Santa Casa vai dar aumentos salariais médios de 6,5% em janeiro e avança com regras “transparentes” de ingresso e progressão nas carreiras

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

"É, neste momento, aquilo que é possível a Santa Casa considerar", refere a provedora Ana Jorge, após assinar o novo Acordo de Empresa. Santa Casa tem neste momento cerca de 6.300 colaboradores.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e sindicatos assinaram esta sexta-feira um novo acordo de empresa (AE), que prevê aumentos salariais médios de 6,5% em janeiro e regras mais transparentes de ingresso e progressão nas carreiras.

Em declarações à Lusa, a provedora da Santa Casa, Ana Jorge, destacou que o acordo atualiza o AE aprovado em 2018, que atualmente “já estava completamente desatualizado”, e foi negociado em separado, mas mereceu o acordo dos sindicatos das duas centrais sindicais, CGTP e UGT.

O novo AE prevê, aquando da entrada em vigor, em janeiro de 2024, um aumento médio salarial de 6,5% em relação ao salário atual, embora em dezembro já todos os trabalhadores recebam uma atualização de 52 euros.

Por outro lado, as centrais sindicais e a Santa Casa concordaram com a criação de uma estrutura remuneratória única com 26 níveis, nos quais deverão entrar as diferentes categorias profissionais.

Os trabalhadores poderão ingressar nas profissões nos “vários níveis da estrutura remuneratória”, tendo em conta as suas qualificações, enquanto, por outro lado, será tido em conta o reconhecimento diferenciado da antiguidade de quem já trabalha na instituição.

Ana Jorge salientou que o reconhecimento diferenciado da antiguidade aplica-se, por exemplo, aos trabalhadores de níveis e carreiras que ganham pouco acima do salário mínimo, mas que, com a subida da retribuição mínima, “ficaram numa posição salarial quase idêntica à do Salário Mínimo Nacional”.

Todos os trabalhadores que comprovarem o cumprimento das condições previstas no novo AE, no âmbito da profissão que desempenham na SCML, transitarão nas mesmas condições para a nova tabela, embora a medida só seja possível a partir de dezembro de 2024, “porque tem um impacto financeiro” para além do que já acontecerá em janeiro, sublinhou.

“É, no fundo, um grande objetivo de alguma regulação, quer do ponto de vista da uniformidade dentro de cada nível, com as mesmas regras de entrada e de progressão, o que permite uma maior transparência laboral dentro da Santa Casa e também, obviamente, justiça laboral”, disse.

Ana Jorge referiu ainda que o acordo “era muito desejado”, e admitiu que, “sendo certo que tudo aquilo que se conseguiu é bom”, não é “o ideal, não é aquilo que os trabalhadores gostariam de ter” e que a Santa Casa até consideraria justo.

“É, neste momento, aquilo que é possível a Santa Casa considerar, dado aquilo que é conhecido da situação global, nós temos que fazer e tivemos que fazer alguma reestruturação interna para poder acomodar este acordo. Houve aqui uma preocupação de dar alguma resposta e de ir ao encontro dos seus anseios e necessidades e direitos, sendo que não conseguimos preencher todos, mas demos um salto grande”, afirmou.

De fora do acordo ficaram os médicos e enfermeiros, que são carreiras especiais e cujos sindicatos e a Santa Casa estão atualmente em negociação.

A SCML tem neste momento cerca de 6.300 colaboradores.

De manhã assinaram o AE sindicatos afetos à CGTP, nomeadamente o SFP- Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses, SINTTAV – Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual, SNP – Sindicato Nacional dos Psicólogos, SPGL – Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, STFPSN – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, STFPSSRA – Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e STSS – Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica.

À tarde foi assinado o acordo por sindicatos afetos à UGT, como o SDPGL – Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa e Vale do Tejo, SINAPE – Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação, SINDEP – Sindicato Nacional e Democrático dos Professores, SINDITE – Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, SITESE – Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo, STAAEZSRA – Sindicato dos Técnicos Administrativos e Auxiliares de Educação do Sul e Regiões Autónomas e STE – Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos.

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Smart Farm Virtual: A agricultura do futuro, num clique!

  • Conteúdo Patrocinado
  • 24 Novembro 2023

Uma quinta inteligente onde pode saber tudo sobre sustentabilidade agrícola à distância de um clique? Sim, na Smart Farm Virtual, um projeto da ANIPLA que visa ampliar o acesso a formação agrícola.

A produção de alimentos seguros e em quantidade suficiente para todos tem sido uma preocupação em todo o mundo, muito alavancada pelas crescentes alterações climáticas, que obrigam, cada vez mais, a pensar numa agricultura mais eficiente, em total respeito e sintonia com a natureza e os seus recursos.

Da água aos solos, passando pela manutenção e preservação da biodiversidade, são muitos os desafios que os profissionais do setor enfrentam, o que exige que estejam cada vez mais atualizados e que tenham do seu lado um conjunto de ferramentas e soluções que lhes permitem produzir de forma integrada e sustentável. Argumentos que fizeram nascer, em 2016, a Smart Farm, a Quinta Inteligente da ANIPLA, Associação da Indústria para a Proteção das Plantas.

