Deutsche Bahn teria de gastar até 400 milhões para substituir componentes da Huawei

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

A empresa ferroviária alemã enfrentaria ainda atrasos de cinco a seis anos nos seus projetos caso o governo alemão decidisse banir equipamentos da Huawei no curto prazo.

A companhia ferroviária nacional alemã, Deutsche Bahn, teria de gastar até 400 milhões de euros para substituir todas as componentes da sua infraestrutura fornecidas pela chinesa Huawei, noticiou esta sexta-feira a revista Der Spiegel.

A Deutsche Bahn é detida pelo Estado e enfrentaria atrasos de cinco a seis anos nos seus projetos caso o governo alemão decidisse banir equipamentos da Huawei no curto prazo, refere o Der Spiegel, citando um documento interno da empresa.

Atualmente, o governo alemão está a analisar se certos produtos das chinesas Huawei e ZTE devem ser banidos das suas redes de telecomunicações, na sequência das preocupações relativas à influência de empresas da China em infraestruturas críticas.

Em Portugal, em maio, a Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, divulgou uma deliberação sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia (UE), NATO ou Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) e que “o ordenamento jurídico do país em que está domiciliado” ou ligado “permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades a operar em países terceiros”.

A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas o caso da Huawei surge na memória, nomeadamente porque a tecnológica chinesa foi banida das redes 5G em outros países europeus.

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Global Media e grupo Bel pretendem vender participação que detém na Lusa

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

O grupo Bel e a Global Media, liderados pelo empresário Marco Galinha, estão interessados em vender a participação que detêm na Lusa, confirmaram várias fontes à Lusa.

O grupo Bel e a Global Media, liderados pelo empresário Marco Galinha, estão interessados em vender a participação que detêm na Lusa, confirmaram várias fontes à Lusa.

O Jornal Económico (JE) noticiou hoje que o grupo Bel e Global Media vão vender a participação que detêm na Lusa, informação corroborada por várias fontes contactadas pela agência de notícias.

De acordo com a notícia, as participações da Global Media e da Páginas Civilizadas representam 45,7% do capital da Lusa e “deixaram de ser consideradas estratégicas“, pelo que estão à venda.

A Lusa contactou Marco Galinha, mas até ao momento não foi possível obter um comentário. Outras fontes contactadas pela Lusa confirmam a intenção de venda da participação que a Global Media Group (GMG) e Páginas Civilizadas detém na agência de notícias portuguesa.

A Global Media controla 23,35% da Lusa, enquanto a Páginas Civilizadas, do grupo Bel, detém 22,35%.

Em 31 de dezembro de 2021, a Impresa concluiu a venda à Páginas Civilizadas da participação de 22,35% que detinha na Lusa, por 1,25 milhões de euros.

De acordo com o JE, a Páginas Civilizadas é dona de 50,2% da Global Media, o que significa que “o grupo de Marco Galinha controla 45,7% da Lusa”.

O Estado detém 50,15% da Lusa. O restante capital está disperso pela NP – Notícias de Portugal, detentora de 2,72%, e do Público, com 1,38%. A RTP detém 0,03% da Lusa, enquanto a Empresa do Diário do Minho, Lda possui 0,01% da agência de notícias portuguesa.

A Lusa contactou o ministério da Cultura, aguardando um comentário sobre o assunto.

A intenção de venda da participação, recorda o JE, acontece numa altura em que a Global tem um novo acionista, a gestora de fundos suíça Union Capital Group (UCAP Group), que comprou 37% da Páginas Civilizadas, com o jornal a dar conta que em setembro “haverá mudanças na administração da Global”, com a entrada de José Paulo Fafe e Diogo Agostinho.

O investimento foi realizado através do World Opportunity Fund Lda, que está sediado nas Bahamas, conforme avançou na semana passada o JE, que adianta que o fundo pretende investir no setor dos media nos países lusófonos e a entrada na GMG é vista como um primeiro passo.

O valor da operação não foi avançado.

Fundado em 2011 por Laurence D. Howell, Clément Ducasse e Patrick Zbiden, o Union Capital Group tem cerca de 30 mil milhões de dólares em ativos sob gestão e conta com cerca de 120 mil investidores.

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Tribunal russo condena Navalny a mais 19 anos de prisão por “extremismo”

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

Navalny, condenado em 2022 a nove anos de prisão por fraude num processo que classificou como vingança política, estava desde junho a ser julgado à porta fechada por "extremismo".

