Sócrates acusa justiça de “deriva penal autoritária em desenvolvimento”

  • Lusa
  • 16 Julho 2023

Antigo primeiro-ministro faz crítica a António Costa, sem o nomear: "O que antes era 'à justiça o que é da justiça' transformou-se subitamente em 'julgamento de tabacaria'".

O antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates considerou hoje que “as buscas sem fundamento sério são um dos mais sérios indicadores da deriva penal autoritária em desenvolvimento“, num artigo em que deixa uma crítica implícita a António Costa.

Num artigo de opinião no jornal Expresso intitulado “Uma manhã no combate ao crime”, José Sócrates escreve sobre as buscas à casa do antigo líder do PSD Rui Rio e deixa duras críticas à Justiça.

A ação judicial contemporânea foi lentamente transformando as buscas domiciliárias em ações rotineiras, como se o direito à inviolabilidade residencial constituísse agora uma garantia constitucional obsoleta e arcaica. As buscas sem fundamento sério são um dos mais sérios indicadores da deriva penal autoritária em desenvolvimento”, defende José Sócrates, arquido na Operação Marquês.

Já no final do texto, em formato de post scriptum, o ex-primeiro-ministro deixa uma crítica implícita ao atual chefe do executivo. “As maravilhas que a ausência de rivalidade política é capaz de fazer. O que antes era ‘à justiça o que é da justiça’ transformou-se subitamente em ‘julgamento de tabacaria’. Sempre esteve de acordo, faltou-lhe a coragem de o dizer”, escreve, numa alusão a declarações de António Costa.

Para Sócrates, “o único crime” que foi cometido no caso das buscas ao PSD “é o crime de violação do segredo de justiça”, um crime “em direto na televisão” e “cuja especial gravidade consiste em ter sido praticado por agentes do Estado”.

“Os que dão estas informações aos jornalistas não são justiceiros, são criminosos. A espetacular ação judicial daquela manhã não decorreu sob o rigor do Estado de Direito, mas do arbítrio do Estado de exceção. E no Estado de exceção quem decide a exceção é o verdadeiro soberano”, lê-se no artigo.

Na opinião do antigo governante, a operação desta semana “escancara perante todos a costumeira e escandalosa prática de ordenar buscas exclusivamente destinadas ao espetáculo televisivo”, sustentando que “há muito que as invasões policiais do domicílio privado deixaram de ser decididas em função da utilidade para a investigação ou da necessidade de obter provas que, de outra forma, não se poderiam obter”.

Sócrates considera que “há muito que a separação de poderes está ameaçada, não por invasões do poder político no poder judicial, mas exatamente ao contrário”.

Na quarta-feira, a Polícia Judiciária mobilizou cerca de 100 inspetores e peritos informáticos e financeiros para um conjunto de 20 buscas, incluindo na casa do ex-presidente do PSD Rui Rio e na sede nacional deste partido.

Segundo a CNN, que noticiou as buscas em primeira mão com equipas em direto, em causa está a utilização, considerada indevida, de verbas para os gabinetes dos grupos parlamentares com pessoal em funções para o partido fora do parlamento.

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📹 Vai a festivais de verão? Fique atento a estas recomendações

  • ECO
  • 16 Julho 2023

Se a ida a um festival de verão está nos seus planos, fique atento a estas recomendações para que possa usufruir em pleno desta experiência.

Verão é sinónimo de festivais de música para milhares de pessoas. Mas, como em todos os eventos que atraem multidões, há procedimentos de segurança que devem ser tidos em conta para que possa usufruir da experiência na sua plenitude.

Fique atento a estas recomendações.

http://videos.sapo.pt/dm0fpVnIoviSEALDk950

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Dirigente do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos

  • Lusa e ECO
  • 16 Julho 2023

O dirigente nacional do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos. Foi chefe de gabinete dos primeiros-ministros António Guterres e José Sócrates, e ainda de Jaime Gama quando era líder parlamentar.

