Enel nega possível venda da Endesa à Repsol: “São rumores totalmente infundados”

  • Capital Verde
  • 4 Julho 2023

Em causa está uma notícia do El Confidencial que dá conta de um possível negócio entre as energéticas. Enel rejeita ter intenções de vender Endesa, garantindo não existirem "discussões sobre o tema".

A gigante italiana Enel rejeitou os rumores que dão conta de estar em curso uma possível venda total ou parcial da Endesa à Repsol. Num comunicado enviado esta terça-feira às redações, a Enel considera os rumores “totalmente infundados”, frisando não ter “quaisquer intenções de vender a sua participação na Endesa”.

“A Enel não tem quaisquer intenções de vender a sua participação” na Endesa, nem agora nem no futuro, uma vez que a empresa constitui um ativo fundamental para a sua estratégia, e informa que não existem quaisquer discussões sobre este tema“, lê-se na nota divulgada pela dona da Endesa.

O esclarecimento surge na sequência da notícia avançada pelo El Confidencial de que estariam a decorrer negociações para uma venda da Endesa à petrolífera Repsol. O jornal escreve que Antonio Brufau, presidente da Repsol, reuniu-se recentemente com Borja Prado, um banqueiro de investimento e antigo chairman da Endesa, para analisar uma potencial compra total ou parcial da Endesa.

No entanto, a Enel vem agora desmentir a história, sublinhando nunca ter havido “qualquer reunião entre os diretores da Enel e da Repsol, nem com Borja Prado“. “Estas falsas notícias correm o risco de ter efeitos de distorção sobre o desempenho do mercado bolsista”, vincam a empresa detida por Francesco Starace.

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Meta vai lançar rede social para concorrer com o Twitter

  • ECO
  • 4 Julho 2023

A Meta está prestes a lançar uma plataforma concorrente direta do Twitter. A nova rede social de texto, que vai estar ligada ao Instagram, é esperada para dia 6 de julho.

O grupo que manda no Facebook prepara-se para lançar já esta quinta-feira uma nova rede social chamada Threads, com o objetivo de concorrer com o Twitter, avança o Financial Times, citando um anúncio na App Store dos iPhones. A nova plataforma da Meta consiste em mensagens curtas de texto e permite aos utilizadores publicar mensagens e interagir com respostas, gostos e partilhas, à semelhança da rede social do pássaro azul detida por Elon Musk.

A nova rede social estará diretamente ligada ao Instagram, também propriedade da Meta. O jornal associa mesmo o lançamento da Threads a um piscar de olho aos utilizadores do Twitter, que tem enfrentado críticas recentes por parte dos utilizadores devido à gestão da plataforma e novas regras de utilização.

No entanto, outras plataformas que tentaram atrair os utilizadores do Twitter descontentes com a aquisição por Musk não tiveram êxito, como a Bluesky de Jack Dorsey, a Truth Social de Donald Trump e o Mastodon, que é descentralizado. A Meta e o Twitter não responderam imediatamente aos pedidos de comentários do Financial Times.

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Gato Preto tem nova DRH e liderança de marketing

Nova DRH da cadeia transita da Barkyn. No marketing a escolha da cadeia de retalho liderada por Carolina Afonso reside numa promoção interna.

O Gato Preto reforçou a direção com a integração de Margarida Martins como diretora de Recurso Humanos, confirmou o Trabalho by ECO junto da empresa. Mariana Pires Silva sobe a diretora de marketing da cadeia.

“Acredito que um novo desafio profissional é uma oportunidade de transformação e crescimento. É com o maior entusiasmo que inicio esta etapa no Gato Preto e Colchãonet, marcas que reconhecem a importância de oferecer espaço para novas ideias e talentos, pois é na inovação que são conquistados resultados surpreendentes”, explica Margarida Martins, citada em comunicado.

Margarida Martins como diretora de Recurso Humanos do Gato Preto e do Colchãonet.

Com uma carreira de 13 anos na área de RH, Margarida Martins é mestre em Psicologia das Organizações e do Trabalho (FPCE), com uma pós-graduação em Treino de Liderança e Desenvolvimento de Equipas (ISPA). Transita da startup Barkyn para a cadeia, tendo ainda tido experiência profissional em empresas como Jumbo (Grupo Auchan), Primark, Sacoor, Salsa e MO.

Mariana Pires Silva, diretora de maketing do Gato Preto

Mariana Pires Silva, até aqui head of Public Relations, Events & Communication, sobe à direção de marketing da cadeia.

