Novos “centros de impacto” da Porto Business School vão captar um milhão de euros por ano

Nova unidade de conhecimento Innovation eXploration vai apostar nas áreas da sustentabilidade, turismo, empreendedorismo, inteligência artificial e desenvolvimento cross-continental de África.

Para apostar nas áreas da sustentabilidade, turismo, empreendedorismo, inteligência artificial (IA) e desenvolvimento de África, a Porto Business School decidiu lançar a unidade de conhecimento Innovation eXploration, que inclui cinco “centros de impacto” relacionados com estes setores e que terão um modelo de gestão e financiamento próximo das empresas. Em conjunto, estes centros deverão captar um milhão de euros por ano, avança esta instituição de ensino superior.

No âmbito deste Innovation eXploration serão criados o Sustainable Futures Center, Tourism Futures Center, Entrepreneurship Center, AI for Business Center e o Africa Futures Center. “O InnovationX Hub visa reforçar a integração [da escola] nos ecossistemas empresariais, fortalecendo o papel de impacto nos diferentes stakeholders da economia e sociedade”, explica José Esteves. Em comunicado, o novo dean da Porto Business School adianta que será disponibilizada uma “plataforma facilitadora para líderes e técnicos unirem professores, empresas e estudantes em prol da inovação”.

O Innovation X Hub visa reforçar a integração da Porto Business School nos ecossistemas empresariais, fortalecendo o nosso papel de impacto nos diferentes stakeholders da economia e sociedade.

José Esteves

Porto Business School

Este Innovation X Hub deverá, assim, fortalecer as conexões entre organizações, empreendedores, indústria e academia. Contemplará atividades de criação de conhecimento, desenvolvimento e implementação de projetos, investigação e desenho de programas educacionais de vanguarda. Assim como a cocriação de soluções inovadoras para organizações e indivíduos, a criação de comunidades de partilha e disseminação de conhecimento.

Este espaço conta com a liderança e orientação estratégica de Ana Jogo Mendes, diretora da área de inovação e empreendedorismo da Porto Business School, e de André Rocha, administrador executivo do Grupo Casais e professor nesta instituição de ensino. Assim como de Rita Marques, antiga secretária de Estado do Turismo e codiretora do Executive Master em Tourism Management, Cândida Santos, professora na área de Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional, e ainda João Barros, docente na área da Inteligência Artificial.

Porto Business School

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Projeto de hotel nas Galerias Lumière no Porto tem luz verde do património cultural

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

A decisão final compete agora à Câmara Municipal do Porto, enquanto entidade licenciadora, segundo a DRCN. Autarquia está a apreciar o projeto.

O projeto de arquitetura do hotel a instalar nas Galerias Lumièrie, no Porto, obteve parecer favorável da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), aguardando agora decisão final dos serviços municipais onde o processo se encontra em apreciação.

“A Direção Regional de Cultura do Norte emitiu parecer favorável ao projeto”, indicou, em resposta à Lusa, o património cultural após análise de um aditamento solicitado, em 25 de julho, aquando da emissão do último parecer.

À data, a DRCN emitiu um parecer favorável condicionado à submissão de um aditamento com esclarecimentos e correções, nomeadamente sobre os materiais a aplicar no exterior do edifício e localização do sistema de AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado), entre outros.

De acordo com a informação prestada à Lusa, o aditamento em questão deu entrada nos serviços em 29 de setembro, tendo merecido, após análise, parecer favorável. A decisão final, sublinha a DRCN, compete agora à Câmara Municipal do Porto, enquanto entidade licenciadora. Questionada, a autarquia indicou não ter sido “ainda tomada” nenhuma decisão, “encontrando-se o projeto em fase de apreciação”.

As Galerias Lumière – onde chegou a funcionar, nos anos 70, um cinema – estão implantadas numa zona geral de proteção do Depósito de Materiais da Fábrica das Devesas, o que obriga a um parecer da Cultura.