Como melhorar as explorações através de uma boa gestão das águas de lavagem dos pulverizadores? Como proteger e defender os solos mantendo-os saudáveis e produtivos? E no que toca à biodiversidade, como protegê-la, estimulá-la e promovê-la ao mesmo tempo que se produz alimentos? É na Smart Farm que profissionais do setor e público em geral encontram resposta a estas e muitas outras questões, num espaço que nasceu com o objetivo de promover as melhores práticas agrícolas e sensibilizar a comunidade para as mais avançadas ferramentas de produção.

Esta moderna exploração agrícola, localizada na Companhia das Lezírias, nasceu com o propósito de contribuir para a capacitação do setor agrícola, tornando-o cada vez mais sustentável e resiliente, e com um trabalho assente em quatro pilares fundamentais – água, alimentação, saúde e biodiversidade – a Smart Farm é hoje um local de referência no que toca à promoção e divulgação de boas práticas e ferramentas para uma agricultura do futuro, num compromisso contínuo com o ambiente, a segurança a inovação e a tecnologia.

Ao todo, a quinta inteligente da ANIPLA já formou mais de 1500 visitantes, e, desde 2022, passou também a passar conhecimento à distância com a criação da plataforma Smart Farm Virtual, uma extensão digital da Smart Farm. O seu principal propósito é ampliar o conhecimento do público sobre as ferramentas utilizadas pelo agricultor na produção de alimentos, ao mesmo tempo que garante a proteção de recursos vitais para a sustentabilidade do planeta (fauna, flora, solos e água).

Com esta nova plataforma, que já conta com mais de 10 mil visitas online, é possível para qualquer pessoa, a partir de qualquer lugar, através de um computador ou de um smartphone, aceder à mais recente e atualizada informação sobre as melhores práticas de utilização segura e sustentável de fitofarmacêuticos, assim como conhecer um conjunto de ferramentas tecnológicas que ajudam o agricultor a ser cada vez mais eficiente no uso desses produtos e na proteção das suas culturas. Com documentação, vídeos, materiais de apoio entre muitas outras soluções disponíveis, a Smart Farm Virtual é um verdadeiro ponto de encontro com o conhecimento, que contribui para os objetivos europeus da Indústria em formar um milhão de agricultores e técnicos até 2030.

Recorrendo a uma técnica de Navegação Interativa, com adaptações de realidade aumentada, na Smart Farm Virtual, os utilizadores poderão conhecer com todo o pormenor os projetos de promoção e preservação da biodiversidade desenvolvidos na exploração; os procedimentos associados à gestão e uso de produtos fitofarmacêuticos; os principais cuidados a ter na gestão de embalagens; os principais e mais eficientes processos de pulverização, gestão de efluentes e tudo o que está relacionado com práticas agrícolas, inovação, agricultura de precisão, aplicação e gestão de recursos.

Com o propósito de promover esta plataforma e permitir que a mesma chegue a um público cada vez mais alargado, a ANIPLA iniciou, este ano, um roadshow pelo país, num investimento que já alcançou os 17 mil euros, com o apoio da Croplife Europe, e que está no terreno, num contacto direto com os agricultores, mas também com as associações, estudantes e com os consumidores de forma geral, para esclarecer dúvidas e curiosidades, mantendo o objetivo de formação contínua do setor.

Recorde-se que, em 12 anos, segundo o mais recente estudo divulgado pelo Eurostat, o setor agrícola já reduziu em cerca de 30% a quantidade de produtos fitofarmacêuticos utilizados, precisamente porque a evolução tecnológica e incorporação de novas técnicas nas explorações portuguesas já é uma realidade, num país que é feito, sem dúvida, de cada vez mais smart farmers!

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Ministro da Saúde admite que dívida do SNS a fornecedores é “motivo de preocupação”

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

Dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores externos atingiu 2.322 milhões de euros em setembro. Manuel Pizarro reconhece que é "um motivo de preocupação".

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou esta sexta-feira que a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é “um motivo de preocupação”, referindo que a comparação sobre os montantes só se fará no final do ano.

“É evidentemente um motivo de preocupação. Precisamos de continuar a aumentar o financiamento do SNS, por isso é que o Orçamento do Estado para 2024 prevê um aumento de cerca de 1.200 milhões de euros no SNS”, afirmou o ministro, à margem do 26.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, em Gaia.

O Expresso avançou na edição desta semana que a dívida do SNS aos fornecedores externos atingiu 2.322 milhões de euros em setembro, “num crescimento sustentado desde o arranque de 2023”, que começou com mais de 1.618 milhões de euros por pagar vindos de dezembro de 2022.

Aos jornalistas, Manuel Pizarro disse, no entanto, que, apesar da preocupação, a comparação sobre os valores em dívida se fará no final deste ano. “No final de 2022 tivemos a mais baixa dívida de sempre do SNS e é com esse momento que vamos fazer a comparação”, acrescentou.