Um tribunal russo condenou esta sexta-feira o opositor do regime Alexei Navalny a 19 anos de prisão por “extremismo”, a sua terceira e mais longa pena de prisão.

Navalny, condenado em 2022 a nove anos de prisão por fraude num processo que classificou como vingança política, estava desde junho a ser julgado à porta fechada por “extremismo”, no estabelecimento penitenciário IK-6 de Melekhovo, situado a 250 quilómetros a leste de Moscovo, onde se encontra a cumprir pena.

O opositor russo era desta vez acusado de ter criado uma “organização extremista”. O grupo que fundou, o Fundo Anticorrupção (FBK), já tinha sido encerrado pelas autoridades russas em 2021 por “extremismo”.

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Praia dos Pescadores interdita a banhos na Ericeira

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

Análises à qualidade da água do mar vieram a revelar "valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência, encontrando-se a água imprópria para banhos".

A bandeira vermelha foi hasteada na Praia dos Pescadores, na Ericeira, no concelho de Mafra, e os banhos estão interditos por a água do mar se encontrar poluída, informou esta sexta-feira a Autoridade Marítima Nacional.

Análises à qualidade da água do mar, efetuadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), vieram a revelar “valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência, encontrando-se a água imprópria para banhos”, refere a AMN em comunicado.

Por esse motivo, as autoridades locais de saúde pública pediram que a bandeira vermelha fosse hasteada na praia e fossem colocados avisos nos acessos, a informar da interdição da ida a banhos.

Segundo a AMN, a interdição vai manter-se até que os resultados das novas análises à qualidade da água indiquem que os valores microbiológicos se encontram dentro dos parâmetros de referência.

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Gasóleo vai voltar a subir 5,5 cêntimos esta semana. Mas gasolina não mexe

Esta semana, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,681 euros por litro de gasóleo simples e os mesmos 1,809 euros por litro de gasolina simples 95.

O gasóleo vai voltar subir esta semana. Fonte do mercado avançou ao ECO que o litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir 5,5 cêntimos, mas a gasolina não deverá sofrer aumentos na próxima semana.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,681 euros por litro de gasóleo simples e 1,809 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar a 21 de novembro do ano passado para encontrar o preço do gasóleo em valores mais elevados.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. O Governo voltou a reduzir os apoios aos combustíveis, ao agravar em dois cêntimos a taxa de carbono no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina a vigorar em agosto.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta evolução dos preços dos combustíveis surge depois de, esta semana, se ter registado uma subida de 8,7 cêntimos no gasóleo e de nove cêntimos na gasolina, em virtude das alterações da fiscalidade e do forte aumento da matéria-prima.

Os preços do brent sobem 0,19% esta sexta-feira para os 85,30 dólares por barril, e caminham para a sexta subida semanal consecutiva, depois de Arábia Saudita e a Rússia, o segundo e terceiros maiores produtores mundiais de crude, terem apelado a um corte de produção, o que aumenta a pressão do lado da oferta.

Evolução do preço do Brent em Londres

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AXA IM Alts vai ser acionista da Finerge com participação de 25%

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

A AXA IM Alts e a Finerge assinaram um acordo para a compra de uma participação de 25% na empresa produtora de energia renovável, mas não revelam o valor do negócio.

A AXA IM Alts e a Finerge assinaram um acordo para a compra de uma participação de 25% na empresa produtora de energia renovável, anunciaram esta sexta-feira, sem revelar o valor do negócio.

Em comunicado, a Finerge anunciou “a assinatura de um acordo segundo o qual a AXA IM Alts irá adquirir uma participação de 25% na empresa à Igneo Infrastructure Partners”, gestora de ativos.

Segundo a mesma nota, a entrada da AXA IM Alts como acionista “ajudará a apoiar a Finerge no seu plano de fazer mais investimentos no desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos e centrais solares fotovoltaicas em Portugal e Espanha”.

A transação deverá ser concluída até ao final deste ano.

 

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Banco de Portugal alivia teste de esforço no crédito da casa

A partir de outubro, os bancos vão passar a simular um choque de taxa de juro de 1,5% em vez de 3% quando concederem um novo empréstimo da casa. Medida vai facilitar acesso ao crédito.