Depois de um primeiro parecer desfavorável em janeiro de 2020, em maio daquele ano a autarquia acabou por emitir parecer favorável ao Pedido de Informação Prévia (PIP) para a unidade hoteleira, cujo projeto foi alterado para manter a galeria comercial, de ligação entre os dois arruamentos, ao nível do piso térreo”, esclareceu, à data, a câmara do Porto.

Na mesma altura, a DRCN também deu luz verde ao projeto. Após este parecer, sobre o Pedido de informação Prévia [PIP] foi submetido o projeto de arquitetura em 2022”, tendo o mesmo merecido “parecer favorável condicionado a reformulações”, a 25 de agosto daquele mesmo ano.

O último parecer, emitido a 25 de julho, condicionava a aprovação do projeto a esclarecimentos e correções, entre os quais a identificação “com rigor” de todos os materiais a manter ou a aplicar, assim como as respetivas cores, em todo o exterior do edifício que será mantido “muito próximo do existente”.

O projeto deverá ainda “ter uma abordagem construtiva mais abrangente, que se detenha com detalhe na caracterização da cobertura retrátil do saguão e homogeneíze com um revestimento com godo todas as outras coberturas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Sintra vai construir primeiras 15 casas “de raiz” para habitação social

"Esta será a primeira construção de raiz que vamos realizar no decorrer da Estratégia Local da Habitação", diz Basílio Horta. Plano vai beneficiar perto de 3.000 famílias nos próximos cinco anos.

A Câmara Municipal de Sintra vai investir 1,6 milhões de euros na construção de um lote de 15 fogos para habitação social, na freguesia de Casal de Cambra, no âmbito de um plano mais alargado que beneficiará perto de 3.000 famílias, num investimento total de 179 milhões de euros nos próximos cinco anos.

Esta estratégia visa dar resposta às necessidades dos munícipes em termos de habitação. “Esta será a primeira construção de raiz que vamos realizar no decorrer da Estratégia Local da Habitação. É mais um investimento para melhorar o acesso e as condições de habitação no concelho”, refere o autarca de Sintra, Basílio Horta.

Serão construídos 15 fogos de tipologias T1, T2 e T3 que serão apoiados por sótão com áreas de arrecadação no piso -1, uma sala de condomínio e estacionamento. Será ainda construída uma área para estacionamento das viaturas que inclui espaço para carregamento de veículos elétricos e para estacionamento de bicicletas.

Ainda recentemente a autarquia sintrense anunciou um investimento superior a oito milhões de euros para a adjudicação de empreitadas e a abertura de concursos públicos para a reabilitação energética de 351 fogos de habitação social do concelho. Aprovada em reunião de executivo e apoiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), esta medida surge igualmente no âmbito da Estratégia Local de Habitação do município.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Iniciativa Liberal avança com comissão parlamentar de inquérito à Efacec. PSD admite fazer o mesmo

Iniciativa Liberal vai pedir comissão parlamentar de inquérito à venda da empresa. PSD também equaciona propor o mesmo instrumento. "Todas as decisões são escrutináveis", reage Governo.

A Iniciativa Liberal (IL) vai propor uma comissão de inquérito à venda da Efacec, avançou esta quinta-feira o presidente do partido, Rui Rocha. Ação idêntica está também a ser equacionada pelo líder do PSD, Luís Montenegro.

Ambos os líderes partidários consideram a venda da empresa industrial como “um negócio ruinoso”, no qual os contribuintes portugueses vão perder 400 milhões de euros, exigindo esclarecimentos ao Governo.

O líder da IL, Rui Rocha, acusou o Governo de “ter enterrado 400 milhões de euros na Efacec”, valor que, disse, supera a verba do Orçamento do Estado para 2024 “para toda a economia durante um ano”, numa mensagem publicada através da sua conta no X (antigo Twitter).

Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Rui Rocha deu conta desta decisão do partido, considerando que “os portugueses têm que ser esclarecidos” sobre este negócio. Desafiou o PS, que tem maioria absoluta no Parlamento, a viabilizar a comissão de inquérito, mas deixou desde já um pedido ao PSD caso os socialistas votem contra.

“Faço também um desafio ao PSD porque o PSD, ao contrário da Iniciativa Liberal, tem a possibilidade depois de avançar com uma comissão de inquérito potestativa. Portanto, desafio o PSD para votar favoravelmente este requerimento da IL. E se o PS o chumbar, para não se acobardar neste tema e usar os meios que tem ao seu dispor para que os portugueses possam ser esclarecidos”, disse.

Desafio o PSD para votar favoravelmente este requerimento. E se o PS o chumbar, para não se acobardar neste tema e usar os meios que tem ao seu dispor para que os portugueses possam ser esclarecidos.

Rui Rocha

Presidente da IL

A comissão de inquérito proposta pela IL visa a “a tutela política da gestão do grupo Efacec”, de acordo com o projeto a que o ECO teve acesso. E tem os seguintes objetivos:

  • avaliar o exercício e as responsabilidades das tutelas políticas envolvidas na gestão das empresas do grupo Efacec (Efacec Power Solutions, SGPS, S.A. e empresas subsidiárias) desde o processo conducente à nacionalização da empresa em 2020 até à data de conclusão do processo de privatização;
  • escrutinar as decisões de gestão tomadas desde a nacionalização e de que forma essas decisões conduziram à queda de receitas, perda de fornecedores e quadros qualificados que ocorreram nesse período;
  • esclarecer o envolvimento dos decisores públicos, como a Parpública ou o Banco Português de Fomento, na tomada de decisão nas empresas do grupo Efacec;
  • clarificar as razões do atraso em todo o processo de venda, atendendo a que, ainda em 2020, enquanto procedia à nacionalização, o Governo comprometeu-se a reprivatizar a empresa no mais curto intervalo de tempo possível;
  • esclarecer quais serão, no total, os encargos para os contribuintes assumidos pelo Estado português com a Efacec, desde os fundos injetados de 390 milhões de euros aos apoios indiretos que não sejam ainda do domínio público e que venham a ser concedidos à entidade compradora;
  • avaliar a forma como foram utilizados os fundos injetados pela Parpública desde 2020 e os mecanismos que levaram a sua injeção;
  • esclarecer os critérios e processo de decisão que levaram à escolha da Mutares como melhor candidata à privatização da Efacec, assim como a eliminação de outros candidatos;
  • esclarecer todo o processo de negociação com a Mutares desde que a Best And Final Offer (BAFO) foi submetida até às condições finais que vigoraram no fecho do negócio;
  • esclarecer que análises custo-benefício foram realizadas para justificar cada passo no processo desde a nacionalização.

Entretanto, o presidente do PSD, Luís Montenegro, admitiu esta manhã, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP, avançar com a mesma ação na Assembleia da República, caso o Governo não dê “esclarecimentos cabais” sobre o negócio da venda desta empresa industrial, na qual “os contribuintes vão perder 400 milhões de euros”.

“Teremos de ter esclarecimentos do ministro da Economia, de todo o Governo e do seu líder. E se esses esclarecimentos não forem cabais, teremos no futuro de lançar todos os instrumentos que temos à nossa disposição na Assembleia da República, nomeadamente um inquérito parlamentar”, afirmou Luís Montenegro.

Se os esclarecimentos não forem cabais, teremos de lançar todos os instrumentos que temos à nossa disposição na Assembleia da República, nomeadamente um inquérito parlamentar.

Luís Montenegro

Presidente do PSD

“O Governo vai injetar cerca de 400 milhões de euros na Efacec e vai vendê-la por 15 milhões de euros com a expectativa de recuperar alguma coisa, dois terços de mais-valia quando for vendida no futuro. Isto é claramente um negócio ruinoso”, atirou Montenegro, considerando que “não é crível uma venda superior a 600 milhões de euros num futuro próximo”, valor que, pelas contas de Montenegro, é necessário para o Estado reaver o que investiu.

