Contribuintes que pagaram em maio a totalidade do IMI baixou face a 2022

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Mais de 550 mil contribuintes optaram por pagar a totalidade do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) em maio, dispensando o pagamento faseado.

Mais de 550 mil contribuintes optaram por pagar a totalidade do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) em maio, dispensando o pagamento faseado, segundo dados Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), mas o número recuou face ao ano passado.

“No mês de maio, 556.011 contribuintes efetuaram o pagamento antecipado de IMI relativo a 2022”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial da AT.

O número é inferior ao verificado no ano passado (para o IMI relativo a 2021), quando 580.811 notas de liquidação de valor acima dos 100 euros foram pagas logo em maio.

O Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) é pago de uma vez só, durante o mês de maio, quando o seu valor é inferior a 100 euros, mas é desdobrado em duas ou três prestações (pagas em maio e novembro ou maio, agosto e novembro) quando o seu valor oscila entre, respetivamente, os 100 e os 500 euros ou supera os 500 euros.

Porém, há já quatro anos que a primeira nota de liquidação inclui uma referência de pagamento para a totalidade do imposto, podendo os contribuintes com valores acima dos 100 euros ‘arrumar’ as contas do IMI durante o mês de maio, dispensando, assim, o pagamento fracionado.

Segundo dados do fisco, este ano foram emitidas 4.082.440 liquidações de IMI, sendo 916.359 de valor até 100 euros.

Neste total há ainda 2.486.548 com valores de imposto entre os 100 e os 500 euros e 679.533 acima dos 500 euros, sendo que neste último caso o prazo para os contribuintes pagarem o imposto arrancou hoje e termina em 31 de agosto.

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Autocarros da Busway começam a circular nos 11 municípios da região de Aveiro

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro vai comparticipar, anualmente, em cerca de 1,2 milhões de euros os encargos do novo operador de transporte de passageiros.

O novo serviço público de transporte de passageiros na região de Aveiro, concessionado à empresa Busway, do grupo israelita Afifi, arranca esta terça-feira com a ativação de um total de 111 linhas, a percorrer 3.200.000 quilómetros pelos 11 municípios da região de Aveiro.

No total, serão 74 linhas municipais, 17 intermunicipais e 20 interregionais, servidas por uma frota de 120 autocarros, entre os quais cinco veículos elétricos e/ou híbridos, com serviços de entretenimento/informação e Wi-Fi a bordo, com uma idade média de cinco anos.

“Através do reforço da oferta na ordem de 423.000 quilómetros anuais face à base atual, que foi atualizada e complementada, teremos uma nova rede de carreiras de serviço público regular ajustada às necessidades de procura de transporte público da população“, refere uma nota divulgada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).

A rede está equipada com sistemas tecnológicos que permitem informação em tempo real e fidedigna aos passageiros, através de uma aplicação que permite saber o ponto exato onde estão os autocarros e quanto tempo falta até chegarem a uma determinada paragem.

Através do reforço da oferta na ordem de 423.000 quilómetros anuais face à base atual, que foi atualizada e complementada, teremos uma nova rede de carreiras de serviço público regular ajustada às necessidades de procura de transporte público da população.

Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA)

Fonte da CIRA disse à Lusa que a app, que estará disponível tanto para Android como iOS, deverá começar a funcionar durante o mês de agosto.

Os postos de venda e carregamento de bilhetes/passes estão distribuídos pelos 11 municípios da CIRA, tendo a BusWay uma linha de apoio gratuita disponível para esclarecimento de dúvidas (800 10 10 12) e um site dedicado para o mesmo efeito.

A Busway vai assegurar os transportes municipais e intermunicipais nos 11 municípios da CIRA, excetuando o concelho de Aveiro, onde os transportes municipais continuarão a ser assegurados pela Aveirobus/Transdev.

No âmbito do novo contrato de concessão assinado com a empresa Nateev Express, do grupo israelita Afifi, a CIRA irá pagar cerca de 1,2 milhões de euros por ano para comparticipar os encargos do novo operador, que irá assegurar o serviço durante os próximos cinco anos.

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Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses, após médias mensais terem voltado a avançar em julho

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

As taxas Euribor subiram a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, depois de as taxas médias mensais terem voltado a avançar em julho nos três prazos.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda, depois de as taxas médias mensais terem voltado a avançar em julho nos três prazos.

