Reformados da banca recebem bónus de meia pensão este mês

Serão cerca de 50 mil ex-bancários que irão receber agora o complemento excecional que o Governo decidiu atribuir à generalidade dos pensionistas em setembro do ano passado.

O bónus de meia pensão para os reformados da banca vai ser pago no processamento relativo ao mês de junho, de acordo com as informações que os bancos transmitiram ao Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB).

Serão cerca de 50 mil ex-bancários na reforma que irão receber nos próximos dias o complemento excecional que o Governo decidiu atribuir à generalidade dos pensionistas em setembro do ano passado.

Aplaudindo a decisão, o SNQTB lembra que este bónus corresponde a 50% do valor total da pensão de reforma auferida em outubro de 2022 e que, desse montante, será deduzido o valor do apoio de 125 euros que tenha sido pago aos pensionistas bancários ao abrigo de uma medida do Governo para mitigar os efeitos da inflação.

O complemento será pago por via da Caixa Geral de Aposentações ou do Fundo de Pensões que assegure o pagamento da pensão de reforma a cada beneficiário, explica o sindicato, explicando que o montante pago será sujeito a retenção autónoma de IRS e que as pensões acima de 5.138,40 euros não terão direito ao bónus.

“Congratulamo-nos pela justiça que foi feita aos bancários reformados”, refere o presidente do SNQTB, Paulo Marcos.

Este era um processo que se vinham arrastando há vários meses, e depois de uma luta intensa dos sindicatos do setor, que reclamaram contra a situação de injustiça que estava a ser criada com a exclusão dos reformados bancários do bónus relativo à meia pensão que o Governo decidiu atribuir no final do ano passado, para mitigação dos efeitos da inflação.

Em fevereiro, Executivo, bancos e sindicatos assinaram um acordo para corrigir o problema. A medida irá custar cerca de 40 milhões de euros aos cofres do Estado. Os fundos de pensões dos bancos adiantam o dinheiro aos reformados e são depois compensados pelo Estado.

Só em maio é que foi publicado o decreto-lei em Diário da República.

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Tecnologia do ChatGPT vai gerir atendimento de chamadas do 112 em 2025

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

Objetivo é "criar um primeiro interface que atende a chamada, avalia que tipo de problema é que se está a tratar e que tipo de reporte" é necessário, mas com "uma resposta em linguagem natural".

Inteligência artificial baseada na tecnologia do ChatGPT vai gerir o atendimento de chamadas para o 112 a partir de 2025 em alturas de congestionamento, disse esta terça-feira aos jornalistas, no Porto, o secretário-geral-adjunto da Administração Interna, António Pombeiro.

“Em princípio, se o piloto correr bem, estamos preparados para, a partir de 2025, começarmos a utilizar” o sistema no atendimento de chamadas, disse esta terça-feira aos jornalistas António Pombeiro, à margem da MAI Tech, uma conferência de tecnologia nas áreas da segurança e proteção civil, promovida pelo Ministério da Administração Interna (MAI) no Porto.

O responsável advertiu que, por enquanto, se está a trabalhar com um projeto-piloto e é “uma tecnologia muito recente”, havendo a “necessidade de fazer muitos testes”, admitindo que para já se caminha “muito no desconhecido”.

“Em determinadas situações temos períodos de espera motivados por congestionamento de chamadas, isto quando há incidentes ou eventos que envolvam muita publicidade, muita gente a visualizar o que está a acontecer, toda a gente tem a iniciativa de ligar para o 112″, contextualizou o António Pombeiro, dando o exemplo de incêndios urbanos.

Como os recursos estão “dimensionados para situações normais”, gerando tempos de espera para atendimentos das chamadas que “podem chegar aos cinco ou seis minutos”, a ideia é “criar um primeiro interface que atende a chamada, avalia que tipo de problema é que se está a tratar e que tipo de reporte” é necessário, mas com “uma resposta em linguagem natural”.

Segundo o secretário-geral Adjunto da Administração Interna, “o próprio chamador não vai perceber que está a falar com um sistema, com uma máquina, com um robô”, que vai “utilizar a nova tecnologia do ChatGPT”, que ainda vai passar por um período de testes com chamadas simuladas.