O dirigente nacional do PS Luís Patrão morreu aos 68 anos, disse hoje à Lusa fonte partidária. Luís Patrão foi chefe de gabinete de dois primeiros-ministros, António Guterres e José Sócrates, deputado, secretário de Estado e era atualmente membro da comissão permanente do PS.

Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, era, desde 2014, responsável pela administração e pelas finanças do PS. Foi deputado na II e VIII legislaturas e Secretário de Estado da Administração Interna entre 1999 e 2000.

Foi ele que modernizou o PS, que transformou a imagem do PS, que o fez um partido moderno“, afirmou ao Público em 2015 o ex-ministro das Obras Públicas, Jorge Coelho, também já falecido, sobre o “homem de quase todos os primeiros-ministros”. Segundo o antigo governante, Luís Patrão era o braço direito de António Guterres “em tudo o que era preciso organizar”.

Low-profile, quase sempre nos bastidores, Luís Patrão, definiu-se assim em declarações ao jornal: “A minha profissão é funcionário público”.

Nascido em 02 de dezembro de 1954, na Covilhã, foi militante e dirigente da Juventude Socialista, e depois do PS, tendo falhado a corrida à liderança da “jota” em 1981.

Foi chefe de gabinete de Jaime Gama, líder parlamentar, e diretor-geral do PS durante a liderança de Sócrates à frente do partido. Após a vitória do PS nas eleições legislativas, em 1995, foi chefe de gabinete de António Guterres e, depois, secretário de Estado da Administração Interna, entre 1999 e 2000, ano em se demitiu devido ao caso Fundação Prevenção e Segurança, envolvendo o então ministro Armando Vara.

Após o regresso do PS ao poder, com maioria absoluta, em 2005, Luís Patrão é, por um ano, chefe de gabinete de José Sócrates. Passou ainda pela presidência do Turismo de Portugal e pertenceu ao conselho de supervisão da TAP.

Em 2014, pouco antes de o PS voltar ao poder, com António Costa, que conheceu nos tempos da JS, Patrão regressa ao Largo do Rato com a pasta das finanças. Era atualmente membro da comissão permanente do partido.

ANA salienta “dedicação” e “valioso contributo”

O Conselho de Administração da ANA Aeroportos de Portugal manifestou hoje o seu profundo pesar pela morte de Luís Patrão, elogiando a sua dedicação e valioso contributo para a empresa enquanto vogal.

O Dr. Luís Patrão foi sempre um elemento extremamente dedicado e cujo valioso contributo para a empresa nunca será esquecido”, lê-se na mensagem enviada à Lusa, na qual são apresentadas, também, as condolências à família e aos amigos.

Da sua terra natal, a Covilhã, chegou também uma mensagem da Câmara Municipal, que acrescentou ao “profundo pesar” e às sentidas condolências do presidente da autarquia, Vítor Pereira, o elogio a um “covilhanense ilustre que defendeu os interesses e pugnou pelo desenvolvimento da Covilhã”.

(notícia atualizada às 16h50 com reação da ANA e da Câmara Municipal da Covilhã)

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Dessalinizadora do Algarve entra em avaliação ambiental. Vai produzir 20% das necessidades de água

  • Lusa
  • 16 Julho 2023

A Águas do Algarve já entregou o estudo de impacto ambiental da futura dessalinizadora do Algarve. Agência Portuguesa do Ambiente tem cinco meses para fazer a avaliação.

A Águas do Algarve entregou o estudo de impacto ambiental da futura dessalinizadora do Algarve, aguardando agora luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente para abrir o concurso para a sua construção, anunciou hoje a empresa.

Segundo um comunicado da Águas do Algarve, “a alternativa em análise desenvolve-se, espacialmente, no concelho de Albufeira” e a nova unidade de produção de água a partir de água salgada será financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência com um investimento de cerca de 50 milhões de euros.

De acordo com várias fontes contactadas pela Agência Lusa, a nova dessalinizadora deverá ser construída na zona da Rocha Baixinha, no concelho de Albufeira que faz fronteira com o de Loulé, mas esta localização pode ainda sofrer alguns ajustamentos, dependentes do estudo de impacto ambiental.

