Número de casas em Lisboa vendidas a estrangeiros cai 19% no semestre

  • Ana Petronilho
  • 14 Novembro 2023

Até junho houve 770 edifícios de habitação ou apartamentos comprados pelos estrangeiros em Lisboa, que envolveram um volume de negócios que ascende a 442,9 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, houve 770 edifícios de habitação ou apartamentos comprados pelos estrangeiros em Lisboa, que envolveram um volume de negócios que ascende a 442,9 milhões de euros. Em termos homólogos, estes dados traduzem uma quebra de 19% no número de imóveis vendidos a estrangeiros e uma redução de 18% no valor total das transações. Esta quebra acontece numa altura em que os preços da habitação continuam a subir e num contexto em que o Governo anunciou o fim dos vistos gold.

Os números são divulgados pela Confidencial Imobiliário que, em comunicado, acrescenta ainda que foram 58 as nacionalidades dos investidores que compraram casas ou edifícios de habitação em Lisboa, com destaque para os franceses e os norte-americanos que geraram “cada um 10% do número de imóveis adquiridos por internacionais”. Seguem-se os britânicos, “com uma quota de 6%, chineses, com 5%, brasileiros e italianos (quotas de 3% cada)”.

Os dados da Confidencial Imobiliário têm em conta os imóveis localizados Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU), que abrange todas as freguesias da cidade à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações, e são baseados na análise dos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa.

Entre as várias zonas da capital, o interesse dos estrangeiros tem crescido em freguesias fora do centro histórico, sendo o caso das zonas de Benfica, Campolide, Alcântara, Areeiro e Alvalade, onde o número de vendas cresceu acima de 50% superando Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, com cerca de 80 operações cada (quotas de 10% do total de vendas).

Mas a quebra da venda de casas em Lisboa pelos estrangeiros é também acompanhada pela redução do investimento dos portugueses. De acordo com o relatório da Confidencial Imobiliário, no primeiro semestre do ano foram comprados pelos portugueses 1.630 imóveis residenciais que totalizam 673,1 milhões de volume de negócios, traduzindo quebras homólogas de 22% e 13%, respetivamente.

No total, até junho, na capital foram transacionados 3.150 imóveis residenciais no valor de 1.578 milhões. Os particulares adquiriram 76% dos imóveis e geraram 71% do montante investido. Entre estes, os estrangeiros geraram 24% compras em número de imóveis e 28% em capital. Os portugueses, asseguraram 52% do número de imóveis e 43% do montante. As restantes quotas (de 24% em imóveis e 29% em montante) são respeitantes a aquisições realizadas por empresas, para as quais não está segmentada a nacionalidade.

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Aumento do IUC nas mãos do PS. Medina continua a defender medida

"O Governo sustenta a proposta que fez quanto a um aumento máximo de 25 euros por ano", afirmou Fernando Medina. Ministro confiante que a dívida pública vai baixar dos 100% do PIB em 2024.

O Governo mantém-se intransigente em relação ao agravamento do IUC para três milhões de carros e 500 mil motociclos com matrícula anterior a julho de 2007. “O Governo sustenta a proposta que fez quanto a um aumento máximo de 25 euros por ano”, afirmou Fernando Medina, na audição no Parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2024.

O ministro das Finanças volta a apresentar mais uma vez o Orçamento que elaborou – que diz “projetar um conjunto de opções políticas” – e que o Presidente da República permitiu que fosse aprovado antes de formalizar a demissão do Governo e a dissolução da Assembleia.

O ministro das Finanças apenas mostrou abertura para o grupo parlamentar do PS clarificar o travão ao aumento anual de 25 euros: “Já admitimos correções que clarifiquem essa orientação política, se dúvidas houver”.

Antes o social-democrata Duarte Pacheco tinha perguntado se Medina ia “dar abertura para a eliminação da proposta de aumento do IUC”, salientando que há propostas de quase todos os partidos, ao que o governante não respondeu. Para Duarte Pacheco, este “silêncio foi interpretado pelo PS como disponibilidade” para poderem deixar cair a medida, alvitrou.

O Chega voltou a fazer a questão e Medina deixou o assunto no ar: “Há matérias que o Governo apresentou proposta de OE, estamos no debate de especialidade, estão a chegar as propostas e PS fará a avaliação de propostas que entraram”.

