Investimento direto estrangeiro cai 12% até setembro

Depois da quebra no primeiro semestre, as transações de investimento direto estrangeiro recuperaram no terceiro trimestre. Ainda assim, recuam 12% em 2023.

O investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal atingiu os 4.613,8 milhões de euros entre janeiro e setembro, recuando 12% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

Depois de uma quebra de 50% registada no primeiro semestre, as transações de IDE em Portugal recuperaram terreno no terceiro trimestre deste ano, totalizando os 2.611,6 milhões, quatro vezes mais do que no terceiro trimestre de 2022.

Deste montante trimestral, 1,1 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário, sendo que “foram sobretudo os outros países europeus que mais investiram em Portugal neste trimestre”, explica o supervisor.

Investimento recupera no terceiro trimestre

Fonte: Banco de Portugal

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que os investidores europeus aplicaram 2.000 milhões no terceiro trimestre, seguindo-se os investidores asiáticos com 400 milhões de euros.

No mesmo período, as transações de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) totalizaram 713,4 milhões de euros, dos quais 500 milhões foram canalizados para outros países europeus. No acumulado do ano, o IPE supera já os quatro mil milhões de euros.

Ainda de acordo com o Banco de Portugal, no final do terceiro trimestre de 2023, o stock de IDE era de 176 mil milhões de euros, mais do que duplicando em 15 anos, e o IPE era de 64 mil milhões. Estes montantes representavam, respetivamente 68% e 25% do PIB português.

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“Já fizemos muito em matéria de taxas de juro”, diz Lagarde

Apesar de alertar para a ainda elevada taxa de inflação na Zona Euro, a presidente do Banco Central Europeu considera que o caminho do banco central não é, pelo menos para já, subir as taxas de juro.

Apesar de a inflação na Zona Euro ter passado de uma taxa homóloga de 10,6% em outubro do ano passado para 2,9% em outubro deste ano, Christine Lagarde alerta que ainda há muito por fazer para alcançar o objetivo de médio prazo do Banco Central Europeu para a taxa de inflação de 2%.

“A batalha ainda não terminou, e certamente que não estamos a declarar vitória”, referiu a presidente do BCE esta sexta-feira na abertura do Euro20Plus, promovido pelo Bundesbank. No entanto, considera que o BCE já fez “muito em matéria de taxas de juro”, lembrando que desde julho do ano passado subiu as taxas diretoras em 450 pontos base.

Por essa razão, Lagarde considera que, “dado o momento atual e a quantidade de munições que utilizamos [para combate contra inflação], podemos agora apenas observar muito atentamente o efeito dessas medidas na economia”. Todavia, a presidente do BCE não tem dúvidas de que o controlo dos preços será alcançado. “Posso-vos assegurar que vamos vencer esta batalha contra a inflação”, diz.

Lagarde voltou a frisar o grande desafio que existe em coordenar uma política monetária comum entre os 20 Estados-membros da Zona Euro e a política orçamental individual de cada país, e lembrou a necessidade de as duas políticas andarem de mãos dadas para um efetivo combate da inflação no espaço da moeda única.

Lagarde alerta para os riscos dos criptoativos

É sabido que Christine Lagarde não é adepta do universo dos criptoativos. E isso voltou a ser frisado pela presidente do BCE em resposta a uma questão sobre o tema por um dos presentes na plateia.

O que temos visto nos últimos nove meses com a Luna, a Terra, a FTX e agora com a Binance prova que as criptos são ativos altamente especulativos, mas as pessoas poderão querer investir se estiverem disponíveis para perder tudo. Mas também podem ser usados como um dispositivo maléfico para pagar por operações sancionadas criminalmente e que não são aceitáveis”, disse.

Lagarde mostra-se também preocupada com “o nível de ódio que está ligado à comunidade de cripto”. A presidente do BCE considera que “as pessoas são livres de investir o seu dinheiro e de especular o que quiserem, mas não deviam ser livres de participar em negociações e negócios criminalmente sancionáveis, e não deviam insultar aqueles que argumentam isto”.

