Quer internacionalizar a sua empresa? Startup Portugal tem um programa para si

A Startup Portugal abriu as candidaturas do programa Business Abroad que tem como objetivo apoiar a presença de startups portuguesas em grandes eventos tecnológicos globais.

Já estão abertas as candidaturas ao programa Business Abroad da Startup Portugal. O objetivo é apoiar a presença de startups portuguesas em grandes eventos tecnológicos globais para “criar melhores condições para a sua internacionalização” e reforçar a “presença do ecossistema português de empreendedorismo e inovação além-fronteiras”.

“As startups portuguesas têm uma necessidade imperativa de se expandirem para os mercados internacionais, para continuarem a crescer e a missão da Startup Portugal é seguir de perto o processo de internacionalização das empresas”, explicou, em comunicado, António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal.

Este programa destina-se assim a startups baseadas em Portugal, ou seja, com número de identificação fiscal português, que já detenham o seu próprio produto ou solução única de software, e que sejam uma empresa independente e não subsidiária de outra organização maior.

“Web Summit Rio e South Summit foram as duas conferências que suscitaram maior interesse e tiveram maior participação de startups portuguesas no ano de 2023, razão pela qual a Startup Portugal aposta na participação em duas novas conferências nestes mercados, Startup Summit (Florianópolis) e 4YFN / Four Years From Now (Barcelona), esta última a acontecer já no final de fevereiro de 2024”, avançam.

As candidaturas para o primeiro semestre de 2024 das delegações Business Abroad já estão abertas para alguns eventos como 4YFN (Four Years From Now) – 26 a 29 de fevereiro, Barcelona, Espanha; Web Summit Rio – 15 a 18 de abril, Rio de Janeiro, Brasil; VivaTech – 22 a 25 de maio, Paris, França; South Summit – 5 a 7 de junho, Madrid, Espanha; Collision – 17 a 20 de junho, Toronto, Canadá; e Startup Summit – 14 a 16 de agosto, Florianópolis, Brasil.

Em cada um dos destinos, os escolhidos participam nas conferências, têm acesso à área de exposição nas conferências, eventos paralelos de networking com investidores e players relevantes dos ecossistemas locais, consultoria das equipas da AICEP nos países de destino, sessões de pitch, entre outros.

Parte do crescimento destas empresas passa pela expansão dos seus produtos a outros mercados e iniciativas como o Business Abroad tornam essa expansão mais possível. A Startup Portugal consegue assim dar a ajuda necessária a estas startups que já estão prontas para dar um passo maior, enquanto promove o ecossistema de empreendedorismo nacional em mercados internacionais”, disse Pedro Sacramento, head of projects e operations na Startup Portugal.

As candidaturas podem ser feitas através do site da Startup Portugal até ao próximo dia 9 de janeiro para participar na 4YFN e até dia 29 de fevereiro para os restantes eventos.

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Dona do Continente dá bónus de 500 euros a 38 mil colaboradores

Depois de um ano "desafiante" que se refletiu no "orçamento familiar", a MC atribui uma prémio de 500 euros a 38 mil colaboradores. A medida representa um investimento de 19 milhões de euros.

A MC, do grupo Sonae, atribuiu um apoio extraordinário no valor de 500 euros a cerca de 38 mil colaboradores. A empresa liderada por Cláudia Azevedo “acredita que este gesto aliviou a elevada pressão sentida no custo de vida das pessoas, proporcionando uma época festiva melhor para todos”. O apoio foi atribuído via cartão a 7 de dezembro para gastar em todas as lojas da insígnia Continente. A medida representa um investimento de 19 milhões de euros.

“No contexto económico particularmente desafiante em que vivemos, sabemos que as famílias portuguesas continuam sujeitas a uma elevada pressão na gestão diária do seu orçamento”, diz Vera Rodrigues, a head of people da MC, citada em comunicado, explicando que a empresa tenta assim dar o seu “contributo, para que, nestes momentos especialmente exigentes” tentar “fazer a diferença”.

O valor do apoio é “proporcional em função da carga horária e antiguidade”, lê-se no comunicado divulgado esta terça-feira pela empresa do grupo Sonae.

Adicionalmente, a MC diz ter reforçado, em 2023, “o investimento na valorização” dos seus colaboradores e “na melhoria das suas condições de trabalho, em particular nas lojas e entrepostos logísticos, com impacto ao nível da redução da penosidade das tarefas e funções”.