“Puxemos pela economia interna”, apela Medina

“Puxemos pela economia interna”, apelou ainda o ministro das Finanças. Medina destaca que o “país nunca conheceu dois anos consecutivos de saldos orçamentais positivos após o 25 de abril, o que permitirá prosseguir a estratégia de redução da dívida pública que de certeza baixa em 2024″.

O ministro demissionário está assim a assegurar que, dependendo de como acaba o ano, “será certo que em 2024 teremos dívida pública inferior a 100%”. Já para 2023, o resultado deverá ser ainda melhor, ficando abaixo dos 103% estimados no OE, avançou.

Deixa também a garantia de que a previsão do excedente para este ano será concretizada: “Mudou muita coisa à nossa volta mas não mudou a robustez do que temos hoje nas nossas previsões da economia portuguesa sustentáveis“, reiterou. Já para 2024, mantém os resultados com que o Governo se tinha comprometido, isto se o Orçamento for “executado como está desenhado e orientado”.

O Orçamento tem aprovação garantida pela maioria absoluta socialista, mas quanto à sua execução tudo dependerá dos resultados das eleições. O PSD já sinalizou que, se vencer as eleições, irá avançar com um Orçamento retificativo.

É de recordar que o Orçamento do Estado para 2024 prevê um excedente de 0,8% do PIB este ano e 0,2% no próximo. Já o rácio da dívida pública é projetado recuar para 98,9% no próximo ano. Esta redução da dívida “transmite sinais de confiança na economia portuguesa, que tão necessários são, em particular neste momento“, salienta.

O governante defende também que “este OE foi desenhado no sentido de enfrentar a conjuntura com que o país se confronta e projetar um conjunto de opções políticas que o Governo prossegue de acordo com o plano”.

Destaca assim as medidas para os rendimentos das famílias, sublinhando a importância do “contributo de procura interna para a economia”. “Puxemos pela economia interna, pela capacidade de compensar pelo menor dinamismo nos mercados de exportação“, apela.

Já André Ventura provocou a equipa das Finanças ao dizer que iria deitar este Orçamento para o lixo caso vença as eleições. A isto, Medina respondeu recordando declarações do deputado do Chega nos últimos dias, onde disse “aceitamos qualquer solução que garanta que temos instrumentos orçamentais para começar o ano”.

Ministro diz que “é natural” haver instrumentos de controlo orçamental

Confrontado com a conclusão da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) de que, em 2024, dois terços das cativações ainda vão continuar nas mãos do Ministério das Finanças, quando Governo tinha anunciado que esse instrumento iria acabar, Fernando Medina quis distinguir entre “cativações”, que dizem respeito à “microgestão”, e outros mecanismo de controlo orçamental. “É evidente, é natural que o Ministério das Finanças tem vários instrumentos de controlo orçamental ou imaginaria um Estado sem Ministério das Finanças ou uma qualquer empresa sem um responsável financeiro”.

O ministro das Finanças clarificou que o que terminou foi um desses instrumentos, designado de cativações, “porque esse instrumento é diferente, porque atua ao nível da despesa do pequeno do serviço”. Até este ano, para descativar despesa “para coisas naturais para o funcionamento normal do serviço”, “era preciso passar pelo calvário de todas as confirmações até o Ministério das Finanças autorizar”.

Assim, o “Ministério das Finanças abdicou desse poder da gestão micro sobre operações do dia a dia e passou para os ministérios setoriais”, sublinhou. “Não caberá ao Ministério das Finanças, mas ao ministério setorial esta dimensão de micro controlo”, reforçou.

Contudo, alertou Medina, “isto não pode ser confundido com outros instrumentos como a dotação provisional”, que deve existir e que serve para acudir a situações extraordinárias. “Alguém entenderia que o Governo não tivesse uma verba central para fazer face a imprevistos como um acidente natural? É normal que os governos tenham essas bolsas”, vincou Medina.

Segundo a análise da UTAO à proposta do Orçamento do Estado para 2024, os instrumentos de controlo de despesa totalizam 2.521 milhões de euros, dos quais mais de dois terços, isto é, 1.697 milhões, ainda estão dependentes do “ok” de Fernando Medina para serem libertados. Ora estas verbas dizem respeito a dotações centralizadas para fins específicos (745 milhões de euros), dotação provisional (500 milhões de euros) e reserva orçamental (452 milhões de euros). Apenas a rubrica das cativações (824 milhões de euros) deixa de precisar do visto das Finanças.