“E encorajo-vos a pesquisar sobre o acordo de 4,3 mil milhões de dólares que a Binance fez com a reserva federal de supervisão dos EUA, e porque o CZ [Changpeng Zhao, CEO e fundador da Binance] se demitiu da empresa”, ressalvou.

Lagarde revela que chegou a falar com o seu filho sobre os riscos do investimento em criptoativos, apesar de “ele me ignorar por completo”, diz. No entanto, pouco tempo depois, Lagarde refere que o seu filho acabou por perder a quase totalidade do dinheiro que investiu em criptoativos, “acabando por, relutantemente, dar-me razão”.

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Câmara da Feira gasta quase um milhão no maior parque temático de Natal do país

Conhecido como o maior parque temático de Natal do país, o Perlim atrai mais de cem mil visitantes à cidade. Evento custa 900 mil euros à autarquia, mas receitas de bilheteira pagam investimento.

O Perlim, que é “o maior e mais original parque temático de Natal do país”, abre portas amanhã e prolonga-se até 30 de dezembro, na Quinta do Castelo de Santa Maria da Feira. Ao longo de 22 dias repletos de cor e magia são esperados mais de cem mil visitantes. O evento representa um investimento de 900 mil euros por parte da autarquia feirense que espera reaver o valor através das receitas de bilheteira e merchandising.

Há muitas festas e mercados de Natal em Portugal, mas com esta dimensão e duração, é claramente o maior parque temático de Natal do país. Não conheço nenhum em Portugal com estas características”, afirma com orgulho o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, em declarações ao ECO/Local Online.

Há muitas festas e mercados de Natal em Portugal, mas com esta dimensão e duração, é claramente o maior parque temático de Natal do país. Não conheço nenhum em Portugal com estas características.

Emídio Sousa

Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira

Apesar do investimento, a autarquia está convicta de que o evento será financeiramente autossustentável à semelhança de outros anos. “A experiência diz-nos que as receitas conseguem cobrir as despesas. Mas as condições meteorológicas podem comprometer a receitas das bilheteiras e é um risco que temos de correr”, diz o autarca.

Para além do encaixe financeiro, Emídio Sousa realça que o evento tem um “enorme impacto económico” no pequeno comércio, na restauração e nos restantes agentes económicos.

Nascido em 2008 e inicialmente batizado de “Terra dos Sonhos”, a edição do Perlim deste ano tem como temática as quatro estações. A Quinta do Castelo vai estar dividida em quatro áreas, cada uma delas decorada com elementos cenográficos alusivos a cada estação do ano, onde serão apresentados espetáculos temáticos e momentos de interação com o público.

Além dos espetáculos, o Perlim vai contar com mais de mil peças e elementos cenográficos distribuídos pela quinta do Castelo e área envolvente. “O Perlim não é um produto de catálogo, resulta do trabalho de autor, que não existe em mais lado nenhum, e isso faz toda a diferença”, sublinha Cristiana Henriques, responsável pela cenografia do parque temático, que integra o castelo e o Mercado de Natal. Cristiana Henriques realça que no “Perlim não há lugar a desperdícios. Aproveita-se tudo e tudo se transforma em algo bonito e cuidado”, reforça a cenógrafa, que acompanha o evento desde a primeira edição.

O Pai Natal chega à cidade feirense esta sexta-feira à noite, um momento que antecipa a abertura do evento. Para além do parque temático na quinta do Castelo, o centro da Feira vai contar com um mercado de Natal e com o circo espanhol Evolution que se vai instalar nas margens do Rio Cáster, na zona envolvente das piscinas municipais de Santa Maria da Feira. O evento, que conta ainda com uma pista de gelo, emprega temporariamente mais de 300 pessoas e a grande maioria (80%) dos espetáculos são assegurados por companhias locais.