Na área da saúde e do bem-estar, para além das consultas de psicologia ou psiquiatria incluídas no seguro de saúde, a empresa disponibiliza consultas gratuitas de apoio psicológicas online, 24 horas por dia. Adicionalmente, foi criado o programa #PrecisamosFalar, que visa sensibilizar para o tema da saúde mental e dotar todas as pessoas de ferramentas que lhes permitam estar atento aos sinais de alerta (seus e de quem os rodeia).

Nos primeiros nove meses do ano, a Sonae, dona da cadeia de retalho Continente, registou lucros de 135 milhões de euros, o que representa uma quebra de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Passe Navegante gratuito para todos os estudantes até 23 anos a partir de janeiro

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Detentores do passe Navegante 4_18 ou sub-23 precisam de carregar o seu passe mensal, à semelhança do que acontecia, podendo fazê-lo já a partir desta terça-feira, mas sem custos para os utilizadores.

O passe de transportes públicos Navegante passa em janeiro a ser gratuito para todos os estudantes até aos 23 anos e pode ser carregado já a partir desta terça-feira, anunciou a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML).

O passe Navegante metropolitano permite viajar em toda a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a sua gratuitidade para os estudantes até aos 23 anos ainda não era aplicada. A Câmara de Lisboa possibilitava já a gratuitidade do Navegante municipal para jovens estudantes residentes na capital.

De acordo com a TML, os atuais detentores do passe Navegante 4_18 ou sub-23 precisam de carregar o seu passe mensal, à semelhança do que acontecia, podendo fazê-lo já a partir desta terça-feira, “mas desta feita sem os custos para os utilizadores”.

“Este carregamento já está disponível em toda a rede existente dos operadores de transporte na Área Metropolitana de Lisboa e rede Navegante Payshop”, pode ler-se na nota da transportadora.

A TML já havia anunciado que os passes Navegante iriam manter o preço em 2024.

A empresa sublinhou que, desde a sua criação, a 1 de abril de 2019, o Navegante — utilizável em todas as empresas de serviço público de transporte regular de passageiros nos 18 municípios da AML – não sofreu alterações de preço em 2024.

Conforme previsto no Relatório do Orçamento do Estado 2024, este congelamento de preços torna possível, no próximo ano, continuar a efetuar deslocações em todos os operadores de transporte com o Navegante pagando os preços habituais: 30 euros para o Navegante municipal (deslocações dentro de um só município) e 40 euros para o Navegante metropolitano (nos 18 municípios da AML).

Continuam igualmente em vigor os descontos previstos nos títulos Navegante família e +65, mantendo-se a gratuitidade do Navegante 12.

Por decisão da Área Metropolitana de Lisboa, também os tarifários ocasionais válidos na Carris Metropolitana (serviço rodoviário) não sofrerão alterações no próximo ano, mantendo o valor que vigorava à data do seu lançamento, em junho de 2022.

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Maiores bancos eliminam 60 mil empregos no pior ano desde 2008

  • ECO
  • 26 Dezembro 2023

Vinte dos maiores bancos mundiais eliminaram quase 62 mil postos de trabalho em 2023, no pior ano desde a crise financeira global de 2008.

Os maiores bancos em todo o mundo eliminaram mais de 60 mil postos de trabalho em 2023, sendo um dos anos em que mais empregos cortaram desde a crise financeira, segundo a contabilização do jornal britânico Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

De acordo com o jornal, a queda das receitas na banca de investimento devido à contração do mercado de M&A (fusões e aquisições) e de entradas em bolsa levaram Wall Street a proteger a margem de lucro com a redução de pessoal.

Por outro lado, o resgate do Credit Suisse pelo UBS resultou em menos 13 mil postos de trabalho com a junção dos dois negócios, sendo expectável que as redundâncias venham a atirar para o desemprego mais bancários no próximo ano.

“Não há estabilidade, não há investimento e não há crescimento na maioria dos bancos – e deverão cortar mais empregos”, referiu Lee Thacker, da Silvermine Partners, empresa de recursos humanos no setor financeiro.

O FT calcula que 20 dos maiores bancos mundiais cortaram 61.905 postos de trabalho. Este valor compara com os mais de 140 mil empregos eliminados pelos mesmos bancos durante a crise financeira global de 2007 e 2008.