As taxas médias das Euribor subiram para 3,672% a três meses, 3,942% a seis meses e 4,149% a 12 meses em julho, ou seja mais 0,136 pontos percentuais, 0,117 pontos e 0,142 pontos percentuais do que as de junho, respetivamente.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 4,076%, mais 0,012 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, também avançou para 3,948%, mais 0,019 pontos do que na segunda-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 3,723%, mais 0,008 pontos, depois de ter atingido um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,725%, em 28 de julho. A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base — tal como em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

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Taxa de desemprego na Europa estável nos 6,4%

Em junho havia mais de 12 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia, das quais dez milhões na Zona Euro. Taxa de desemprego em Portugal em linha com Zona Euro.

Em junho, a taxa de desemprego na Zona Euro (composta pelos 20 países da UE que utilizam a moeda única) foi de 6,4%, idêntica à apurada no passado mês de maio e abaixo dos 6,7% registados em junho do ano passado. Na União Europeia (UE), a taxa de desemprego fixou-se nos 5,9%, abaixo em 0,2 pontos percentuais (p.p) da registada em junho de 2022, e também estável face a maio deste ano, revelam esta terça-feira os dados do Eurostat. Em Portugal, a taxa de desemprego estabilizou nos 6,4%.

Segundo estima o gabinete de estatística europeu, em junho havia mais de 12 milhões de pessoas desempregadas na União Europeia em junho, das quais dez milhões na Zona Euro.

Fonte: Eurostat

Entre os Estados-membros da UE, Espanha (11,7%), Grécia (11,1%), Suécia e Lituânia (7,5%) tinham a maiores taxas de desemprego em junho. Por outro lado, Malta (2,6%), República Checa e Polónia (2,7%) e Alemanha (3%) tinham as taxas menores.

Já Portugal registou em junho uma taxa de desemprego 6,4%, em linha com a Zona Euro. O valor mantém-se face ao apurado em maio, mas é superior, em 0,4 pontos percentuais, relativamente ao registado no período homólogo. Em junho, 336.500 pessoas estavam desempregadas no país, de acordo com os dados do INE apresentados na segunda-feira.

Mais de 2.700 milhões de jovens desempregados na UE

No que toca ao desemprego jovem, 2.739 milhões de jovens com menos de 25 anos estavam desempregados na União Europeia em junho, dos quais 2.204 milhões pertencentes à Zona Euro. Face a maio deste ano, há mais 28 mil jovens na UE desempregados e menos 31 mil jovens na Zona Euro nessa situação. Já comparativamente a junho de 2022, o desemprego jovem há menos 16 mil jovens desempregados na UE e menos 81 mil na Zona Euro.

Neste contexto, a taxa de desemprego jovem era de 14,1% na UE e de 13,8% na Zona Euro, respetivamente acima e abaixo dos 14% registados em ambas as regiões no mês anterior.

Em Portugal, segundo as estimativas provisórios do INE, no período, 66.800 jovens estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 17,2%, valor que, pese embora o recuo de 1,5 p.p. face a maio e 1,9 p.p. em relação ao período homólogo, está acima tanto da Zona Euro, como da UE.

Uma análise por género permite concluir que as mulheres eram as mais penalizadas. A taxa de desemprego das mulheres era de 6,1% na União Europeia, enquanto a taxa de desemprego dos homens na UE era de 5,7%. Tanto uma como a outra estão estáveis face a maio de 2023.

Na Zona Euro, por sua vez, a taxa de desemprego das mulheres foi de 6,7% e a dos homens foi de 6,1%, também sem alterações relativamente ao mês anterior.

(Notícia atualizada com mais informação às 10h58)

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Petrolífera BP passa de prejuízo a lucro de 10 mil milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

BP anunciou que teve um lucro de 10.010 milhões de dólares até junho, depois de um prejuízo de 11.127 milhões de dólares no mesmo período de 2022.

A BP anunciou esta terça-feira que teve um lucro de 10.010 milhões de dólares (9.099 milhões de euros) até junho deste ano, depois de um prejuízo de 11.127 milhões de dólares (10.114 milhões de euros) no mesmo período de 2022. O prejuízo registado até junho do ano passado deveu-se à saída da BP do capital da petrolífera russa Rosneft.

Em comunicado enviado à Bolsa de Londres, a petrolífera britânica refere ainda que teve um lucro de 1.792 milhões de dólares entre abril e junho deste ano, menos 78,1% do que no trimestre anterior — janeiro a março –, devido à queda dos preços do petróleo.

