Funchal recebeu 7º debate ECO Local/Novo banco

  • Local Online
  • 30 Junho 2023

O sétimo debate ECO Local/novobanco aconteceu ontem, no Funchal, onde vários especialistas refletiram sobre os diferentes desafios e oportunidades para o crescimento económico da região.

O Master Novobanco do Funchal recebeu ontem, dia 29 de junho, o sétimo debate ECO Local/novobanco. O estado da economia da região e os desafios a enfrentar foram os temas do evento, que contou com a moderação de André Veríssimo, redator principal do ECO.

O evento começou às 17h00 e teve como convidados Pedro Calado, Presidente da Câmara do Funchal; Bruno Freitas, CFO da hotéis Savoy; Carlos Soares Lopes, CEO da Startup Madeira; e Luis Ribeiro, Administrador do novobanco.

Entre os desafios que a região autónoma da Madeira está a enfrentar, Luis Ribeiro começou por falar sobre a qualificação dos recursos humanos: “Temos um nível de escolaridade bem mais baixo do que os indicadores do país. Cerca de 8,1% da população não tem nenhum nível de ensino completo e isso é, de facto, um desafio muitíssimo importante. Se somarmos a isso o facto de que só existem 28 diplomados por cada mil habitantes (quando a média do país anda nos 82), isto mostra que há um desafio na qualidade dos recursos humanos e nas suas competências”.

Além disso, o administrador do novobanco também mencionou a prevalência de micro empresas na região como um desafio. “Existem cerca de 30 mil empresas na região com um bom crescimento desde 2013. Mas 96% das empresas são micro, 3% são pequenas, 1% são médias e há 24 empresas grandes, 22 das quais no Funchal”. O responsável acrescentou que “estas empresas têm um bom nível de autonomia financeira, superior à média nacional, mas têm uma maior vulnerabilidade relativamente aos custos financeiros porque também têm níveis de rentabilidade mais baixos“.

1.8 mil milhões de euros de investimento na Madeira

Como solução, Luis Ribeiro sugeriu a canalização do investimento de uma forma estrutural. “No PT2020 foram aprovados 6800 projetos na Madeira, cerca de 1.8 mil milhões de euros, dos quais 4300 projetos e mil milhões de euros foram aqui no município do Funchal”, afirmou, acrescentando que, na perspetiva do Novobanco, é importante canalizar o investimento para a criação de valor adicional, nomeadamente na área tecnológica e de empresas que possam trazer outro nível de crescimento para a região.

Por sua vez, Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal, garantiu que, com a pandemia, a região autónoma da Madeira percebeu que não podia depender só do setor do turismo, que representa 25% do PIB, e, nesse sentido, começou logo a apostar na área tecnológica, na informática, na robótica, “que hoje já se aproximam muito da faturação que temos na hotelaria e turismo”.

O autarca referiu, por isso, que é necessário apostar numa diversificação da oferta que passe, obrigatoriamente, pela tecnologia. Isto porque, apesar da Madeira ter produtos característicos da região que podem ser exportados, como a banana, o vinho e os bordados, o facto de ser uma região pequenina, tira-lhe a capacidade produtiva e exportadora para poder dinamizar um segmento de mercado internacional. “Nós temos que orientar bem e escolher determinados nichos de mercado onde colocar os nossos produtos regionais, com qualidade e com preço porque não conseguimos produzir em massa. E um fator determinante tem de ser a área tecnológica”, disse.

Perda de jovens para o exterior

Metade dos nossos jovens universitários vão para o continente estudar. Nós temos de ter capacidade de trazê-los de volta, mesmo depois de experiências internacionais. E trazê-los de volta por duas razões – uma para trazer conhecimento e outra para terem filhos cá”, afirmou Carlos Lopes, CEO da Startup Madeira.

Nesse sentido, o presidente da Câmara do Funchal destacou que o governo português deveria tomar outras medidas para valorizar o talento nacional: “85% dos jovens da Madeira que acabam o ensino secundário ingressam no ensino superior e, desses 85%, há 92% que acabam a licenciatura. O problema não está nos que entram na faculdade, mas sim nos que, depois disso, saem do país. Ou seja, nós passamos 12/15 anos a investir nos jovens e depois perdemo-los porque eles ganham três vezes mais fora do que ganham aqui e isso é que está errado no nosso país”.

