em que o número de médicos reformados atingiu o pico de 822″, afirmou a estrutura sindical, em comunicado.

De acordo com a Fnam, os médicos estão sobrecarregados e “sem condições adequadas ao exercício das suas funções”.

“As insuficiências multiplicaram-se durante o Natal, e teme-se o pior para os últimos dias do ano, onde os períodos após as celebrações são tradicionalmente mais exigentes para os SU”, alertou a Federação, destacando “situações que costumam funcionar abaixo dos mínimos” e que colocam médicos e doentes em risco como o SU do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, no Porto.

Segundo o relato da Fnam, médicos internos “têm sido forçados” a colmatar a falta de especialistas e há dias com “um único médico interno a assegurar urgência externa de Medicina Interna, e em simultâneo pelo menos 140 doentes internados a cargo dessa especialidade, sem médico especialista na escala de urgência interna”, situação que se prevê que se mantenha a partir de janeiro.

“Além disso, os médicos têm sido vítimas de desregulação ilegal dos seus horários, com seis dias de trabalho semanal, sem que lhes seja concedido o descanso compensatório após a realização de trabalho aos domingos e feriados”, assegurou a mesma fonte, sublinhando que ainda está por regularizar o pagamento da majoração do trabalho suplementar aos internos.

A Fnam avançou também que no Hospital de Leiria, a situação se tornou particularmente grave, com serviços dependentes de apenas dois médicos especialistas e dois internos de formação geral, que “não têm a experiência necessária para, com a necessária segurança para os doentes, praticarem atos médicos de forma autónoma”.

“Durante a noite da véspera de Natal, todo o hospital esteve entregue a um especialista, dois generalistas e dois internos do 1º e do 2º ano. Todas as outras especialidades de urgência estavam encerradas: Cardiologia, Ginecologia, Cirurgia, Pediatria. A Medicina Interna esteve fechada desde a noite de 24 e, mesmo assim, não pararam de chegar urgências por meios próprios e doentes por ambulâncias sem contacto com CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], aumentando o risco médico-legal para os médicos e a segurança dos doentes”, alegou a Fnam.

“A Sul, no Algarve, há alguns SU a alternar entre os hospitais de Faro e de Portimão, sem capacidade de assegurar o funcionamento em simultâneo. É o caso da Pediatria, da Ginecologia-Obstetrícia, da Gastrenterologia e, mais recentemente, da Urologia”, acentuou a estrutura representativa dos médicos.

No mesmo documento, a Fnam informou ainda que disponibiliza aos médicos uma declaração de declinação de responsabilidade funcional, com o objetivo de “rejeitar toda e qualquer responsabilidade decorrente da prática de atos médicos”, sempre que estejam perante condições inadequadas ao exercício das funções e desafiou o próximo Governo para negociações.

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Morreu a antiga deputada e dirigente comunista Odete Santos, aos 82 anos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

A antiga deputada e dirigente comunista Odete Santos morreu hoje, aos 82 anos.

A antiga deputada e dirigente comunista Odete Santos morreu hoje, aos 82 anos, anunciou hoje o Secretariado do Comité Central do PCP.

É com profundo pesar que o Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português cumpre o doloroso dever de informar o falecimento de Odete Santos aos 82 anos de idade e transmite à família as suas condolências“, refere uma nota esta quarta-feira divulgada.

Nascida em 26 de Abril de 1941, na freguesia de Pêga, concelho da Guarda, Maria Odete Santos era advogada, aderiu ao PCP em 1974 e foi deputada à Assembleia da República entre 1980 e 2007, tendo exercido também vários cargos a nível partidário e autárquico, em Setúbal.

Ministra Adjunta destaca “profundo contributo” para a construção da democracia

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares lamentou esta quarta-feira a morte da antiga deputada do PCP Odete Santos e recordou o seu “profundo contributo” para a “construção da democracia”.

Numa nota de pesar enviada à comunicação social, Ana Catarina Mendes refere que “foi com profunda tristeza que soube do falecimento de Odete Santos”, hoje anunciada pelo Secretariado do Comité Central do PCP.

“Enquanto ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, é incontornável recordar hoje o profundo contributo de Odete Santos para a construção da democracia e o brilhante papel que desempenhou enquanto deputada à Assembleia da República durante quase três décadas”, afirmou.

A ministra Adjunta lembra a antiga dirigente comunista como “uma incansável lutadora não só pelos direitos dos trabalhadores, como sobretudo pela igualdade de género e pelos direitos das mulheres em Portugal”.

“Recordo hoje com orgulho as batalhas em que tive a sorte de a acompanhar, como foram os casos da aprovação das uniões de facto a casais do mesmo sexo ou pelo direito à interrupção voluntária da gravidez”, acrescentou.

Manifestando o seu profundo pesar à família, amigos mais próximos e ao PCP, Ana Catarina Santos considera que Portugal se despede hoje de “uma mulher extraordinária, de fino humor e de uma enorme inteligência”.

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