Além do UBS/Credit Suisse, o Wells Fargo foi responsável pela redução de 12 mil trabalhadores dos seus quadros, seguido do Citigroup e Morgan Stanley, que cortaram cerca de cinco mil cada.

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Segurança Social dá prémio de 1,4 milhões a funcionários que cobram dívidas

Funcionários da Segurança Social ultrapassaram meta de cobrança de dívida, o que lhes garante uma recompensa de 1,43 milhões de euros. Há trabalhadores que terão bónus de 500 euros mensais.

Os trabalhadores da Segurança Social que estão responsáveis por fazer a cobrança de dívidas vão ter uma recompensa de 1,4 milhões de euros. Este prémio — de valor semelhante ao que lhes foi atribuído no último ano — resulta do bom desempenho destes funcionários, isto é, o montante efetivamente cobrado acabou por superar o que tinha sido fixado como objetivo.

Desde 2019 que sempre que são atingidos os objetivos de cobrança de dívida anualmente definidos no Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) que é atribuído um prémio de desempenho aos dirigentes e trabalhadores que exercem funções de cobrança de dívida.

Os números da cobrança feita em 2022 já são conhecidos e, segundo uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República, os objetivos foram atingidos e superados.

“O objetivo de cobrança de dívida do IGFSS para o ano de 2022 foi fixado em 471.000.000 euros, tendo a cobrança efetiva ascendido a 514.710.000 euros, o que se traduziu na superação do objetivo definido“, explica o diploma, que acrescenta que o montante de taxa de justiça cobrado no ano de 2022 se cifrou em 11.034.575,10 euros.

Perante estes números, e à semelhança de outros anos, o Governo decidiu fixar em 13% a percentagem da taxa de justiça cobrada em 2020 a consignar a prémios a atribuir aos trabalhadores “que exercem funções de cobrança no Departamento de Gestão da Dívida” do IGFSS.

Ou seja, esses trabalhadores vão ter direito, no total, a uma recompensa de cerca de 1,43 milhões de euros, valor semelhante ao atribuído no último ano (1,44 milhões de euros).

A portaria não indica por quantos trabalhadores será distribuído o prémio, mas sinaliza que o montante a receber irá de acordo com a função exercida no Departamento de Gestão da Dívida.

Em concreto, os dirigentes intermédios e técnicos superiores recebem 500 euros mensais e os assistentes técnicos recebem 340 euros mensais. Os valores são transferidos, contudo, trimestralmente, nos meses de março, junho, setembro e dezembro, de acordo com a legislação em vigor.

De notar ainda que esta portaria entra em vigor esta quarta-feira, mas produz efeitos a janeiro deste ano.

Este bónus foi desenhado pelo ex-ministro José Vieira da Silva, em linha com o prémio que existe na Autoridade Tributária para estimular a produtividade global dos serviços e o cumprimento dos objetivos de cobrança do fisco.

Conforme escreveu o ECO, este ano os trabalhadores do Fisco terão direito a um prémio de 53,6 milhões de euros.

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Preços da habitação desaceleram no terceiro trimestre

O Índice de Preços da Habitação registou no terceiro trimestre um crescimento inferior ao do segundo trimestre, o que significa que os preços estão a crescer a menor ritmo.

O Índice de Preços da Habitação registou uma desaceleração no terceiro trimestre do ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice registou um crescimento de 7,6% em termos homólogos, uma evolução que compara com uma subida de 8,7% no trimestre anterior.

A taxa de variação dos preços das habitações existentes foi 8,1%, acima da observada nas habitações novas (5,8%), revela também o INE.

Comparativamente com o trimestre anterior, o Índice de Preços da Habitação cresceu 1,8% (3,1% no 2.º trimestre de 2023 e 2,9% no 3.º trimestre de 2022). Por categoria, os preços das habitações existentes aumentaram 1,8%, menos 1,4 pontos percentuais que no segundo trimestre. Já os preços das casas novas cresceram 2% (2,8% no 2º trimestre de 2023).

Esta desaceleração no aumento dos preços das casas mostra que os valores pagos pelas famílias para comprar habitação continuam a aumentar, mas a um menor ritmo.

Transações travam 19% no trimestre

Em termos de transações, entre julho e setembro de 2023 foram transacionadas 34.256 habitações, menos 18,9% que no período homólogo de 2022 e menos 22,9% que no segundo trimestre do ano, segundo o INE.