Por outro lado, Carlos Lopes também ressalvou a necessidade de haver uma maior abertura para ideias inovadoras.Temos um campus universitário, onde há pequenos empreendedores a tentar testar ideias de negócio, mas muitas vezes é preciso chegar às grandes empresas para que essas ideias sejam testadas. Ou seja, temos empreendedores com ambição, mas também temos de ter estruturas flexíveis, que queiram inovar, que estejam dispostas a receber capital de risco. O que torna esta junção complicado é que, por um lado, temos os investigadores, que são avaliados pela sua atividade académica, e, por outro lado, temos as empresas, que querem soluções rápidas e pensos rápidos para a inovação”, explicou.

Top 5 nos destinos mundiais para nómadas digitais

No entanto, apesar de os salários serem mais atrativos fora do país, o nomadismo digital tem permitido a cada vez mais pessoas trabalharem a partir de destinos menos lucrativos profissionalmente para outros lugares do mundo onde são melhor remunerados.

Desde a pandemia, a Madeira tem tido um enorme crescimento de nómadas digitais na região e Carlos Lopes afirmou mesmo que a ilha se encontra no “top 5 mundial como um dos destinos mais atrativos para nómadas digitais”. O responsável afirmou que esta adesão aconteceu devido ao projeto dos nómadas digitais, desenvolvido pela Startup Madeira, “que soube perceber o que eles queriam”.

“A Ponta de Sol serviu como incubadora. Até agora temos mais de 17 mil inscritos de 136 países. A idade dos inscritos varia dos 18 aos 80 anos, mas a maioria está entre os 30 e os 40 anos”, disse.

Mas, para que mais pessoas se fixem na Madeira, o preço das habitações tem um peso crucial nessa decisão. Nesse sentido, Pedro Calado explicou que, ao contrário do que muitas vezes é referido, “a habitação no Funchal não está cara por causa dos Vistos Gold ou porque foi dada a facilidade em termos de alojamentos locais”. De acordo com o autarca, “o que leva a habitação a estar cara agora é porque nos últimos 20 anos não houve construção, ou seja, se houve décadas sem construção, hoje não há habitação e a que existe torna-se cara”.

No entanto, o presidente da Câmara Municipal do Funchal referiu, ainda, que “o investimento que vai ser feito na construção de mais fogos, através do PRR, vai permitir, principalmente aos mais jovens, terem um acesso diferente à habitação”.

“Nós não teremos uma segunda oportunidade de beneficiar de tantos fundos comunitários como neste momento. O problema de Portugal não é receber fundos, mas sim saber como os utilizar e que rentabilidade quer dos projetos. E essa análise tem que ser feita muito rapidamente, bem como a diminuição da burocracia associada processo”, acrescentou.

Setor hoteleiro não pode crescer, mas pode aumentar valor

“Temos mais de cinco milhões de pessoas que nos visitam anualmente”, afirmou Pedro Calado. Este número tem vindo a aumentar, mesmo depois da pandemia, e Bruno Freitas, administrador financeiro dos hotéis Savoy, justifica essa tendência com a criação de novas linhas aéreas pós-pandemia, com deslocações ponto a ponto, que faz ponte com os principais destinos europeus.

Contudo, o responsável alertou para o facto de a Madeira não poder crescer mais em termos de espaço geográfico. “Há condições do ponto de vista estrutural que não permitem esse crescimento. A nível de volume, o crescimento está limitado pela condição física da região, mas tem que crescer em valor. E esse crescimento em valor tem-se sentido nos últimos tempos”, afirmou.

No que diz respeito ao número de camas disponíveis, a região autónoma da Madeira tem, na rede de hotéis, 30 mil camas e, na rede de alojamento local, 25 mil. Apesar de considerar que este número não poder crescer mais, Bruno Freitas garantiu que é possível aumentar o preço dos serviços: “Foram muitos anos a ter preços baixos e podemos melhorar ainda mais o nosso preço para a qualidade do serviço que nós oferecemos aos nossos turistas. E isso passa por valorizar a oferta que temos”.