A dessalinizadora vai produzir 16 milhões de metros cúbicos de água doce, o que significa mais de 20% das necessidades de abastecimento público do Algarve, estimado em 72 milhões de metros cúbicos, segundo a Águas do Algarve.

O Governo anunciou no início de junho que iria propor a construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, Algarve, e que pretendia abrir o concurso até final do ano.

“Segundo os estudos realizados pela Águas de Portugal e que serão entregues para a avaliação de impacte ambiental, o local onde vamos propor a instalação da dessalinizadora é o concelho de Albufeira”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, na Assembleia da República, em Lisboa, durante num debate sobre a água.

A partir de agora, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem um limite máximo de cinco meses para fazer a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e emitir a Declaração de Impacto de Ambiental (DIA) que permitirá avançar para o concurso de empreitada para a sua construção, explicou à Lusa fonte da Águas do Algarve.

O comunicado da empresa refere que a construção da nova unidade vai permitir “a concretização de uma alternativa capaz de garantir a resiliência do abastecimento público à população da região do Algarve, mesmo em períodos de seca prolongada, visando a garantia de disponibilidade de água para os consumos atuais e futuros”.

O projeto também irá permitir “o aumento da resiliência do sistema de abastecimento público de água para todo o Algarve tendo em conta o comportamento sazonal dos consumos verificados e o facto de a água proveniente do processo de dessalinização ir alimentar o sistema de distribuição gerido pela Águas do Algarve para servir a região”.

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Tranquilidade avança para rebranding e formação de até 300 agentes Liberty

  • ECO Seguros
  • 16 Julho 2023

Juntar as seguradoras vai custar 10 a 20 milhões de euros por ano anunciou o CEO Pedro Carvalho que apenas espera retorno a 5 anos. E considera a rede Liberty complementar à da Tranquilidade.

A Tranquilidade, marca da seguradora italiana Generali, vai avançar em Portugal com o rebranding e formação em 200 a 300 pontos de venda da recém adquirida Liberty, afirmou o CEO Pedro Carvalho em entrevista ao jornal Expresso.

Na mesma ocasião Pedro Carvalho disse que a companhia vai apostar “fortemente na rede Liberty” não vendo redundância com a atual rede da Tranquilidade e “pelo contrário”, considera que vai acrescentar valor e complementaridade.

Em relação a negócio, o CEO reforçou a ideia da sua aposta no ramo Vida através da aliança aos CTT enquanto nos ramos Não Vida aposta na rentabilidade atual e futura, com a maior dimensão e escala proporcionada pela fusão com a Liberty.

Quanto à opção pela marca Tranquilidade afirma que se vai manter pois “é uma entidade muito forte e as pessoas reveem-se nela”, mas acrescenta “ser natural que a entidade do Grupo Generali e as vantagens de fazermos parte de um grupo internacional seja visível”.

Pedro Carvalho também indicou que, em prazo que não definiu, o negócio português vai duplicar a sua quota dentro do Grupo global e vir a representar perto de 3% do volume total de prémios da Generali SpA.

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CIP admite subida maior dos salários se juros e carga fiscal baixarem

  • ECO
  • 16 Julho 2023

Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, considera que é possível ir além das metas estabelecidas no acordo de rendimentos se condições financeiras e fiscais melhorarem.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) admite subir o salário mínimo e as remunerações dos trabalhadores além das metas estabelecidas no Acordo de Rendimentos e Competitividade. Para isso, é necessário que os encargos das empresas com juros, energia e impostos baixem, disse em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

O acordo celebrado pelo Governo com os parceiros sociais (à exceção da CGTP) prevê a subida progressiva do salário mínimo até aos 900 euros em 2026, aumentando para 810 euros já no próximo ano. Estabele ainda um aumento nominal das remunerações por trabalhador de 4,8% em cada ano, em média, entre 2023 e 2026. Armindo Monteiro considera que é possível ir mais longe, desde que estejam reunidas várias condições.