Indica ainda que o seu lucro antes de impostos atingiu os 15.341 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano, contra um prejuízo bruto de 3.477 milhões de dólares no mesmo período do ano passado.

As receitas, por sua vez, atingiram os 106.430 milhões de dólares até junho deste ano, menos 11,8% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.

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Comissão Europeia aprova 12 novos padrões para reporte ESG das empresas

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

A Comissão Europeia aprovou uma lista com 12 novos padrões ambientais e sociais, sobre cujo cumprimento as grandes empresas e as cotadas na bolsa devem passar a informar no reporte.

A Comissão Europeia aprovou na segunda-feira uma lista com 12 novos padrões ambientais e sociais, sobre cujo cumprimento as grandes empresas e as cotadas na bolsa devem passar a informar, para evidenciar o seu contributo para uma economia sustentável.

Quanto ao ambiente, a lista tem cinco variáveis, a saber, clima, poluição, água e recursos marinhos, biodiversidade e ecossistemas e, ainda, uso de recursos e economia circular.

No âmbito social, avançam-se as rubricas mão-de-obra própria, trabalhadores na cadeia de valor, comunidades afetadas e consumidores e utilizadores finais.

Estes nove pontos são acrescidos de mais um sobre o comportamento da gestão das empresas e dois outros, transversais, sobre obrigações e informações em geral.

A informação relacionada com estes itens deve integrar os novos relatórios de sustentabilidade, um documento anual em que cada empresa da União Europeia (UE) informa sobre questões relacionadas com o ambiente, o tratamento dos seus trabalhadores, o respeito pelos direitos humanos ou a luta contra a corrupção.

Hoje, todas as empresas da UE consideradas de interesse público e com mais de 500 trabalhadores — sejam cotadas, bancos ou seguradoras — já estão obrigadas a fazer estes relatórios.

A partir de agora, com a entrada em vigor da nova diretiva sobre relatórios de sustentabilidade empresariais, Bruxelas estende esta obrigação a todas as grandes empresas e às cotadas nas bolsas, incluindo as pequenas e médias (PME). Contudo, as PME estão isentas de fazer este documento até 2028.

Mas as grandes empresas, com mais de 500 trabalhadores, que já estão obrigadas a fazer este documento, vão ter de se adaptar e incluir os novos 12 padrões já nos documentos a apresentar em 2024.

A comissária europeia dos Serviços Financeiros, Mairead McGuinness, assegurou, em comunicado, que estes novos padrões configuram uma listagem “ambiciosa”.

Mas a organização não governamental de defesa do ambiente Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em Inglês) expressou a sua desilusão com a listagem final e acusou a Comissão de ter sucumbido à “pressão da indústria”, o que a levou a “minar os padrões dos relatórios de sustentabilidade”.

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Atividade industrial na zona do euro afunda para mínimos de 2020

O índice PMI do setor industrial caiu para 42,7 em julho, face aos 43,4 de junho, o valor mais baixo desde maio de 2020. "Parece que a recessão na indústria transformadora veio para ficar".

A atividade industrial em toda a zona euro contraiu-se em julho a um ritmo mais rápido do que o esperado. O índice PMI do setor industrial caiu para 42,7 em julho, face aos 43,4 de junho, o valor mais baixo desde maio de 2020, de acordo com um inquérito do S&P Global.

“Parece que a recessão na indústria transformadora veio para ficar na zona euro”, afirmou Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, citado pela Reuters. O economista prevê que as “quebras mais fortes na produção, nas novas encomendas e nos volumes de compras no início do terceiro trimestre confirmam que a economia como um todo vai ter um percurso acidentado na segunda metade do ano”.

A procura caiu acentuadamente, apesar de os custos dos fatores de produção — que caíram ao ritmo mais rápido desde meados de 2009 devido ao aumento da concorrência entre fornecedores — terem permitido às fábricas reduzir os seus encargos. O índice de preços na produção caiu de 47,0 para um mínimo de quase 14 anos, 45,0.

“O Banco Central Europeu ficará satisfeito por ver que a deflação dos preços na produção voltou a acelerar, caindo ao ritmo mais rápido em quase 14 anos. No entanto, as preocupações com a inflação dos serviços continuam no topo da agenda”, disse de la Rubia.

Na semana passada, o BCE subiu as taxas de juro pela nona vez consecutiva, mas levantou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionistas mostram sinais preliminares de abrandamento, à medida que as preocupações com a recessão aumentam.