Cerca de 30% dos visitantes são espanhóis, principalmente da zona da Galiza. “O espanhol tem mesmo uma grande apetência para as deslocações a Portugal”, realça o autarca.

Parte da muralha do castelo de Santa Maria da Feira, que se encontra em obras de consolidação, ruiu no final de outubro devido às chuvas intensas. O autarca garante que o acontecimento “não vai impedir a realização de atividades alusivas ao Perlim no interior e exterior do monumento” e que o espetáculo diário de pirotecnia nas imediações do Castelo irá manter-se como nas edições anteriores.

A pulseira para aceder todos os dias ao evento tem o preço de 16 euros, enquanto o bilhete diário custa 7,50 euros por adulto e 6,50 euros para crianças dos 3 aos 12 anos e maiores de 65 anos. A entrada no circo custa 15 euros e 12 euros, respetivamente, e o bilhete conjunto custa 18,50 euros e 14,50 euros, respetivamente.

À semelhança de edições anteriores, todas as crianças que residam no concelho de Santa Maria da Feira ou frequentem o pré-escolar e o 1º ciclo em escolas públicas, privadas e IPSS do território, vão receber uma entrada gratuita para o parque temático Perlim.

Os bebés nascidos no Hospital S. Sebastião, durante o período que decorre o Perlim, têm acesso gratuito vitalício ao parque temático. Só o ano passado nasceram 120 crianças: 67 meninos e 52 meninas.

O município viu na arte de rua uma oportunidade e tem vindo a apostar neste segmento, seja no Perlim, na Viagem Medieval ou no Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua.

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#59 António Costa, rei vivo, rei posto

  • ECO
  • 24 Novembro 2023

O primeiro-ministro António Costa não vai andar por aí, está mesmo por aqui, numa semana em que “atirou” a Marcelo Rebelo de Sousa e a Lucília Gago pela crise política.

O primeiro-ministro António Costa não vai andar por aí, está mesmo por aqui, numa semana em que “atirou” a Marcelo Rebelo de Sousa e a Lucília Gago pela crise política. Com a campanha interna do PS a decorrer, é caso para dizer “rei vivo, rei posto”. Os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa analisam os riscos da crise para a economia e a política social… dos senhorios.

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O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

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Rússia bombardeou 120 cidades de várias regiões da Ucrânia

  • Lusa
  • 24 Novembro 2023

A Rússia bombardeou 120 cidades habitadas nas regiões fronteiriças ou perto da frente em Chernigiv, Sumi, Kharkiv, Lugansk, Donetsk, Zaporijia, Dnipropetrovsk e Kherson.

A Rússia bombardeou 120 cidades habitadas nas regiões fronteiriças ou perto da frente em Chernigiv, Sumi, Kharkiv, Lugansk, Donetsk, Zaporijia, Dnipropetrovsk e Kherson, informou esta sexta-feira o Estado-Maior ucraniano.

A mesma fonte indicou que Kiev evitou hoje 11 ataques russos no sul de Bakhmut, 20 em Avdivka e 14 em Marinka, localidades localizadas na região leste de Donetsk.

Em Kupiansk, na região nordeste de Kharkiv, a Ucrânia diz ter repelido três ataques russos.

De acordo com o estado-maior ucraniano, a Rússia perdeu, nas últimas 24 horas, 1.100 soldados, 30 tanques, 32 veículos blindados e 31 sistemas de artilharia nestes ataques.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, prossegue com combates sangrentos na região leste, onde as forças de Moscovo desenvolvem ataques massivos em Kupiansk, Marinka e Avdivka, enquanto as tropas de Kiev vão repelindo estas investidas e tentando progredir na região sul, nas frentes de Zaporijia e Kherson.