Quais? “Se conseguirmos reduzir os custos com a energia e as taxas de juro” e “não houver esta incidência tão forte da carga fiscal”, diz o Presidente da CIP. Nesse caso, será possível ir “além das obrigações que neste momento estão estabelecidas”, diz na entrevista. As metas já estabelecidas não estão em causa, mesmo que a inflação ficasse abaixo do previsto, garante.

Armindo Monteiro deixou, no entanto, críticas ao acordo, considerando que não está a cumprir com as medidas previstas para a competitividade das empresas, dando como exemplo o facto de não puderem ser considerados para efeito de benefício fiscal os aumentos de vencimentos atribuídos a familiares que trabalhem no mesmo estabelecimento. “Esse acordo é um acordo que se chama, pomposamente, acordo de médio prazo para o aumento de rendimentos, salários e competitividade. Mas, se o analisar, sobre competitividade não encontro uma única medida“, afirma.

O presidente da CIP diz que 90% das medidas do Pacto Social para Portugal já estão acordadas com a UGT para serem apresentadas ao Governo. Uma delas é a proposta de redução do IVA de 23% para 6% nos bens alimentares.

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“Justiça passou uma linha que não devia ter passado”, diz líder parlamentar do PSD

  • ECO
  • 16 Julho 2023

O presidente do grupo parlamentar do PSD juntou-se às críticas do seu partido às buscas na sede e na casa de Rui Rio. "Nós não podemos continuar com esta Justiça", afirma.

O presidente do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considera que a justiça foi longe de mais com as buscas à sede do partido e ao antigo líder Rui Rio, por suspeitas de peculato e abuso de poder.

“Temos de fazer aqui uma reflexão, porque não estamos já só a falar da Justiça a investigar casos de eventual ilícito ou crime. A Justiça aqui passou uma linha que, manifestamente, não devia ter passado”, considerou o social-democrata em entrevista ao Jornal de Noticias e à TSF.

“Aquilo que nos choca em todas estas situações é que as pessoas continuam a ser julgadas na praça pública. O dr. Rui Rio, durante os anos em que foi líder, foi bastante crítico dessa forma de atuar da Justiça”, assinalou o líder Parlamentar. “Nós não podemos continuar com esta Justiça”, declarou.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou na quarta-feira buscas na sede nacional do PSD, na sede da distrital do Porto e em casa do antigo presidente social-democrata Rui Rio, por suspeitas de peculato e abuso de poder. A Polícia Judiciária mobilizou cerca de 100 inspetores e peritos para a operação. Em causa está a alegada utilização de verbas da Assembleia da República, destinadas ao pagamento de assessores parlamentares, para pagar a funcionários do partido entre 2018 e 2022.

Joaquim Miranda Sarmento defendeu a legalidade do procedimento do partido, que é comum a outras forças políticas. “A verba é para os partidos usarem na sua ação política. Ora, o grupo parlamentar é um órgão estatutário do PSD e, mais, as contas do grupo parlamentar consolidam nas contas do PSD”, defendeu.

“Uma coisa são as investigações judiciais sobre suspeitas de ilícitos ou de crimes cometidos por titulares de cargos públicos (….). Outra coisa é esta matéria, em que a Justiça quer interferir na forma de funcionamento interno dos partidos e, nas suas buscas, recolhe informação que vai para lá daquilo que são os casos em investigação”, argumentou Joaquim Miranda Sarmento.

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Twitter perdeu metade das receitas de publicidade e tem contas deficitárias, diz Elon Musk

  • Lusa e ECO
  • 16 Julho 2023

Rede social continua com fluxos de caixa negativos devido à queda das receitas e ao elevado encargo com a dívida, reconheceu Elon Musk, proprietário do Twitter.

O dono da rede social Twitter, Elon Musk, disse no sábado que a empresa, comprada por 44 mil milhões de dólares (39 mil milhões de euros) em outubro de 2022, perdeu cerca de metade das receitas publicitárias.

Ainda estamos numa situação de fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de cerca de 50% nas receitas de publicidade e a uma pesada carga de dívida”, respondeu o bilionário no Twitter a um utilizador que estava a fazer sugestões estratégicas sobre a rede social.