O grosso das transações – 26.644 – são feitas sobre casas existentes (77,8% do total), sendo que aqui a quebra face ao período homólogo foi de 23,1%. Nas casas novas, registou-se uma tendência contrária, com um acréscimo de transações de 0,2%, tendo-se comercializado 7.612 habitações.

Face ao segundo trimestre do ano, “o número de transações de alojamentos cresceu 1,9% (-2,5%, no trimestre anterior). O aumento do número de transações foi observado apenas na categoria das habitações novas (11,5%), registando-se uma redução de 0,6% nas habitações existentes”.

O valor das transações de alojamentos fixou-se em 7,1 mil milhões de euros, o que representa uma descida de 12,2% face ao período homólogo de 2022.

As famílias foram responsáveis pela aquisição de 29.635 alojamentos, o que representa 86,5% das transações totais, por um valor global de seis mil milhões de euros, menos 13,7% que no período homólogo.

Em termos geográficos, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,8% do valor total das transações de alojamentos, aproximadamente 2,9 mil milhões de euros, representando uma redução homóloga de 1,3 pontos percentuais em termos de peso relativo regional. No Norte, o valor das habitações transacionadas ascendeu a 1,7 mil milhões de euros, enquanto no Centro atingiu os 982 milhões de euros e o Algarve registou um valor de transações de 834 milhões de euros, correspondendo a 11,8% de quota regional.

(Notícia atualizada às 11:49)

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Navigator é a empresa que gera mais valor acrescentado

A papeleira detida pela família Queiroz Pereira está a 2,8% de atingir a faturação da Autoeuropa, surgindo como a segunda empresa com maior volume de negócios na região de Setúbal.

A Navigator é a maior geradora de valor acrescentado nacional e a segunda empresa com maior volume de negócios na região de Setúbal, segundo um estudo realizado pela consultora Iberinform Portugal.

A The Navigator Company está, pela primeira vez, a apenas 2,8% de alcançar o volume de faturação (não consolidado da Autoeuropa, a empresa que lidera o “Ranking das 2000 Maiores Empresas do Distrito de Setúbal referente a 2022”, refere a papeleira da família Queiroz Pereira, em comunicado, citando o estudo realizado pela consultora Iberinforma Portugal.

“A dinâmica dos preços internacionais de pasta, papel embalagem e tissue, potenciada pela melhoria do mix de produto e o foco no aumento de produtividade, impulsionaram os bons resultados alcançados pela Navigator em 2022, o que garantiu a distribuição dos maiores prémios de sempre aos colaboradores e o reforço do seu programa de rejuvenescimento”, adianta a companhia no mesmo documento.

A Navigator fechou o último ano com um resultado líquido de 392 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 129% face aos lucros reportados no exercício de 2021. Já o volume de negócios ultrapassou pela primeira vez na sua história a fasquia dos dois mil milhões de euros, situando-se nos 2.465 milhões de euros.

Com mais de 92% dos seus produtos vendidos fora do país, a empresa representa aproximadamente 1% do produto interno bruto nacional, cerca de 3% das exportações nacionais de bens, e mais de 30 mil empregos diretos, indiretos e induzidos em todo o país, numa cadeia de valor que impacta a vida de milhares de pessoas.

Falta de matéria-prima trava crescimento

De acordo com a Navigator, “o setor florestal em Portugal, e em particular o da pasta e papel, tem sido responsável pela criação de elevado valor acrescentado, pela exportação de bens transacionáveis, pela criação de emprego (com grande número de agentes envolvidos na produção, transformação e comercialização dos seus produtos) e pelo papel como agente dinamizador de zonas desfavorecidas”.

A Navigator informa ainda que gere cerca de 109.000 hectares de floresta em todo o país, no entanto “o défice de matéria-prima tem vindo a aumentar, ameaçando a sustentabilidade da atividade e obrigando a centenas de milhões de euros de importações de madeira que poderia ser produzida em Portugal e contribuir para a valorização da economia rural”.

A Navigator exporta atualmente produção para 130 países, nos cinco continentes.

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Declaração online de nascimentos passa a ser opção definitiva

Apesar de ter sido implementada de forma excecional e temporária, a declaração de nascimento por via eletrónica passa agora a ser uma opção definitiva.

A declaração de nascimento por via eletrónica passa a ser uma opção definitiva, a partir de quarta-feira. Esta medida tinha surgido com a pandemia e, face à utilidade e comodidade, passa a ser uma opção definitiva para os cidadãos. O decreto-lei já foi publicado em Diário da República esta terça-feira.