“O segundo interveniente tem de ser sempre um humano. O sistema nunca leva a chamada até ao final”, assegurou António Pombeiro, esclarecendo que o sistema vai funcionar “só em alturas de maior congestionamento”.

Questionado sobre se a ideia é substituir pessoas, o secretário-geral Adjunto da Administração Interna rejeitou, dizendo que passa por “reforçar os meios operacionais”, já que é sempre necessário ter um humano na retaguarda.

Quanto às chamadas falsas (para enganar ou para outros fins que não emergências), que disse rondarem os 60%, “um número bastante elevado” que não afeta o atendimento, o responsável disse que essa situação “já carece de uma aprendizagem diferente”, mas “é também um objetivo” do novo projeto.

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Município de Proença-a-Nova investe quatro milhões de euros nas áreas empresariais

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

O investimento inclui a requalificação da área empresarial do Vale Porco e a fase de expansão do parque empresarial de Proença-a-Nova, no Vale Serrão. No Vale Porco vão instalar-se seis empresas.

O município de Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, investiu quatro milhões de euros em espaços empresariais edificados do concelho.

“Este investimento faz parte da estratégia do município: criar espaço empresarial edificado onde as empresas entram e conseguem começar a produzir de imediato, um fator diferenciador e de sucesso do nosso concelho relativamente a outros. A prova disso é a lotação quase esgotada da Área Empresarial do Vale Porco“, explicou, em comunicado, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo.

Este investimento inclui a requalificação da Área Empresarial do Vale Porco e a segunda fase de expansão do Parque Empresarial de Proença-a-Nova (PEPA), no Vale Serrão.

Segundo a autarquia, na Área Empresarial do Vale Porco vão instalar-se seis empresas, cujos contratos já foram assinados com o município de Proença-a-Nova.

Neste espaço encontra-se apenas um lote disponível que, brevemente, vai a hasta pública.

Quanto ao PEPA, está concluída a construção de outro espaço que irá a hasta pública em breve e estão previstos mais 38 lotes disponíveis entre setembro e outubro.

“A nossa capacidade de atração empresarial simboliza que estamos no caminho certo e agora é tempo de passar a olhar para a habitação, criando condições para a retenção de mão-de-obra nestes territórios. É o dever da administração central e local dar resposta àqueles que vem até nós no que respeita à habitação, à ação social e à educação”, concluiu João Lobo.

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Martini celebra 160 anos com nova campanha global

Com assinatura da agência AMV BBDO, a campanha vai oferecer aos consumidores nacionais a oportunidade de experimentar cocktails Martini a bordo de um balão de ar quente.

A Martini assinala 160 anos de existência com o lançamento de uma campanha global “reforçando a sua herança repleta de qualidade e estilo italiano”. A campanha é assinada pela agência britânica AMV BBDO.

“160 anos de Bom Gosto” é o mote da campanha lançada pela marca de vermutes que, inspirada no seu legado como símbolo do estilo e da cultura italiana, vai “abrir as portas do mundo Martini” aos consumidores.

Este é o ano Martini, em que levaremos a nossa celebração a todos os cantos do mundo com uma criatividade ousada e culturalmente relevante para assinalar estes ‘160 anos de Bom Gosto”, refere Victoria Morris, vice-presidente da Martini, citada em comunicado.

“A Martini sempre esteve na vanguarda do estilo italiano e, este ano, abrirá as portas do seu mundo em várias esferas criativas e estão todos convidados a descobri-lo desde o digital à experimentação. Queremos lembrar e mostrar porque é que a Martini é uma herança italiana icónica e deixar todos entusiasmados com o que ainda está para vir”, acrescenta ainda a vice-presidente da marca.

A Martini contará assim com “vários momentos de comunicação que ajudarão a marca a posicionar-se como marca premium, desafiando todos os seus apreciadores a trazerem o seu estilo único para o dia-a-dia“, sendo que esta campanha “reflete a mudança necessária para uma aproximação a uma geração de consumidores diurnos e mais conscientes”, explica-se em nota de imprensa.