Também questionado sobre as negociações com os sindicatos dos médicos, Manuel Pizarro negou existir cansaço das partes que, considerou, estão “muito focadas” no acordo. O ministro criticou, contudo, a “falta de aproximação” dos sindicados às propostas do Governo.

“O Governo tem-se aproximado muito das posições dos sindicatos e é altura dos sindicatos se aproximarem das posições que o Governo tem proposto. Tem havido falta de aproximação e é preciso reconhecer que o Governo, mesmo nestas circunstâncias, continua a fazer um esforço para chegar a um acordo com os médicos”, referiu.

Os sindicatos dos médicos e o Governo não chegaram a acordo na reunião de quinta-feira, e voltam a reunir-se na terça-feira, véspera da votação final do Orçamento do Estado para 2024.

As negociações decorrem há 19 meses, com a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) a exigir aumentos de 30% e um horário de 35 horas semanais, as 12 horas de serviço de urgência e a atualização do salário base que reponha o poder de compra para os níveis anteriores à ‘troika’ para todos os médicos.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) levou à reunião de quinta-feira e uma proposta de aumentos de 15%, uma cedência face aos 30% anteriormente exigidos.

O Ministério da Saúde apresentou, na quinta-feira, uma nova proposta de um aumento salarial diferenciado de 12,7% para os médicos em início de carreira, acima de 11% para os assistentes graduados e de 9,6% para os médicos no topo da carreira.

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Faculdade de Economia do Porto analisa aplicação da tecnologia blockchain no ensino e na indústria

Projeto “Generation Blockchain” visa aumentar a literacia em temas relacionados com esta tecnologia e integrá-la na educação, na investigação, na indústria e na governação.

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) apresenta, este sábado, um conjunto de materiais produzidos no âmbito do projeto internacional “Generation Blockchain”, assim como analisa as oportunidades e desafios na implementação de soluções tecnológicas, como Blockchain e Criptomoedas, no ensino, nas empresas e nos mercados.

Subordinado à temática “O uso da tecnologia Blockchain na educação”, este evento acontece no âmbito do projeto “Generation Blockchain” do qual fazem parte, para além da FEP, a Universidade de Szczecin (Polónia), a Frankfurt School Blockchain Center (Alemanha), a Momentum Educate+ Innovate (Irlanda), a Universidade de Ciências Aplicadas de Amsterdão (Países Baixos) e o Instituto Europeu de E-learning (Dinamarca).

O objetivo deste projeto é aumentar a literacia em temas relacionados com a tecnologia blockchain, assim como integrar esta tecnologia na educação, investigação, indústria e governação, informa a FEP num comunicado enviado às redações.

Entre os participantes na sessão plenária estão o administrador do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, o presidente da Aliança Portuguesa de Blockchain, Rui Serapicos, e o fundador da Ophir Labs, Tiago Laranjeiro.

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De Monção a Lisboa, cosmética natural portuguesa “embeleza” negócio no estrangeiro

Dos sabonetes artesanais aos champôs sólidos, existem várias marcas portuguesas a apostar neste nicho de negócio. Para além de serem naturais ajudam a dinamizar a economia local.

Os consumidores estão cada vez interessados em comprar produtos naturais, mais sustentáveis e com menor impacto no Planeta. Os sabonetes e champôs artesanais são exemplo dessa procura e nos últimos anos têm sido criadas várias marcas portuguesas de cosmética natural. Conheça os casos da Norah Orgânico, da Arca da Saúde – Savonnerie e da Let It Soap.

Catarina Araújo, formada em Farmácia pelo Instituto Politécnico de Bragança, ingressou no programa Mobilidade internacional e foi para para Goiânia (Brasil) em 2011, onde acabou por ficar oito anos e teve o primeiro contacto com óleos essências e medicina através das plantas. Regressou a Portugal em 2020, mais concretamente à terra natal, Monção. Um ano depois criou uma marca de cosmética natural: a Arca da Saúde – Savonnerie.

“Gostei muito da abordagem brasileira, tanto na parte de cosmética, como da medicina natural na parte da fitoterápica. O contacto que o povo tem com a natureza é muito maior, assim como a biodiversidade. Isso levou-me a perseguir essa parte farmacêutica”, conta Catarina Araújo, fundadora da Arca da Saúde, em declarações ao ECO/Local Online.

Procuro abastecer-me com produtos locais certificados, de forma a dinamizar a região.

Catarina Matos Araújo

Fundadora e responsável de produção da Arca da Saúde - Savonnerie

A Arca da Saúde conta com vários produtos de cosmética natural, desde sabonetes artesanais a champôs sólidos e sais de banho. Lavanda, argila, camomila, mel, rosas, urtigas, leite de cabra e até vinho alvarinho são algumas das matérias-primas usadas por Catarina Araújo. A empreendedora de 33 anos diz que, “sempre que possível”, recorre a produtores locais. “Procuro abastecer-me com produtos locais certificados, de forma a dinamizar a região”, realça. Está a fazer uma segunda licenciatura em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Coimbra.