“Este serviço veio a revelar-se muito útil e cómodo quer para os cidadãos residentes em território nacional, quer para a comunidade portuguesa residente no estrangeiro, que deixaram de ter de se deslocar a uma conservatória de registo ou a um serviço consular para efetuar a declaração de nascimento dos seus filhos”, lê-se em Diário República.

Desde abril de 2020 que havia a possibilidade de declarar online os nascimentos ocorridos há menos de um ano em território português e no estrangeiro, tendo sido desenvolvido para o efeito um novo serviço, disponibilizado na plataforma digital da Justiça.

Esta medida fazia parte do regime aprovado pelo Decreto-Lei n.º 16/2020, de 15 de abril, que estabeleceu várias medidas excecionais e temporárias, face à pandemia Covid-19, destinadas a possibilitar e a incentivar a prática de atos por meios de comunicação à distância no âmbito dos processos e procedimentos de registo.

“Simultaneamente, com vista a promover um contacto mais rápido e simplificado com o registo civil logo após o nascimento da criança, prevê-se uma nova forma de efetuar a declaração de nascimento perante funcionário da unidade de saúde, até ao momento em que a parturiente receba alta“, lê-se.

O Executivo avança que esta medida contribui para o cumprimento do projeto, previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de modernização dos sistemas de informação nucleares dos serviços de registo, assente nos princípios do “digital por definição” e da “declaração única”.

“Importa realçar que, quer a prestação por via eletrónica da declaração de nascimento, quer a declaração de nascimento perante funcionário da unidade de saúde, se integram no plano de reforma do ciclo de vida do cidadão que se encontra em curso e que assenta na desmaterialização das comunicações entre o cidadão e os serviços de registo, logo desde o nascimento”, sublinham.

O que muda então?

Com esta alteração, o Código do Registo Civil passa a estabelecer definitivamente que o nascimento deve ser declarado obrigatoriamente ou pelos “progenitores ou outros representantes legais do menor ou por quem por eles seja, para o efeito, mandatado por escrito particular” ou então peloparente capaz mais próximo que tenha conhecimento do nascimento”.

O nascimento ocorrido em território português passa a poder ser declarado por três formas: por via eletrónica; presencialmente, junto de qualquer conservatória do registo civil, no prazo de 20 dias contados da data do nascimento; ou então presencialmente, na unidade de saúde onde o nascimento ocorra ou para onde a parturiente seja transferida, quando nela seja possível declarar o nascimento, até ao momento em que a parturiente receba alta.

Assim, segundo a lei, a declaração de nascimento efetuada perante funcionário da unidade de saúde “equivale, para todos os efeitos legais, à declaração diretamente prestada perante funcionário do registo civil, sendo-lhe aplicáveis, com as necessárias adaptações, todas as disposições que regulam o registo do nascimento e o estabelecimento de filiação”.

Também o Código do Registo Civil sofre alterações. Agora, as cópias eletrónicas dos documentos necessários à instrução do registo de nascimento passam a ter o “mesmo valor probatório dos originais, desde que tenham sido corretamente digitalizados e sejam integralmente apreensíveis”.

Isto não prejudica o “dever de exibição dos originais dos documentos, sempre que tal for determinado pelo conservador de registos ou oficial de registos”, lê-se.

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Municípios vão ter de assegurar transporte e alojamento a alunos sem acesso a escola secundária

Medida abrange 33 concelhos do Interior que pelo reduzido número de alunos, não dispõem de qualquer oferta do ensino secundário. Municípios ficam responsáveis por assegurar transporte e alojamento.

A partir de 1 de janeiro, os municípios ficam responsáveis por assegurar transporte e alojamento a alunos de 33 concelhos do interior que não têm acesso ao ensino secundário. O Estado suportará os encargos.

“Atentos os princípios da equidade, da universalidade da escolaridade obrigatória, da igualdade de oportunidades no acesso à educação e ao sucesso escolar previstos na Lei de Bases do Sistema Educativo, consagra-se a competência dos municípios para a atribuição de apoios ao transporte e alojamento destinados aos alunos cujo agregado familiar resida em concelhos sem qualquer oferta de ensino secundário”, lê-se no decreto-lei publicado em Diário da República, que dá mais um passo na transferência de competências.