“Para termos uma recuperação dos 400 milhões de euros que foram injetados, a empresa teria de ser vendida por 600 milhões, mas a empresa foi vendida por 15 milhões”, frisou.

O líder social-democrata sublinhou que “mais uma vez o Governo do PS salva empresas com dinheiro dos contribuintes”. “António Costa e o PS andam a brincar com o dinheiro dos portugueses, andam a injetar dinheiro para salvar empresas, em prejuízo daquilo que são recursos públicos que podiam ser utilizados e para outras finalidades”, continuou.

Para Luís Montenegro, “400 milhões de euros é mais do que aquilo que era necessário para fazer a atualização de todo o tempo da carreira dos professores, como o PSD propôs e o PS rejeitou — e vai voltar a rejeitar em sede de Orçamento do Estado”. “Isto não é gerir bem os recursos públicos”, rematou o líder laranja.

“400 milhões de euros na Efacec, 4 mil milhões na TAP e assim se vai desbaratando o dinheiro público em desfavor daquilo que é importante para as pessoas”, comparou Luís Montenegro, considerando que se o Estado utilizasse “esses recursos para recuperar o tempo dos professores, se calhar teríamos mais professores nas escolas e mais alunos com professores a todas as disciplinas, se o Estado tivesse mais recursos para pagar melhor aos funcionários públicos para tornar as carreiras da Administração Púbica mais atrativas, se calhar não teríamos o problema que hoje temos na saúde”.

O presidente do Chega, André Ventura, também já anunciou que o partido vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à venda da Efacec. Para além disso, o Chega vai interpor uma providência cautelar para tentar suspender o negócio.

“Todas as decisões do Governo são escrutináveis”

Questionada sobre o tema no final da reunião do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva referiu apenas que todas as decisões do Governo são escrutináveis, quer pela comunicação social, quer pelos órgãos próprios”.

“O Governo tomou aquela que considerou ser a melhor decisão sobre esta matéria, tendo em conta a importância estratégica da empresa, o número de postos de trabalho que assegura e o impacto que isso tem na nossa economia”, acrescentou a ministra da Presidência.

(Notícia atualizada às 16h35 com informação de que o Chega também vai propor uma comissão de inquérito à venda da Efacec)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso EDP: Juíza Ema Vasconcelos deverá assumir lugar da magistrada afastada pela Relação

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

A juíza Ema Vasconcelos deverá assumir no julgamento do caso EDP o lugar da juíza-adjunta afastada pelo Tribunal da Relação de Lisboa por ter sido casada com um alto quadro do Grupo Espírito Santo.

A juíza Ema Vasconcelos deverá assumir no julgamento do caso EDP o lugar da juíza-adjunta afastada pelo Tribunal da Relação de Lisboa por ter sido casada com um alto quadro do Grupo Espírito Santo, após um incidente de escusa.

Segundo explicaram à Lusa fontes judiciais, a substituição legal da juíza Margarida Ramos Natário por Ema Vasconcelos decorre de “regulamentação pré-estabelecida”, uma vez que a primeira magistrada ocupa a posição de juiz 9 no Juízo Central Criminal de Lisboa e a segunda está colocada como juiz 10, ocupando assim a vaga originada pelo afastamento.

A mesma fonte adiantou que tal substituição só não ocorrerá se for comunicado algum impedimento de Ema Vasconcelos, algo que não ocorreu desde que a decisão da Relação de Lisboa de conceder escusa foi anunciada na terça-feira. A substituição vai também obrigar a um ajuste de agenda, uma vez que a magistrada está integrada em outro coletivo de juízes.