“É com enorme gratidão e entusiasmo que abraço o novo desafio e assumo a liderança do departamento de Marketing de uma empresa com o dinamismo do Gato Preto. Tem sido um percurso intenso e de aprendizagem constante ao longo destes últimos dois anos e meio, procurando sempre a inovação, a criatividade e a proximidade com o cliente e com as pessoas. Assumo o novo desafio com o comprometimento de manter a parceria, a aprendizagem e foco numa estratégia de contínuo crescimento, essencial para alcançar as metas definidas”, afirma Mariana Pires Silva, citada em comunicado.

Licenciada em Relações Públicas e Publicidade (INP), com uma especialização em Ecommerce Management (ISEG), a profissional começou o seu percurso na Prosegur, tendo passado por empresas como Banco Primus, Desafio Global, Bowl Lisboa e Grupo Calzedonia.

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Sem carros para o serviço, diretor da DGEG pediu donativos aos funcionários para comprar viatura (por “ironia”)

  • ECO
  • 4 Julho 2023

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) enfrenta situação crítica de falta de viaturas e última aquisição data de 1999. Diretor-geral pediu donativos aos funcionários, mas diz que era "ironia".

O diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), João Bernardo, apelou aos funcionários para que contribuíssem num crowdfunding para comprar um automóvel para a frota, avançou o Observador. Entretanto, o responsável justificou que a iniciativa não passou de “ironia ” para evidenciar as dificuldades da organização, onde os atrasos num concurso para renovar a frota existente têm forçado a entidade a utilizar os carros dos funcionários para executar as tarefas de fiscalização e licenciamento.

João Bernardo reconheceu que o problema da falta de viaturas não é exclusivo da DGEG, mas destacou a situação crítica da instituição, cuja última viatura foi adquirida em 1999. O diretor-geral salientou a necessidade de uma solução que envolva a contratação de meios adequados e sublinhou as dificuldades burocráticas do sistema de aquisições da Administração Pública. Apesar de ter sido solicitado um concurso para a renovação da frota, o processo perdeu-se ao longo do tempo e o número de viaturas solicitadas foi reduzido. O limite para a aquisição de viaturas foi ainda reduzido para 20 mil euros, o que “possibilitará a compra de apenas duas ou três viaturas”.

Antes do esclarecimento do diretor-geral de Energia, uma fonte oficial do Ministério do Ambiente e Ação Climática, que tutela a DGEG, disse ao Observador não ter conhecimento da iniciativa e que só soube da sua existência quando foi questionada. Além disso, apontou não se identificar com a iniciativa, pois acredita que os constrangimentos nos serviços da Administração Pública não podem ser resolvidos dessa forma e defendeu que os problemas devem ser enfrentados através da contratação dos recursos adequados.

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Sérvulo integra consórcio para desenvolver programa de PPP no setor da água em Angola

A Sérvulo integrou o consórcio escolhido para a consultoria de desenvolvimento do "Programa de PPP no setor da Água em Angola". A sócia Ana Luísa Guimarães integra a equipa de especialistas.

A sociedade de advogados Sérvulo & Associados integrou o consórcio escolhido para a consultoria de desenvolvimento do “Programa de PPP no setor da Água em Angola”. O consórcio é composto também pela F9 Consulting – Consultores Financeiros, a Engidro – Engineering Solutions e a S317 Consulting. A sócia da Sérvulo, Ana Luísa Guimarães, integra a equipa de especialistas enquanto especialista legal e institucional.

“No âmbito do Segundo Projeto de Desenvolvimento Institucional do Sector da Água (PDISA 2), financiado pelo Banco Mundial (BM) e pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o “Programa de PPP no setor da água em Angola” procura o reforço das capacidades das instituições de PPP e da sua capacidade de realizar com êxito projetos no setor da água, deixando preparadas para futuros projetos de PPP a desenvolver no País, as ferramentas para o seu desenvolvimento com sucesso“, explicou o escritório em comunicado.

A Sérvulo sublinhou ainda que, paralelamente ao desenvolvimento dos projetos de PPP e ao reforço do envolvimento do setor privado, o Governo de Angola, através o Ministério da Água e da Energia, e o BM pretendem “estabelecer um sistema de apoio para ajudar os operadores do setor da água a obter viabilidade bancária, para financiar, pelo menos em parte, as suas despesas de capital, oferecendo apoio governamental relevante de forma sistemática, transparente e credível”.