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Garrigues nomeia 16 novos sócios e dois são portugueses

Isabel Vieira dos Reis e Manuel Liberal Jerónimo são dois dos 16 novos sócios da Garrigues. Rosa Zarza é a nova senior partner e será a primeira mulher a assumir este cargo.

A sociedade de advogados Garrigues nomeou 16 novos sócios. Destes, 12 exercem a sua atividade profissional em Espanha, dois em Portugal, um na Polónia e um em Marrocos. Das novas nomeações destaca-se a dos advogados portugueses Isabel Vieira dos Reis e Manuel Liberal Jerónimo.

Isabel Vieira dos Reis integra o departamento de Direito Fiscal do escritório de Lisboa da Garrigues. A nova sócia conta com uma vasta experiência na área da tributação direta e indireta em operações de fusão, aquisição e reestruturações, projetos de investimento imobiliário e tax compliance.

A advogada Presta ainda consultoria de forma regular a clientes de setores económicos diversificados, na gestão das suas questões fiscais diárias, assim como os acompanha na revisão dos seus procedimentos tributários e operações de reorganização.

Isabel Vieira dos Reis e Manuel Liberal Jerónimo, sócios da Garrigues

Manuel Liberal Jerónimo integra a área de Fusões e Aquisições, Direito Societário e Contratação Comercial do escritório do Porto. O advogado é ainda especialista em assessoria jurídica a empresas no âmbito da transformação digital.

O novo sócio desenvolve também uma atividade importante na área da das Tecnologias e Privacidade. Em Portugal, coordena a assessoria jurídica em transformação tecnológica e digital.

Veja a lista completa dos novos sócios que assumem novas funções a partir de 1 de janeiro:

A esta lista somam-se ainda as cinco incorporações de sócios internacionais feitas ao longo de 2023: João Lima Cluny na área de Resolução de conflitos: penal em Lisboa, Mónica Bolaños na área de Tributário em Bogotá, Ignacio Campino também na área de Tributário em Santiago do Chile, Mark J. English na área de Concorrência em Bruxelas e Manuel Groenewold para Comercial, Fusões e Aquisições na Cidade do México.

Rosa Zarza é a nova senior partner

A assembleia de sócios aprovou também a nomeação de Rosa Zarza como senior partner, substituindo Javier Ybáñez, que continuará a ser sócio responsável pela prática latino-americana. Assim, a partir de 1 de janeiro, Rosa Zarza será a primeira mulher a assumir este cargo.

Rosa Zarza é a responsável pelo departamento de Direito Laboral da Garrigues, a nível global, e pela Garrigues Sustentável. A advogada é ainda membro da direção da firma e responsável por liderar a estratégia interna de sustentabilidade.

Além disso, desenvolve a sua atividade académica e doutrinária como diretora do programa executivo ESG do Centro de Estudos Garrigues e professora de pós-graduação em diversas instituições.

Na nova posição de senior partner será responsável por garantir o cumprimento das políticas internas do escritório e pela sua boa gestão, por assegurar a sua reputação e posicionamento internacional e gerir conflitos de interesses em coordenação com o presidente executivo da firma.

“Tenho a certeza de que a Rosa desempenhará um grande papel como senior partner, como tem feito sempre na sua extensa trajetória na firma. E estou certo de que Javier continuará a liderar com sucesso a nossa prática latino-americana. Em relação aos novos sócios, o seu trabalho será fundamental para responder aos grandes desafios que enfrentamos”, referiu em comunicado Fernando Vives, CEO da Garrigues.

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Especialistas atiram para depois das eleições entrega de propostas sobre sustentabilidade da Segurança Social

Depois de um primeiro adiamento, a entrega do relatório sobre a sustentabilidade da Segurança Social volta a ser atirada para mais tarde. Especialistas pedem que seja só depois das eleições.