No ano passado, Catarina Araújo diz ter vendido mais de cinco mil produtos, que chegaram a países como Espanha, França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Reino Unido, Itália ou Países Baixos. Além da loja física em Monção, os produtos da Arca da Saúde são vendidos em vários espaços no Minho. A loja online abriu no mês passado. Afirmar-se no mercado nacional e internacional, terminar a certificação de todos os produtos (por parte da SGS e Infarmed) e aumentar a gama de produtos, são os objetivos de Catarina Araújo para 2024.

Nascida na pandemia e na Serra da Arrábida

A ideia de criar a Norah Orgânico, marca de cosmética natural, surgiu durante a pandemia, quando a fundadora Cláudia Manuel Silva, atriz de profissão, ficou sem trabalho. Apaixonada por herbalismo, cosmética natural e aromaterapia, em 2019 ingressou num curso de cosmética natural, com o objetivo de produzir produtos naturais para si e para a família. Não imaginava que poderia ser a “tábua de salvação” para os tempos difíceis que se avizinhavam: uma pandemia.

“Como estava parada na minha profissão, comecei a lançar a Norah. Mas muito descontraidamente, sem perspetivas de grande negócio”, conta Cláudia Manuel Silva. Começou por vender uns kits de Natal aos amigos e percebeu que os produtos tinham “uma grande procura”. Decide criar a empresa em 2021, juntamente com a irmã Ana Silva, designer de profissão, responsável por toda a imagem gráfica da Norah Orgânico.

Como estava parada na minha profissão, comecei a lançar a Norah. Mas muito descontraidamente, sem perspetivas de grande negócio.

Cláudia Manuel Silva

Fundadora da Norah Orgânico

É na unidade de produção em Palmela que são produzidos todos os produtos da Norah Orgânico de forma artesanal, que conta com uma grande variedade que vão desde sabonetes artesanais a champôs sólidos, desodorizantes e séruns de rosto. Além da produção própria, a empreendedora produz produtos de skincare e desodorizantes para outras marcas, incluindo a Bam&Boo.

Cláudia Manuel Silva inspira-se na Serra da Arrábida e nas diferentes estações do ano. “Tenho sabonetes artesanais para cada estação do ano e são todos inspirados nas cores e aromas da Serra da Arrábida”, conta a fundadora da Norah Orgânico.

A fundadora, natural de Santa Maria da Feira, diz que tenta comprar sempre que possível matérias-primas em Portugal. Quando não consegue, recorre a Espanha, França e Itália. Os produtos da Norah Orgânico estão praticamente todos certificados pelo Infarmed — e os restantes estão em processo de certificação.

Os produtos estão à venda através da loja online da Norah Orgânico e em alguns pontos de venda em Setúbal, Lisboa e Santa Maria da Feira. Além do mercado nacional, os produtos da marca que nasce no coração da Serra da Arrábida já chegaram a países europeus como Itália e França.

Com o escalar do negócio, Cláudia Manuel Silva, de 38 anos, conta que precisa de novas instalações maiores, mas realça que o “valor das rendas são um entrave”. Quando o mercado imobiliário estabilizar, diz que um dos objetivos é mudar de instalações. “Com o aumento da produção, o meu objetivo para o próximo ano é mudar de instalações, mas se as rendas não baixarem vou optar por adaptar as instalações atuais”, afirma Cláudia Manuel Silva. Paralelamente, quer contratar mais uma pessoa para a ajudar na produção.

Sabonetes da Let It Soap produzidos na Tec Labs

A ideia de criar uma marca de cosmética artesanal começou a fermentar o ano passado, mas foi em setembro deste ano que o casal Elsa Ascensão e o Miguel Valente lançou a Let It Soap. À semelhança da Norah Orgânico, Miguel Valente conta que a ideia surgiu na sequência da pandemia, ao perceberem que começava a “existir uma proliferação gigante de negócios feitos em casa para colmatar a falta de rendimentos”.

Juntando o gosto natural pela saboaria à curiosidade de perceber a ciência por trás da produção, Elsa Ascensão decidiu tentar a sorte e ficou interessada nos resultados alcançados. No batizado de um dos filhos, em junho do ano passado, Elsa Ascensão ofereceu como lembrança aos convidados um sabonete com cheiro a pó talco, produzido pela própria. Ficou surpreendida com o feedback que recebeu.

A Let It Soap tem disponível uma gama de 21 sabonetes artesanais que são certificados no Cosmetic Products Notification Portal (CPNP) e Infarmed e produzidos no Tec Labs, incubadora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa de onde saíram empresas como a Science4you.

Elsa Ascensão e Miguel Valente, formados em Economia e em Gestão, respetivamente, pela Universidade Nova de Lisboa, orgulham-se de não testar os produtos em animais e serem uma marca plastic free. Os produtos estão à venda na loja online da Let It Soap.