Precisamos de chegar a um fluxo de caixa positivo antes de nos podermos dar ao luxo de fazer qualquer outra coisa“, acrescentou, sem desenvolver o assunto.

As mudanças feitas por Elon Musk desde que assumiu o controlo do Twitter deixaram utilizadores e anunciantes insatisfeitos. A rede social passou também a ter a concorrência da Meta, dona do Facebook e do Instragram, que há duas semanas lançou a aplicação Threads.

Em maio, a Insider Intelligence informou que o Twitter iria ganhar menos de três mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) este ano, um valor inferior em um terço ao registado em 2022.

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Procuradoria Europeia investiga casos de fraude no PRR em Portugal

  • ECO
  • 16 Julho 2023

Foram abertos dois inquéritos em 2022, mas o número já subiu entretanto, disse ao "Público" o procurador José Guerra.

A Procuradoria Europeia (EPPO na sigla em inglês) está a investigar eventuais casos de fraude no uso de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Portugal, avança o Público. Além dos dois inquéritos abertos em 2022, há outros a correr.

A informação é dada ao jornal pelo procurador José Guerra, o representante português no colégio de procuradores da EPPO, sem no entanto indicar ao certo quantos processos são.

De acordo com o relatório anual da EPPO, no final do ano passado estavam a decorrer 15 investigações relativas à utilização das verbas do PRR: nove em Itália, três na Roménia, duas em Portugal e uma. na Croácia.

Os dois inquéritos relativos a Portugal “eram um número verdadeiro a 31 de dezembro de 2022, mas nesta altura já está desactualizado”, afirmou ao jornal José Guerra.

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Mais do que cantora, Taylor Swift é uma businesswoman. Quanto vale a marca?

Taylor Swift é conhecida internacionalmente pela sua música, mas o "seu valor" vai para lá do musical, com um património líquido avaliado em 740 milhões de dólares. A tendência é de crescimento.

O fenómeno da digressão de Taylor Swift vai passar por Portugal apenas em maio de 2024, mas as bilheteiras abriram esta quarta-feira, com os preços dos bilhetes a variar entre os 62,50 e os 539 euros. Apenas os fãs que já se haviam registado tiveram a possibilidade de comprar bilhetes para o concerto integrado na digressão se estima que venha a arrecadar mais de mil milhões de euros em receita bruta.

São, portanto, muitos aqueles que globalmente querem assistir ao espetáculo da cantora norte-americana que, com 33 anos, já arrecadou 12 Grammy’s, 50 milhões de vendas de álbuns e que conta com quase 100 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Vários dos seus álbuns chegaram também a platina.

Mas embora seja conhecida internacionalmente pela sua música, a artista vê o “seu valor” ir para além da arte musical. E a tendência é de crescimento. Swift, ao longo dos anos, criou a sua marca, reinventou-a, dispõe de um forte comércio de merchandising e conta com um rico património imobiliário.

À data de 1 de junho, a Forbes avaliou o património líquido de Taylor Swift em cerca 740 milhões de dólares (cerca de 659 milhões de euros), colocando-a no 34.º lugar da lista “America’s Self-Made Women”, num crescimento de mais 170 milhões de dólares face ao ano anterior.

Imagem: Forbes

Uma digressão que vale milhões

Embora já avultado, o património da cantora deverá contar com uma tendência crescente tendo em conta que, segundo a Forbes, a norte-americana já arrecadou em receita bruta mais de 300 milhões de dólares (cerca de 267 milhões de euros) com os seus primeiros 22 concertos nos Estados Unidos – país onde vendeu mais de dois milhões de bilhetes num único dia –, feitos no âmbito da sua “The Eras Tour”.

Desta quantia, 110 milhões de dólares foram parar diretamente à conta de Taylor Swift (depois de subtraídos os custos de promoção e produção), no entanto a cantora ainda terá de pagar taxas e salários, sendo que, no final, o título estima que a cantora vai ganhar mais 30 milhões de dólares (líquidos) com os concertos que já realizou desta digressão, o que fará crescer o seu património para cerca de 780 milhões de dólares.