O administrador financeiro do grupo Savoy referiu, ainda, que não sentem um “arrefecimento económico” porque, segundo ele, os mercados que sustentam o turismo da região são mercados tradicionais, onde há uma faixa etária que procura destinos seguros, que ainda tem um certo bem-estar económico e financeiro. “São esses que nós captamos e procuramos. O arrefecimento económico sente-se mais em destinos massificados”, concluiu.

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Governo prolonga incentivos para aumentar atividade hospitalar até 2024

Governo justifica a prorrogação "até março de 2024" com a "implementação das alterações estruturais na organização interna dos hospitais", nomeadamente a aposta nos CRI.

O Governo decidiu prolongar até ao primeiro trimestre do próximo ano o regime excecional de incentivos pago aos profissionais de saúde, tendo em vista aumentar a recuperação da atividade assistencial nos hospitais.

Em causa está um regime excecional de incentivo à realização da atividade assistencial criado em julho de 2020. “Desde então, foram realizadas mais de 100 mil cirurgias ao abrigo deste programa e mais de 240 mil primeiras consultas hospitalares”, adianta o Ministério da Saúde, em comunicado.

O Governo justifica a prorrogação “até março de 2024” com a “implementação das alterações estruturais na organização interna dos hospitais”, nomeadamente a aposta nos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI). O Executivo pretende criar só este ano 25 CRI.

Entre janeiro e maio deste ano, foram realizadas “mais de 7,9 milhões de consultas presenciais” nos centros de saúde, isto é, uma subida de 9,4% face ao período homólogo. Já nos hospitais foram feitas quase 1,7 milhões de primeiras consultas hospitalares, mais 6% do que em 2022. Foram feitas mais de 355 mil cirurgias, isto é, mais 11,1% face a igual período do ano passado, segundo o Governo.

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Estas foram as portuguesas vencedoras dos Women in Business Law Awards 2023

Carla Gonçalves Borges, Joana Granadeiro, Maria Leonor Piconez, Maria Luísa Cyrne e Teresa Teixeira Mota foram as vencedoras portuguesas. A Morais Leitão venceu o prémio "National Firm of the Year".

Cinco advogadas foram distinguidas nos prémios “Women in Business Law Awards 2023 EMEA”, atribuídos pelo Legal Media Group, que decorreram no passado dia 28 de junho em Londres. Carla Gonçalves Borges, Joana Granadeiro, Maria Leonor Piconez, Maria Luísa Cyrne e Teresa Teixeira Mota foram as vencedoras portuguesas. O escritório Morais Leitão venceu o prémio de “National Firm of the Year”.

“A renovação do título de melhor sociedade nacional confirma a fortíssima qualidade das nossas advogadas, líderes de mercado numa escala internacional. A Morais Leitão conta hoje com 60% de mulheres, que brilham diariamente nos mais variados projetos, trabalhando nós nas condições para que a igualdade e a inclusão sejam uma realidade garantida”, refere em comunicado Nuno Galvão Teles, managing partner da Morais Leitão.

Maria Luísa Cyrne, associada principal da Morais Leitão, venceu em duas categorias: “Copyright Lawyer of the Year” e “Media & Entertainment Lawyer of the Year”. Também da Morais Leitão, a associada principal Joana Granadeiro foi distinguida como “Rising Star” na área de arbitragem.

“A Luísa e a Joana merecem muito justamente esta celebração, tanto pelo trabalho desenvolvido como pelas suas características humanas e pessoais. Todas as nossas candidatas a estes prémios são exemplos para as jovens mulheres que queiram seguir uma carreira no direito“, sublinhou o líder da Morais Leitão.

A Vieira de Almeida (VdA) viu serem premiadas três advogadas do seu escritório. Carla Gonçalves Borges, sócia, foi eleita “Commercial Arbitration Lawyer of the Year” e Maria Leonor Piconez e Teresa Teixeira Mota, associadas sénior, foram distinguidas como “Rising Star”, nas áreas de corporate e tax, respetivamente.