A sócia Ana Luísa Guimarães esteve recentemente em Luanda para apresentar ao Ministério da Água e da Energia e demais stakeholders públicos envolvidos, incluído o Banco Mundial e o IFC Corporation, os resultados da 1.ª fase do projeto. “Esta 1ª fase foi focada na seleção de uma short-list de quatro projetos, de entre um universo de 10, para avançarem prioritariamente para um processo de PPP“, explicam

O projeto seguirá com uma due diligence legal, económica, financeira, técnica, ambiental e climática, aos 4 projetos e com a preparação das minutas do contrato de PPP a celebrar.

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Rússia diz que evitou “ato terrorista” ucraniano em aeroporto de Moscovo

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse ter evitado "ato terrorista" da Ucrânia, depois de vários drones terem obrigado à interrupção dos voos em aeroporto de Moscovo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse, nesta terça-feira, ter evitado um “ato terrorista” da Ucrânia, depois de vários drones terem obrigado à interrupção de voos no aeroporto de Vnukovo, nos arredores de Moscovo.

Foi “uma tentativa do regime de Kiev de atacar uma área onde estão localizadas infraestruturas civis, incluindo um aeroporto que, aliás, recebe voos internacionais”, disse, na plataforma Telegram, a porta-voz do Ministério Maria Zakharova. O Presidente da Ucrânia “está a cometer esses atos terroristas usando armas entregues pelo Ocidente ou compradas com financiamento ocidental, isso é terrorismo internacional”, acrescentou.

“A comunidade internacional deve perceber que os Estados Unidos, Reino Unido e França, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estão a financiar um regime terrorista“, concluiu.

A presença dos drones (veículos aéreos não tripulados) interrompeu brevemente o funcionamento do aeroporto de Vnukovo e obrigou a redirecionar vários voos para outros aeroportos, indicou a Agência de Transporte Aéreo da Rússia. A partir das 7h00 (5h00 em Lisboa), todas as restrições foram suspensas no aeroporto de Vnukovo, que “retomou a atividade”, disse a agência, num comunicado.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que o exército neutralizou cinco ‘drones’ ucranianos perto da região de Moscovo, num ataque que não causou vítimas ou danos. “Esta manhã, foi impedida uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ato terrorista com cinco drones“, que tinham como alvos locais em Moscovo e nos arredores da capital russa, disse o Ministério, em comunicado. As defesas antiaéreas russas destruíram quatro drones perto de Moscovo e um quinto foi neutralizado através de “meios de guerra eletrónica”, perto da capital, referiu.

De acordo com os serviços de emergência, citados pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti, dois ‘drones’ foram abatidos perto da aldeia de Valouïevo, nos arredores de Moscovo, enquanto outro foi neutralizado perto de Kubinka, a 40 quilómetros do aeroporto de Vnukovo. A defesa antiaérea russa também abateu um ‘drone’ na região de Kaluga, a sudoeste de Moscovo, informou a agência de notícias oficial russa TASS.

A Ucrânia lançou uma contraofensiva em 4 de junho e, de acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, o exército de Kiev recuperou na última semana mais de 158 quilómetros quadrados na zona sul do país, conquistados pelas forças russas, na sequência da operação militar lançada em fevereiro do ano passado.

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Portugal Ventures investe mais 490 mil euros em duas startups madeirenses

Estes dois investimentos, que totalizam 490 mil euros, resultam da iniciativa "Call Madeira", que já investiu um total de 690 mil euros na economia da Região Autónoma da Madeira.

A Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento, acaba de anunciar o investimento em duas startups com sede na Madeira — a Floating Particle e a Plutospetfood — num total de 490 mil euros investidos. Estes dois investimentos elevam para 690 mil euros e três startups o total investido no âmbito da “Call Madeira”, lançada em fevereiro do ano passado, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE) e com o Governo da Madeira.

“O investimento na Floating Particle e na Plutospetfood representa a forte aposta da Portugal Ventures, do Governo da Madeira, do IDE, e do nosso parceiro no Fundo Atlântico, August One, no reforço do ecossistema empresarial da Madeira, alavancando o crescimento de novos negócios na região e que tem vindo a demonstrar a sua capacidade em acolher empreendedores e talento qualificado”, começa por dizer Pedro Mello Breyner, vogal executivo da Portugal Ventures.