A troca de juízes deve implicar “uma interrupção” do julgamento do antigo ministro da Economia Manuel Pinho, da mulher, Alexandra Pinho, e do ex-banqueiro Ricardo Salgado, que já conta com oito sessões realizadas. Três destas sessões foram efetuadas após a apresentação do incidente de escusa de Margarida Ramos Natário, mas as defesas indicaram a validade dos atos praticados até essa data.

É uma juíza muito ciente das suas obrigações e vai precisar de algum tempo para ver a prova e o processo”, referiu uma das fontes judiciais contactadas pela Lusa sobre Ema Vasconcelos, que, de acordo com a lista de antiguidade dos magistrados do Conselho Superior da Magistratura, conta cerca de 18 anos de serviço na categoria de juiz de direito.

A sessão agendada para sexta-feira poderá ser dada sem efeito, com a eventual anulação da marcação a depender de uma decisão da presidente do coletivo de juízes, Ana Paula Rosa. Fonte do tribunal adiantou que até à manhã desta quinta-feira ainda não existia um despacho nesse sentido.

O incidente de escusa foi anunciado por Margarida Ramos Natário em 23 de outubro, na sequência de notícias de que tinha sido casada com António Miguel Natário Rio Tinto, que desempenhou diferentes cargos em diversas entidades do GES – como a ES TECH Ventures SGPS e a Espírito Santo Informática -, e que este teria recebido 1,2 milhões de euros através da sociedade ES Enterprises, considerado o ‘saco azul’ do GES.

“Ainda que não se duvide do juízo prévio efetuado pela Exma. Juíza sobre a correspondente imparcialidade, as atuais circunstâncias, objetivamente ponderadas, são de molde a gerar na comunidade aquela desconfiança, de resto, como a própria muito bem intuiu, daí que tenha solicitado a sua escusa, que, sem necessidade de mais considerandos, cabe conceder. Pelo exposto, acordam em conceder escusa”, referiram os juízes desembargadores na sua decisão.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal. A mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preços mundiais dos seguros aumentam menos, ciberiscos mais baratos

  • ECO Seguros
  • 2 Novembro 2023

Marsh indica que custos dos seguros continuam a estabilizar, mas os seguradores estão preocupados com o impacto da inflação nas negociações de renovações de contratos.

Os preços dos seguros aumentaram, globalmente, 3% no terceiro trimestre de 2023, de acordo com o Global Insurance Market Index divulgado pela Marsh, maior corretora do mundo propriedade do Grupo Marsh McLennan. O terceiro trimestre marca, assim, o 24.º trimestre consecutivo de aumento de preços. A novidade é o mercado de ciber dos EUA a registar o segundo decréscimo trimestral desde a segunda metade de 2018.

António Morna, Diretor de Placement da Marsh Portugal: “As linhas de danos materiais continuam a ser um desafio e são uma área de foco do nosso trabalho com os clientes”.

Os preços continuaram a ser relativamente consistentes na maioria das regiões no período em análise. Tal como no segundo trimestre, esta situação deveu-se, sobretudo, à continuação da tendência de descida das taxas nas linhas financeiras e profissionais e a uma ligeira descida dos preços no mercado de ciber. Este facto foi compensado pelos aumentos nos seguros de danos materiais, sobretudo nos Estados Unidos da América, onde os preços aumentaram, em média, 14%.

o relatório destaca:

  • Os prémios dos seguros de danos materiais aumentaram, em média, 7%, um decréscimo face aos 10% registados no trimestre anterior;
  • Os prémios de responsabilidade civil aumentaram 3%, mantendo-se a taxa de aumento dos três trimestres anteriores;
  • Pelo quinto trimestre consecutivo, os preços globais nas linhas financeiras e profissionais diminuíram. Impulsionados pelas reduções das taxas e aumento da capacidade, particularmente no Reino Unido, os preços diminuíram, em média, 6% no terceiro trimestre, por comparação com um decréscimo de 8% no segundo trimestre;
  • Globalmente os prémios de seguros ciber diminuiram 2%, por comparação com o aumento de 1% registado no trimestre anterior. Este é o primeiro trimestre a registar uma diminuição média desde o segundo semestre de 2018;

Na generalidade das regiões, os seguradores continuam preocupados com o impacto da inflação nos valores dos ativos e nos custos dos sinistros durante as negociações de renovações.

