Lista de ativos recuperados pela justiça angolana inclui casas em Portugal e Brasil

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Na lista de ativos recuperados consta duas moradias no Algarve, no valor de 4,2 milhões de dólares, um apartamento em Lisboa, avaliado em 450 mil dólares, e um apartamento em Telheiros.

Os bens recuperados pelo Estado angolano no âmbito do combate à corrupção incluem moradias no Algarve e apartamentos em Lisboa, bem como casas em São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), segundo a lista consultada esta segunda-feira pela Agência Lusa.

A lista do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos (Senra) inclui 219 bens e ativos recuperados, apreendidos ou arrestados, parte dos quais relacionados com processos ainda em curso, num total de 19 mil milhões de dólares (17 mil milhões de dólares). Destes, 7 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros) correspondem a bens recuperados e cerca de 12 mil milhões de dólares (10,6 mil milhões de euros) foram apreendidos ou arrestados.

Os bens apreendidos e arrestados estão ainda pendentes de decisões judiciais e só se estas forem favoráveis ao Estado, e depois de transitadas em julgado é que passarão para esfera do Estado. Entre estes ativos constam fábricas, fazendas, minas, lojas e estabelecimentos comerciais, edifícios, urbanizações e condomínios, dezenas de hotéis, dois terminais portuários, bem como dinheiro e participações sociais.

A lista revela o tipo de bens, o seu valor, a sua atual situação e o ano em que foram recuperados, mas não menciona quem eram os seus anteriores detentores ou beneficiários.

A lista inclui maioritariamente ativos recuperados em Angola, mas há também duas moradias no Algarve, no valor de 4,2 milhões de dólares (3,7 milhões de euros), entregues ao Ministério das Finanças (Minfin) em 2019, um apartamento em Lisboa, avaliado em 450 mil dólares (400 mil euros) também entregue ao Estado no mesmo ano, e mais um apartamento em Telheiros, também entregue ao Minfin, com o valor de 320 mil dólares (285 mil euros).

Há também apartamentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, avaliados num total de 750 mil dólares (668 mil euros), com a indicação de que “aguardam formalização da entrega”, desde 2019.

Na semana passada, diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos (Senra), Eduada Rodrigues, disse que foram identificados, nos dois últimos anos, mais 24 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) nos processos em investigação sobre recuperação de bens, soma que agora ascende 70 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros).

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Sindicatos e Portway não chegam a acordo e greve mantém-se em julho e agosto

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Os sindicatos mantêm a greve na empresa de handling nos dias 30 e 31 de julho, bem como em 5 e 6 de agosto.

A Portway e os sindicatos não chegaram a acordo e, assim, as estruturas vão manter a greve na empresa de handling nos dias 30 e 31 de julho, bem como em 5 e 6 de agosto. Em declarações à Lusa, Fernando Simões, do Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), adiantou que a estrutura “esteve hoje reunida da parte da manhã com a Portway” no Ministério do Trabalho, “para discussão de serviços mínimos”, rejeitando acusações da empresa, de que “arranjaram motivos” para a greve.

“Não houve acordo, isto vai ser transmitido aos trabalhadores”, destacou, apontando “inaceitáveis acusações da empresa”. Também fonte do Sitava – Sindicato dos Trabalhadores e Aviação confirmou à Lusa que vai manter a paralisação. O STAMA juntou-se à greve de quatro dias na Portway, em julho e agosto, e marcou greve ao trabalho suplementar ou extraordinário a partir de 24 de julho.

De acordo com o pré-aviso de greve, o STAMA marcou “greve total nos dias 30 e 31 de julho de 2023, bem como 5 e 6 de agosto”, juntando-se aos sindicatos dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagem, Transitário e Pesca (Simamevip), dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (Sindav), que anunciaram anteriormente a paralisação.

O STAMA marcou também “greve a todo e qualquer trabalho suplementar ou extraordinário, bem como a todo o trabalho requerido em banco de horas ou adaptabilidade” entre 24 de julho e 31 de dezembro, e ainda greve de duas horas à entrada e duas horas à saída em dias de feriado, também a partir de 24 de julho e até 01 de janeiro de 2024.

O motivo, explica o sindicato, prende-se com incumprimentos do Acordo de Empresa, “onde a própria se veicula a uma interpretação própria, fugindo de forma grosseira à redação do livremente assinado”, que origina “perdas significativas dos trabalhadores, contrapostos a ganhos indevidos por parte da empresa”.