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Moscovo vive terceiro dia consecutivo de ataques de drones

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os sistemas de defesa aérea abateram dois drones, enquanto um terceiro foi "suprimido por guerra eletrónica e caiu na cidade de Moscovo".

Moscovo foi atingida esta madrugada por um ataque noturno de drones ucranianos, pelo terceiro dia consecutivo, que voltou a danificar um edifício de escritórios na capital da Rússia, sem causar feridos.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os sistemas de defesa aérea abateram dois drones, enquanto um terceiro foi “suprimido por guerra eletrónica e caiu na cidade de Moscovo”, em edifícios não residenciais.

“Na noite de 01 de agosto, uma tentativa de ataque terrorista do regime de Kiev com aeronaves aéreas não tripuladas contra instalações na cidade de Moscovo e na região de Moscovo foi frustrada”, explicou um porta-voz do ministério.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobianin, confirmou que vários drones que tentavam sobrevoar a capital foram abatidos por sistemas de defesa aérea, apesar de um deles ter atingido um prédio.

“Um drone conseguiu atingir a mesma torre da vez anterior”, disse Sobianin, referindo-se a duas torres de escritórios no principal distrito comercial da cidade, já danificadas por um ataque na madrugada de domingo.

“A fachada do prédio no 21.º andar foi danificada, as janelas quebradas numa área de 150 metros quadrados”, disse o autarca na plataforma Telegram.

Sobyanin indicou que até ao momento não há informações sobre possíveis vítimas, enquanto os serviços de emergência estão no local do incidente.

A televisão estatal russa RT também avançou que os sistemas de defesa aérea foram ativados e que sons de explosões foram ouvidos em Odintsovo, Kubinka e Naro-Fominsk, a oeste de Moscovo.

O aeroporto internacional de Vnukovo, um dos dois aeroportos da capital russa, foi brevemente encerrado ao tráfego antes de os voos serem retomados esta madrugada, noticiou a agência de notícias oficial russa TASS.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou no domingo que a guerra está a chegar “à Rússia e aos seus centros estratégicos e bases militares”.

Na segunda-feira, as forças russas lançaram um ataque com mísseis contra um edifício de apartamentos na cidade de Kryvyi Rig, no centro da Ucrânia, a terra natal de Zelensky, anunciaram as autoridades ucranianas.

Num novo balanço feito esta madrugada, o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, revelou que o número de vítimas do ataque, que afetou também o edifício de um estabelecimento de ensino, subiu para seis mortos e 75 feridos.

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Marcas de mãos dadas com a JMJ

Seja através de apoios, ativações, lançamento de produtos comemorativos ou campanhas, muitas foram as marcas e entidades que se aliaram à Jornada Mundial da Juventude. Veja alguns exemplos.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) traz até Portugal cerca de 1,5 milhões de pessoas entre os dias 1 e 6 de agosto. Muitas foram as marcas e entidades que se quiseram aliar, de uma forma ou de outra, a este que será um dos maiores eventos de sempre realizados em Portugal. Apoios, ativações de marca, lançamento de produtos comemorativos ou campanhas são algumas das iniciativas.

Sendo um dos parceiros fundadores, a Meo aliou-se ao evento enquanto parceiro tecnológico. “Enquanto marca de causas o Meo estabeleceu a intenção de intervir ativamente em áreas que considera fundamentais e que estejam alinhadas com o seu propósito de humanizar”, refere a Meo. A marca de telecomunicações será responsável pela disponibilização do acesso à rede de fibra ótica, o reforço da cobertura móvel, o acesso a rede wifi e o desenvolvimento de uma app mobile.

Por outro lado, naquela que é uma ação de sensibilização de verão, a marca associou-se à Garnier Ambre Solaire de forma a disponibilizar protetor solar gratuitamente para alertar para os “riscos associados a uma exposição solar excessiva”, explica em comunicado. Para isso, entre 1 e 6 de agosto, irão estar instalados dispensadores de protetor solar pelo Campo da Graça, situado no Parque Tejo, local onde se realiza a Vigília com os Jovens e a Santa Missa no Dia Mundial da Juventude, ambas celebradas pelo Papa Francisco.

Já o Pingo Doce, é o “Parceiro Fundador de Alimentação” do evento. “Pela energia do Bem que convoca, é com orgulho que apoiamos este evento, servindo a nossa Comida Fresca nos principais recintos”, diz a cadeia de supermercados, adiantando que a sua ajuda passa também por compor os kits de acolhimento aos peregrinos e os kits de alimentação para a vigília.