Governo admite estudar adicional ao IMT para imóveis mais caros

Em resposta ao deputado único do Livre, Rui Tavares, que propõe um agravamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) sobre os imóveis de luxo para travar a fuga de habitação para grandes fundos, Fernando Medina admite avaliar a proposta.

“Sobre a proposta do Livre, concordo com um estudo sobre um IMT adicional, receita que até pode servir para financiar programas na área da habitação”, afirmou o ministro das Finanças.

Recorde-se que, neste momento, já existe o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), o chamado “imposto Mortágua”, que tem taxas agravadas para contribuintes que tenham património imobiliário, desde terrenos a prédios, de valor tributário superior a 600 mil euros.

As taxas variam entre 0,7% e 1,5% e a receita vai para os cofres do Estado ao contrário do IMI regular que é receita das autarquias. As taxas do IMI oscilam entre 0,3% e 0,45%. Os municípios em resgate financeiro ou abrangidos por programas de apoio à economia podem aplicar uma taxa máxima de 0,5%.

Fernando Medina também mostrou abertura para acolher a proposta do PAN de redução do IVA da ração para animais de companhia para a taxa mínima de 6%. Neste momento, a alimentação animal está sujeita à taxa máxima, de 23%.

“O IVA da alimentação animal é algo que não podemos acompanhar na sua extensão, mas creio que será possível agora na fase da especialidade encontrar algo que vai num sentido semelhante, próximo deste em sede de taxa IVA”, afirmou o governante.

(Notícia atualizada com mais informação às 18h49)

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Operação Influencer: “Sou inocente”, diz presidente da Câmara de Sines

"Sou inocente, convicto de que sempre pautei a minha conduta na presidência da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público", disse Nuno Mascarenhas.

O presidente da Câmara Municipal de Sines afirmou esta terça-feira estar inocente no âmbito do processo Operação Influencer. Nuno Mascarenhas foi libertado na segunda-feira, após ter estado quase uma semana detido na PSP de Moscavide.

Sou inocente, convicto de que sempre pautei a minha conduta na presidência da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público”, referiu em declarações transmitidas pela Sic Notícias.

O autarca sublinhou ainda que o seu papel foi de “colaborar com a justiça”, tendo prestado todos os esclarecimentos necessários à justiça. “A justiça falou e decidiu afirmar a minha inocência. A justiça fez o seu papel e concluiu que não existiu qualquer ilícito“, acrescentou.

Na segunda-feira, o juiz de instrução da Operação Influencer decidiu deixar em liberdade todos os arguidos, entre eles Nuno Mascarenhas. Para o juiz não existia indiciação de qualquer crime relativo ao presidente da Câmara Municipal de Sines e não validou os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos.

Segundo o comunicado do Tribunal Central de Instrução Criminal, o juiz Nuno Dias Costa considerou que Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária estão “fortemente indiciados” em co-autoria e na forma consumada de um crime de tráfico de influência. Por seu lado, entendeu que Afonso Salema e Rui Oliveira Neves estão indiciados em co-autoria de um crime de tráfico de influência e um crime de oferta indevida de vantagem. Em relação à empresa Start Campus, o juiz entendeu que esta se mostra “fortemente indiciada” de um crime de tráfico de influência e de um crime de oferta indevida de vantagem, cuja prática se concretizou através dos administradores Afonso Salema e Rui Oliveira Neves. Leia aqui quais os crimes que foram invocados pelo Ministério Público para cada arguido.

A operação da passada terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

O primeiro-ministro demitiu-se, na terça-feira, depois de saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

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Chefe da diplomacia israelita diz que Guterres “não merece” liderar ONU

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

"Guterres não merece estar à frente das Nações Unidas. Guterres não encorajou nenhum processo de paz na região", disse Eli Cohen.

O chefe da diplomacia israelita, em visita oficial a Genebra para pressionar as organizações internacionais para a libertação dos reféns em Gaza, afirmou esta terça-feira que o secretário-geral da ONU, António Guterres, “não merece estar à frente das Nações Unidas”.