Os Women in Business Law Awards 2023 EMEA distinguem as sociedades na Europa, Médio Oriente e África que mais promovem a diversidade, igualdade e inclusão no exercício da profissão, tanto através das assessorias e projetos liderados por advogadas como através dos processos e políticas internas.

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Albuquerque & Almeida Advogados assessora Crest Capital Partners

A equipa da firma envolvida na operação foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e contou com a participação do associado sénior Manuel Bruschy Martins e do associado Miguel Almeida Simões.

A Albuquerque & Almeida Advogados assessorou a Crest Capital Partners na constituição do Crest Agro Fund I, um fundo temático com foco setorial em empresas e projetos do setor agrobusiness.

A equipa da Albuquerque & Almeida envolvida na operação foi liderada pelo sócio André Matias de Almeida e contou com a participação do associado sénior Manuel Bruschy Martins e do associado Miguel Almeida Simões.

“A constituição deste fundo vem responder a uma necessidade grande do mercado de investimento de Private Equitys qualificados preparados para investir“, notou André Matias de Almeida.

Fundada em 2017, a Crest Capital Partners gere atualmente dois fundos de private equity com mais de 225 milhões de euros de capitalização e já concluiu mais de 25 operações de investimento e desinvestimento.

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CASES está a testar a semana de quatro dias de trabalho

Crioestaminal, Onya Health, Evolve e Instituto do Porto são outras das 39 empresas que estão a participar no projeto-piloto do Governo.

A Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) é uma das empresas que, a par da Crioestaminal, Onya Health, Evolve ou Instituto do Porto, está a experimentar a semana de quatro dias de trabalho, através do piloto promovido pelo Governo. Os 33 colaboradores estão abrangidos pelo piloto, sabe o Trabalho by ECO.

A base horária semanal adotada na CASES é de 32 horas semanais (oito horas por dia). Os dias de descanso respeitantes ao projeto-piloto são a segunda ou a sexta-feira”, detalha o presidente da CASES, Eduardo Graça.

“A opção do dia de descanso pelos colaboradores teve também em conta a necessidade de garantir a normal atividade da CASES e a sua capacidade de resposta, sem qualquer alteração aos seus horários de funcionamento”, continua, em declarações ao Trabalho by ECO.

“Existe ainda a possibilidade de realização de dois dos quatro dias de trabalho semanal em regime de teletrabalho, conciliando as necessidades dos trabalhadores com as da organização”, acrescenta.

A CASES é uma cooperativa de interesse público cuja missão é promover o fortalecimento da economia social, aprofundando a cooperação entre o Estado e as organizações deste setor (associações, cooperativas, mutualidades, fundações, misericórdias e entidades com estatuto de IPSS.

A cooperativa faz, assim, parte das 39 empresas — que somam um total de 1.000 colaboradores — abrangidos pelo piloto promovido pelo Governo para testar a semana laboral reduzida, e que arrancou no início de junho.

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Euribor desce a três e aumenta a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 30 Junho 2023

O primeiro semestre termina com as médias nos três prazos a subir de novo.

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 4,134%, mais 0,031 pontos, depois de ter avançado para 4,147% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 3,900%, mais 0,008 pontos, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou para 3,577%, menos 0,010 pontos e depois de ter sido fixada em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 04 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Gómez-Acebo & Pombo reforça área de Direito Público e Regulatório

Rodrigo Vilhena da Cunha reforçou a equipa de Direito Público e Regulatório do escritório de Lisboa da Gómez-Acebo & Pombo na qualidade de associado sénior.

A Gómez-Acebo & Pombo (GA_P) reforçou a equipa de Direito Público e Regulatório do escritório de Lisboa com a integração de Rodrigo Vilhena da Cunha, na qualidade de associado sénior. O advogado transita da BAS Sociedade de Advogados.

Rodrigo Vilhena da Cunha centra a sua prática nas áreas de Direito Administrativo e Contratação Pública, Contencioso Administrativo, Direito Farmacêutico e Direito da Saúde e Ciências da Vida. Antes de ingressar na GA_P, passou pela BAS, pela Raposo Bernardo & Associados e pela Vieira de Almeida.