O trabalho em dias feriados não são pagos consoante espírito da letra lavrada, ou seja, a 200% sobre a hora efetuada”, aponta a estrutura no pré-aviso, realçando ainda que a “empresa se coíbe de pagar o subsídio de alimentação em toda a sua extensão”.

Já a Portway, em comunicado nessa altura, disse que “não reconhece quaisquer fundamentos para a convocação desta greve”, lembrando que “os motivos invocados pelos sindicatos” se referem “à remuneração do trabalho em dia feriado em escala, alegando uma atuação da empresa diferente do espírito do acordo de empresa assinado em 2020 com estes sindicatos (AE 2020)”.

Pelo contrário, a empresa de handling (serviços de assistência em terra nos aeroportos) garantiu “o cumprimento rigoroso do disposto, e assinado por todos os signatários, na cláusula 70.ª do AE 2020, e recusa a existência de qualquer dúvida possível sobre a interpretação da letra da mesma”, assegurando que estipula que “o trabalho prestado em dia feriado, que seja dia normal de trabalho, dará direito a um acréscimo de 50% de retribuição correspondente”.

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Fim do acordo de cereais é um “rude golpe” para as pessoas mais necessitadas, avisa Guterres

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

A decisão russa "vai ser um rude golpe nas pessoas necessitadas em todo o mundo", avisou António Guterres, antes de lamentar que a carta enviada ao Kremlin tenha sido ignorada.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta segunda-feira que centenas de milhões de pessoas vão pagar pela decisão da Rússia de romper com o acordo de exportações de cereais pelo Mar Negro. “Centenas de milhões de pessoas estão a passar fome e os consumidores estão a enfrentar uma crise global de aumento de custo de vida”, disse Guterres em declarações a jornalistas, acrescentando que a decisão russa “vai ser um rude golpe nas pessoas necessitadas em todo o mundo”.

Lamento profundamente a decisão da Federação Russa de encerrar a implementação da Iniciativa do Mar Negro, incluindo a retirada das garantias de segurança russas para a navegação no noroeste do Mar Negro”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, no dia em que expira a validade do acordo.

Guterres defendeu que a participação neste acordo “é uma escolha”, mas lembrou que “as pessoas que lutam em todos os lugares e os países em desenvolvimento não têm escolha”. O secretário-geral da ONU assegura que não desistirá perante esta decisão russa, garantindo que ela “não impedirá os esforços para facilitar o acesso sem entraves aos mercados mundiais de produtos agrícolas e fertilizantes tanto da Ucrânia como da Rússia”.

Para Guterres, a segurança alimentar e a estabilidade dos preços dos alimentos vão continuar no centro dos seus esforços, “tendo em conta o aumento do sofrimento humano, consequência inevitável da decisão de hoje”. Guterres também disse estar desapontado com o facto de uma sua carta enviada na semana passada ao Presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de encontrar uma solução para este problema, ter sido ignorada.

A carta, cujo conteúdo exato não foi divulgado publicamente, propunha que uma subsidiária do principal banco agrícola russo, cujas atividades são prejudicadas pelas sanções, fosse de novo ligada ao sistema bancário global SWIFT, após um acordo nesse sentido com a Comissão Europeia.

Embora a Rússia assegure que não foram cumpridas as condições que estabeleceu para a continuação do acordo sobre os cereais, em particular a parte relativa às suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes, a carta de Guterres também insistia na necessidade de avanços nessa matéria. A Rússia suspendeu esta segunda-feira o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.

“O acordo dos cereais está suspenso”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária por telefone. “Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo”, afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin declarou que o ataque das últimas horas contra a principal ponte que liga a Crimeia ao continente russo não foi um fator para a decisão da suspensão do acordo.

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Cuatrecasas assessora Ringier Sports Media Group na aquisição d’A Bola

A equipa multidisciplinar envolvida na assessoria jurídica foi liderada pela sócia co-coordenadora da área de Societário e M&A da Cuatrecasas Mariana Norton dos Reis.

A Cuatrecasas assessorou juridicamente o grupo Ringier Sports Media Group (RSMG), empresa com sede na Suíça, na aquisição da empresa detentora d’A Bola (jornal desportivo, site noticioso e canal de televisão) e da revista AutoFoco.