Ainda não é desta que serão conhecidas as propostas dos especialistas que o Governo escolheu para estudar a sustentabilidade da Segurança Social. Depois de ter pedido um primeiro adiamento de 30 de junho para 31 de janeiro, essa comissão decidiu pedir agora para entregar o livro verde só depois de 10 de março, isto é, após as eleições legislativas.

“Tendo em conta que o trabalho desta comissão se destina a alimentar um debate aprofundado de natureza estrutural, com um enfoque no longo prazo, e envolvendo atores políticos, parceiros sociais e a sociedade civil com vista à construção de consensos alargados, a Comissão decidiu solicitar ao Governo a entrega do seu relatório final para data posterior às eleições legislativas de 10 de março de 2024″, informam os especialistas numa nota enviada esta sexta-feira às redações.

Questionada na semana passada pelos deputados sobre o impacto da antecipação das eleições no trabalho desta comissão, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tinha indicado que se iria reunir com os especialistas para fazer um balanço.

Ora, pouco mais de uma semana dessas declarações no Parlamento, a comissão para a sustentabilidade da Segurança Social anuncia, então, que só deverá apresentar as suas propostas após a ida às urnas. Isto já que a data de entrega do relatório seria já “em pleno período pré-eleitoral“.

Criada no verão de 2022, esta comissão tinha inicialmente como prazo de entrega dos seus trabalhos a data de 30 de junho de 2023. Mas resolveu pedir um adiamento para 31 de janeiro, devido à complexidade dos temas a abordar.

Estes especialistas estão a analisar temas como o futuro das pensões e o modelo de financiamento da Segurança Social. Fazem parte desse grupo Manuel Caldeira Cabral (ex-ministro da Economia), Vítor Junqueira de Almeida (diretor do Centro Nacional de Pensões do Instituto da Segurança Social) e académicos das áreas da economia e da sociologia, como Ana Alexandre Fernandes, Amílcar Reis Moreira, Armindo Silva, Noémia Goulart e Susana Peralta.

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Crédito Agrícola mais do que duplica lucros para 224,4 milhões à boleia da subida dos juros

Margem financeira disparou 120% para 537,5 milhões de euros até setembro, o que permitiu ao banco mais do que duplicar o seu resultado para 224,4 milhões. Malparado dispara 25% desde o início do ano.

O Crédito Agrícola mais do que duplicou o seu resultado nos primeiros nove meses do ano. Lucrou 224,4 milhões de euros, um aumento de 139,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, tendo já superado todo o lucro obtido no ano passado (144 milhões).

Tal como aconteceu com todo o setor, também o Crédito Agrícola beneficiou da subida das taxas de juro. A margem financeira — que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — disparou 120% para 537,5 milhões de euros até setembro.

O Crédito Agrícola “beneficiou de um contexto de taxas de juro positivas e da atualização mais rápida de taxas na carteira de crédito e ativos financeiros versus a remuneração de depósitos de clientes, que continuou a aumentar, tendência que se espera continuar a observar e que contribuirá para a reversão dos níveis de rentabilidade mais elevada do setor”, explica Licínio Pina, presidente do grupo, no comunicado enviado às redações.

As comissões também deram um salto de 10% para 113,9 milhões de euros, mas a margem técnica da atividade de seguros apresentou uma queda de 35,3% para 63,8 milhões.

Por conta do disparo da margem de juros, o produto bancário core da instituição aumentou 60,2% para 715 milhões de euros.

O banco — que integra 69 caixas em todo o país — diz ter conquistado quota de mercado tanto nos depósitos como nos empréstimos. Apesar do decréscimo no segmento da habitação, a carteira de crédito teve um aumento ligeiro para 12 mil milhões de euros no final de setembro face a dezembro, o que permitiu ao Crédito Agrícola reforçar a sua quota em 0,14 pontos base para 5,74%. Nos depósitos, a quota aumentou para 8,06%, apesar da quebra de 2,5% que regista este ano para 19,9 mil milhões.