O decreto-lei “que procede à alteração da transferência de competências para os órgãos municipais e das entidades intermunicipais no domínio da educação” abrange 33 concelhos, todos no interior, que, pelo reduzido número de alunos, não dispõem de qualquer oferta do ensino secundário.

Para usufruir dos apoios o aluno deve preencher requisitos cumulativos como: residir em concelho sem qualquer oferta de ensino secundário; estar matriculado e ou a frequentar o ensino secundário em escola da rede pública do Ministério da Edução; a distância entre a sua residência e o estabelecimento de ensino a frequentar exceda 15 quilómetros; os meios de transporte coletivo existentes no concelho de residência não satisfaçam regularmente as necessidades de transporte no que se refere ao cumprimento dos horários escolares, ou impliquem tempos de espera superiores a 45 minutos ou deslocações de 60 minutos em cada viagem simples e sendo maior de 18 anos, não ultrapassar os limites de faltas injustificadas prevista no artigo 18.º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro, na sua redação atua.

O decreto-lei estabelece ainda que o “Estado suportará os encargos com a atribuição pelos municípios dos mencionados apoios, através de transferências anuais, nos termos a fixar em portaria”.

O Governo “assume como prioridade a concretização de uma política educativa centrada nas pessoas que garanta a igualdade de acesso à escola pública, promovendo o sucesso educativo e, por essa via, a igualdade de oportunidades e o combate às desigualdades territoriais”.

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Partidos criticam ausência de temas como saúde e habitação do discurso de Natal de António Costa

  • ECO e Lusa
  • 26 Dezembro 2023

A mensagem de Natal de Costa foi fortemente criticado pelos partidos que salientam a ausência de temas fortes como crise na habitação, saúde ou até educação.

Na tradicional mensagem de Natal o primeiro-ministro afirmou que deixa um país melhor ao fim de oito anos de liderança de governos socialistas, considerando que Portugal está preparado para enfrentar os desafios com uma população mais qualificada e com menos dívida. Mas este discurso não “saciou” os partidos. Da esquerda à direita, a mensagem de Costa foi fortemente criticado pelos partidos que salientam a ausência de temas fortes como crise na habitação, saúde ou até educação.

“Nestes oito anos em que tive a oportunidade de conhecer ainda melhor os portugueses e Portugal, só reforcei a minha confiança na nossa pátria. É com esta confiança reforçada em cada um de vós, na nossa capacidade coletiva, em Portugal, que me despeço desejando um feliz Natal, um excelente ano de 2024 e a certeza de que os portugueses continuarão a fazer de cada ano novo um ano ainda melhor”, declarou o líder do executivo.

Mas a mensagem não agradou a todos. Um dos críticos do discurso do primeiro-ministro foi o vice-presidente do PSD. Paulo Rangel afirmou que, à semelhança de Costa, também o PSD confia nos portugueses, mas que a confiança dos portugueses no futuro “só pode ser retomada com uma alternativa”.

“Com maioria absoluta, ao longo de um ano desbarataram a credibilidade do Governo e das instituições“, destacou Paulo Rangel, criticando o balanço da atividade governativa feito pelo primeiro-ministro, cerca de um mês e meio depois de se ter demitido da chefia do Governo.

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Paulo Rangel. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSAANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Como é que é possível fazer o elogio dos progressos que houve nas qualificações quando vemos a situação em que está o sistema educativo, a situação em que estão os nossos alunos sem professores, em que estão os professores sem qualquer incentivo, a situação, portanto, de impasse em que entrou a educação”, referiu.

A par da educação, o vice-presidente do PSD criticou também as contas certas, considerando que “foram feitas com base na destruição, abandono e desistência sistemática dos serviços públicos”.

Para Paulo Rangel, na mensagem de Natal do primeiro-ministro faltou “uma palavra” para os profissionais de saúde, mas também para os sem-abrigo e para os que se confrontam com a crise na habitação. “Sabemos que a pobreza e o risco de pobreza aumentaram especialmente neste último ano, ano e meio, em que o Governo socialista tinha maioria absoluta e era liderado por Costa”, afirmou.

Defendendo que o partido não tencionava fazer “uma crítica completa” à política socialista de António Costa, o vice-presidente do PSD afirmou, no entanto, que o primeiro-ministro “não hesitou em fazer alguma propaganda”.

Também o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, afirmou que o primeiro-ministro esteve “igual a si próprio”, fazendo propaganda a si e ao Governo mas esquecendo o que aflige a população.