O Pingo Doce reforçou ainda as equipas de 80 lojas “de Setúbal a Santarém e ainda Fátima, durante o período da Jornada Mundial da Juventude, o maior evento que Portugal já recebeu”, alargou horários e reforçou stocks e comunicação em inglês.

Além de ter criado um “menu peregrino” – disponível através do código QR ou para qualquer cliente a 4,99 euros – o Pingo Doce vai ainda permitir o reenchimento gratuito das garrafas exclusivas ECO Água Filtrada.

Já o El Corte Inglés, outro dos parceiros fundadores, vai apoiar a iniciativa através da cedência de espaços, apoio a refeições ou voluntariado de colaboradores, “entre outras [ações] que, entretanto, se vierem a revelar necessárias”. O merchandising oficial da JMJ (bem como recordações de Lisboa e Portugal) estará disponível no Espaço Peregrino do El Corte Inglés de Lisboa e no site da marca.

“O El Corte Inglés entende que deve devolver à sociedade o que dela recebe e acredita que apoiar a JMJ Lisboa 2023 é a sua forma de contribuir para a cidade de Lisboa e para a sua promoção e divulgação internacional”, afirmou Enrique Hidalgo, diretor-geral do El Corte Inglés Portugal, na divulgação da parceria.

A Fidelidade, por seu lado, é a parceira de seguros da JMJ, assegurando a cobertura e a proteção de serviços de assistência até e durante aquele que é o maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa.

A Fidelidade disponibilizou assim seguros de responsabilidade civil, acidentes de trabalho, voluntariado, acidentes pessoais, saúde, bens patrimoniais e automóvel e serviços de assistência a todos os voluntários que prepararam o encontro e a todos os peregrinos que vêm participar.

Mas muitas outras marcas, mesmo não constando entre os parceiros enunciados no site da JMJ, aliaram-se ao evento, realizando iniciativas ou parcerias diversas.

A Vista Alegre, por exemplo, desenvolveu quatro peças exclusivas em porcelana, de forma a assinalar a realização do evento – uma bandeja, um porta lápis, um íman e uma cruz em porcelana com a simbologia da Jornada.

Por outro lado, os CTT lançaram uma edição de selos dedicada à JMJ Lisboa 2023, emitindo dois selos – com valores faciais de 0,61 e 1,15 euros e tiragem de 75 mil de cada – bem como um bloco filatélico, “onde se apresentam os principais fios condutores da JMJ”, podendo o mesmo ser adquirido por três euros.

“#ste acontecimento histórico que se concretiza este ano em Lisboa, teria obrigatoriamente de fazer parte do nosso plano filatélico nacional”, referem os CTT.

“Não desperdice: Partilhe!” é o mote da campanha conjunta da Jornada Mundial da Juventude e do Banco Alimentar Contra a Fome que se uniram contra o desperdício alimentar. A campanha “pretende chamar a atenção, de forma ativa, para uma questão que só poderá ser minorada com a vontade de todos”, pelo que é feito o apelo aos peregrinos para que coloquem todos os alimentos que não sejam consumidos (desde que embalados), em caixas especificamente concebidas para o efeito.

Os alimentos serão depois recolhidos pelo Banco Alimentar, verificados de forma a garantir a segurança alimentar, e encaminhados para pessoas com carências alimentares comprovadas, explica-se em comunicado.

Ainda no âmbito de campanhas, a Valorsul – empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos nos 19 Municípios da zona de Lisboa e Região Oeste – lançou uma nova campanha institucional no âmbito da JMJ, visando “sensibilizar os peregrinos para a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos, procurando minimizar o impacto ecológico da sua presença em Lisboa através da adoção de práticas sustentáveis”, explica-se em nota de imprensa.

Tendo os trabalhadores da Valorsul como protagonistas e com o mote “Uma Boa Ação Muda o Mundo”, a campanha conta com uma intervenção na fachada da Valorsul, com dinâmicas digitais, e com a presença de voluntários em Belém e no Parque Tejo, entre 1 e 6 de agosto, que vão ser responsáveis por sensibilizar e consciencializar os peregrinos, explica.

“A Valorsul é um dos parceiros da JMJ para a área da sustentabilidade, pelo que assumimos o compromisso de dinamizar iniciativas que deixem um legado duradouro em todos os que participam nesta jornada e que reflitam os nossos valores comuns, para juntos construirmos a Jornada mais sustentável de sempre”, afirma Susana Silva, diretora de comunicação e sensibilização da Valorsul, citada em comunicado.