“A Portugal Ventures acredita no potencial das equipas da Floating Particle e da Plutospetfood, que irão trabalhar de forma muito próxima com a nossa equipa para continuarem a dinamizar o crescimento dos seus negócios, e projetar a Madeira para o mundo”, continua, citado em comunicado.

Conselho de administração da Portugal Ventures, da esquerda para a direita: Teresa Fiúza, Pedro Mello Breyner e Rui Ferreira.

A Floating Particle, liderada por Luís Duarte Silva e Diogo Soares, apresenta uma solução de gestão de resíduos e produção de energia limpa. O seu principal produto, a STELLA, utiliza tecnologia de gaseificação de ponta para converter lixo precondicionado em hidrogénio, revolucionando os processos atuais de gestão de resíduos e reduzindo seu impacto ambiental. Com o investimento da Portugal Ventures, a startup madeirense irá reforçar a equipa técnica para fazer face à produção das máquinas.

Já a Plutospetfood, liderada por José Araújo Correia, é um fabricante de guloseimas para cães. Fundada em 2015 e exportando para 34 países em quatro continentes, a Plutospetfood pretende com este investimento capacitar a empresa de meios para a aquisição de ativos para aumentar a produção.

As duas empresas fazem parte do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM).

Quase 700 mil euros investidos na economia da Madeira

No Fundo de Capital de Risco Atlântico, a Portugal Ventures investe em parceria com a August One – Sociedade de Capital de Risco baseada em Singapura.

A Portugal Ventures, através da “Call Madeira”, já investiu em três startups – FootAR (já anunciada em outubro de 2022), Floating Particle e Plutospetfood, totalizando 690 mil euros de investimento na economia da Região Autónoma da Madeira.

“A ‘Call Madeira’ foi uma iniciativa inovadora que permitiu materializar projetos em áreas de forte aposta da Região Autónoma da Madeira, que vão desde o digital, à tecnologia e à indústria. O financiamento destes projetos, com apoios comunitários FEDER, ao abrigo do ‘Madeira 14-20’, contribuiu para o fortalecimento da imagem da Região como um polo altamente inovador, competitivo e atrativo para investimento estrangeiro, além de fortalecer o ecossistema empreendedor da Região”, comenta Duarte Freitas, presidente executivo do IDE.

“Estes investimentos resultam da constante atenção às necessidades e oportunidades emergentes da transição energética e à identificação de tendências na indústria dos fast-moving consumer goods. As equipas da Floating Particle e da Plutospetfood, que apoiamos com estes investimentos, provaram estar aptas a competir em mercados globais e ser as mais adequadas para expor o FCR Atlântico a estes setores. No caso específico do investimento na Floating Particle reafirmamos também o nosso compromisso em impulsionar mudanças positivas no mundo, buscando a criação de retornos financeiros sólidos e promissores nos nossos investimentos”, completa José Maia, investment lead da August One.

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ACT admite dois empregadores nas plataformas digitais

  • ECO
  • 4 Julho 2023

ACT vai fiscalizar plataformas para definir condições de trabalhadores e situações de dependência. Pretende determinar quem é o empregador, podendo ser dois, admite inspetora-geral.

A inspetora-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) admite que as novas regras do trabalho em plataformas levem a que um trabalhador acabe por ter vínculo laboral com mais do que um empregador (por exemplo, no caso dos motoristas de empresas como a Uber, um intermediário e a própria plataforma). Em entrevista ao Jornal de Negócios, Fernanda Campos afirma que os ajustamentos feitos por algumas multinacionais não invalidam a verificação dos indícios para a presunção de contrato de trabalho dependente e acrescenta: “Pode haver mais que um empregador. Pode haver dois. Qualquer um de nós pode em teoria trabalhar para duas empresas.”

A ACT destacou 30 inspetores para realizar a primeira fiscalização ao trabalho nas plataformas digitais, conforme estipulado por lei. O objetivo é avaliar se os prestadores de serviços são, na verdade, trabalhadores dependentes. Se a ACT identificar indícios que preencham a presunção de laboralidade, o empregador deve regularizar a situação com um contrato dependente. Caso contrário, o processo é encaminhado para os tribunais, onde será decidido se a relação é de trabalho subordinado. A fiscalização da ACT será rotineira e também abrangerá os TVDE (vulgo “Ubers”).