“A equipa de Direito Público e Regulatório da GA_P, liderada em Portugal pelo sócio Ricardo Campos, domina todas as vertentes do Direito Público e está em permanente colaboração com as restantes áreas de prática da sociedade, para poder oferecer aos seus clientes, uma assessoria jurídica multidisciplinar”, refere o escritório em comunicado.

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Mário Leite da Silva é administrador de empresa que detém 12% da Cofina

  • + M
  • 30 Junho 2023

Antigo braço-direito de Isabel dos Santos e atual administrador da Livrefluxo - detentora de parte do capital da Cofina - diz não haver razão para que a sociedade desinvista no grupo de media.

Mário Leite da Silva, outrora homem forte dos negócios de Isabel dos Santos, é desde novembro um dos administradores da Livrefluxo S.A., empresa que detém parte do capital da Cofina (dona do Correio da Manhã, CMTV e revista Sábado), refere o Observador.

O gestor, que é arguido em Portugal e Angola e que tem património arrestado, é vogal na administração da sociedade que detém cerca de 12% da Cofina. A Livrefluxo detém ainda parte do capital da energética portuguesa GreenVolt e da Altri, produtora de pasta de papel.

Quanto ao management buy out (MBO) em curso no grupo dono do Correio da Manhã, Sábado, Record e Jornal de Negócios, e em entrevista ao Jornal Económico, Mário Leite da Silva diz não haver razão para que a Livrefluxo desinvista do grupo, referindo que a mesma acredita “muito” na Cofina, nas suas pessoas e nas várias marcas que compõem a sua oferta no mercado.

Entretanto, Cristiano Ronaldo vai ser acionista de referência do grupo Cofina, no âmbito do processo de Management Buy Out (MBO) que está a ser liderado por Luís Santana e Octávio Ribeiro, revelou ao ECO uma fonte que acompanha as negociações. A proposta formal ainda não foi apresentada aos atuais acionistas da Cofina, nomeadamente Paulo Fernandes, mas está na fase final de conclusão.

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Governo mostra simulações de novas tabelas de IRS. Ganho líquido mensal chega a 5%

O Governo admite que com as novas tabelas de retenção na fonte haverá um reembolso menor na altura do acerto de contas. Simulações mostram ganhos maiores para solteiros com um dependente.

Na véspera da entrada em vigor das novas tabelas de retenção na fonte de IRS, o Governo também avança as suas próprias simulações, que mostram que o ganho líquido mensal chega a ser de 5%, no caso de um solteiro com um dependente. Finanças admitem que com o novo esquema, os reembolsos serão menores.

O Ministério liderado por Fernando Medina recorda que as novas tabelas têm dois objetivos: “Garantir que a um aumento do rendimento bruto corresponde sempre um aumento do rendimento líquido ao final do mês”, e “assegurar uma maior e crescente aproximação do valor das retenções na fonte ao valor do IRS liquidado através da entrega da declaração Modelo 3 de IRS”.

Ora isto é alcançado através de uma lógica de taxa marginal, que torna mais aproximado o valor retido daquele efetivamente devido (ainda que continue a existir uma diferença). O Governo enviou, em comunicado, simulações para três tipos de contribuinte que mostram as diferenças na remuneração líquida mensal. Começando pelo solteiro sem dependentes, os ganhos vão desde 12 a 33 euros (este último, para um contribuinte com um rendimento bruto mensal de 3.400 euros), face ao primeiro semestre.

Já no solteiro com um dependente é onde se veem ganhos líquidos percentuais maiores. Chegam a ser de 5% para aqueles que ganham entre 850 e 900 euros por mês, tendo uma variação de mais de 30 euros. Os que recebem 3.000 euros têm mais 49,68 euros disponíveis na conta ao final do mês, número que sobe para 65 euros no caso dos salários de 3.400 euros.