Malparado aumenta 145 milhões

Nem tudo foram boas notícias. A carteira de empréstimos registou uma deterioração acentuada, com o crédito malparado a aumentar 144,6 milhões de euros para 730,5 milhões, aumentando quase 25% face a dezembro. “O acréscimo da carteira de NPL [non performing loans] é quase totalmente justificado pela carteira de crédito à habitação (+69,0 milhões de euros face a dezembro de 2022) e pelo segmento das PME (+69,7 milhões de euros), tendo cada um dos quais contribuído com cerca de 48% do acréscimo de NPL face a dezembro de 2022”, explica o grupo.

Face a isto, o rácio de NPL agravou-se 1,2 pontos base desde o início do ano para 6,3% no final de setembro.

Os NPL têm uma cobertura por imparidades de crédito de 57,7%, as quais totalizavam 421,9 milhões de euros, acrescenta o banco.

Mais de 400 pedidos para fixar prestação

No âmbito das medidas de apoios às famílias devido à escalada das taxas de juro, o Crédito Agrícola recebeu 416 pedidos de fixação da prestação da casa, sendo que 51 contratos já beneficiaram desta medida.

Por outro lado, já renegociou 2.819 contratos ao abrigo do decreto-lei do ano passado que veio agilizar as reestruturações. As renegociações correspondem “a uma exposição total de 285,3 milhões de euros”, cerca de 10% da carteira de crédito de crédito à habitação, detalha a instituição.

(Notícia atualizada às 11h17)

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Acabou o segundo dia de votações. Da “banca ética” às creches, veja as últimas propostas aprovadas no Parlamento

Na quinta-feira, o PS aprovou 21 propostas da oposição, sem impacto orçamental. Esta sexta-feira, prosseguiu a discussão e a votação, com um guião superior a mil páginas. Confira as mudanças ao OE.

Depois de um primeiro dia de discussão e votações que terminou por volta das 21h30, os deputados voltaram a reunir-se em plenário para continuar a discutir e a votar o Orçamento do Estado para 2024, artigo a artigo. Na quinta-feira, o PS viabilizou 21 propostas da oposição, sem impacto orçamental, tendo também sido aprovadas 21 propostas da bancada socialista. O guião de sexta-feira teve mais de mil páginas. Veja aqui os principais momentos do debate.

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Lisboa Cidade da Aprendizagem

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  • 24 Novembro 2023

A iniciativa inclui uma plataforma digital que visa ser um ecossistema único de aprendizagem ao longo da vida, de forma a garantir um acesso transparente e inclusivo às oportunidades que Lisboa tem.

Lisboa Cidade da Aprendizagem é uma plataforma digital desenvolvida pela Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito de um projeto internacional co-financiado pela Comissão Europeia.

Esta plataforma digital sistematiza centenas de oportunidades de aprendizagem para as pessoas desenvolverem os seus interesses ou objetivos de uma forma flexível e aberta. Os utilizadores podem, ainda, conquistar medalhas e microcertificados digitais (open badges), que certificam as aprendizagens realizadas. Pode aceder à plataforma digital Lisboa Cidade da Aprendizagem aqui.

Quais são os objetivos da iniciativa Lisboa Cidade da Aprendizagem?

Transformar o acesso de jovens e adultos a oportunidades de aprendizagem relevantes para o seu sucesso pessoal e profissional;

Criar oportunidades inovadoras de aprendizagem através da dinamização de Open Badges e do estabelecimento de parcerias entre organizações;

Capacitar e empoderar jovens e adultos para o mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e para uma cidadania ativa.

O que é a plataforma digital “Lisboa Cidade da Aprendizagem”?

A plataforma digital “Lisboa Cidade da Aprendizagem” conta com uma experiência acumulada de implementação de mais de duas dezenas de cidades da aprendizagem. Trata-se de uma ferramenta digital estável e com resultados comprovados.