A equipa multidisciplinar envolvida na assessoria jurídica foi liderada pela sócia co-coordenadora da área de Societário e M&A da Cuatrecasas Mariana Norton dos Reis, com o apoio das associadas Sofia S. Alves e Filipa Teixeira Dinis, e incluiu a sócia co-coordenadora da área de Propriedade Intelectual, Tecnologias e Meios Digitais Joana Mota Agostinho e vários outros especialistas da mesma área, de Laboral, Imobiliário e Urbanismo, Fiscal, e Bancário & Financeiro e Mercado de Capitais.

O grupo RSMG foi fundado no verão de 2022 como subsidiário da Ringier AG, grupo de media e tecnologia, composto por cerca de 140 empresas em 19 países que operam uma série de marcas líderes de media, plataformas digitais e mercados. A Bola é uma publicação diária, informativa e especializada em desporto, fundada em 1945. Já a Auto Foco é um órgão de comunicação social especializado no setor automóvel, fundado em 2000.

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Governo lança concurso de 130 milhões para IP3 entre Santa Comba Dão e Viseu

Já foi lançado concurso público internacional para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu, num investimento de 130 milhões de euros.

Num investimento de 130 milhões de euros, o Ministério da Infraestruturas lançou, esta segunda-feira, o concurso público para a empreitada do troço Santa Comba Dão-Viseu, do IP3. “Esta é a primeira de três intervenções no IP3, prevendo-se que o investimento total ronde os 300 milhões de euros“, avança o Ministério em comunicado.

“O concurso [público internacional para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu] foi hoje lançado e esperamos ter máquinas no terreno no final do próximo ano”, avançou o ministro das Infraestruturas, João Galamba, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, avança a agência Lusa.

“O nosso objetivo é ter a obra pronta o mais rapidamente possível”, assegurou João Galamba. Em causa está a ligação “entre Santa Comba Dão e Viseu, com perfil de autoestrada”, ou seja, duas faixas de cada lado.

Segundo o Governo, “esta obra, há muito tempo ambicionada pela região, é o maior investimento rodoviário de sempre feito exclusivamente com investimento do Orçamento do Estado“. A empreitada vai, assim, “ao encontro das justas reivindicações da população dos distritos de Viseu e de Coimbra e, com este projeto, o Governo reforça o compromisso com a região centro e com o objetivo de atingir uma maior coesão territorial”.

O nosso objetivo é ter a obra pronta o mais rapidamente possível.

João Galamba

Ministro das Infraestruturas

Esta obra representa um “importante passo na melhoria da segurança rodoviária para os milhares de automobilistas que a cruzam diariamente”, uma vez que, sublinha o Ministério da Infraestruturas, “o troço Santa Comba Dão-Viseu é o que tem o maior registo de sinistralidade“. Esta empreitada também vai permitir reduzir o tempo de percurso e vai aproximar a região centro do país ao litoral.

Ainda em fase de projeto e de avaliação de impactes ambientais estão os troços Souselas-Penacova e Penacova – Santa Comba Dão, “sendo expectável que o lançamento do próximo troço ocorra no primeiro semestre de 2024”, avança o Ministério.

O Governo prevê a adjudicação da obra durante o verão do próximo ano, enquanto o prazo de execução estará dependente da disponibilidade para introduzir maiores ou menores constrangimentos no trânsito local, segundo João Galamba, avança ainda a Lusa.

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Uría Menéndez-Proença de Carvalho assessora CentroNovoFunchal na venda do Centro Comercial La Vie Funchal

A equipa da Uría Menéndez - Proença de Carvalho que assessorou a operação foi liderada por Duarte Garin e Francisco Cunha Ferreira (sócios, Imobiliário).

A Uría Menéndez – Proença de Carvalho assessorou a CENTRONOVOFUNCHAL, S.A. na venda do Centro Comercial La Vie, (localizado no Funchal, Madeira), ao fundo CA Património Crescente gerido pela Square Asset Management – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Coletivo, S.A.

A equipa da Uría Menéndez – Proença de Carvalho que assessorou a operação foi liderada por Duarte Garin e Francisco Cunha Ferreira (sócios, Imobiliário) e contou com a colaboração de António Castro Caldas (sócio, Fiscal), Pedro Teixeira de Sousa (associado coordenador, Imobiliário) e João Fernandes Thomaz (associado júnior, Imobiliário).