“Não promoveu nenhum processo de paz na região”, acrescentou Eli Cohen, acompanhado por familiares de reféns raptados em Gaza, numa conferência de imprensa na sede europeia das Nações Unidas, pouco antes de se encontrar com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Guterres não merece estar à frente das Nações Unidas. Guterres não encorajou nenhum processo de paz na região. […] Penso que Guterres, tal como todas as nações livres, deveria dizer alto e bom som: libertem Gaza do Hamas”, argumentou Cohen.

Cohen, que é acompanhado nesta viagem pelo ministro da Saúde israelita, Uriel Menachem Buso, criticou ainda: “O Irão, um país que defende a destruição de Israel, não deveria ser membro das Nações Unidas, mas podemos ver como Guterres se senta com eles”.

“Guterres, tal como todas as nações livres, deve dizer alto e bom som que Gaza deve ser libertada do Hamas, que o Hamas é ainda pior do que o Estado Islâmico”, acrescentou o chefe da diplomacia israelita.

Cohen reuniu-se anteriormente na cidade suíça com a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, com o objetivo de a organização utilizar a sua longa experiência na defesa de prisioneiros de guerra e civis em conflitos para tentar mediar a libertação de reféns ou, pelo menos, obter provas de que estes ainda estão vivos.

Na conferência de imprensa, Cohen realçou que a Cruz Vermelha ainda nem sequer conseguiu encontrar-se com reféns retidos em Gaza pelo movimento de resistência islâmica Hamas.

“Estou aqui com o ministro da Saúde [israelita] e com familiares dos reféns e tivemos uma reunião com a presidente do CICV. Até à data, ninguém se encontrou com os reféns. Não temos nenhuma prova de vida. Até hoje, nenhum dos nossos reféns se encontrou com a Cruz Vermelha”, disse Cohen.

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Substituir Costa? “Ninguém falou comigo”, diz António Vitorino

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

O nome de António Vitorino foi avançado pelos media como sendo uma de quatro hipóteses para a substituição de António Costa à frente do Governo.

O advogado e ex-dirigente do PS António Vitorino assegurou esta terça-feira que ninguém lhe falou sobre uma possível substituição de António Costa, na sequência da demissão do primeiro-ministro anunciada após a investigação que o envolveu no caso Operação Influencer.

O nome de António Vitorino foi avançado na passada quarta-feira pelo Expresso como sendo uma de quatro hipóteses para a substituição de António Costa à frente do Governo, evitando assim o cenário de eleições antecipadas, que viriam a ser marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para 10 de março de 2024.

Ninguém falou comigo”, disse à Lusa o antigo comissário europeu, à margem da sua audição como testemunha no julgamento do caso EDP, no Campus da Justiça, quando questionado sobre a sua inclusão entre os nomes que António Costa terá apresentado a Marcelo Rebelo de Sousa e que alegadamente incluiriam o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e o presidente do PS, Carlos César.

Este tema motivou já uma troca de comunicados entre o governador do Banco de Portugal e a Presidência da República, uma vez que no domingo, em declarações ao jornal Financial Times, Mário Centeno afirmou que teve “um convite do Presidente e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o Governo”.

De seguida, o Presidente da República negou, numa nota publicada no site da Presidência, que tivesse feito qualquer convite ou autorizado um contacto nesse sentido. Já na segunda-feira de manhã, Mário Centeno esclareceu, em comunicado, que não foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para chefiar o Governo.

Por outro lado, António Vitorino recusou fazer mais comentários sobre a situação política do país ou a disputa interna pela liderança do Partido Socialista, neste momento personificada nas candidaturas do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.

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CCSL reforça equipa com três advogados. Rita Rendeiro é a nova sócia

A CCSL Advogados integrou Rita Rendeiro como sócia responsável pela área de Financeiro, Compliance e Sustentabilidade, e Francisco Borges Coelho e Lourenço Noronha Andrade como associados.

A CCSL Advogados reforçou a equipa com três advogados: Rita Rendeiro, enquanto sócia responsável pela área de Financeiro, Compliance e Sustentabilidade, e Francisco Borges Coelho e Lourenço Noronha Andrade como associados da mesma área.

“Integrar a CCSL Advogados corresponde a uma oportunidade única de fazer parte de um projeto diferenciador, com uma equipa de excelência que trabalha em parceria com o cliente para implementar projetos complexos e inovadores, sem perder o foco nas pessoas, que são o nosso maior ativo”, sublinhou Rita Rendeiro.