Esta iniciativa oferece às diversas organizações parceiras a possibilidade de disponibilizarem aprendizagem e/ou playlists de aprendizagem, presenciais ou online. A plataforma gera, ainda, medalhas ou microcertificados digitais para cada aprendizagem ou playlists de aprendizagens.

O que são microcertificados?

Os microcertificados digitais, baseados no standard Open Badges, são uma solução tecnológica suportada pela entidade coordenadora da rede LCA, a Câmara Municipal de Lisboa e que inclui metadados, podendo ser partilhada nas redes sociais, no curriculum vitae ou exibida no portefólio online do utilizador.

A microcertificação pode ser obtida a partir da validação efetuada por um formador, tutor ou técnico ou pode ser obtida a partir de peer-review, através de outros aprendentes. Várias microcertificações podem ser associadas e constituir uma playlist ou percurso de aprendizagem, que possibilita a obtenção de uma microcertificação final (como vários módulos de um curso ou várias atividades de um módulo).

O que é a rede “Lisboa Cidade da Aprendizagem?

A Rede Lisboa Cidade da Aprendizagem, constituída formalmente em abril de 2023 com o objetivo criar condições para que a Câmara Municipal de Lisboa, em conjunto com os parceiros aderentes – atualmente 53 parceiros que representam 71 fornecedores de oportunidades de aprendizagem, incluindo o IEFP, a DECO, o Pavilhão do Conhecimento, o El Corte Inglés, entre outros – possam dinamizar e promover oportunidades de aprendizagem, dentro e fora da escola, e assim capacitar e empoderar jovens e adultos para o mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e para uma cidadania ativa.

A ideia passa por tornar Lisboa numa Cidade da Aprendizagem e associar a capital do País a este movimento global de empoderamento dos cidadãos, incluindo os mais vulneráveis e os menos qualificados. Poderão integrar a Rede Lisboa Cidade da Aprendizagem todas as organizações públicas, privadas e do terceiro setor empenhadas na promoção da Aprendizagem ao Longo da Vida na cidade de Lisboa.

Quais são as vantagens da adesão à Rede?

As organizações que aderirem à rede poderão:

  • Participar na criação de um ecossistema único de Aprendizagem ao Longo da Vida em Lisboa, que permite a toda a população, inclusive aos mais vulneráveis e aos menos qualificados, encontrar oportunidades de aprendizagem que garantam o seu sucesso pessoal e profissional.
  • Ter acesso e receber apoio à utilização de uma plataforma digital gratuita que promove uma maior aproximação entre as oportunidades de aprendizagem que as organizações disponibilizam e a população que delas poderá beneficiar.
  • Contribuir para a identificação e mapeamento de todas as iniciativas de aprendizagem ao longo da vida que têm lugar na cidade de Lisboa.
  • Estabelecer parcerias com outras organizações que permitam inovar em educação e formação e, assim, melhor servir os seus destinatários.
  • Ampliar a divulgação e tornar mais acessíveis as iniciativas de Aprendizagem ao Longo da Vida que têm lugar na cidade de Lisboa.

Quais os momentos-chave desta iniciativa até ao momento?

Em abril de 2023, foi formalmente constituída a Rede Lisboa Cidade da Aprendizagem através da celebração pública do protocolo de colaboração com as organizações aderentes e tiveram também início as primeiras ações de capacitação das organizações parceiras, que permitiram o desenvolvimento da plataforma digital Lisboa Cidade da Aprendizagem.

Em maio de 2023 decorreu a I Conferência “Lisboa Cidade da Aprendizagem”, para lançamento da iniciativa e promoção da integração das oportunidades de aprendizagem, criadas pelas organizações parceiras, na plataforma digital.

E, hoje, dia 24 de novembro, será feito o lançamento oficial ao público desta plataforma digital. A apresentação, que terá como mote “Lisboa Cidade da Aprendizagem: todas as aprendizagens num só lugar”, decorre no Auditório Camões, às 10 horas.