Duarte Garin, sócio da UM-PC

Considerado o principal centro comercial da Madeira, o La Vie Funchal conta com uma área de 16 mil metros quadrados (m2), 68 lojas e 860 lugares de estacionamento. Os espaços comerciais – onde se incluem lojas de vestuário, um hipermercado, espaços de restauração e ainda um clube de fitness – estão totalmente arrendados.

“Estamos muito satisfeitos por termos concretizado com sucesso a venda do centro comercial La Vie Funchal, que é um dos mais emblemáticos centros comerciais vendidos em Portugal nos últimos anos. O La Vie é um excelente exemplo de como um ativo de retalho bem gerido, estrategicamente localizado e com uma ótima performance, continua a captar o interesse de investidores institucionais”, comenta José Hermozilha, head of investment properties da CBRE, a consultora que assessorou o vendedor nesta transação.

Até agora, este centro comercial estava nas mãos da CentroNovoFunchal S.A., uma sociedade detida em cerca de 50% pelo fundo HLP (de quem a ECS Capital é a sociedade gestora) e em cerca de 40% pelo Grupo Oitante, em conjunto com outros acionistas minoritários.

Francisco Cunha Ferreira, sócio da UM-PC

Para a gestora de ativos portuguesa Square Asset Management, a compra deste centro comercial vai integrar a sua carteira com mais de 1,8 mil milhões de ativos sob gestão, entre os quais estão vários shoppings de referência, como o CoimbraShopping, o Forúm Viseu e o Fórum Castelo Branco. Neste negócio em concreto, a gestora de fundos contou com o apoio da RPE e da Engexpor.

 

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Certificação da Conta Geral do Estado não vai cumprir prazo, avisa Tribunal de Contas

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

O Tribunal reconhece que houve “desenvolvimentos concretos já alcançados no contexto da reforma das finanças públicas e da implementação da LEO”, mas apontou várias “insuficiências”.

O Governo não vai conseguir apresentar, dentro do prazo previsto, a primeira Conta Geral do Estado (CGE) a sujeitar a certificação do Tribunal de Contas (TdC), de acordo com as conclusões de uma auditoria divulgada esta segunda-feira.

Segundo o TdC, “cabe ao Governo apresentar, até 15 de maio de 2024”, a CGE de 2023, “a qual deve compreender, pela primeira vez, um conjunto completo de demonstrações financeiras e orçamentais consolidadas a sujeitar a certificação do Tribunal de Contas, que a emite até 30 de setembro de 2024, conforme decorre da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO)”.

No entanto, “o processo de preparação da primeira CGE a sujeitar a certificação não se encontra suficientemente desenvolvido de modo a viabilizar a preparação da referida conta, reportada ao exercício de 2023, nos termos da LEO”, indicou a entidade, numa nota no seu site, que acompanha o relatório de auditoria ao processo de preparação da Conta Geral do Estado de 2023.

O Tribunal reconhece que houve “desenvolvimentos concretos já alcançados no contexto da reforma das finanças públicas e da implementação da LEO”, mas apontou várias “insuficiências”.

Segundo o TdC, estas insuficiências encontram-se “no quadro conceptual, normativo, contabilístico e metodológico de referência”, nos “sistemas e tecnologias de informação de suporte”, na “identificação e caracterização do perímetro da nova CGE”, no “processo de consolidação de contas” e no “modelo de controlo interno e auditoria”.

O Tribunal de Contas defende que “os constrangimentos mencionados, e uma vez decorrido cerca de metade do período de relato financeiro, são inultrapassáveis dentro do prazo estabelecido para a apresentação da CGE de 2023”, tendo em conta “a natureza e a profundidade das condições que ainda estão por assegurar”, bem como “a complexidade e morosidade da implementação das respetivas soluções necessárias”.

Além disso, o ministro das Finanças e o diretor-geral do Orçamento reconheceram, segundo o TdC, que, “em função da cadência e conclusão de investimentos indispensáveis enquadrados no Plano de Recuperação e Resiliência, a primeira CGE suscetível de ser elaborada com os instrumentos previstos na LEO será a de 2026”.

Assim, “no mesmo relatório de auditoria é observado que a ausência de objeto a auditar determina a impossibilidade de certificação da CGE”, referiu o TdC, que recomendou ao ministro das Finanças “a promoção de mecanismos de gestão e controlo que imprimam um adequado ritmo de desenvolvimento do processo de preparação da CGE nos novos moldes, evitando novos desvios temporais”.