Com cerca de 17 anos de experiência, Rita Rendeiro passou pela Dentons e Clifford Chance, em Londres, e Vieira de Almeida. Integrou ainda o departamento de emitentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e assumiu cargos de direção em bancos internacionais, incluindo como head of legal do Deutsche Bank e como head of legal, compliance and AML no Abanca em Portugal, bem como num private equity dedicado a investimentos de impacto.

A nova sócia da CCSL é cofundadora do movimento cívico Women in ESG Portugal e presidente da Direito Mental – Associação para a Promoção da Saúde Mental na Comunidade Jurídica.

Rita Rendeiro, presidente da Direito MentalJoão Nogueira

Para o managing partner, José Calejo Guerra, esta integração permite reforçar o posicionamento do escritório na área do Direito Financeiro, Compliance e Sustentabilidade. “O perfil da Rita demonstra ainda um alinhamento com os outros sócios e restante equipa, nas características de excelência quer profissionais, quer pessoais, o que faz redobrar a confiança e satisfação nesta integração”, disse.

Já Lourenço Noronha Andrade transita da PLMJ. É licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com um LL.M em International Business Law pela Tilburg University, na Holanda.

Por sua vez, Francisco Borges Coelho exercia atividade na OC Advogados e é licenciado pela Universidade Europeia, tendo um Mestrado em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e encontra-se, neste momento, a frequentar uma Pós-Graduação em Artificial Intelligence In Legal Practice and Its Regulation pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

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Universidade do Porto supera Nova de Lisboa. É a mais empreendedora em 2023

Há, pelo menos, 1.650 fundadores alumni nas 10 universidades em Portugal, uma subida de 21,15% face há um ano, aponta o "Portugal’s Entrepreneurial University Ranking 2023", da Startup Portugal.

A Universidade do Porto é a universidade com mais empreendedores do país em 2023, tendo ultrapassado a Universidade Nova de Lisboa, que cai para a terceira posição do “Portugal’s Entrepreneurial University Ranking 2023”, da Startup Portugal, que apresenta as universidades portuguesas com mais empreendedores entre os antigos alunos. A Universidade Católica Portuguesa é a segunda com mais empreendedores.

Segundo o estudo da Startup Portugal, há, pelo menos, 1.650 fundadores alumni nas 10 universidades em Portugal, uma subida de 21,15% face há um ano. “No ano passado lançámos este ranking com o intuito de divulgar o empreendedorismo universitário e incentivar uma crescente adoção e de temáticas do desenvolvimento de projetos inovadores nos seus programas curriculares”, explica António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, citado em comunicado. “É com satisfação que vemos a Universidade do Porto a fazer uma evolução positiva no número de fundadores que está a formar e a integrar no mercado.”

O ranking tem como base os dados da Dealroom.com, uma plataforma global de dados de inteligência sobre startups, inovação, empresas de elevado crescimento e ecossistemas, a partir dos quais foi possível concluir que existem, pelo menos, 1.650 fundadores entre os antigos alunos distribuídos pelas 10 melhores instituições de ensino superior em Portugal, mais 21,15% do que face ao ranking de 2022.

Gestão e Direito, Engenharias e Saúde são as principais áreas de estudo dos alunos-fundadores do ensino superior em Portugal, aponta o estudo. Já no que toca às nacionalidades prevalentes de alunos internacionais, há uma maior incidência das nacionalidades brasileira, guineense e cabo-verdiana.

Universidade do Porto é a mais empreendedora

Com 275 fundadores de startups entre os seus alumni, a Universidade do Porto lidera o ranking das universidades nacionais com maiores empreendedores, tendo subido uma posição e ultrapassado a Universidade Nova de Lisboa na liderança. A Universidade Católica Portuguesa sobe um lugar para a segunda posição no ranking, com um total de 263 fundadores entre os ex-alunos.

Com 253 fundadores entre os antigos alunos, a Universidade Nova de Lisboa cai duas posições para o terceiro lugar. Já a Universidade de Lisboa surge na quarta posição, com 194 fundadores entre os ex-alunos, a mesma do ano passado.