O casal está agora a tratar do processo de internacionalização, sendo que um dos objetivos passa por exportar “desde Portugal para a Europa”. Elsa e Miguel, de 39 e 38 anos, querem alargar o portefólio de produtos para champô sólidos, cremes de corpo e esfoliantes, entre outros.

A nossa empresa aposta em aliar o tradicional com o moderno, procurando apostar em ingredientes de alta qualidade, fragrâncias apelativas e designs atrativos.

Miguel Valente

Fundador da Let It Soap

“A nossa empresa aposta em aliar o tradicional com o moderno, procurando apostar em ingredientes de alta qualidade, fragrâncias apelativas e designs atrativos, conta ao ECO/Local Online, Miguel Valente, que é gestor de marketing digital e colabora há cinco em anos, em teletrabalho, para uma empresa norte-americana.

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Governo altera regras da cobrança de dívidas à Segurança Social. Saiba o que muda

Governo impossibilita que prestações destinadas a assegurar mínimos de subsistência sirvam para compensar valores em falta. E aumenta mínimo com que devedor fica após pagamento da dívida.

As regras da regularização de dívidas à Segurança Social vão mudar em breve. O Governo aproveitou a reunião desta semana do Conselho de Ministros para aprovar um decreto-lei que faz alterações nesse sentido, determinando, por exemplo, que as prestações destinadas a assegurar mínimos de subsistência não podem servir para compensar os valores em falta.

De acordo com a nota enviada às redações pelo Governo, o diploma que recebeu “luz verde” procede a três mudanças nas regras em causa.

Primeiro, “aumenta os limites mínimos mensais dos rendimentos disponíveis após o cumprimento das obrigações de restituição“, ou seja, o valor mínimo com que deve ficar o devedor após o pagamento da dívida é revisto em alta. O decreto-lei ainda carece do aval de Marcelo Rebelo de Sousa antes de ser publicado em Diário da República. Pelo que ainda não é certo qual será esse valor.

Por outro lado, “impossibilita-se a compensação de dívida com prestações destinadas a assegurar mínimos de subsistência a pessoas em situação de carência económica”. Isto é, para os portugueses em situações mais frágeis, fica claro que as prestações sociais que lhes são pagas para a sua sobrevivência não podem servir para pagar estas dívidas.

Outra alteração passa pela “clarificação do procedimento de anulabilidade dos atos de atribuição das prestações”. O Governo vem agora esclarecer nesse despacho como decorre o processo que anula a concessão de prestações a determinados beneficiários.

No início do mês, António Costa pediu demissão do cargo de primeiro-ministro e o chefe de Estado indicou que iria dissolver o Parlamento logo após a aprovação do Orçamento do Estado, o que acontecerá na próxima semana. Como este decreto-lei já foi aprovado em Conselho de Ministros, não está em risco de ficar pelo caminho. Falta-lhe agora somente o “sim” do Presidente da República.

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Eversheds Sutherland FCB conta com três novos sócios

Fábio Loureiro, João Rocha de Almeida e Ricardo Couto foram promovidos a sócios da Eversheds Sutherland FCB.

O escritório de advogados Eversheds Sutherland FCB promoveu Fábio Loureiro, João Rocha de Almeida e Ricardo Couto a sócios.

“A passagem a sócios do Ricardo, do Fábio e do João é a prova de como o escritório valoriza o seu capital humano e um reconhecimento do contributo muito relevante que cada um deles tem dado para o crescimento sustentado das respetivas áreas de prática e do escritório como um todo”, refere em comunicado Rodrigo Almeida Dias, co-managing partner da Eversheds Sutherland FCB.

Fábio Loureiro colabora com o departamento de Contencioso e Arbitragem desde 2014, nas vertentes de direito civil e comercial, dedicando-se particularmente a temáticas relacionadas com a responsabilidade civil e a litígios contratuais nacionais e transnacionais. O advogado está também envolvido na coordenação do podcast LEXplain e na cocoordenação da equipa da firma dedicada a matérias relacionadas com ESG.

João Rocha de Almeida integra o escritório também desde 2014, fazendo parte do departamento de Direito Público, Administrativo e do Ambiente. O novo sócio dedica-se ao acompanhamento de litígios arbitrais e judiciais relacionados com a área da construção e ainda presta assessoria em matérias regulatórias. Conta também com uma ampla experiência no acompanhamento de projetos da área de prática de Energia e Recursos Naturais.

Na Eversheds Sutherland FCB desde 2021, Ricardo Couto coordena o departamento de Direito Bancário e Mercado de Capitais. Com mais de 25 anos de experiência no setor financeiro, centra a sua prática essencialmente nas áreas de mercado de capitais, banca de investimento e de retalho, tendo vasta experiência em assessoria de operações de crédito a empresas, instituições financeiras e fundos de investimento.

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Mercadona é o supermercado que mais agrada aos consumidores, revela inquérito da Deco

O agrado em relação aos preços é o fator que mais influencia a satisfação dos consumidores com as cadeias de supermercado. Segue-se a satisfação com o que se compra e o conforto da loja.