Por fim, o Tribunal recomenda à Assembleia da República e ao Governo “a harmonização do prazo legal para a apresentação da CGE, a sujeitar a certificação, com as reais e indispensáveis condições para o efeito”.

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Polémica na escolha de economista dos EUA para Concorrência da UE. Bruxelas defende nomeação

Nomeação de Fiona Scott Morton está a gerar enorme controvérsia em Bruxelas e Paris. Norte-americana já trabalhou como assessora de grandes tecnológicas como Apple ou Amazon.

Apesar da oposição dos eurodeputados e do Governo francês, a Comissão Europeia defendeu a sua decisão de nomear uma professora norte-americana com ligações às grandes tecnológicas como economista-chefe do seu Departamento de Concorrência. A nomeação de Fiona Scott Morton, antiga economista do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, está a gerar controvérsia.

“O Colégio [de Comissários] tomou uma decisão sobre esta nomeação. Não vemos razões para reconsiderar”, afirmou um porta-voz da Comissão Europeia, citado pelo Euronews.

O mesmo porta-voz avançou que foram recebidas apenas 11 candidaturas, o que demonstra o “elevado nível de especialização exigido”, e que todos os candidatos passaram por cinco fases de avaliação, incluindo uma entrevista com a comissária da União Europeia (UE) para a Concorrência, Margrethe Vestager.

O mandato de Fiona Scott Morton consistirá em aconselhar a Comissão Europeia sobre investigações relativas a alegados comportamentos anticoncorrenciais, propostas de fusões, aplicação da Lei dos Mercados Digitais (DMA) e regulamento da UE destinado a controlar o poder de mercado das grandes empresas tecnológicas.

O Colégio de Comissários nomeou Fiona Scott Morton na passada terça-feira. Tendo em conta que a atual professora de economia na Universidade de Yale já trabalhou como assessora em grandes tecnológicas como a Amazon e a Apple, a UE já veio garantir que haverá um período de reflexão de dois anos, durante o qual a profissional não poderá trabalhar em dossiers sobre as empresas para as quais trabalhou recentemente.

Eurodeputados pedem que a decisão seja anulada

A notícia da nomeação fez ‘soar os alarmes’, nomeadamente em Bruxelas e França. Os presidentes dos quatro maiores grupos políticos do Parlamento Europeu expressaram o seu desagrado numa carta enviada a Vestager, na sexta-feira.

“Numa altura em que as nossas instituições são objeto de um intenso escrutínio em relação à interferência estrangeira, não compreendemos que se considerem candidatos de fora da UE para um cargo tão estratégico e de tão alto nível”, afirmam. E pedem que a decisão seja reconsiderada.

A eurodeputada dos Países Baixos Esther Lange também manifestou o seu “apoio total” aos grupos políticos que assinaram a carta. “Por mais competente que seja, não é do nosso interesse estratégico”, defendeu numa publicação no Twitter.

Em França, as críticas também têm crescido. Três ministros franceses, entre os quais a ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, manifestaram a sua preocupação.

“A nomeação da economista-chefe da Direção da Concorrência da Comissão Europeia é uma surpresa. A regulamentação digital é uma questão fundamental para a França e para a Europa. Esta nomeação merece ser reconsiderada pela Comissão Europeia”, escreveu Catherine Colonna no Twitter.

Fiona Scott Morton deverá começar a desempenhar as suas novas funções a 1 de setembro, com um contrato de três anos.

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Entram reforços na administração da Lusitania Seguros

  • ECO Seguros
  • 17 Julho 2023

Fernão Fernandes Thomaz e Pedro Ribeiro são as novidades enquanto administradores da Lusitania Seguros para os próximos três anos, reforçando também a comissão executiva.

A administração da Lusitania Seguros para o triénio 2023-26 foi reforçada com a entrada de Fernão Fernandes Thomaz e Pedro Ribeiro, dois quadros do grupo Montepio, que são também administradores da Lusitania Vida.

Fernão Fernandes Thomaz é um dos dois novos administradores da Lusitania Seguros. Está no grupo desde 1989.

Virgílio Lima continua presidente do Conselho de Administração e Paulo Martins Silva como presidente da Comissão Executiva.