As alterações ao Código do Trabalho, em vigor desde maio, estabelecem critérios para determinar se um estafeta ou motorista é ou não trabalhador dependente. São considerados indícios de dependência a fixação da retribuição, o controlo da prestação da atividade em tempo real, a restrição da liberdade de escolha de horários ou recusa de tarefas, a posse de instrumentos de trabalho e a possibilidade de desativar a conta.

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Algarve teve o mais baixo volume de negócios por empresa do país entre 2019 e 2021

Entre 2019 e 2021 verificou-se um acentuado aumento das desigualdades de rendimento, a nível nacional, de acordo com o relatório "Melhores Municípios para Viver, do INTEC.

A região do Algarve foi a que registou o mais baixo volume de negócios por empresa de Portugal, entre 2019 e 2021, na zona do país mais dependente do turismo e que terá sido mais afetada pela pandemia que parou, por completo, a atividade turística. Mas, a generalidade dos municípios nacionais teve um decréscimo neste indicador, de acordo com o relatório “Melhores Municípios para Viver – M2V, Edição 2023” do Instituto de Tecnologia Comportamental (INTEC). Já o poder de compra aumentou em quase todos os municípios do país.

Este relatório – que o INTEC apresenta esta terça-feira na Universidade Lusófona, em Lisboa – dá conta de que “o volume de negócios por empresa foi significativamente menor nos municípios pequenos por comparação com os outros”. Fonte: INTEC – Instituto de Tecnologia Comportamental

Por arrasto do impacto da pandemia da Covid-19, que parou o país nos anos de 2020 e 2021, o estudo aponta para uma maior gravidade no Algarve. Precisamente no que concerne ao setor do turismo, as dormidas em estabelecimentos de alojamento turístico desceram significativamente em 2021, quando comparadas com 2019.

Os municípios do litoral apresentaram, por outro lado, uma taxa líquida de ocupação-cama superior em relação aos concelhos do interior.

Apesar de o país estar preso na teia da Covid-19, os portugueses tiveram mais poder de compra, entre 2019 – ano pré-pandémico – e 2021. O que pode estar relacionado com os apoios sociais que o Governo atribuiu à população por causa da pandemia, das revisões nos escalões do IRS ou do aumento do emprego. Este relatório também dá conta de que o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem subiu significativamente entre 2019 e 2021, a nível nacional.

Mas quando comparados por municípios, o estudo refere que o poder de compra per capita foi superior nos municípios do litoral por oposição aos pequenos concelhos onde é significativamente mais reduzido. Já os municípios das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira tiveram menos poder de compra.

Ao contrário das anteriores edições, o INTEC não apresenta um ranking entre os municípios, mas avalia, sim, as condições de vida nos 308 municípios nacionais, em 12 domínios: ensino; cultura, lazer, desporto; comunidade e participação cívica; mobilidade e transportes; economia; segurança; saúde; serviços públicos; turismo; urbanismo e habitação; ambiente; e emprego.

Em contrapartida verificou-se um acentuado aumento das desigualdades de rendimento, a nível nacional, e não existem diferenças entre litoral e interior na taxa de indivíduos desempregados. Estas são mais algumas das principais conclusões do relatório “Melhores Municípios para Viver – M2V, Edição 2023” que o coordenador Miguel Pereira Lopes, na Universidade Lusófona, apresenta esta terça-feira.

Fonte: INTEC – Instituto de Tecnologia Comportamental

Gastou-se menos água em todo o país, durante 2021 em relação a 2019, mas ainda assim, foi nos municípios do litoral que o consumo por habitante foi significativamente maior quando comparado com o interior. Mesmo assim, os municípios da região Norte apresentaram níveis de consumo de água mais baixos do que as restantes regiões.

O estudo passa a dividir os municípios em função de municípios do interior – sem ligação direta ao mar e que não tenham ligação com outro município com ligação direta ao mar –, pequenos municípios – com menos de 20.000 habitantes –, municípios do litoral – com ligação direta ao mar ou que tenham ligação com outro município com ligação direta ao mar –, médios municípios – com mais de 20.000 e menos de 100.000 habitantes – e por fim, grandes municípios – com mais de 100.000 habitantes.

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Concursos públicos simplificados são mais lentos do que os normais

  • ECO
  • 4 Julho 2023

Comissão que fiscaliza medidas especiais de contratação pública concluiu que adjudicações feitas ao abrigo do regime para acelerar procedimentos são, afinal, mais lentas do que no regime normal.