As lojas Mercadona são aqueles que mais agradam aos portugueses, revela o inquérito anual de satisfação com os supermercados feito pela Deco. O estudo da associação de defesa do consumidor refere também que as lojas El Corte Inglés/Supercor e MyAuchanocupam as posições seguintes na preferência dos consumidores nacionais.

O inquérito, que reuniu 4.412 respostas em relação a 20 cadeias de lojas físicas e quatro online, explica que a liderança das lojas Mercadona está relacionada com o conforto, indicação dos preços, qualidade do peixe, qualidade e disponibilidade dos produtos de marca própria e satisfação com os produtos comprados. Os únicos fatores que reúnem menor satisfação nesta cadeia prendem-se com as promoções e descontos.

Já nos supermercados El Corte Inglés/Supercor, a qualidade da carne é o fator com maior índice de satisfação – sendo o mais elevado entre as 20 cadeias analisadas -, seguindo-se o conforto dos espaços e estacionamento. Por outro lado, o preço dos produtos, as promoções e os descontos são os indicadores que menos satisfazem quem faz compras nestes estabelecimentos.

No terceiro lugar, as lojas My Auchan agradam aos consumidores pelo seu estacionamento e qualidade da carne e peixe.

No top 10 segue-se o Aldi, Auchan, Lidl, Coviran, E.Leclerc, Continente e Intermarché Contact. Os últimos três lugares são ocupados pelo Continente Modelo (Madeira), Minipreço e Pingo Doce (Madeira).

O agrado em relação aos preços é o fator que mais influencia a satisfação dos consumidores em relação às cadeias de supermercado, ao que se segue a satisfação com o que se compra e o conforto da loja (espaço, limpeza e luminosidade).

No entanto, entre as várias as razões que levam os inquiridos a um supermercado em detrimento de outro, a principal (38%) é o lado prático (ficar próximo de casa ou emprego). Apenas 15% dos consumidores mencionaram a qualidade dos produtos em geral e o facto de a loja praticar bons preços, sendo que a cadeia Mercadona é a única onde a qualidade dos produtos é o fator que mais pesa na escolha.

No que diz respeito a compras online, o site do El Corte Inglés é o preferido dos consumidores portugueses. Segue-se o Pingo Doce (Mercadão), Auchan e Continente.

O aspeto que mais influencia a satisfação global junto dos sites dos supermercados é a precisão na entrega, mas a disponibilidade dos produtos, a pontualidade da entrega e a condição dos produtos à chegada também determinam a escolha dos consumidores. Entre os produtos que os consumidores portugueses preferem comprar online encontra-se o pão, roupa, calçado, fruta fresca e legumes.

Segundo outros dados avançados no estudo, 55% dos consumidores vão ao supermercado uma ou duas vezes por semana, 67% pagam com cartão de débito e 53% visitam todas as semanas o mesmo supermercado. Três quartos dos inquiridos dizem nunca ter comprado num supermercado online. Já o montante médio gasto mensalmente em supermercados pelos inquiridos é de 347 euros.

O estudo foi feito tendo por base um inquérito de satisfação com as lojas físicas, onde foram consideradas 4.412 respostas e ainda respostas de 2022 “de forma a garantir maior estabilidade nos resultados, pelo que foram reunidas mais de 20 mil experiências válidas em 20 supermercados”, explica-se em nota de imprensa.

Já no caso das lojas online, o grau de satisfação dos clientes baseou-se nas respostas de quem efetuou compras nos sites e recebeu os produtos em casa, através de um serviço operado pelo supermercado. Foram obtidos resultados para quatro plataformas.

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Sucesso das empresas depende da liberdade dos colaboradores?

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  • 24 Novembro 2023

As empresas mais bem sucedidas no mercado de trabalho são as que trabalham mais horas ou são as que veem o colaborador como pessoa, em vez de um número? Conheça o exemplo da Crossjoin.

Num cenário empresarial em constante evolução, tem-se vindo a assistir a uma transformação nas expectativas dos colaboradores, que não se preocupam apenas em desempenhar as suas funções nas empresas, mas também exigem um ambiente de trabalho que respeite e atenda às suas necessidades. Cada vez mais, os profissionais não estão só à procura de salários competitivos e benefícios tangíveis, tendo também direcionado a sua atenção para o lado humano das organizações em que se encontram.

Esta mudança de paradigma reflete a crescente consciência dos colaboradores sobre os seus direitos e a importância de ambientes de trabalho que valorizem não apenas a produtividade, mas também o bem-estar e o desenvolvimento pessoal. Nesse contexto, as empresas enfrentam o desafio de repensar as suas práticas e políticas, de forma a promoverem uma cultura organizacional que não apenas satisfaça as expectativas profissionais, mas também promova o lado humano, proporcionando um ambiente onde os colaboradores se sintam respeitados, ouvidos e motivados a contribuir para o sucesso coletivo.

A Crossjoin, uma empresa portuguesa de consultoria focada na otimização de sistemas de informação, recebeu a distinção “Best Work Places Portugal 2023” e é um dos exemplos de organizações que valoriza o lado humano dos seus colaboradores e, por causa disso, põe em prática várias iniciativas que, além de promoverem o bem-estar da equipa, trazem resultados positivos para a própria empresa.