O Banco de Portugal vai aliviar a taxa de esforço que os bancos têm de simular quando concedem um empréstimo às famílias, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Esta alteração deverá entrar em vigor entre o final de setembro e o início de outubro e visa sobretudo “desapertar” uma medida de acesso ao crédito que se tornou demasiado restritiva com a escalada das taxas de juro no último ano. Os bancos já tinham reclamado disso, aliás.

Mais concretamente, o supervisor vai desagravar o choque de taxa de juro que os bancos simulam quando calculam a taxa de esforço das famílias para avaliarem a capacidade de cumprimento do contrato num cenário stressado.

Atualmente, as famílias têm de cumprir uma taxa de esforço até 50% quando contratam um empréstimo da casa. Ou seja, os encargos com a prestação mensal não podem representar mais de metade do rendimento. Para calcular esta taxa de esforço – tecnicamente conhecida como Debt Service-to-Income (DSTI) – o banco tem em conta a taxa de juro do contrato e à qual soma um choque de 300 pontos base (3%) para acautelar que a família tem a capacidade de continuar a pagar o crédito.

É justamente este choque – que se aplica a novos contratos com taxa variável ou mista — que o Banco de Portugal se prepara para aliviar: em vez dos 300 pontos base, o banco passa a simular um cenário de stress de uma subida das taxas de juro de 150 pontos.

Medida pronta até início de outubro

A instituição liderada por Mário Centeno avança na próxima semana com um processo de consulta pública que visa alterar esta recomendação macroprudencial criada em 2018.

O que acontece é que, quando a recomendação foi criada, o mercado deparava-se com taxas perto de 0% e o supervisor pretendia assegurar que os bancos e as famílias estariam precavidos de um choque nos juros. Cinco anos volvidos, esse choque materializou-se, tendo em conta que as Euribor nos principais prazos em torno dos 4%.

Com efeito, a subida das taxas de juro nos últimos meses tornou esta medida muito mais restritiva no acesso ao crédito por parte das famílias, pois os bancos passaram a simular um teste de esforço em que, ao choque de 300 pontos, têm de acrescentar uma taxa do contrato que em muitos casos já supera os 4% (spread+indexante). Pelo que cumprir a regra do DTSI se tornou mais complicado.

A vice-governadora do Banco de Portugal já tinha levantado o véu a esta medida, apontando que iria facilitar o acesso ao crédito. “Se baixarmos este choque, em princípio teremos mais famílias que poderão vir a aceder”, admitiu Clara Raposo na entrevista ao Jornal de Negócios no mês passado.

Os bancos também já aplaudiram a medida, quando ainda não se conheciam os detalhes. “A Associação Portuguesa de Bancos vê esta medida como positiva, considerando que os bancos já tinham referido, algumas vezes, que o atual limite estaria a dificultar o acesso das famílias ao crédito”, referiu a associação dos bancos ao ECO.

O que vai mudar?

No âmbito do cálculo da taxa de esforço, que abrange contratos à habitação (com prazos mais alargados, geralmente acima de dez anos) e ao consumo (com prazos mais baixos), estão previstas estas mexidas ao choque de taxa de juro:

  • Se o contrato de crédito tiver prazo igual ou inferior a cinco anos, o choque baixa de 100 pontos base para 50 pontos base;
  • Se o contrato de crédito tiver um prazo superior a 5 anos e igual ou inferior a dez anos, o choque baixa de 200 pontos base para 100 pontos base;
  • Se o contrato de crédito tiver um prazo superior a dez anos, o choque baixa de 300 pontos base para 150 pontos base.

Esta alteração já foi aprovada pelo conselho de administração do Banco de Portugal. O processo de consulta pública terá um período de 30 dias e durante o qual os bancos e outras instituições poderão dar as suas contribuições. Seguir-se-á uma fase de análise dos contributos da parte do supervisor, que poderão ser acolhidos ou não.

A expectativa é que as alterações entrem em vigor no final de setembro ou início de outubro, ou seja, data a partir da qual os novos contratos de crédito já vão ser celebrados com a nova medida.

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Sindicato exige que BCP atualize salários “de forma justa e razoável” depois de lucros

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) insiste que administração do BCP teima em "manter uma proposta de três pontos percentuais", contra um aumento de, pelo menos, 4,5% no setor.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) exigiu esta sexta-feira ao Millennium BCP que atualize “de forma justa e razoável” as tabelas salariais dos seus trabalhadores, atendendo aos “excelentes resultados do banco”.