De forma a assinalar este “momento histórico”, também o Banco de Portugal emitiu uma moeda corrente comemorativa de 2 euros. João Duarte foi o escultor convidado para desenhar a moeda comemorativa, para a qual foi definido o limite de emissão de um milhão de unidades.

A moeda comemorativa entrou em circulação no dia 19 de julho e a sua distribuição ao público é efetuada por intermédio das instituições de crédito, das tesourarias do Banco de Portugal e das lojas da Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

No setor da restauração, são várias as cadeias que se aliaram ao evento disponibilizando menus para os peregrinos, como o Burger King, KFC, Portugália, Pizza Hut, Telepizza ou Padaria Portuguesa. Os peregrinos podem aceder a estes pacotes através do QR Code da sua credencial, o que lhes permite fazer as suas refeições nos estabelecimentos de restauração aderentes à rede de restauração do evento. A lista completa pode ser consultada aqui.

Muitas outras marcas aliaram-se também ao evento através da disponibilização de descontos. A TAP, por exemplo, dá um desconto de 10% para aqueles que escolheram o avião como meio de transporte para o evento, nomeadamente nas passagens áreas dos voos que aterrem ou descolem dos aeroportos de Lisboa e Porto até 10 dias antes ou 10 dias depois do início da JMJ Lisboa 2023.

Já a Associação da Hotelaria de Portugal promoveu descontos entre 10 e 15% no preço de alojamento em hotéis de todo o país entre 22 de julho e 16 agosto para que os peregrinos que venham à JMJ possam aproveitar para conhecer Portugal.

Até ao dia 31 de agosto, os detentores de credenciais da JMJ podem também usufruir de um desconto de 15% no bilhete para o Jardim Zoológico de Lisboa. Já o Oceanário optou por lançar bilhetes especiais, a 10 euros (desconto 60%), válido entre o período de 24 de julho e 11 de agosto (das 17h-20h) e nos dias 5 e 6 de agosto (das 10h-20h).

Também a Marinha Portuguesa se aliou ao evento, pretendendo dar a descobrir o passado marítimo dos portugueses, oferecendo aos peregrinos as entradas no Museu de Marinha, no Planetário de Marinha (Belém), na Fragata D. Fernando II e Glória (Cacilhas) e no Aquário Vasco da Gama (Algés), entre 25 de julho e 10 de agosto. Os Fuzileiros da Marinha também prepararam equipas de voluntários do Jornadas Mundiais da Juventude através de ações de formação em liderança.

Foto: Marinha Portuguesa

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Pagamento da segunda prestação do IMI começa esta terça-feira

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Só este ano foram emitidas 4.082.440 liquidações de IMI, sendo 916.359 de valor até 100 euros.

Os contribuintes com um valor de Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI) superior a 500 euros e que não tenham optado em maio pelo seu pagamento integral podem começar a pagar a segunda prestação do imposto a partir desta terça-feira.

O IMI é pago de uma vez só, durante o mês de maio, quando o seu valor é inferior a 100 euros. Se o valor é entre 100 e 500 euros pode ser desdobrado em duas prestações pagas em maio e novembro. Já se superar os 500 euros é desdobrado em três prestações a serem pagas em maio, agosto e novembro.

Segundo dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), facultados em resposta à Lusa, este ano foram emitidas 4.082.440 liquidações de IMI, sendo 916.359 de valor até 100 euros.

Neste total há ainda 2.486.548 com valores de imposto entre os 100 e os 500 euros e 679.533 acima dos 500 euros.

As taxas do IMI são anualmente fixadas pelas autarquias, num intervalo entre 0,3% e 0,45% — para os prédios urbanos e terrenos para construção –, cabendo-lhes também decidir sobre a adesão ao IMI familiar, mecanismo que dá um desconto às famílias residentes, ou sobre a aplicação das taxas agravadas nos prédios devolutos ou em ruínas.

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Principais bancos reestruturam mais de 62 mil créditos à habitação até junho

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

Santander Totta renegociou 18 mil créditos à habitação desde o início do ano. CGD outros 17 mil, BCP mais 9.600 e BPI outros 9 mil.

Os principais bancos reestruturaram mais de 62 mil créditos devido à dificuldade das famílias em comportarem a forte subida dos juros, mas consideram que não há um problema generalizado, ainda que admitindo que a situação se pode agravar.