Ficam nos cargos, para os próximos três anos, Pedro Crespo, Luís Franco e Dalila Teixeira.

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Funcionários públicos vão passar a progredir quando atingirem oito pontos

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Para lá da diminuição do número de pontos necessários (de 10 para oito) para se progredir, o esquema de menções é também alterado, passando a ter quatro em vez de três.

O número de pontos necessário para os funcionários públicos progredirem vai reduzir-se dos atuais 10 para oito, segundo a proposta de revisão do sistema de avaliação de desempenho da administração pública hoje apresentada pelo Governo aos sindicatos.

A revisão do Sistema Integrado de gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP) é o tema da agenda das reuniões que estão esta segunda-feira a decorrer entre o Governo e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Comum.

Segundo a proposta, além da diminuição do número de pontos necessários para se progredir, o esquema de menções é também alterado, passando a ter quatro em vez de três. No regime atual, as menções são ‘Excelente’ (a que correspondem 3 pontos), ‘Relevante (2 pontos) e Adequado (1 ponto).

No novo regime, proposto pelo Governo, mantém-se o ‘Excelente’ (3 pontos), havendo depois a classificação de ‘Muito bom’ (2 pontos), ‘Bom (1,5 pontos) e ‘Regular’ (1 ponto). Além disso, o ‘Inadequado’ deixa de corresponder a um ponto negativo, passando a ‘valer’ zero pontos.

Segundo o Governo, o novo sistema de avaliação permite uma “maior celeridade no desenvolvimento das carreiras”, conferindo ainda aos funcionários públicos uma “perspetiva de progressão” e de se chegar ao topo da carreira. Há ainda, segundo o Governo, uma duplicação das quotas com potencial de progressão mais rápida na carreira, que passa de 25% para 50%.

O atual sistema prevê quotas por serviço de 25% para a classificação de “Relevante” e, dentro destes, uma quota de 5% para a atribuição de “Excelente”. No regime agora proposto, cria-se uma nova quota de 25% (para a classificação ‘Bom’), havendo 25% que podem ter ‘Muito Bom’ e destes 5% podem ter ‘Excelente’.

Desta forma, como refere o Ministério da Presidência, “50% dos trabalhadores podem obter mais do que 1 ponto para efeitos de futura alteração remuneratória”. Além disto, e como a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, tinha já referido, a proposta prevê que a avaliação passe a ser feita em ciclos anuais (acabando com o atual sistema de ciclos bienais).

O Governo prevê que a revisão do sistema de avaliação de desempenho da administração pública, que tem como objetivo acelerar as progressões na carreira, entre em vigor em 2025, sendo o primeiro impacto em 2026.

Proposta para sistema de avaliação tem pontos positivos mas há muito para fazer, avança STE

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado considerou esta segunda-feira que a proposta de revisão do sistema de avaliação de desempenho apresentada pelo Governo tem pontos positivos, havendo ainda muito trabalho a fazer, e lamentou a manutenção das quotas.

“Registam-se algumas melhorias [na proposta de revisão do SIADAP], mas há ainda muito trabalho a fazer”, referiu a presidente do STE, Helena Rodrigues, no final de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, em Lisboa, para discutir o Sistema de Avaliação da Administração Pública (SIADAP).

Entre as melhorias que regista, a presidente do STE indicou a redução de 10 para oito pontos necessários para um funcionário público progredir, considerando, contudo, que a medida é ainda insuficiente e que “é necessário descer mais”. A subida de 25% para 50% do universo de trabalhadores que conseguem, numa avaliação, ter mais do que um ponto foi igualmente considerada positiva por esta estrutura sindical, mas também aqui a presidente do STE considerou que vai ser necessário “avançar mais”.

Por outro lado, Helena Rodrigues lamentou que o novo regime de avaliação de desempenho proposto pelo Governo mantenha o sistema de quotas, uma vertente que “todos os trabalhadores veem como negativa”, leitura idêntica à que esta estrutura sindical faz do sistema de quotas.

“Nas próximas reuniões vamos ter muito trabalho para fazer”, precisou a dirigente do STE, salientando que esta foi a primeira de muitos encontros para rever o sistema da avaliação de desempenho, sendo que a próxima ocorrerá em setembro. Helena Rodrigues considerou ainda que os avaliadores devem “agilizar o processo de avaliação”, mas “não reduzir os mecanismos de defesa dos trabalhadores”.