Na verdade, de acordo com o ranking da Pollstars das maiores tours de 2023 na primeira metade do ano, a “Eras Tour” foi a digressão que arrecadou a maior receita a nível mundial. O preço médio dos bilhetes foi de 253 dólares e foi vendida uma média de 53.923 bilhetes por espetáculo, num total de 1.186.314 bilhetes vendidos.

Até a meio do ano, a digressão da cantora, na verdade, arrecadou mais do dobro da receita da segunda maior digressão da lista, a “2023 Tour” de Bruce Springsteen & The E Street Band, que contou com uma receita bruta de cerca de 142,6 milhões de dólares e um total de 673.277 bilhetes vendidos. Em terceiro lugar surge a “Love on Tour”, de Harry Styles, que arrecadou cerca de 124 milhões de dólares.

No âmbito desta digressão, a artista deverá realizar um total de 117 espetáculos até ao final de agosto. Segundo a Spiel Times, vários líderes políticos, inclusive, fizeram apelos públicos para que a cantora incluísse os seus países na digressão, como o presidente do Chile, Gabriel Boric, o presidente da Câmara de Budapeste, Gergely Karácsony, ou o líder de um partido Tailandês Move Forward, Pita Limjaroenrat. Noutros países, como é o caso da Austrália, equaciona-se que a presença de Taylor Swift gere um impacto tão grande na economia que pode ajudar a evitar a recessão, revela a Fortune.

A Pollstar estima ainda que, no final, a digressão bata o recorde de receita, alcançando 1,4 mil milhões de dólares (cerca de 1,24 mil milhões de euros), no final de agosto de 2024. Este valor, em conjunto com as receitas provenientes do lançamento de “Speak Now (Taylor’s Version)”, uma regravação do seu álbum de 2010, pode empurrar a fortuna da cantora para 900 milhões de dólares no próximo ano.

Taylor Swift decidiu regravar cada um dos seus seis álbuns depois de a Big Machine Records – com quem a artista tinha originalmente assinado – ter vendido os seus direitos para o gestor Scooter Braun, que depois vendeu os direitos à Shamrock Holdings em 2019 – por cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 267 milhões de euros) – sem alegadamente ter dado oportunidade à artista para os adquirir, refere a revista Time.

A cantora começou assim a regravar e a relançar os seus álbuns de modo a obter “novamente” os seus direitos sobre a sua obra, os quais não sofreram grandes alterações face aos originais, além de subtis atualizações na sua produção. Estes “relançamentos” têm feito sucesso sendo que, por exemplo, o álbum Red (Taylor’s Version) vendeu 325 mil cópias nos primeiros cinco dias após o lançamento, segundo a revista Billboard.

Durante este processo de relançamento, a cantora lançou ainda três álbuns novos: “Folklore,” “Evermore” e “Midnights”, o que permitiu não só surpreender e “alimentar” os fãs mais antigos como também captar novos.

Para lá da música…

O sucesso de Taylor Swift não passa unicamente pelo seu talento musical, mas também pelo seu “valor de marca” – a sua imagem e reputação – tendo ao longo dos anos cultivado uma personalidade autêntica, mas mantendo um certo nível de privacidade quanto à sua vida pessoal, tendo conquistado uma sólida base de fãs, as denominadas “Swifties”.

Para o património de Swift contribuem também os posts nas redes sociais mas, em especial, os diversos contratos feitos com marcas – como a Coca-Cola, Apple Music, Sony Electronics, Keds, Papa John’s, Elizabeth Arden perfumes ou American Express – tendo já aparecido em diversos anúncios nos mais variados meios, como imprensa, no digital ou na televisão.

Anúncio da Sony com a Taylor Swift, de há 10 anos:

Em 2022 a cantora declinou um acordo de patrocínio proposto pela FTX de 100 milhões de dólares, pouco antes de a empresa falir em novembro de 2022, conforme referiu na altura o Financial Times.

Em termos de marketing, Taylor Swift é também conhecida por provocar os fãs com enigmas, fazendo uso de easter eggs – ou seja, dando pistas – em videoclipes, redes sociais ou entrevistas sobre os seus próximos trabalhos, naquela que é uma estratégia que visa manter aceso o interesse dos fãs e captando-lhes a atenção.