“Perante os resultados semestrais apresentados pelo Grupo BCP e com a inflação a dar sinais de resistência este ano, o SNQTB afirma que existem todas as condições para que o BCP valorize os seus trabalhadores, nomeadamente atualizando as suas tabelas de remuneração e demais cláusulas de expressão pecuniária em valores não inferiores aos do restante setor bancário”, refere o sindicato em comunicado.

No documento, o sindicato regista que o BCP apresentou na semana passada um resultado líquido de 423,3 milhões de euros, 353,7 milhões dos quais na atividade em Portugal. Assim, e salvaguardando que o grupo tem problemas “noutras geografias”, o sindicato aponta que “nada impede que os trabalhadores em Portugal vejam reconhecido o seu esforço e que sejam compensados devidamente por isso”.

O SNQTB regista que, quando a atividade portuguesa “atravessou dificuldades”, os trabalhadores do grupo noutros países “não deixaram de ter atualizações salariais e de beneficiar da normal progressão de carreira”.

“Neste contexto, o SNQTB tem estado a desenvolver todos os esforços para que o BCP atualize as tabelas salariais e demais rubricas de expressão pecuniária em linha com os valores já acordados na mesa negocial da Associação Portuguesa de Bancos, bem como no sentido de assegurar que nenhum dos níveis remuneratórios fique abaixo do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário”, garante o sindicato no comunicado.

No documento, o sindicato insiste que a administração do BCP teima em “manter uma proposta de três pontos percentuais”, contra um aumento de pelo menos 4,5% em quase todo o setor. “É irrazoável, desvalorizador dos trabalhadores e um golpe na sua lealdade e profissionalismo”, critica o SNQTB.

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Açores limitam as descargas de atum bonito devido a capacidades de armazenamento

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

Os limites previstos na portaria, que entra em vigor no sábado e até 31 de dezembro de 2023, aplicam-se apenas às embarcações que descarreguem para os entrepostos ativos do arquipélago.

O Governo dos Açores estabeleceu limites de descargas de atum bonito, com o objetivo de “acautelar a indústria e proteger a produção”, tendo em conta as capacidades de armazenamento nos entrepostos, segundo uma portaria publicada esta sexta-feira.

“Face às limitações decorrentes da modernização dos entrepostos da Região Autónoma dos Açores, atualmente a decorrer no entreposto da Madalena do Pico, que representa metade da capacidade de congelação e armazenamento da região – sendo que no ativo se encontram os entrepostos de Ponta Delgada, Horta e Vila do Porto, condicionando o armazenamento de pescado na região -, considera-se fundamental regular o exercício da pescaria da espécie atum bonito”, lê-se na portaria publicada no Jornal Oficial do arquipélago.

Segundo a Secretaria Regional do Mar e das Pescas, atualmente não existe limitação nas captura da espécie atum bonito, exceto no que se refere à capacidade de armazenamento e congelação, e a aplicação de limites às descargas visa proteger a produção “não só em termos de quantidade, mas particularmente da qualidade”.

A medida surge no âmbito das reuniões de acompanhamento da safra de atum de 2023 entre a secretaria regional, a Lotaçor, a Federação das Pescas dos Açores, a Associação de Produtores de Atum e Similares dos Açores e a Associação Pão do Mar.

Os limites previstos na portaria, que entra em vigor no sábado e até 31 de dezembro de 2023, aplicam-se apenas às embarcações que descarreguem para os entrepostos ativos do arquipélago.

“A captura, manutenção a bordo, transbordo e desembarque de exemplares da espécie atum bonito, quando atingindo 60% da capacidade de ocupação de cada um dos entrepostos ativos da região, fica limitada a quantidades, por dia”, refere-se.

Assim, no caso das embarcações de comprimento igual ou superior a 25 metros, a captura fica limitada até 20 toneladas e para embarcações de comprimento inferior a 25 metros e igual ou superior a 20 metros o limite é de 15 toneladas.

Já para embarcações de comprimento inferior a 20 metros e igual ou superior a 14 metros ficam definidas até 10 toneladas, uma quantidade reduzida para até oito toneladas no caso dos barcos com comprimento inferior a 14 metros e igual ou superior a 12 metros.

As embarcações de comprimento inferior a 12 metros e igual ou superior a 10 metros podem capturar até cinco toneladas, e para as que têm menos de 10 metros é estabelecido o limite de duas toneladas.