“É no processo de avaliação e na procura dos melhores trabalhadores que estamos interessados e estamos empenhados”, referiu a presidente do STE, precisando que o que se pretende não é uma progressão automática, mas também não é uma avaliação que “traga para o trabalhador um ónus”.

Proposta de revisão do sistema de avaliação de desempenho é “pequeno remendo”, indica Fesap

O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) classificou de “pequeno remendo” as alterações ao sistema de avaliação de desempenho, considerando que a manutenção das quotas trava as expectativas de atingir o topo da carreira.

Numa primeira apreciação, é um pequeno remendo que não garante as expectativas dos trabalhadores da possibilidade de chegar ao topo da carreira ao fim de 40 anos”, referiu José Abraão no final da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

Após várias reuniões técnicas sobre a revisão do sistema de avaliação de desempenho na administração pública (SIADAP), o Governo entregou hoje aos sindicatos da função pública a sua proposta de projeto de diploma, onde avança com várias alterações ao sistema de avaliação, nomeadamente ao sistema de quotas, sem o eliminar.

Para a Fesap, a existência de quotas faz com que haja um universo de trabalhadores que tenham “de ser regulares, normais” e que nunca consigam, em 40 anos de carreira, chegar ao topo. Afirmando acreditar na “boa-fé negocial do Governo”, José Abraão referiu: “Há muita matéria para discutir se pretendemos um SIADAP mais justo e não apenas um travão ao direito dos trabalhadores à progressão”.

Neste contexto, afirmou que só faz sentido pensar “num sistema de avaliação que não tenha quotas” e que o objetivo é negociar para que no final do processo haja um sistema de avaliação que garanta aos trabalhadores a possibilidade de progredir e atingir o topo da carreira. Apesar de valorizar a introdução de uma nova menção, a Fesap mostra desagrado com a solução hoje apresentada, por continuar a impedir que uma grade parte dos trabalhadores não chegue ao topo da carreira.

Proposta de revisão do SIADAP não resolve problema de fundo, critica Frente Comum

O coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, considerou que a proposta de revisão do sistema de avaliação de desempenho apresentada pelo Governo “não resolve” o problema de fundo que é “reter” os trabalhadores em vez de os valorizar.

Falando à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, Sebastião Santana precisou que “esta proposta não resolve o problema de fundo” dos trabalhadores da administração pública, que é existir “um sistema de avaliação que serve sobretudo para os reter nas posições remuneratórias” do que para os valorizar.

Referindo que a Frente Comum está disposta a contribuir para uma solução, o coordenador também precisou não ser possível “fingir que há um sistema de avaliação justo, mantendo quotas”. Assim, resumiu, “e antes a Frente Comum acusava o Governo de que para 75% dos funcionários públicos, o topo da carreira chegava ao fim de 120 anos, agora com a proposta de revisão do sistema de avaliação de desempenho da adjuração pública (SIADAP) “demoram 86,20 anos” ironizou.

“Há aqui linhas vermelhas que serão discutidas com os sindicatos” a quem caberá equacionar as “respostas adequadas”, disse, não recusando que possam vir a ser convocados protestos ou greves.

(Notícia atualizada às 19h56 com a reação da Frente Comum)

 

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Leonor Silva é a “CEOforOneMonth” da Adecco Portugal

A jovem natural de Braga tem acompanhado a CEO da Adecco Portugal durante as últimas semanas. Decorre agora um desafio a nível internacional.

Leonor Silva, licenciada e mestranda em gestão, foi a “sombra” da CEO da Adecco Portugal, Alexandra Andrade, durante as últimas semanas. A jovem foi a vencedora do “CEOforOneMonth” em Portugal, o programa internacional criado pelo Grupo Adecco que desafia jovens a seguirem o country manager durante 30 dias, acompanhando de perto a gestão de topo de uma empresa.

“Desde o momento que conheci o conceito do programa ‘CEOforOneMonth’ fiquei imediatamente inspirada pela sua abordagem inovadora. A ideia de desafiar os limites convencionais do mundo dos negócios despertou a minha curiosidade e vontade de participar”, comenta Leonor Silva.

Leonor Silva, a ‘CEOforOneMonth’, e Alexandra Andrade, CEO da Adecco Portugal

Passadas quatro semanas, a jovem, natural de Braga, classifica a experiência como “incrível e memorável”. “Uma oportunidade única de conhecer os desafios de gestão da empresa, desenvolvendo competências pessoais em um mês que não desenvolveria em um ano”, afirma, citada em comunicado.