Finalmente, os casados com um dependente têm ganhos de 1% a 3% mensais, comparativamente com as tabelas que estavam em vigor na primeira metade do ano. A variação líquida vai desde 10,52 euros para aqueles que recebem mil euros brutos mensais, até 48,4 euros para os contribuintes com um salário de 3.400 euros brutos.

É de recordar que estas novas tabelas não trazem mudanças ao valor efetivamente pago de imposto, apenas ao momento em que é pago. Assim, no ano seguinte, “passará a haver menos acerto a fazer”, sinalizam as Finanças.

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João Moreira Rato deixa Banco CTT

João Moreira Rato vai abandonar esta sexta-feira as funções de presidente do conselho de administração do Banco CTT "a seu pedido e por razões pessoais".

João Moreira Rato vai abandonar o cargo de chairman do Banco CTT. Cessa funções esta sexta-feira “a seu pedido e por razões pessoais, na sequência da renúncia ao cargo apresentada em maio”, adiantaram os CTT em comunicado enviado às redações.

“Estão já a decorrer, junto do regulador, as diligências formais conducentes à nomeação de um novo presidente do conselho de administração do Banco CTT”, acrescenta a empresa.

A saída surge depois de o economista e antigo presidente do IGCP ter defendido no final de maio que o Estado devia interromper a emissão dos Certificados de Aforro — o comunicado dos CTT não faz qualquer referência a este episódio, ainda assim. As declarações feitas à CNN tornaram-se polémicas porque, dias mais tarde, o Governo decidiu descontinuar a Série E destes certificados e lançar uma nova série com uma taxa de remuneração mais baixa.

A oposição criticou a decisão, considerando que foi uma cedência à pressão dos bancos, pois estavam a registar uma grande saída de depósitos para os certificados. Uma acusação que as Finanças rejeitam.

Por outro lado, as afirmações de Moreira Rato também poderão ter caído mal dentro dos CTT, pois a comercialização dos certificados tem sido um dos negócios em grande ascensão este ano. A venda dos produtos de poupança do Estado tem rendido mais de 24 milhões por ano, de acordo com as contas do ECO.

Numa publicação na rede social LinkedIn, Moreira Rato adiantou que apresentou o pedido de demissão no dia 3 de maio, ou seja, bem antes das declarações sobre os certificados.

Moreira Rato entrou para o conselho de administração do Banco CTT em 2019. O banco é liderado por Luís Pereira Coutinho e é uma das alavancas do crescimento dos CTT, a par das encomendas, para travar o declínio do negócio das cartas. Os Correios tiveram lucros de 36,4 milhões de euros em 2022.

(Notícia atualizada às 15h42 do dia 2 de junho)

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Operadoras vão começar a desligar 3G já a partir de setembro

Com a cobertura de quinta geração a avançar cada vez mais no país, a Vodafone, a Nos e a Altice oficializaram a decisão de começar a desligar a rede 3G daqui a cerca de um ano.

O 5G está no ar. Por isso, a Vodafone, a Nos e a Altice decidiram começar a desligar o velho 3G. No caso da Altice será já a partir do dia 4 de setembro, devendo o processo estar concluído no final de janeiro do próximo ano. Na Vodafone, por sua vez, o processo deverá iniciar dentro de um ano, a partir de julho de 2024, enquanto a Nos adianta que começará a desligar o 3G a partir de meados do próximo ano.

“A Vodafone Portugal vai iniciar dentro de um ano, a partir de julho de 2024, progressivamente, o desligamento da sua rede 3G, um passo importante para reforçar o acesso dos clientes no país a comunicações mais rápidas, eficientes e ainda mais seguras”, dá conta a operadora.

Segundo a empresa, “a esmagadora maioria dos clientes da Vodafone não será afetada por esta mudança”, pois já dispõe de equipamentos e cartões SIM compatíveis com 4G e 5G, que são tecnologias mais recentes. Quanto aos restantes, para não ficarem sem comunicações, serão “atempadamente contactados pela Vodafone e terão um período alargado” de um ano para adquirirem um novo telemóvel ou atualizarem o cartão.