Em entrevista ao ECO, Susana Pires, Consultora Senior da área de Recruitment, Recognition & Fidelization, explicou por que razão a Crossjoin se distingue, qual a estratégia de gestão de pessoas da empresa e os programas que tem desenvolvido nesse sentido.

A Crossjoin é considerada um excelente lugar para trabalhar na medida em que tem uma cultura focada nas pessoas, no seu bem-estar e desenvolvimento. Tudo começa com um processo de acolhimento diferenciador, que tem como objetivo receber e orientar o recém-colaborador. Iniciamos com um tour ao Pólo Tecnológico, entregamos um kit de boas-vindas, apresentamos os novos colegas e o Buddy, que é um colega mais experiente na empresa e que tem um papel crucial na sua integração”, começou por dizer.

 

 

Após a entrada do colaborador na Crossjoin, “é criado um Plano Individual de Desenvolvimento, que permite clarificar o colega dos seus objetivos, metas para progredir e o caminho para lá chegar”. Além disso, é ainda criado um plano de formações, que não se limita apenas às habilidades técnicas, mas também a competências interpessoais, inteiramente financiadas pela empresa. A juntar a estes benefícios, a Crossjoin oferece um plano de seguro de saúde extensível à família, um plano de consultas em diferentes especialidades, mensalidade de ginásio, e tem uma rede de parceiros, como farmácia online, óticas, Meo, Dentárias e Restauração.

Relativamente às estratégias que colocam em prática para a boa gestão de pessoas, Susana Pires destacou a formação na Academia CrossMind da Crossjoin. “Na nossa Academia CrossMind, o colaborador conhece a nossa cultura, práticas e metodologias. O CEO da Crossjoin faz questão de estar todas as sextas-feiras na Academia, com o intuito de ouvir cada novo colaborador e partilhar a sua experiência, valorizando a praticidade dos valores, princípios, ferramentas e metodologias que constituem os ensinamentos do programa da Academia”, disse. Além deste contacto com o CEO na Academia, há, ainda, um kick-off trimestral, no qual todos os colaboradores têm a liberdade de questionarem o que quiserem e o Board responderá a essas perguntas “de forma totalmente transparente”.

O investimento feito no plano de formação que a empresa oferece é, de acordo com Susana Pires, “reconhecido como um instrumento de crescimento de carreira, assim como os momentos de avaliação, que proporcionam um melhor entendimento e direcionamento na progressão de carreira de cada um”.

Susana Pires, Consultora Senior da área de Recruitment, Recognition & Fidelization

“Não seguimos um modelo hierárquico de organização em pirâmide. Somos uma empresa self managed e isso faz com que todos os colaboradores se sintam mais comprometidos e sejamos muito mais ágeis na gestão de mudança“, acrescentou, ao mesmo tempo que salientou o plano de desenvolvimento individual (IDP) que dispõem, alinhado com o plano de carreira (CP), “que contém critérios claros e objetivos transparentes que visam a promoção e atribuição de benefícios diferentes mediante o nível, como carros elétricos, bónus e prémios/profit sharing”.

“Criamos, também, sessões de coaching de performance, onde os colaboradores são orientados por um profissional da área que os ajuda a desbloquear desafios, trazer clareza e até soluções para que o Crosser possa desempenhar a sua função motivado e em equilíbrio. Dado que temos uma organização self managed oriented, os Crossers ganham o poder e responsabilidade de gestão do seu próprio tempo e trabalho que, juntamente com os valores da integridade, sustentabilidade, comunicação, transparência, diligência e princípios da empresa responsabilizam os próprios para assegurar e gerir o seu próprio life balance“, concluiu.

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Miranda assessora a Horizon Equity Partners na compra da Dilectus

A equipa da Miranda envolvida na operação contou com os sócios Leonardo Marques dos Santos, Maria João Mata e Pedro Melo, bem como Catarina Santinha, Maria Ataíde Cordeiro e Catarina Campelo.

A Miranda & Associados assessorou a operação de investimento da Horizon Equity Partners na aquisição de 80% da Dilectus, uma instituição que atua na área dos cuidados continuados de saúde na Ilha da Madeira. O investimento total poderá ascender a cerca de 12 milhões de euros, estando prevista a aquisição do imóvel da sede da Dilectus e a construção de uma segunda unidade na cidade do Funchal.

A equipa multidisciplinar da Miranda envolveu as áreas de prática de Societário, de Público & Regulatório, de Fiscal e de Imobiliário e inclui os sócios Leonardo Marques dos Santos, Maria João Mata e Pedro Melo, bem como Catarina Santinha, Maria Ataíde Cordeiro e Catarina Campelo.

A Dilectus Madeira é a única residência assistida no Funchal, tem uma capacidade para cerca de 90 camas, com uma taxa média de ocupação superior a 95%, e um contrato com a Rede Regional de Cuidados Continuados que abrange 50% da sua capacidade.