No entanto, quando for atingida 80% da capacidade de ocupação de cada um dos entrepostos do arquipélago, o desembarque de atum bonito passa “a realizar-se de três em três dias, contados a partir do dia seguinte ao da descarga”, acrescenta a portaria assinada pelo secretário regional do Mar e das Pescas, Manuel São João.

“Estas determinações não são aplicáveis aos desembarques cujas embarcações, à data da entrada em vigor da portaria, aguardam oportunidade para descarregarem nos portos da região”, explica.

O governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) sublinha que o segmento da pesca do atum representa para o arquipélago “uma importante fonte de rendimento, com grande impacto socioeconómico para o setor”, considerando também as atividades conexas.

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Governo usa alienação de hospital na Madeira para abater dívida da região ao Estado

  • Lusa
  • 4 Agosto 2023

Presidente do Governo da Madeira, considerou que a alienação do atual imóvel do Hospital Dr. Nélio Mendonça, revertendo a verba para abater a dívida pública da Madeira, seria uma boa iniciativa.

O Governo alterou o modelo de financiamento do novo hospital da Madeira e estabeleceu que a alienação do atual Hospital Dr. Nélio Mendonça será para abater na dívida da região, segundo uma resolução publicada esta sexta-feira em Diário da República.

“Com efeito, passa a prever-se a realização das transferências sem dedução do valor de avaliação global a devoluto do imóvel”, indica a resolução n.º 88/2023 do Conselho de Ministros, que atualiza o modelo de apoio financeiro à construção, fiscalização da empreitada e a aquisição de equipamento médico e hospitalar estrutural do Hospital Central e Universitário da Madeira, atualmente em construção.

No documento é referido que “as transferências correspondentes ao montante previsto para 2024 ficam a depender de garantia idónea, mediante protocolo, de que a totalidade do produto da sua alienação ficará destinado ao pagamento da dívida da Região Autónoma da Madeira à República Portuguesa no âmbito do respetivo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro”.

O Conselho de Ministros esclarece que as transferências orçamentais previstas nas resoluções n.º 132/2018, de 10 de outubro, e n.º 160/2018, de 03 de dezembro, estão em curso, mas foi necessário proceder agora a nova alteração, para adequar a metodologia de cálculo aos “dados em presença”, nomeadamente a alienação do edifício onde se encontra ainda o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

“Procede-se ainda à atualização do escalonamento da despesa previsto, passando agora a englobar os anos em que se verificou e prevê a efetiva realização das transferências de 2021 a 2028”, lê-se no documento.

Os encargos são suportados pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) e as dotações inscritas no Orçamento do Estado correspondem a 50% do valor da construção, incluindo a assessoria à fiscalização da empreitada e equipamento médico e hospitalar que constitui parte integrante do novo Hospital Central e Universitário da Madeira.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros, as dotações não podem, em cada ano, ultrapassar os seguintes montantes: 3.876.475,00 euros (2021); 6.128.677,00 (2022); 18.278.689,00 (2023); 27.954.056,00 (2024); 28.213.841,00 (2025); 23.326.149,00 (2026); 23.326.149,00 (2027) e 1.887.688,00 (2028).

No documento é ainda reiterado que “o montante previsto para os pagamentos a realizar em 2024, após a celebração de um protocolo entre a Região Autónoma da Madeira e a DGTF, dispondo que a totalidade do produto da alienação do edifício onde se encontra o Hospital Dr. Nélio Mendonça ficará destinado ao pagamento da dívida da Região Autónoma da Madeira à República Portuguesa no âmbito do respetivo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro”.

A resolução publicada esta sexta-feira em Diário da República produz efeitos a partir de 11 de outubro de 2018.

Em 24 de julho, o presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, considerou que a alienação do atual imóvel do Hospital Dr. Nélio Mendonça, revertendo a verba para abater a dívida pública da Madeira, seria uma boa iniciativa.

“Isso não é mau”, disse na altura, argumentando que o Governo Regional “não vai ficar com dois hospitais”.

“Acho que, neste momento, temos de tomar uma decisão acertada, em consonância com os interesses da região”, defendeu, salientando que o hospital ainda está a funcionar e a transição leva algum tempo, havendo “tempo para pensar nisso com consistência”.