Os concursos públicos simplificados, criados pelo Governo em 2021 para acelerar a contratação pública e utilizar os fundos comunitários dentro do prazo, são, afinal, mais lentos do que os procedimentos no regime normal, noticia o Público. É a conclusão da Comissão Independente para o Acompanhamento e Fiscalização das Medidas Especiais de Contratação Pública ao analisar os contratos feitos no segundo semestre de 2022.

Segundo o relatório da comissão, divulgado no final da semana passada, os concursos públicos simplificados demoraram uma média de 67 dias – entre a decisão de contratar e a data de adjudicação –, contra os 66 dias dos concursos do regime geral. Nas consultas prévias simplificadas, que envolvem o convite obrigatório a cinco concorrentes, em vez dos três do regime geral, o tempo é de 42 dias, mais nove do que nas consultas prévias normais.

Este regime de exceção devia ter terminado no final do ano passado, mas foi prolongado até 2026. Quando surgiu, foi alvo de muitas críticas, por receios de que facilitasse o clientelismo e a corrupção. Mas, na verdade, o recurso a este regime pelas instituições e organismos que gerem dinheiros públicos tem sido considerado pouco significativo, existindo alguns que, podendo recorrer a procedimentos simplificados de contratação, optam pelo regime normal de contratação pública.

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Escritórios de advogados avançam com teletrabalho durante Jornada Mundial da Juventude

A "enchente" de pessoas na capital devido à Jornada Mundial da Juventude levou as empresas a adotar o teletrabalho. As firmas de advogados estão abertas a este regime, mas algumas "fecham-se em copas"

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está a chegar à cidade de Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. Face a esta “enchente” na capital, várias empresas, como a Ageas Portugal, o banco BPI e a Vodafone, já avançaram que vão adotar o trabalho remoto nos escritórios de Lisboa. À Advocatus, as sociedades de advogados admitiram que também vão permitir o teletrabalho, mas algumas “fecharam-se em copas”.

A Abreu Advogados é uma das firmas que assumiu que vai recomendar o trabalho remoto aos colaboradores durante a semana da Jornada Mundial da Juventude, sendo uma das parceiras jurídicas do evento. O escritório vai apenas manter os serviços mínimos presenciais.

“As razões desta decisão prendem-se com a elevada afluência de pessoas durante essa semana, aliada ao anúncio de greve da CP para o mesmo período e em linha com a comunicação da Câmara Municipal de Lisboa que alertava para os obstáculos de acessibilidade com impacto direto no acesso aos nossos escritórios. Desta forma, decidimos manter serviços mínimos presenciais, recomendando o teletrabalho“, explicou Matilde de Mello Cabral, COO da Abreu.

Também a PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados revelou que vai adotar o regime de trabalho remoto voluntário devido aos “constrangimentos de trânsito esperados em Lisboa”. “Não obstante, o escritório de Lisboa estará a trabalhar normalmente sendo asseguradas todas as reuniões ou iniciativas presenciais“, avançou Susana Santos Valente, sócia e membro da Comissão Executiva.

Apesar de já ter atualmente implementado o modelo de trabalho híbrido, a Sérvulo & Associados explicou à Advocatus que durante o período da Jornada Mundial da Juventude irá adotar o trabalho remoto como regime preferencial, “assim se obviando aos constrangimentos de mobilidade previstos, isto sem prejuízo das situações em que a presença física seja indispensável ou de alguma situação excecional”.

Sem se pronunciar claramente sobre o tema, a Linklaters apenas avançou que está a par dos possíveis constrangimentos no acesso e circulação em Lisboa durante a Jornada Mundial da Juventude e que se vão adaptar ao que acharem mais benéfico em função das circunstâncias.

“A nossa política de teletrabalho já permite que a maioria dos nossos colaboradores possa optar entre trabalho remoto e presença física no escritório de um modo que nos parece adequado para lidar com as recomendações conhecidas e os constrangimentos esperados em relação às JMJ. Para já, e face à informação conhecida nesta data, tencionamos manter o funcionamento do escritório – física e remotamente – de modo a termos sempre plena capacidade para ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes. Caso se justifique, adotaremos as medidas adicionais de flexibilidade que acharmos necessárias até à data”, referiu fonte oficial do escritório.

Por outro lado, a CCA Law Firm não vê necessidade de adotar medidas excecionais e transitórias para o período em que decorrerá a Jornada Mundial da Juventude. Teresa Rocha, diretora de Recursos Humanos, explicou que o escritório já possui várias políticas internas que permitem que os colaboradores se possam adaptar, ao longo do ano, a “situações deste tipo (e outras) que possam eventualmente surgir”.