António Costa, na mensagem difundida esta noite, não falou do essencial, como as questões ligadas à crise na habitação, aos baixos rendimentos, a uma classe média absolutamente asfixiada por rendimentos baixos e impostos altos, à degradação das instituições e à degradação dos serviços públicos, como a saúde, educação, transportes e justiça”, disse.

Rui RochaLusa

Para Rui Rocha, o primeiro-ministro limitou-se a fazer um “autoelogio”, que “é aquilo que tem feito sempre ao longo destes oito anos”.

Ainda há direita, o presidente do Chega considerou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro falhou ao não abordar temas como a crise das instituições, a justiça e a saúde.

“É um primeiro-ministro que consegue na sua última mensagem falhar os dois tópicos principais que era importante tratar hoje e a olhar para o futuro: a crise das instituições e a confiança na justiça, que levou ao fim do seu Governo, e o profundíssimo sistema degradado em que a nossa saúde se encontra hoje”, considerou André Ventura.

André VenturaLusa

O líder do Chega acusou o primeiro-ministro de uma “profunda incapacidade de fazer um exercício de auto responsabilidade, um juízo crítico de auto responsabilização”. “António Costa falhou em toda a linha ao não conseguir dar aos portugueses a tranquilidade que o país precisava numa noite de Natal”, disse, acusando o PS e o primeiro-ministro de viverem “numa realidade paralela completamente diferente da maioria dos portugueses”.

Também a eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, considerou que a mensagem de Costa ficou marcada pela ausência de qualquer referência aos problemas que as pessoas enfrentam, nomeadamente na habitação e na saúde.

“Nesta última mensagem de Natal, o primeiro-ministro não fez nenhuma referência aos problemas que as pessoas enfrentam em Portugal, problemas que foram agravados com a maioria absoluta, apesar de ter tido todas as condições políticas e recursos extraordinários”, disse.

Marisa MatiasFERNANDO VELUDO/LUSA

Para a eurodeputada bloquista, a maioria absoluta “foi um tempo intranquilo”, não marcado apenas pelo “rodopio de ministros”, mas também por um “sobressalto permanente” na vida das pessoas, com a crise da habitação e os problemas sentidos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“A habitação é um problema central neste momento em Portugal, o SNS precisa de ser salvo e precisa de haver investimento concreto para que aquela que é uma das principais conquistas da democracia em Portugal não colapse e para tudo isso é preciso que se olhe, que se apresente soluções concretas para esses problemas e não fugir a eles, ignorá-los, omiti-los”, salientou.

Para Marisa Matias, este era um momento para o primeiro-ministro estar “mais próximo da realidade que as pessoas estão a enfrentar em Portugal”, considerando que continuar-se a “fingir que esses problemas não existem” não irá contribuir para resolvê-los.

Segundo a eurodeputada, era importante que António Costa tivesse apresentado “um olhar para o futuro e reconhecer que há problemas muito concretos na vida das pessoas e para os quais é preciso encontrar soluções”.

Marisa Matias lamentou ainda que o primeiro-ministro português não tenha feito qualquer referência “ao genocídio que está a acontecer em Gaza”. “Não é um Natal qualquer. À semelhança do que temos assistido tragicamente na Ucrânia e que mereceu referência no ano passado, creio que não podemos também esquecer o que se está a passar em Gaza este ano”, vincou.

Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, defendeu que a mensagem do primeiro-ministro “esquece o país real” e considerou uma perda de tempo debates sobre coligações à esquerda ou à direita.

“As palavras de António Costa esquecem o país real, porque as contas certas têm que ser contas certas em primeiro lugar com as famílias, e num país em que temos mais de 10 mil pessoas em situação de sem-abrigo e quatro milhões de pessoas a viver em situação de pobreza se não fossem os apoios sociais, existe claramente aqui um défice de um país em que António Costa não tem conseguido promover o desenvolvimento social”, considerou.

Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, em entrevista ao ECO - 28SET20

Para o PAN, a maioria absoluta do primeiro-ministro demissionário “foi uma oportunidade perdida e desperdiçada”. “É fundamental que, ao invés de perdermos tempo a discutir entre a esquerda e a direita, e qual vai ser a solução para o país, se uma coligação à esquerda ou à direita, que estivéssemos a discutir aquilo que é a visão e o projeto de país que queremos de facto para Portugal”, defendeu.