Também a estratégia de merchandising – que vai para além das típicas t-shirts e porta-chaves –ajudou (e ajuda) na construção do império financeiro da cantora, refere a Fortune, destacando que a artista já lançou um pouco de tudo, desde panos de cozinha a capas para telemóvel ou peças de joalharia, produtos que cuja “qualidade e o design são elogiados pelos fãs e que se esgotam rapidamente”.

Recentemente a artista lançou quatro edições separadas do seu álbum Midnights, em vinil, as quais em conjunto formam um relógio, numa clara estratégia de levar os fãs a comprar os artigos de forma a completarem a coleção, refere ainda a Fortune.

No ecrã

Em 2020, a cantora chegou também aos ecrãs com o documentário lançado na Netflix, “Taylor Swift: Miss Americana”. “Neste documentário revelador, Taylor Swift explora o seu papel enquanto compositora, artista e enquanto mulher que aproveita todo o poder da sua voz”, lê-se na sinopse.

No documentário a artista fala sobre a pressão constante de ter de se reinventar, afirmando inclusive que “as artistas mulheres que eu conheço precisam de se reinventar 20 vezes mais do que os artistas masculinos, ou então é-se despedida”.

Taylor Swift também já apareceu em diversos filmes, como Amesterdão (2022), Cats (2019) ou The Giver – O Dador de Memórias (2014). Também deu a voz a uma personagem do filme de animação Lorax (2012).

No mercado imobiliário e outras propriedades

A artista investiu no mercado imobiliário, construindo um império avaliado em cerca de 150 milhões de dólares (cerca de 133,6 milhões de euros), segundo o Wall Street Journal. Deste império fazem parte, pelo meno,s oito propriedades.

Em Nova Iorque a cantora conta com duas propriedades, uma duplex penthouse (avaliada em 20 milhões de dólares) e uma casa composta através da junção de três propriedades, compradas por 19,95 milhões, 12,5 milhões e 9,75 milhões.

Em Los Angeles possui uma mansão na qual gastou 25 milhões de dólares. Mas Swift também investiu em Nashville, a sua cidade natal, onde comprou (ainda no início da carreira) um apartamento por quase dois milhões de dólares e uma mansão para os pais por cerca de 2,5 milhões de dólares. Comprou ainda em 2013 uma mansão em Rhode Island por cerca de 17,75 milhões de dólares.

A cantora norte-americana tem ainda à sua disposição dois jatos privados de 12 lugares – um Dassault-Breguet Mystere Falcon 900 e um Dassault Falcon 50 – pelos quais alegadamente pagou entre 40 a 50 milhões dólares, por cada um, segundo o Daily Mail.

Curiosamente, a artista também é fã de gatos, sendo dona de três, de raças cujo valor oscila entre mil e três mil dólares.

Uma artista filantrópica

Taylor Swift tem também marcado a sua carreira por ações de filantropia. Em 2010, por exemplo, conseguiu, com um concerto solidário, arrecadar a quantia de 750 mil dólares (cerca de 669 mil euros) destinada às vítimas de um tornado e doou ainda 50 mil dólares para o Nashville Flood Relief.

Já em 2012 doou quatro milhões de dólares (cerca de 3,56 milhões de euros) para o Country Music Hall of Fame and Museum e abriu o Taylor Swift Education Center, em Nashville, a sua cidade natal, e por ocasião do seu 24.º aniversário doou cem mil dólares ao Nashville Symphony Center para ajudar a sua orquestra. Também já doou 113 mil dólares para um grupo de defesa de direitos LGBTQ+.

Em 2017, a cantora fez uma doação para a Joyful Heart Foundation, organização que apoia vítimas de abuso sexual, e em 2020, no seguimento da morte de George Floyd doou para o NAACP Legal Defense and Educational Fund. Já durante a pandemia, a artista fez uma doação para a Organização Mundial de Saúde e para a organização Feeding America.