“É uma imensa satisfação poder desenvolver jovens de forma tão próxima, em especial as competências pessoais em contexto real da empresa, sem esquecer o privilégio em receber diretamente desta nova geração as suas expectativas em relação ao mercado”, diz, por sua vez, a CEO da Adecco Portugal.

É uma imensa satisfação poder desenvolver jovens de forma tão próxima, em especial as competências pessoais em contexto real da empresa, sem esquecer o privilégio em receber diretamente desta nova geração as suas expectativas em relação ao mercado.

Alexandra Andrade

CEO da Adecco Portugal

Decorre agora um desafio a nível internacional para “repetir” esta experiência, mas, desta vez, com o CEO Global do Grupo Adecco, na Suíça.

O programa do Grupo Adecco conta já com 13 edições, e, em Portugal, a iniciativa começou em 2016.

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IBM inaugura centro de inovação no Fundão que pode criar 150 postos de trabalho

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

IBM Portugal inaugura centro de inovação e tecnologia no Fundão, cuja atividade será centrada em áreas como a inteligência artificial (IA) ou cloud. Poderá criar até 150 empregos.

“Este é um bom exemplo da aplicação de investimento de fundos europeus”, afirmou, esta segunda-feira, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante a inauguração do novo centro de Inovação da Softinsa/IBM, no Fundão, que arranca com a criação de 50 postos de trabalho e cuja capacidade pode chegar aos 150.

O centro, que é gerido pela Softinsa (empresa do grupo IBM), resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal do Fundão, a IBM Portugal e a subsidiária da IBM, sendo que o investimento ultrapassa um milhão de euros, verba comparticipada pela União Europeia (UE) em 85%.

A atividade deste centro será centrada em áreas como a inteligência artificial (IA) ou cloud.

O Design Factory nasceu da reabilitação do Solar Vaz de Carvalho, antigo Colégio de Santo António, tendo sido mantida intacta a traça exterior do edifício, no centro da cidade.

Um centro de 50 pessoas já é de dimensão e pode ir até aos 150 postos de trabalho. A abordagem é esta. É crescer sempre de forma sustentável, continuar a ser um ponto de referência para que talento do mundo inteiro –atualmente temos cerca de 70 nacionalidades no concelho — aqui possa viver e trabalhar e fazer a conexão com a comunidade.

Paulo Fernandes

Presidente da Câmara Municipal do Fundão

Esta infraestrutura acolhe ainda o Centro de Estudos do Território, Mobilidades e Património (CETMOPA), que recebeu o acervo de Hugues de Varine — museólogo francês que o doou ao concelho do Fundão –, um espaço de cowork, uma incubadora de empresas e um laboratório de inovação social.

Ana Abrunhosa realçou a capacidade de visão e de definir estratégias do autarca do Fundão, assim como o seu “atrevimento”. A governante entende que o trabalho desenvolvido pelo presidente de câmara, Paulo Fernandes, “é uma referência para outros autarcas e territórios” e destacou também o facto de a IBM Portugal e a Softinsa criarem centros tecnológicos no interior do país.

Por seu turno, o presidente da IBM Portugal, Ricardo Martinho, explicou que o centro agora inaugurado arranca com 50 colaboradores, mas possui uma capacidade para receber até 150. Este responsável adiantou ainda que a IBM vai abrir um novo centro tecnológico no país, mas não concretizou quando, nem onde irá ser instalado.

Para já, a IBM possui centros tecnológicos a funcionar em Tomar, Viseu, Fundão, Portalegre e Vila Real.

“Ao Fundão nunca nos foi dado nada. Nós tivemos sempre de lutar a pulso” para “tudo aquilo que aqui fomos conquistando”, sustentou o autarca Paulo Fernandes, sublinhando que este centro tem “impacto” na região.

“Um centro de 50 pessoas já é de dimensão e pode ir até aos 150 postos de trabalho. A abordagem é esta. É crescer sempre de forma sustentável, continuar a ser um ponto de referência para que talento do mundo inteiro –atualmente temos cerca de 70 nacionalidades no concelho — aqui possa viver e trabalhar e fazer a conexão com a comunidade”, concluiu.

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