O Santander Totta renegociou cerca de 18 mil créditos à habitação desde o início do ano, sendo o valor total dos empréstimos de cerca de 2.000 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reestruturou 17 mil créditos à habitação — apenas 1.024 foram ao abrigo do decreto-lei do Governo que forçava os bancos a reestruturar esses empréstimos –, no valor total de 1.760 milhões de euros. O banco público tem mais de 320 mil créditos à habitação ‘vivos’.

O BCP fez 9.600 renegociações de créditos no primeiro semestre, sendo que 1.885 foram ao abrigo do decreto-lei do Governo. O banco não divulga o valor total dos créditos renegociados.

O BPI renegociou 9.000 créditos à habitação (8% da carteira total de crédito à habitação) no valor total de 1.100 milhões de euros, 2.400 dos quais ao abrigo do decreto-lei.

Por fim, o Novo Banco disse que foram cerca de 9.000 desde o início do ano e que desses cerca de 90% foram renegociações comerciais.

Há claramente um conjunto de famílias em dificuldades, mas os casos têm sido resolvidos e têm-se encontrado soluções. Se as taxas continuarem a subir e se mantiverem de forma prolongada haverá agravamento das situações até agora acomodadas.

Paulo Macedo

Presidente da CGD

As renegociações de crédito podem ser feitas de várias formas, por baixa do spread (margem de lucro comercial do banco), aumento do prazo de pagamento do crédito ou um período de carência no pagamento de capital (por exemplo, durante um ano o cliente só paga juros, o que baixa a prestação mensal, mas capitalizando de futuro o valor em falta).

Nas conferências de imprensa de apresentação das contas semestrais, os presidentes dos principais bancos a operar em Portugal consideraram que não há um problema genérico de crédito à habitação, apesar das dificuldades que as famílias sentem em acomodar o aumento das taxas de juro no seu orçamento mensal, e que os problemas têm sido mais focados em algumas franjas de clientes — pessoas de mais baixos rendimentos e quem pediu crédito mais recentemente, sobretudo de classe média.

Contudo, os banqueiros também dizem que irão agravar-se os problemas se continuar o ciclo de aumento das taxas de juro, sendo então esperadas mais reestruturações de empréstimos. A associação de defesa do consumidor Deco tem relatado que há já muitas famílias a tentar vender casas, porque não conseguem pagar a prestação ao banco.

“Há claramente um conjunto de famílias em dificuldades, mas os casos têm sido resolvidos e têm-se encontrado soluções. Se as taxas continuarem a subir e se mantiverem de forma prolongada haverá agravamento das situações até agora acomodadas”, alertou o presidente da CGD, Paulo Macedo, na apresentação de resultados.

O presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, considerou, por seu lado, que o tema do crédito à habitação “tem estado estável” e que as renegociações apresentam valores globais baixos, mas admitiu que o banco tem estimado que as renegociações “possam aumentar”.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de juro a semana passada e deixou a porta aberta a mais aumentos, ainda que possam não ser já em setembro. “Estamos a entrar num período em que dependeremos dos dados económicos”, afirmou a presidente do BCE, Christine Lagarde.

Para mitigar o impacto da subida dos juros, o Governo dá um apoio na bonificação do crédito à habitação às famílias com maior esforço. Os presidentes dos bancos consideraram a medida uma ajuda às famílias, mas que não faz grande diferença (no BCP a bonificação foi, em média, de 37 euros).

Estamos a entrar num período em que dependeremos dos dados económicos.

Christine Lagarde

Presidente do BCE

A semana passada, em entrevista ao Público, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que o Governo quer alterar a medida para que abranja mais famílias.

Apesar das dificuldades que a subida dos juros tem imposto às famílias, para os bancos tem sido o grande fator de lucro já que as altas taxas de juro nos empréstimos e a lenta subida das taxas de juro nos depósitos beneficiam a margem financeira (a margem financeira, geralmente a principal fonte de receitas de um banco, é a diferença dos juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos).

Os lucros agregados dos cinco maiores bancos que operam em Portugal somaram 1.994 milhões de euros no primeiro semestre, mais 735 milhões de euros do que no primeiro trimestre de 2022 (um aumento de 58,4%).

A CGD lucrou 607,9 milhões de euros, mais 25% face a junho de 2022, tendo a margem financeira crescido 124,7% para 1.316 milhões de euros. O BCP multiplicou por quase sete vezes os lucros para 423,2 milhões de euros, tendo a sua margem financeira subido 39,5% para 1.374 milhões de euros.