Num comentário ao relatório, António Morna, Diretor de Placement da Marsh Portugal, afirma: “Após anos de aumentos, mesmo uma modesta redução nas taxas de cyber será bem recebida pelos clientes e, em grande parte, é o reconhecimento do trabalho árduo que fizeram para melhorar a sua resiliência cibernética. No entanto, as linhas de danos materiais continuam a ser um desafio e são uma área de foco do nosso trabalho com os clientes”.

Analisando por regiões, o relatório da Marsh revela:

  • Nos Estados Unidos, o preço composto aumentou, em média, 4%, mantendo a mesma variação registada nos dois trimestres anteriores;
  • Na América Latina e Caraíbas, aumentou 10% (por comparação com um aumento de 8% no segundo trimestre);
  • Na Europa cresceram 4% (por comparação com um aumento de 5% no segundo trimestre);
  • Aumento de 1% no Pacífico (por comparação com um aumento de 2% no segundo trimestre), mantendo-se estável na Ásia, à semelhança do trimestre anterior;
  • No Reino Unido, o preço composto diminuiu 1% (por comparação com um aumento de 1% no segundo trimestre);
  • Pela primeira vez, o Global Insurance Market Index apresenta separadamente os resultados relativos ao Canadá, onde os preços no terceiro trimestre diminuíram 1%;
  • Índia, Médio Oriente e África, que registaram um aumento de 3%.

“Perante um ambiente geopolítico e económico incerto, estamos a analisar um conjunto de opções de mitigação de riscos com os clientes, que os podem ajudar a gerir os vários riscos que enfrentam, a criar uma maior resiliência organizacional e a obter resultados positivos dos seguradores na renovação”, conclui António Morna.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salários, outsourcing e alta tecnologia. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa de saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcast “Ao trabalho” conta-lhe tudo o que precisa de saber. Esta semana falamos sobre os custos que os empregadores vão ter com o aumento recorde do salário mínimo, sobre o pedido da Provedora de Justiça ao Constitucional relativo aos limites do outsourcing, sobre o emprego em setores ligados à alta tecnologia e ainda sobre o que vai mudar no emprego na Função Pública. Ouça o episódio no leitor abaixo ou aqui.

Começamos pelos ordenados. O salário mínimo nacional vai subir em janeiro dos atuais 760 euros para 820 euros, um salto de 60 euros, que implica também um crescimento do valor a entregar todos os meses à Segurança Social. Entre os custos salariais e os encargos com a Taxa Social Única (TSU), os empregadores vão ter de pagar mais mil euros por ano por cada trabalhador que receba a retribuição mínima garantida, segundo as contas do ECO.

Dos salários para a lei do trabalho, a Provedora de Justiça decidiu pedir ao Tribunal Constitucional que fiscalize duas das normas introduzidas no Código do Trabalho, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. Uma delas (e a mais polémica) é a que trava durante um ano o acesso ao outsourcing no caso das empresas que façam despedimentos coletivos ou por extinção do posto de trabalho. Uma decisão aplaudida pelos empresários.

Já do lado do emprego, destaque para os dados que indicam que mais de 8% dos trabalhadores da Área Metropolitana de Lisboa têm empregos em setores ligados à alta tecnologia, fatia que não só é superior à média comunitária, como é mesmo uma das 30 mais expressivas entre as 363 regiões europeias. Já nas demais zonas de Portugal, o peso da alta tecnologia no total do emprego é inferior à média da União Europeia.