O novo Hospital Central e Universitário da Madeira, localizado na freguesia de São Martinho, deverá estar concluído em 2027. Com uma área brutal de construção superior a 172 mil metros quadrados, terá seis pisos e representa um investimento na ordem dos 352 milhões de euros, sendo comparticipado em 50% pelo Estado.

O projeto inclui um heliporto e 1.160 estacionamentos, tendo 5.000 metros quadrados afetos à área de investigação.

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Revolut acaba com negociação de criptoativos nos EUA. Medida não tem implicações na Europa

A Revolut irá encerrar a plataforma de negociação de criptoativos a partir de 3 de outubro nos EUA. A Revolut revela que esta medida não abrangerá o mercado português nem o mercado europeu.

Os clientes da Revolut nos EUA vão deixar de poder comprar criptoativos a partir de 2 de setembro. De acordo com um e-mail enviado pela fintech fundada em 2015 por Nikolay Storonsky e Vlad Yatsenko, os clientes norte-americanos da Revolut poderão continuar a dar ordens de venda até 2 de outubro mas, a partir de 3 de outubro, a plataforma será encerrada, o que significa que os clientes não poderão comprar, vender ou manter qualquer criptomoeda a partir dessa data.

A notícia foi avançada pelo The Block e confirmada ao ECO por fonte oficial da Revolut, adiantando que esta medida não abrange o mercado português nem o mercado europeu. “Como resultado da evolução do ambiente regulatório e das incertezas em torno do mercado de criptomoedas nos EUA, tomámos a difícil decisão, juntamente com o nosso parceiro bancário dos EUA, de suspender o acesso a criptomoedas através do Revolut nos EUA”, refere a empresa em comunicado.

Esta suspensão não afeta de forma alguma os utilizadores do Revolut fora dos EUA e afeta menos de 1% dos clientes de criptomoedas do Revolut a nível mundial”, esclarece a empresa ao ECO, sublinhando que “os clientes Revolut em todos os outros mercados podem continuar a registar-se e a utilizar os nossos serviços de criptomoedas.”

Em Portugal, a Revolut revela ao ECO que conta com mais de um milhão de clientes e, apesar de não avançar com a percentagem de clientes que negoceiam criptoativos através da sua plataforma, refere que “14% dos portugueses consideram as criptomoedas como a forma de investimento que atualmente lhes parece mais interessante”, citando um inquérito realizado no mês passado pela Dynata.

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Consumo de estrangeiros sobe 18% nos dias anteriores à JMJ

México foi o país a registar o maior crescimento de operações, com as transações na rede Multibanco a dispararem 147%, seguido pela Austrália, Singapura, Nova Zelândia e Coreia.

Na semana anterior ao arranque da Jornada Mundial da Juventude, as operações com cartões estrangeiros na rede Multibanco aumentaram 18% face ao ano passado. México, Austrália e Singapura entre os países com maior crescimento no número de operações.

Entre 26 a 31 de julho, “em que ocorrem diversas atividades nas Dioceses nacionais, as operações com cartões de estrangeiros na Rede Multibanco aumentaram 18% face ao período homólogo (27 de julho a 1 de agosto de 2022)”, adianta a SIBS, em comunicado. “Esta evolução contribuiu para um crescimento global do número de operações na Rede Multibanco, em todo o território nacional, de 6%“, acrescenta.

O México foi o país a registar o maior crescimento de operações, com as transações na Multibanco a dispararem 147%, seguido pela Austrália e Singapura (ambos com +142%), Nova Zelândia (+126%) e República da Coreia (+125%).

A empresa que gere a rede Multibanco indica ainda, em termos geográficos, entre 26 a 31 de julho, “verificou-se um aumento de 57% no número de transações de visitantes em Santarém (distrito onde se enquadra o Santuário de Fátima), de 26% em Coimbra e de 23% em Évora”.

“Se analisarmos apenas os países onde decorreram as últimas cinco edições das JMJ (Panamá, Polónia, Brasil, Espanha e Austrália), verificamos que o crescimento médio do número de operações é de 25%, ou seja mais sete pontos percentuais do que o total de operações efetuadas com cartões estrangeiros no período em análise”, acrescenta.

Ainda no que toca aos países que organizaram as edições anteriores da JMJ, a SIBS nota que em todos “se verificaram mais visitantes do que no período homólogo, com uma variação total de +25%”, com especial ênfase dos visitantes provenientes do Panamá, que registam um aumento de 276%.

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