O Novo Banco teve lucros de 373,2 milhões de euros (aumento de 39,9%), com a margem financeira a crescer 95,5% para 524 milhões de euros. Este foi o único dos grandes bancos que não apresentou resultados em conferência de imprensa, aliás, desde que Marke Bourke é presidente executivo nunca fez conferência de imprensa de apresentação de contas. A Lusa, em fevereiro, questionou o Ministério das Finanças e o Fundo de Resolução sobre o tema, uma vez que o Estado e o Fundo de Resolução são acionistas, mas não obteve resposta.

Os lucros do Santander foram de 333,7 milhões de euros (mais 38,3%), tendo a margem financeira aumentado 58,4% para 586,5 milhões de euros, e o BPI apresentou lucros de 256,2 milhões de euros (mais 26,1%), com a margem financeira a subir 85% para 435 milhões de euros.

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Hoje nas notícias: juros, obras e ação social escolar

  • ECO
  • 1 Agosto 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Com a escalada da Euribor, 75% do valor da prestação da casa são juros a pagar ao banco. Nesta terça-feira, os jornais contam também com notícias sobre a subida em 12% dos contratos de empreitadas de obras públicas de grande dimensão, assim como os valores da Ação Social Escolar (ASE) que quase não são atualizados desde 2014. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade nacional.

Com escalada da Euribor, 75% da prestação são juros pagos ao banco

O agravamento da prestação da casa dispara ainda mais para quem tem empréstimos associados à Euribor a 12 meses, prazo que apresenta o valor mais elevado e que tem revisões mais espaçadas. A subida das prestações acaba por ser muito mais expressiva e penalizadora: o valor pago em juros representa mais de três quartos da prestação, com apenas um quarto a corresponder ao pagamento do capital emprestado. Os contratos a rever em agosto e os novos empréstimos com esta taxa utilizarão a média mensal de 4,149% registada em julho — mais 142 pontos do que os 4,007% em junho) — que fica bem acima dos 0,992% verificados há um ano. Já as taxas a seis e a 12 meses dão sinais de estabilização.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Um terço das grandes obras contratadas são de escolas e casas

Os contratos de empreitadas de obras públicas de grande dimensão — superiores a sete milhões de euros — contratados no primeiro semestre deste ano subiram 12% em relação a igual período de 2022, o que se traduz em 305 milhões de euros, mais 273 milhões do que no primeiro semestre do ano passado. Ainda assim, menos de metade dos mais de 650 milhões de euros do que em período homólogo. Quase um terço dos 305 milhões de euros contratados destinou-se à construção de blocos de apartamentos e de edifícios escolares.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Valores da Ação Social Escolar são quase iguais desde 2014

Os valores da Ação Social Escolar (ASE) quase não são atualizados desde 2014. Os limiares de acesso aos apoios correspondem aos escalões do abono de família, indexado ao IAS (Indexante de Apoio Social) e, no próximo ano letivo, vão variar entre os 3102 euros de rendimentos anuais (limite para o escalão A) e os 6204,8 euros (máximo para o escalão B). Os diretores das escolas consideram os “valores muito exíguos” e alertam que excluem alunos carenciados. A antiga secretária de Estado da Educação, a agora deputada Alexandra Leitão, enviou uma questão ao Governo sobre se existe a intenção de os aumentar.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Quase metade dos fundos de capitalização de empresas ficou pelo caminho

Só oito dos fundos de investimento propostos para capitalizar empresas com 70% das verbas do Banco Português de Fomento (BPF) foram efetivamente constituídos dentro do prazo, que terminou segunda-feira. Apesar de terem inicialmente sido selecionados 14 candidatos, seis não conseguiram encontrar a tempo a componente privada exigida pelas regras do Programa Consolidar. Se nada mudar, estes fundos vão receber entre 200 e 250 milhões de euros da instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Olaf com 67 suspeitas de fraude que envolvem 47 milhões

O Organismo Europeu de Luta Antifraude (Olaf) recebeu denúncias de 2.333 casos de irregularidades no âmbito dos fundos estruturais e da Política Agrícola Comum, que abrangem cerca de 164 milhões de euros em apoios comunitários. Destes casos reportados ao sistema de comunicações de irregularidades da organização, 67 casos envolvem suspeitas de fraude num total de 47 milhões de euros. Em alguns casos a fraude está comprovada já que a investigação já terminou.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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