Por fim, a Função Pública. Esta semana houve uma nova reunião entre os sindicatos e o Governo em torno da revisão do sistema de avaliação do desempenho dos funcionários públicos. Uma das novidades é que o Governo vai aumentar em cerca de mil euros, de três para quatro mil euros, os prémios para os dirigentes de topo da Função Pública com nota máxima que integrem 20% dos serviços considerados excelentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 2 Novembro 2023

Taxas usadas no crédito da casa tiveram comportamentos diferentes esta quinta-feira.

A taxa Euribor subiu a três meses e desceu a seis e a doze meses, depois da média mensal ter voltado a subir nos três prazos em outubro. Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela quarta sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 4,012%, menos 0,032 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor também recuou para 4,072%, menos 0,009 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou para 3,974%, mais 0,021 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro dos novos créditos à habitação volta a subir para 4,26%

Depois de uma ligeira queda em agosto, a taxa de juro dos novos créditos à habitação voltou a subir sem setembro para o valor mais elevado desde fevereiro de 2012.

O crédito à habitação voltou a encarecer. De acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação aumentou 0,03 pontos percentuais em setembro, passando de 4,23% em agosto para 4,26% em setembro.

Esta subida surge depois de em agosto ter havido uma ligeira correção da taxa de juro dos novos créditos à habitação, e mantém o custo financeiro da compra de casa em Portugal acima do custo financeiro médio na Zona Euro.

O Banco de Portugal revela ainda que “em setembro, os novos empréstimos à habitação com taxa mista (isto é, empréstimos com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável) representaram 55% do total de novos empréstimos à habitação.” Foi o valor mais elevado desde que o Banco de Portugal publica estes dados, que remonta a dezembro de 2021.

O regulador destaca ainda que “a prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente aumentou 6 euros em setembro, fixando-se nos 413 euros. Este aumento está em linha com o verificado em agosto. Comparando com setembro de 2022, a prestação média mensal subiu 109 euros.”

O Banco de Portugal nota ainda que a taxa de juro média dos novos empréstimos para consumo também subiu (de 8,93% para 8,98%), mas a taxa de juro média dos novos empréstimos para outros fins diminuiu, de 5,52% para 5,35%.

O regulador refere também que, “em setembro, as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.504 milhões de euros, mais 165 milhões do que em agosto”, sublinhando ainda que “verificaram-se aumentos nas finalidades de habitação e de outros fins de 141 e 39 milhões de euros, respetivamente.” Nos empréstimos para consumo, registou-se um decréscimo de 15 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção da indústria portuguesa caiu 5,6% em setembro

Índice de Produção Industrial apresentou uma desaceleração de 5,6% em setembro face ao período homólogo, superando a queda de 4,7% registada no mês anterior. Energia deu o maior contributo negativo.

A produção industrial em Portugal desacelerou 5,6% em setembro em relação ao período homólogo, superando desta forma a quebra de 4,7% que tinha sido registada em agosto, igualmente face ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os agrupamentos de “Investimento” e “Energia” apresentaram uma “forte degradação face ao observado no mês anterior”. Excluindo o agrupamento da energia, a produção industrial em setembro teria tido um abrandamento de 5,1%.

Segundo a publicação, em setembro, todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram variações homólogas negativas. O agrupamento de “Bens de Consumo”, apesar da recuperação de 2,2 p.p. face a agosto, apresentou o maior contributo para a variação do índice total (-1,6 p.p.), originado pela diminuição de 4,8%. Já os os agrupamentos de “Bens Intermédios” e de “Energia” contribuíram ambos com uma quebra de 1,4 p.p., em resultado de variações homólogas negativas de 4,0% e de 8,5%, respetivamente.