A campanha – que “combina a herança da marca com a sua visão para o futuro”, inspirando-se no lema “Volere é Potere” (Querer é Poder, em português) – vai ainda oferecer aos consumidores nacionais a oportunidade de experimentar um “Aperitivo nas Nuvens”, através da prova de cocktails Martini a bordo de um balão de ar quente.

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Ministério Público faz buscas no Hospital de Guimarães por suspeitas de corrupção

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

O Ministério Público está a fazer buscas no Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, e em mais de uma dezena de locais, por suspeitas de corrupção e outros crimes, revelou a PGR.

O Ministério Público (MP) está a fazer buscas no Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, e em mais de uma dezena de locais, por suspeitas de corrupção e outros crimes, revelou esta terça-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo uma nota publicada no site da PGR, as buscas abrangem também outras instituições, como a Liga dos Amigos do Serviço de Cardiologia do Hospital da Senhora da Oliveira ou o Rotary Club de Guimarães, e empresas do setor de tecnologia médica. Além de Guimarães, as diligências acontecem ainda no Porto, em Lisboa, em Oeiras e na Amadora.

A investigação, que é liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e tem o apoio da Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), está associada ao relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ao Hospital da Senhora da Oliveira, na sequência da criação da Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular.

Em causa, de acordo com o MP, pode estar a prática dos crimes de “administração danosa, corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, abuso de poder e corrupção ativa com prejuízo do comércio internacional”.

As buscas contam com a presença de juízes, magistrados do MP, inspetores da PJ, representantes da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Advogados, bem como de inspetores da IGAS.

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Francisca Caeiro Bastos integra equipa de Imobiliário da CMS

Após quatro anos ao serviço da Gómez-Acebo & Pombo, Francisca Caeiro Bastos reforça a equipa de imobiliário da CMS, enquanto associada.

A sociedade de advogados CMS reforçou a equipa de Imobiliário com a integração de Francisca Caeiro Bastos, enquanto associada. A advogada transita da Gómez-Acebo & Pombo.

“É com muita satisfação que integramos a Francisca Caeiro Bastos na nossa equipa. A Francisca é uma excelente advogada, que vem reforçar a nossa capacidade de resposta, numa altura em que verificamos uma crescente solicitação por parte dos clientes”, referiu João Pinheiro da Silva, sócio de Imobiliário da CMS.

A nova associada da CMS é licenciada em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e mestre em Direito Forense pela Universidade Católica Portuguesa. Conta com experiência, nomeadamente, na assessoria de transações imobiliárias nacionais e internacionais. No seu percurso profissional passou pela Gómez-Acebo & Pombo, entre 2019 e 2023, e pela PLEN, entre 2017 e 2019.

“É com muita alegria que integro a CMS: uma sociedade de dimensão global, cuja área de imobiliário tem evoluído de ano para ano. Será um gosto fazer parte desse crescimento”, sublinhou Francisca Caeiro Bastos.

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UE dá dois passos na proposta que reforma mercado da eletricidade, mas deixa regulação para julho

A parte da reforma ligada à regulação continua a ser o tema mais difícil de reunir consenso entre os 27. Ontem foram aprovados dois de três pontos essenciais da reforma do mercado da eletricidade.

Depois de uma “longa” e “difícil” ronda de negociações, os 27 Estados-membros conseguiram aprovar dois dos três pontos que integram a proposta de reforma do mercado da eletricidade na União Europeia. Ebba Busch, vice primeira-ministra da Suécia, país que está com a presidência rotativa do Conselho da UE até ao final deste mês, considera que a questão ligada à regulação do desenho do mercado da eletricidade continua a ser o tema mais difícil de reunir consenso entre os 27.

“As negociações mostram que há visões diferentes, mas há um compromisso para chegarmos a um ponto de convergência: de reformar o mercado da eletricidade e reforçar a produção de eletricidade, ao mesmo tempo que protegemos consumidores e empresas e garantimos preços de eletricidade estáveis e justos”, explicou a governante, esta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Energia que decorreu em Luxemburgo.