A operadora lembra que lançou as comunicações de terceira geração em Portugal em 2004 e que chegou o momento de evoluir, à semelhança do que já está a fazer em muitos outros países europeus. A decisão insere-se, por isso, numa “tendência mundial de descontinuar tecnologias mais antigas”.

“Esta mudança é inevitável perante a evolução tecnológica e permitirá responder ao crescente consumo de dados, realocando as frequências até agora utilizadas pelo 3G para uso de redes mais modernas como o 4G e 5G. Com esta atualização, que beneficia a digitalização do país, as comunicações ganham mais velocidade, capacidade, estabilidade, eficiência e resiliência”, argumenta a Vodafone Portugal na mesma nota.

Depois da publicação desta notícia, a Nos NOS 0,13% confirmou que também vai iniciar o processo de descontinuação da rede 3G “de forma faseada a partir de meados do próximo ano”, disse à Lusa fonte oficial da operadora de telecomunicações, quando questionada sobre o tema.

Fonte oficial da Nos referiu que “a descontinuação do 3G é um movimento tecnologicamente natural pelo qual todos os operadores de comunicações irão passar”. Trata-se de um “movimento benéfico para os clientes e que reforça a disponibilidade das redes 4G e 5G, permitindo uma melhoria da qualidade de rede, maior velocidade de navegação, menor latência e maior eficiência energética”, adiantou a operadora liderada por Miguel Almeida.

“Também a Nos terá o seu processo de descontinuação do 3G, algo que ocorrerá de forma faseada a partir de meados do próximo ano e que, brevemente, será comunicado a todos os seus clientes”, acrescentou.

À semelhança das suas concorrentes, também a Altice Portugal anunciou que “vai descontinuar, faseadamente, a tecnologia 3G”. Processo que tem início a partir de 4 de setembro e deverá estar concluído a 31 de janeiro de 2024, disse fonte oficial da companhia à Lusa.

Esta evolução “natural da rede móvel da Altice, que combina várias gerações de tecnologia, tem vindo a ser comunicada aos clientes desde 25 de junho, com o compromisso de os acompanhar neste processo que culminará com disponibilização de infraestruturas de alta capacidade face às exigências de comunicação do futuro“, adiantou ainda a mesma fonte.

A dona da Meo “está continuamente a investir nas suas redes e a desenvolver serviços que respondam, de forma eficaz, às necessidades dos seus clientes assegurando a melhor experiência. Este movimento de melhoria das infraestruturas é inevitável face à evolução da tecnologia e à digitalização do país, que a Altice tem liderado, e está a acontecer a nível europeu e mundial”.

Tal “irá permitir uma otimização das potencialidades da rede 4G e 5G, com maior cobertura, velocidade e resiliência e traduzir-se-á em melhorias na experiência do consumidor e das empresas, na utilização de tecnologias mais eficientes e na sustentabilidade ambiental”, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informação às 17h49)

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Walk Talks. “Fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo parece-me ficção científica”

  • Trabalho
  • 30 Junho 2023

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas. Bem-vindos à Walk Talks.

Se, no final do dia de trabalho, quiser sentir que foi realmente produtivo, esta é a regra de ouro: planeie o seu tempo, divida-o e desempenhe uma tarefa após a outra. “Fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo parece-me ficção científica (…) A atenção não se divide muito bem. Causa-nos desgaste, ansiedade e cansaço”, defende Nuno Santos Fernandes, partner e mentor da Walking Mentorship, no episódio desta semana.

Para tirar o máximo partido do seu tempo, foco e rotina. João Perre Viana, também partner e mentores os Walking Mentorship, deixa-lhe algumas dicas: “identificar as horas de ouro, ou seja, aquelas horas em que se é mais produtivo”, “estabelecer fronteiras claras entre os períodos de trabalho e os períodos de repouso”, “ter as coisas arrumadas para trabalhar”, e “fazer as tarefas mais mundanas à tarde”.

“O repouso é, realmente, fundamental”, completa ainda.

Como sugestão de leitura, os mentores deixam um título: “Descanso”, de Alex Soojung-Kim Pang.

http://videos.sapo.pt/1NpjbKaTqyGcqWv4w2Ad

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