A cantora é também conhecida pelos auxílios que já prestou a fãs, nomeadamente através do pagamento de propinas de estudantes universitários ou da compra de casas, refere a Hello Magazine.

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“Não, não desvalorizo a corrupção, mas também não desvalorizo a mentira”, diz primeiro-ministro

O primeiro-ministro garante num artigo de opinião publicado no Observador que não desvaloriza a corrupção e diz que as suas afirmações foram deturpadas.

“Não, não desvalorizo a corrupção, mas também não desvalorizo a mentira”. É a frase com que o primeiro-ministro termina um artigo de opinião no Observador em resposta às criticas de que tem sido alvo na sequência das declarações em que foi pela primeira vez confrontado com a demissão do secretário de Estado da Defesa.

Não! Não desvalorizo a corrupção. E tenho-o demonstrado ao longo da minha vida política, sem retórica e com ação”, escreve António Costa, dando exemplos: “A profunda reforma legislativa que produzi como Ministro da Justiça, as medidas de transparência que introduzi na gestão municipal e o atual reforço sem precedentes dos meios de combate à corrupção por parte da Polícia Judiciária são uma resposta cabal ao título deste artigo”.

A críticas ao primeiro-ministro surgiram depois de a 8 de julho ter fugido a responder diretamente à demissão do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, por suspeitas de corrupção. “Sem querer diminuir o que preocupa muitos comentadores, eu sinceramente o que sinto que preocupa as pessoas são temas bastante diferentes. Ando na rua e oiço o que as pessoas dizem e tem muito pouco a ver com esses assuntos”, disse à margem de um Conselho de Ministros informal em Sintra. “Deixemos a justiça funcionar”, afirmou ainda.

O primeiro-ministro contesta a interpretação das suas declarações: “Ao longo da semana fui assistindo à construção de uma mentira a partir da deturpação de uma resposta a uma pergunta… que não me foi feita.” “Como poderão constatar, ninguém falou de corrupção. Nem os jornalistas quando me questionaram, nem eu quando lhes respondi”, acrescenta.

“Não, não desvalorizo a corrupção, mas também não desvalorizo a mentira”, termina. O resto do artigo é a transcrição do diálogo que teve como os jornalistas.

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Empresário Hernâni Vaz Rodrigues entregou-se às autoridades no Porto

  • Lusa
  • 16 Julho 2023

O empresário Hernâni Vaz Rodrigues, braço direito de Armando Pereira, cofundador da Altice, era o único dos quatro indiciados que ainda não tinha sido detido.

O empresário Hernâni Vaz Rodrigues, suspeito no processo ligado ao cofundador da Altice Armando Pereira, entregou-se hoje às autoridades no Porto, dois dias após o início da operação do Ministério Público (MP) e da Autoridade Tributária (AT).

A informação foi avançada pela CNN Portugal e confirmada à Lusa por fonte ligada ao processo. Hernâni Vaz Rodrigues consumou a apresentação numa esquadra da PSP no sábado à noite, poucas horas depois de ter manifestado, numa nota divulgada pela sua defesa, que estava disponível para ser ouvido pelas autoridades, negando estar “em fuga ou em parte incerta”.

Hernâni Vaz Antunes é conhecido como o braço direito do cofundador da Altice Armando Pereira, detido na quinta-feira, na sequência da operação desenvolvida pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária sobre suspeitas em torno de negócios relacionados com a Altice Portugal.

Também já detidos nessa operação foram Jéssica Antunes, filha de Hernâni Vaz Antunes, e o economista Álvaro Gil Loureiro. Os três detidos foram identificados perante o juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e vão prestar declarações em interrogatório.

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do MP, a operação desencadeada na quinta-feira, que levou às três detenções, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, entre as quais instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país.

Em causa está, alegadamente, uma “viciação do processo decisório do Grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.

A investigação indica também a existência de indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas. Entende o MP que terão também sido usadas sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

Nas buscas, o DCIAP revelou que foram apreendidos documentos e objetos, “tais como viaturas de luxo e modelos exclusivos com um valor estimado de cerca de 20 milhões de euros”.

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