Também o PCP considerou que a mensagem de Costa “não bate certo com a vida das pessoas”, salientando mais uma vez a ausência de menção a problemas como o custo de vida, saúde, educação e habitação.

“O senhor primeiro-ministro faz uma declaração que não bate certo com a vida das pessoas. Fala das contas certas, mas não fala do desacerto das contas da vida das pessoas, do salário e da pensão que não chega para enfrentar o custo de vida, que aumentou significativamente nos últimos tempos”, disse o dirigente comunista Jaime Toga.

Frisou ainda que António Costa fala “das qualificações do povo português, mas não fala, por exemplo, dos problemas da escola pública, do facto de haver ainda dezenas de milhares de alunos que não têm professores a todas as disciplinas”.

Não fala do SNS, dos problemas que há no Serviço Nacional de Saúde, da falta de valorização dos profissionais“, referiu, sublinhando ainda a ausência de “um dos principais problemas do país, que é o problema da habitação”.

Para o dirigente do PCP, “hoje, milhares de famílias passam o Natal com a agonia de não saber como é que será o dia de amanhã, e como é que conseguirão fazer face ao aumento dos custos da habitação, seja por via do aumento da prestação do crédito à habitação, seja por via do aumento das rendas”.

Jaime Toga salientou a “importância de não alimentar ilusões, porque não é a partir do PS, como está demonstrado nos últimos anos, que se encontrarão respostas para os problemas dos trabalhadores, das populações”.

Por fim, para o PS a mensagem de Costa foi uma mensagem de “grande lucidez”, mas também de “grande esperança no futuro”. O vice-presidente da bancada socialista João Torres garante que o que o PS “se propõe é continuar este trabalho, de continuar a desenvolver este legado” e “a trabalhar com base na estabilidade, na previsibilidade e na segurança que os portugueses exigem dos políticos”.

João TorresLusa

Minutos depois da mensagem de Natal do primeiro-ministro, o deputado disse que António Costa “entregará um país inquestionavelmente melhor do que aquele que encontrou no final de 2015”.

E, em resposta à oposição, à esquerda e à direita, que criticou a mensagem de Costa por alegadamente descolar da realidade, João Torres afirmou: “ao longo do último ano e meio, [a oposição] está hoje especializada na maledicência”.

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Sonangol foi forçada a ser acionista do BCP

  • ECO
  • 26 Dezembro 2023

Um documento sobre a regeneração da petrolífera revelou que a Sonangol foi forçada pelo Governo angolano a entrar no capital do Millennium BCP em 2007.

A petrolífera Sonangol foi forçada pelo Governo angolano, presumivelmente pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, a entrar no capital do Millennium BCP em 2007. Esta conclusão está presente num documento sobre a regeneração da petrolífera, datado de 24 de agosto de 2020, a que o Jornal de Negócios (acesso pago) teve acesso.

“O investimento em ações no Millennium BCP não foi uma decisão financeira estratégica da Sonangol EP, mas sim feito sob mandato governamental e vem contribuindo, ao longo da sua existência, para a degradação dos resultados da empresa em função das imparidades que vem causando repetidamente”, refere o documento.

A entrada da Sonangol no BCP deu-se em 2007 quando Manuel Vicente estava à frente da petrolífera, tendo posteriormente assumido o cargo de vice-presidente de Angola entre 2012 e 2017. Segundo o documento, o investimento total da Sonangol no banco ascende a 2,19 mil milhões de euros.

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Mais de 800 médicos do SNS reformaram-se em 2023

  • ECO
  • 26 Dezembro 2023

Este ano reformaram-se 822 médicos, mais 40 do que no ano anterior, ou seja, um aumento de 5%. A previsão é que o número de aposentações continue a aumentar nos próximos dois a três anos. 

Mais de 800 médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) reformaram-se este ano, ultrapassando as previsões do Governo e batendo recorde da última década. Segundo avança o Público (acesso condicionado), em 2023 reformaram-se 822 médicos, mais 40 do que no ano anterior, ou seja um aumento de 5%.

Este valor ultrapassa a previsão do Governo, que, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde de 2019, apontava para que menos de 700 profissionais saíssem do ativo este ano. A previsão é que o número de aposentações continue a aumentar nos próximos dois a três anos.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, estes números não são uma surpresa. “Sabíamos que isto ia acontecer, infelizmente era previsível, tínhamos estudos que indicavam que o pico de aposentações iria acontecer por esta altura, mas não nos preparámos para isto”, lê-se.

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