No que toca à comparação mensal, o INE revela todos os grandes agrupamentos industriais — com exceção de “Bens Intermédios” que cresceu 1,1 pp — apresentaram contributos negativos para a variação do índice total. O agrupamento de “Bens de Investimento” teve a quebra mais expressiva, (-2,4 p.p.).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro dos novos depósitos sobe para 2,29%. É o valor mais elevado dos últimos 10 anos

A subida de 0,37 pontos percentuais da taxa de juro em setembro foi o maior aumento mensal desde outubro de 2010, mas a remuneração média dos depósitos permanece abaixo da média da Zona Euro.

A taxa de juro dos novos depósitos voltou a subir em setembro. Segundo dados do Banco de Portugal publicados esta quinta-feira, a remuneração dos depósitos passou de 1,92% em agosto para 2,29% em setembro, o valor mais elevado desde abril de 2013.

A subida de 0,37 pontos percentuais foi também o nono aumento mensal consecutivo da taxa de juro dos novos depósitos e a maior subida desde outubro de 2010.

Segundo os dados do regulador, a remuneração média mais elevada registou-se nos novos depósitos com prazo até um ano, com a taxa a passar de 1,81% em agosto para 2,31% em setembro. Os novos depósitos com prazo de um a dois anos apresentaram uma remuneração média de 2,03% (2,11% em agosto), enquanto os novos depósitos com prazo acima de 2 anos foram remunerados, em média, a 2,10% (2,08% em agosto).

Apesar deste crescimento, os bancos nacionais continuam no fundo da tabela dos que melhor remuneram as poupanças das famílias, apresentando uma taxa de juro dos novos depósitos 0,79 pontos percentuais abaixo da média dos bancos da Zona Euro.

Segundo o Banco de Portugal, apenas os bancos eslovacos, gregos, cipriotas e croatas pagam menos pelos depósitos que os bancos nacionais.

O Banco de Portugal revela ainda que, “em setembro, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 7.855 milhões de euros”, mais 4,1% face aos 7.546 milhões de euros contabilizados em agosto.

Os dados do Banco de Portugal permitem também concluir que setembro foi o primeiro aumento mensal em termos de volume de novos depósitos, depois de dois meses consecutivos em contração.

Além disso, de acordo com a distribuição por maturidade dos depósitos a prazo, o Banco de Portugal nota que 90% do aforro feito pelas famílias em setembro e colocado em depósitos a prazo foi aplicado em depósitos até um ano. É preciso recuar até junho de 2022 para encontrar uma percentagem igual.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida pública volta a cair. Fixou-se em 107,5% do PIB no terceiro trimestre

A dívida pública recuou em setembro pelo segundo mês consecutivo. Já o rácio trimestral também recuou, face aos 111,2% registados no segundo trimestre.

A dívida pública, na ótica de Maastricht, caiu pelo segundo mês consecutivo em setembro, para 279,9 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. O banco central divulga também o rácio da dívida pública, que se fixou em 107,5% do PIB no terceiro trimestre deste ano.

A redução da dívida em setembro foi de 500 milhões de euros, o que “refletiu o decréscimo dos títulos de dívida (-0,9 mil milhões de euros), sobretudo de curto prazo”, explica o BdP. Por outro lado, “verificou-se um aumento das responsabilidades em depósitos (0,4 mil milhões de euros)”, indica o banco liderado por Mário Centeno.

Se for deduzido os depósitos das administrações públicas, que aumentaram 3,5 mil milhões de euros, a dívida pública diminuiu 4,0 mil milhões de euros, para 251,2 mil milhões de euros.

Já olhando para os valores trimestrais, é possível conhecer o rácio da dívida pública. Este caiu 2,6 pontos percentuais relativamente ao final do trimestre anterior, para totalizar 107,5% do PIB no terceiro trimestre.

O Governo espera terminar o ano com uma dívida pública de 103%, de acordo com as estimativas inscritas na proposta do Orçamento do Estado para 2024. Já no próximo ano prevê que o rácio vai baixar do patamar dos 100%, para 98,9% do PIB, o valor mais baixo desde 2009.

(Notícia atualizada às 11h50)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.