Na quinta posição, com 162 fundadores, o Iscte é o estabelecimento de ensino superior que mais sobe no ranking: três posições. Universidade de Coimbra e Universidade do Minho descem ambas uma posição, surgindo no 6.º e 7.º lugar, respetivamente, apresentando no seu lote de antigos alunos 149 e 143 fundadores.

Na oitava posição – menos uma do que no ano passado – surge a Universidade de Aveiro, com um total de 105 fundadores de startups entre os alumni.

Sem variações ao nível da posição do ranking embora reforçando o número de fundadores entre os seus ex-alunos – surge o Instituto Politécnico do Porto (60 fundadores vs 44 no ano passado) na 9.ª posição e a fechar o Top 10 a Universidade Lusófona, com um total de 46 fundadores, mais 16 do que os 30 assinalados no ano passado.

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Presidente da Câmara de Gaia condenado a perda de mandato e multa

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, foi condenado a perda de mandato e ao pagamento de uma multa de 8.400 euros por usar, de forma pessoal, um veículo elétrico do município.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, foi condenado esta terça-feira a perda de mandato e ao pagamento de uma multa de 8.400 euros por usar, de forma pessoal, um veículo elétrico do município.

Na liderança daquela autarquia do distrito do Porto desde 2013, depois de ter sido eleito pelo PS, Eduardo Vítor Rodrigues foi condenado pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia por um crime de peculato de uso.

A juíza condenou ainda a mulher do autarca pela prática do mesmo crime, assim como ao pagamento de uma multa de 8.400 euros.

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro aposta numa adega mais sustentável

Com uma área de 632 metros quadrados, o edifício disponibilizará equipamentos para estudantes e investigadores acompanharem os diferentes estágios de produção vínica.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) inaugura, esta quarta-feira, uma adega com uma área de 632 metros quadrados. O edifício distingue-se por ser “ambientalmente sustentável e com equipamentos de última geração”.

Esta empreitada de ampliação do edifício de enologia é um marco significativo no contributo da UTAD para o desenvolvimento da viticultura e da enologia na região, firmando-se o compromisso da academia com a sustentabilidade ambiental”, afirma o pró-reitor para o planeamento, território e património, Ricardo Bento, citado em comunicado.

O edifício disponibilizará de diversos equipamentos para estudantes e investigadores acompanharem os diferentes estágios de produção vínica, desde a fermentação ao estágio (em garrafa, cubas ou barricas) até ao engarrafamento.

A obra inclui uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (Fito-ETAR). Este sistema recorre a uma Solução baseada na Natureza (NbS) que vai permitir que a UTAD possa tratar eficazmente os efluentes gerados durante o processo de vinificação, reutilizando a água residual na irrigação de áreas agrícolas no campus. Para o mesmo fim, será ainda implementado um sistema de aproveitamento de águas pluviais.

Esta nova estrutura de apoio ao processo de ensino-aprendizagem na área da enologia vai servir de palco à “Prova dos Novos – UTAD Alumni Wine & Cheese Collection”, um evento que dará a conhecer um quarteto de vinhos e um trio de queijos produzidos por antigos estudantes da academia transmontana.

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Montenegro diz que só governa se ganhar eleições e rejeita coligação com Chega

  • Lusa
  • 14 Novembro 2023

"Eu venho para ganhar as eleições e para governar o país e já disse que só governo se ganhar as eleições", disse Luís Montenegro.

O presidente do PSD reafirmou esta terça-feira não vai fazer qualquer coligação com o Chega e que só governará se ganhar as eleições legislativas. “Eu venho para ganhar as eleições e para governar o país e já disse que só governo se ganhar as eleições“, disse aos jornalistas Luís Montenegro, em Portimão.

O líder social-democrata falava à chegada à estação ferroviária de Portimão, no final de uma viagem de comboio entre Tunes, no concelho de Silves, e Portimão no âmbito da iniciativa Sentir Portugal.

Luís Montenegro declarou que, sem maioria absoluta, o PSD tem de “desafiar todos os outros partidos a respeitarem a vontade popular e a encontrarem instrumentos no Parlamento que façam com que o Governo possa executar o seu programa, excluindo o Chega“. “É isso que nós vamos fazer”, destacou.

Contudo, o presidente do PSD manifestou-se “empenhado em ganhar as eleições, em conquistar o maior número de votos possível para que o PSD sozinho tenha condições de estabilidade governativa“.