“Se por um lado temos a nossa política de home office já bem sedimentada, permitindo que beneficiem de dois dias por semana de trabalho remoto, por outro, e no início de 2023, implementámos ainda um novo programa, o CCA Nómada. Este programa foi criado para que as pessoas da CCA possam melhor equilibrar a sua vida pessoal/profissional, incentivando a que o trabalho possa ser realizado remotamente até 30 dias consecutivos por ano. Assim, é possível fazer face a quaisquer circunstâncias pessoais que possam existir, oferecendo uma outra liberdade e flexibilidade para a realização de funções”, acrescentou Teresa Rocha.

Apesar da abertura de alguns escritórios, outros “fecharam-se em copas”. Questionadas pela Advocatus, a PLMJ, Cuatrecasas, DLA Piper, Eversheds Sutherland FCB, Garrigues, Gómez-Acebo & Pombo, Miranda & Associados, TELLES, SRS Legal, Vieira de Almeida, Uría Menéndez-Proença de Carvalho e Morais Leitão optaram por não se pronunciar sobre o tema. A CMS apenas sublinhou que ainda não tomou uma posição.

Câmara Municipal de Lisboa recomenda teletrabalho

Face à Jornada Mundial da Juventude, a Câmara Municipal de Lisboa vai dar tolerância de ponto aos trabalhadores do município no dia 4 de agosto e recomendou teletrabalho entre o dia 31 de julho e 3 de agosto.

“No período de 31 de julho a 3 de agosto, os trabalhadores que não integrem as equipas operacionais de apoio ao evento e cujas funções o permitam deverão praticar teletrabalho por forma a racionalizar a circulação na cidade de Lisboa”, recomendou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, em despacho. No total, o município de Lisboa conta com cerca de dez mil trabalhadores.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da JMJ, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica. As principais cerimónias da JMJ vão ter lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

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Teresa Patrício Gouveia vence prémio Carreira Dona Antónia. Inês de Castro Gonçalves é Revelação

No âmbito do Programa Global de Sustentabilidade – Seed the Future – a Sogrape tem como meta empoderar 100 mulheres por ano.

Teresa Patrício Gouveia foi reconhecida com o prémio Consagração de Carreira nos prémios Dona Antónia e a investigadora e biomédica Inês de Castro Gonçalves recebeu o Prémio Revelação. O galardão atribuído pela Sogrape já vai na 35.ª edição e tem como objetivo reconhecer o talento feminino. No âmbito do Programa Global de Sustentabilidade – Seed the Future – a empresa tem como meta empoderar 100 mulheres por ano.

“Os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm, de facto, vindo a fazer, ao longo destas 35 edições, esse reconhecimento do talento feminino no nosso país, através da distinção de mulheres portuguesas que são protagonistas de um percurso excecional e que, de alguma forma, marcaram a diferença”, diz Raquel Seabra, administradora executiva da Sogrape, ao Trabalho by ECO.

“Ao mesmo tempo, homenageamos Dona Antónia, exemplo maior de empreendedorismo, altruísmo, liderança e superação. É quase uma passagem de testemunho, um espelhar dos valores pessoais e profissionais desta figura ímpar da história do Douro Vinhateiro, uma mulher bem à frente do seu tempo e que marcou a sua época de uma forma inequívoca”, continua a administradora.

“As iniciativas que têm por objetivo reconhecer o talento feminino são, por isso, de uma importância vital para o desenvolvimento de qualquer sociedade e os Prémios Dona Antónia pretendem precisamente contribuir para isso, através da atribuição do Prémio Consagração de Carreira e do Prémio Revelação”, reforça.

Nesta edição um júri autónomo, presidido por Artur Santos Silva, escolheu Teresa Patrício Gouveia, uma das referências nos últimos 40 anos na política portuguesa no feminino, e Inês de Castro Gonçalves, pelo seu contributo para a inovação na Ciência, nomeadamente com o desenvolvimento de biomateriais e dispositivos médicos para aplicações antimicrobianas e cardiovasculares, como as vencedoras.

As iniciativas que têm por objetivo reconhecer o talento feminino são, por isso, de uma importância vital para o desenvolvimento de qualquer sociedade e os Prémios Dona Antónia pretendem precisamente contribuir para isso, através da atribuição do Prémio Consagração de Carreira e do Prémio Revelação.