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Região de Leiria investe 6,5 milhões na “vanguarda da inovação e mobilidade sustentável”

A criação de uma plataforma global de mobilidade, a introdução de transportes públicos verdes e o estabelecimento do “Leiria Innovation Hub” são estas algumas das ações deste projeto.

“Ressalta a urgência de abordar o problema crítico da utilização excessiva do veículo particular na área urbana de Leiria. Esta iniciativa [Sistema de Mobilidade da Região de Leiria/Ourém] não só enfrentará esse desafio diretamente, mas também servirá como um exemplo para outras regiões enfrentando problemas semelhantes,” começa por afirmar o autarca de Leiria, Gonçalo Lopes. O modelo poderá ser replicável noutras áreas do país.

Num investimento de 6,5 milhões de euros, este projeto aposta na sustentabilidade ambiental e na melhoria da qualidade de vida urbana, assim como no desenvolvimento económico, “colocando Leiria na vanguarda da inovação e mobilidade sustentável“, avança a Comunidade intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), um dos promotores deste projeto.

O projeto visa enfrentar o desafio da utilização excessiva de automóveis na região, promovendo uma transformação na mobilidade urbana para atingir metas ambiciosas de redução de emissões de carbono.

Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL)

Além da CIMRL, participam também os municípios de Leiria, Ourém, Marinha Grande, Pombal, Batalha e Porto de Mós. Também fazem parte desta iniciativa as associações empresariais de Leiria (NERLEI) e Ourém (ACISO), assim como representantes dos ensinos profissional e superior politécnico da região.

“O projeto visa enfrentar o desafio da utilização excessiva de automóveis na região, promovendo uma transformação na mobilidade urbana para atingir metas ambiciosas de redução de emissões de carbono”, resume esta comunidade intermunicipal. Entre os objetivos estratégicos estão a redução significativa de emissões e o estímulo à inovação e empreendedorismo na área de mobilidade sustentável.

“A mobilidade para o trabalho e as deslocações das comunidades educativas são um dos motes principais da candidatura a submeter ao Programa Regional do Centro – Centro2030″, adianta a comunidade intermunicipal. A CIMRL vai, assim, submeter uma candidatura ao aviso “Redes Urbanas” do Programas Regionais Norte2030, Centro2030, Lisboa2030, Alentejo2030 e Algarve2030 – Pré-qualificação, e o consórcio regional de Leiria, com a participação do município de Ourém e de diversas entidades empresariais, científicas e do ensino profissional da região.

Numa primeira fase do projeto, a equipa vai realizar estudos sobre padrões de mobilidade assim como desenvolver uma plataforma global de mobilidade e apostar em transportes públicos verdes. A par destas ações estão ainda programados o estabelecimento do “Leiria Innovation Hub” e alterações regulamentares para incentivar o uso de meios de transporte sustentáveis.

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PGR abre processo disciplinar a procuradora que criticou DCIAP na Operação Influencer. “Mantenho tudo”, reage Maria José Fernandes

O Conselho Superior do Ministério Público - liderado pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago - instaurou uma averiguação preventiva à procuradora que criticou o DCIAP num artigo de opinião.

O Ministério Público (MP) instaurou um processo especial de averiguação para aferir a “relevância disciplinar da conduta” da procuradora-geral adjunta, Maria José Fernandes, que, na passada segunda-feira, escreveu um artigo de opinião em que criticava a atuação do DCIAP no processo da Operação Influencer.

O processo de averiguação foi confirmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à Lusa, depois de a instauração de uma averiguação preventiva ter sido noticiada pela SIC. Em caso de condenação, um processo disciplinar pode levar a penas que vão da advertência até à demissão.

Não se referindo diretamente à Operação Influencer, a procuradora-geral adjunta Maria José Fernandes defendeu que existe no Ministério Público quem entenda que “a investigação criminal pode ser uma extensão de poder”, denunciando situações de recolha de meios de prova por vezes “intrusivas e humilhantes”.

“No DCIAP deveria privilegiar-se o pensamento crítico, a discussão interdisciplinar, nomeadamente com colegas de outras jurisdições tocantes ou conexas”, escreveu, dizendo temer que se “tornem cabines herméticas, onde pontuam algumas prima donnas intocáveis e inamovíveis”. O tom crítico vai ainda mais longe quando a procuradora-geral adjunta defende que se permitiu a criação de “uma bruma de autossuficiência totalmente nefasta e contrária ao que deve ser a qualidade e a excelência desta profissão” na carreira de procurador.

“Os desfechos de vários casos já julgados permitem extrair que há aspetos do trabalho dos procuradores de investigação a carecer de revisão e aprimoramento pelo exercício da autocrítica”, assinala.

Em declarações ao Público, Maria José Fernandes disse ainda não ter sido notificada da averiguação, mas está segura de não ter violado nenhum dever estatutário. “Mantenho tudo o que escrevi, sejam quais forem as consequências”, declara, acrescentando que aguarda com serenidade o desenrolar do processo.

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