Questionado sobre posições manifestadas por alguns militantes e ex-dirigentes do partido, como o ex-ministro Miguel Relvas, favoráveis a coligações ou acordos com outros partidos políticos da área da direita para a formação de um eventual Governo, Montenegro respondeu que o PSD “tem órgãos eleitos e estratégias sufragadas”.

O PSD é um partido democrático onde as pessoas são livres de manifestarem as suas posições, mas nós estamos a cumprir de forma integral e honesta a estratégia que delineámos”, salientou.

O líder social-democrata disse que vai apresentar ao eleitorado um projeto político “mobilizador e que corresponde ao sentimento maioritário dos eleitores e àqueles que estão frustrados e dececionados com o terceiro pântano político que o PS trouxe ao país”.

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📹 Quase um terço das startups na Web Summit são fundadas por mulheres

  • ECO
  • 14 Novembro 2023

Anualmente, a Web Summit divulga um relatório sobre equidade de género na tecnologia, com base num inquérito às mulheres na comunidade.

Quase um terço das startups na Web Summit este ano têm uma fundadora mulher. Todos os anos, a conferência divulga um relatório sobre equidade de género na tecnologia, com base num inquérito às mulheres da comunidade. Quase metade das inquiridas (47%) diz que o seu local de trabalho não está a tomar medidas para combater a desigualdade de género, o que compara com 26% em 2022:

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ok!Seguros e Zurich juntam-se no Fintech Innovation Lab

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2023

As seguradoras querem inovar através das parcerias com as startups de produtos financeiros. O projeto "será um excelente catalisador para iniciativas disruptivas que queremos levar ao mercado".

A Fintech Solutions anunciou a terceira edição do Fintech Innovation Lab na Websummit, esta terça-feira. Esta edição juntará o Abanca, a Caixa Geral de Depósitos, a Credibom, a ok! Seguros e a Zurich ao ecossistema de startups fintech com o objetivo de encontrar soluções para responder aos desafios das instituições financeiras, avançou o programa num comunicado.

“A inovação no setor financeiro enfrenta desafios específicos da indústria e o Fintech Innovation Lab pretende reduzir esses constrangimentos. O modelo tem vindo a ser melhorado a cada ano e já tem por base a experiência de mais de 12 instituições financeiras. Acima de tudo tem-se revelado um modelo transparente e ágil para ambos os lados”, afirma António Ferrão, diretor da Fintech Solutions, citado em comunicado.

Gonçalo Graça Santos, CEO da ok!Seguros, afirma que na seguradora “estamos entusiasmados com o valor que o Fintech Innovation Lab pode trazer ao caminho de inovação da ok! seguros enquanto seguradora direta e digital. Acreditamos que será um excelente catalisador para iniciativas disruptivas que queremos levar ao mercado“.

“Em parceria com o Fintech Innovation Lab, pretendemos acelerar um ecossistema de inovação que fortaleça a nossa oferta de seguros e serviços e enriqueça a experiência dos nossos clientes”, destaca Joana Martinho, Head of Strategy and Business Development na Zurich.

Calendarização do projeto

O Fintech Innovation Lab está dividido em quatro fases. A primeira já está em curso, com as empresas participantes a desenvolver os problemas que irão propor às startups de fintech para estas apresentarem soluções.

Uma vez lançadas as propostas, abrirão as candidaturas, em janeiro de 2024. Pode candidatar-se qualquer startup estabelecida em Portugal, que tenha desenvolvido um produto tecnológico para o setor financeiro, através do site da empresa. As startups que queiram ser informadas assim que os desafios forem lançados, podem preencher este formulário. De seguida, serão selecionadas as fintechs que se mostrem soluções capazes de resolver os problemas apresentados.

As startups selecionadas para o Fintech Innovation lab vão beneficiar, de março a maio do próximo ano, de canais diretos de interação com decisores da indústria financeira em Portugal e também com parceiros especializados, de modo a explorarem oportunidades de colaboração.

Na fase final, dá-se a alocação de cada startup à instituição financeira com que vão trabalhar e serão definidos os “requisitos técnicos e legais de testagem de uma possível solução entre a empresa e a startup”, avança a Fintech Solutions em comunicado.

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