Raquel Seabra

Administradora executiva da Sogrape

Fico muito honrada. Por ser um prémio que evoca Antónia Ferreira, uma personalidade singular pela sua visão empreendedora, pela ambição — no sentido mais nobre da palavra — e pela sua ação humanitária“, reage Teresa Patrício Gouveia. “E também pelo apreço pela entidade que promove o prémio: a Sogrape, uma empresa com projeção internacional que pôs em prática as qualidades inspiradoras de D. Antónia Ferreira, criando riqueza para o país”, reforça.

Esta é a terceira vez que os Prémios Dona Antónia destacam uma personalidade da política nacional, após Elisa Ferreira (1992) e Leonor Beleza (2010). Desta feita, a escolha recaiu na antiga deputada do PSD, ex-secretária de Estado da Cultura (1985-1990), do Ambiente (1991-1993), ministra do Ambiente (1993-1995) e dos Negócios Estrangeiros (2003-2004). Antiga governadora do Conselho Executivo da European Cultural Foundation, em Amesterdão (1990-1995); administradora (1997-2000) e presidente (2000 e 2003) da Fundação de Serralves, Teresa Patrício Gouveia foi ainda administradora da Fundação Calouste Gulbenkian (2004-2019); e, desde 2020, membro do board of trustees do European Council on Foreign Relations (ECFR).

Teresa Patrício Gouveia

“Receber o Prémio Dona Antónia Revelação é uma grande honra e um reconhecimento muito importante do meu trabalho e da minha equipa, e de tudo o que envolve ser investigadora, pois fazer ciência não é só vestir a bata e fazer experiências no meu laboratório no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde”, diz, por seu turno, Inês de Castro Gonçalves.

“Não posso deixar de mencionar uma parte tão importante do que para mim representa ser investigadora, que é a partilha com a sociedade, um legado tão marcante de Dona Antónia. E esta partilha é sem dúvida o que me move. Nos dias que correm, e sem haver uma verdadeira carreira de investigação em Portugal, fazer ciência requer muita coragem, esforço e dedicação à causa. Tal como Dona Antónia, espero que o percurso que estou a trilhar possa inspirar muitas mulheres, e entre elas outras cientistas e mães”, diz a investigadora e biomédica.

Atualmente, investigadora principal e líder do Grupo de Biomateriais Avançados de Grafeno do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e, dentro deste, no INEB, Inês de Castro Gonçalves é também membro da direção da Sociedade Ibérica de Biomecânica e Biomateriais e cofundadora da startup GOTech Antimicrobial. Durante mais dez anos coordenou a iniciativa “Porto de Crianças”, realizada pelo INEB em parceria com a Câmara Municipal do Porto, com o objetivo de proporcionar a crianças da escola primária um primeiro contacto com a Ciência.

Inês de Castro Gonçalves

A investigadora tem liderado vários projetos de transferência de tecnologia financiados por diferentes entidades internacionais, que resultaram na submissão de cinco patentes, uma das quais foi já concedida; foi a representante portuguesa do Young Scientist Forum, da European Society for Biomaterials (2018 – 2021), é autora de mais de 40 publicações científicas em revistas internacionais; coordenou vários projetos nacionais e internacionais; organizou mais de 25 conferências científicas internacionais, tendo a sua investigação sido apresentada em mais de 120 eventos internacionais. Lidera uma equipa extensa de post-docs, assistentes de investigação e alunos de doutoramento e de mestrado, tendo supervisionado mais de 25 teses de mestrado e doutoramento, de acordo com a informação partilhada pela Sogrape.

Empoderar mulheres 100 mulheres por ano

Esta é uma das iniciativas da Sogrape de promoção do talento e liderança feminina. No âmbito do Programa Global de Sustentabilidade – Seed the Future – uma das “metas é empoderar 100 mulheres por ano”, aponta Raquel Seabra. “Seja internamente na organização ou na sociedade, queremos inspirar mulheres a criarem um impacto positivo na comunidade, seguindo o exemplo que nos deixou Dona Antónia e contribuindo para promover uma sociedade mais inclusiva, transparente e qualificada”, refere administradora executiva.

“Os Prémios Dona Antónia, enquadrados no nosso plano de responsabilidade social e que dinamizamos ano após ano com grande sentido de missão, contribuem ativamente para este nosso compromisso de inspirarmos vidas mais felizes e mais responsáveis, a caminho de um futuro melhor e mais sustentável”, considera.

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