O evento contará com a presença de Filipe Anacoreta Correia, vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que fará a abertura da sessão; e, ainda, de Pedro Ramos, presidente da Associação Portuguesa de Gestão de Pessoas (APG).

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Secretária de Estado da Habitação vai receber subsídio de alojamento por não viver em Lisboa

Nos termos da lei, Fernanda Rodrigues vai auferir um subsídio de alojamento com retroativos a janeiro por não ter residência em Lisboa, segundo um despacho.

A secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, vai auferir, nos termos da lei, um subsídio de alojamento com retroatividade à data em que assumiu funções, por não ter residência permanente na cidade de Lisboa, de acordo com um despacho publicado esta sexta-feira no Diário da República.

O despacho foi assinado pelo primeiro-ministro, António Costa, no dia 6 de novembro, um dia antes de ter pedido a demissão depois das buscas da Operação Influencer. O montante do subsídio, nos termos da lei, corresponde a metade “do valor das ajudas de custo estabelecidas para as remunerações base superiores ao nível remuneratório 18”, e será atribuído “pelo período de duração das respetivas funções governativas”.

Como recorda o diploma, a lei permite a atribuição do subsídio de alojamento “aos membros do Governo que não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 150 quilómetros”. Fernanda Rodrigues assumiu funções a 5 de janeiro deste ano, quando foi criado o Ministério da Habitação, tutelado desde então por Marina Gonçalves.

Fernanda Rodrigues é natural de Águeda, Aveiro, e conta com um extenso currículo na área da Engenharia Civil, onde se incluem a construção sustentável e tecnologias da construção, entre outros, noticiou o ECO na altura da tomada de posse. Antes de entrar neste Governo, nunca tinha estado ligada à política.

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Supercarro português “Adamastor” será apresentado em 2024

  • ECO
  • 24 Novembro 2023

Na Maia, está a ser desenvolvido o "Adamastor", um supercarro português. Veículo de dois lugares será apresentado em 2024, anunciou a empresa esta sexta-feira.

O primeiro supercarro desportivo português está a ser construído na Maia, no Porto, e deve ver a luz do dia já no próximo ano. Depois de testar o protótipo do modelo P003 RL em 2019, o “Adamastor” será apresentado ao público no primeiro quadrimestre de 2024, garante a empresa num comunicado, esperando-se uma produção de “baixo volume”.

O veículo desportivo de dois lugares está a ser desenvolvido na fábrica da marca portuguesa na zona de Perafita por uma equipa de 14 elementos com formação académica e profissional nas áreas da engenharia, produção e design, revela a nota enviada às redações, que inclui uma breve biografia dos principais envolvidos no projeto.

Imagem ilustrativa do automóvel partilhada pela empresa

A unidade da Maia conta atualmente uma área de trabalho de cerca de 2.225 metros quadrados, tendo um potencial de expansão de até 6.000. Entre as capacidades e competências da fábrica a Adamastor destaca a produção de peças em materiais compósitos (materiais que são constituídos por dois ou mais componentes com propriedades químicas ou físicas diferentes), bem como a utilização da mais recente tecnologia de impressão 3D.

“Nos seus projetos de engenharia são ainda utilizados os mais evoluídos softwares de desenho, simulação e otimização mecânicos, bem como exploradas as enormes potencialidades de ferramentas como a realidade virtual”, acrescenta a nota.

Fábrica e centro de engenharia da Adamastor na zona de Perafita, no Porto.

Além de estar a desenvolver este supercarro português, a marca portuguesa, nascida em 2010 pelas mãos de Ricardo Quintas e Nuno Faria, fornece componentes para vários clientes, nomeadamente carroçarias e depósitos de combustível em fibra de carbono e até hélices para produção de energia eólica. Simultaneamente, a Adamastor proporciona serviços de consultoria, projeto e conceção de tecnologia de vanguarda.

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