Na reunião, os ministros europeus responsáveis pela pasta da energia chegaram a acordo político sobre a diretiva que formaliza a reforma do mercado de eletricidade europeu e a regulação que prevê melhorar a proteção contra a manipulação dos preços no mercado grossista da energia, previsto no chamado REMIT. A proposta tem por objetivo apoiar uma concorrência aberta e leal nos mercados energético energia, proibindo as transações baseadas em informações privilegiadas e dissuadindo a manipulação do mercado.

No entanto, os pontos ligados à regulação ainda não têm “luz verde”. Segundo a nota emitida pelo Conselho, a regulação visa tornar os preços da eletricidade menos dependentes da volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis e proteger os consumidores dos picos de preços, acelerar a implantação das energias renováveis e melhorar a proteção dos consumidores. Devido à falta de consenso, esta questão voltará a ser debatida na próxima reunião informal, em julho.

“A nível da regulação, fizemos alguns progressos mas continuamos a ter alguma dificuldade a nível dos contratos às diferenças. É um ponto importante porque tem implicações a nível da promoção do investimento no mercado único“, explicou Kadri Simson, Comissária para a Energia da UE, também presente na conferência de imprensa. “Precisamos de mais tempo“.

Com a presidência sueca a chegar ao fim, a responsabilidade para os 27 Estados-membros chegarem a um acordo sobre a proposta do mercado da eletricidade, apresentada em março, passa para Espanha que assume a presidência do Conselho da UE em julho até ao final do ano.

Mecanismo ibérico volta a estar em cima da mesa

Presente na reunião esteve Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Energia, que reiterou a existência de “divergências” durante as negociações. Foi questionado se os contratos a longo prazo deveriam manter-se limitados apenas às soluções tecnológicas renováveis ou se poderiam ser alargados a outros contratos existentes (fóssil e nuclear) e, “se sim, até quando”.

“A proposta apresentada pela Comissão, não respondendo àquilo que era o desejo de alguns países de desassociar por completo o preço do gás do preço da eletricidade, aproximou-se bastante de algumas medidas que Portugal defende”, nomeadamente, que a reforma “contribuísse para acelerar a descarbonização, garantir a estabilidade dos preços e proteger os consumidores”.

Além disso, Cordeiro acrescentou que Portugal defende que sejam consagrados um “conjunto de instrumentos” na reforma do mercado da eletricidade que foram adotados a nível nacional durante o ano de 2022, tal como o princípio de alargar as tarifas reguladas a consumidores mais vulneráveis e a criação de um teto nos preços da eletricidade, assim como prevê o mecanismo ibérico. Sobre este assunto, Duarte Cordeiro revelou que está em cima da mesa “a possibilidade, mas veremos se faz parte ou não do regulamento final, do mecanismo ibérico poder ser estendido mais um ano“.

Recorde-se que o mecanismo ibérico, ferramenta criada em junho de 2022 para proteger os preços grossistas de eletricidade das elevadas cotações do gás natural, foi prolongado até ao final deste ano. Este mecanismo visa reduzir o impacto que os elevados preços do gás natural possam ter na formação do preço grossista da eletricidade. Ao definir um preço de referência para o gás, Portugal e Espanha limitaram o valor cobrado pelas centrais de ciclo combinado na venda de eletricidade no mercado ibérico, limitando também, por essa via, o valor a pagar a todos os outros produtores que entram no casamento entre oferta e procura a cada dia.

A medida inicialmente aprovada previa um limite no preço do gás para produção de eletricidade de 40 euros por MWh entre o início da aplicação do mecanismo ibérico, em junho, e 31 de dezembro do ano passado. Estavam depois previstos acréscimos mensais de cinco euros por MWh, até 31 de maio, que era o fim previsto para aplicação da medida, e no qual seriam atingidos os 65 euros por MWh — valor que à luz da nova decisão será atingido apenas em dezembro.

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Economia abranda em abril e clima económico agrava-se

O INE revela que a economia nacional terá abrandado em abril como resultado da diminuição na indústria e uma desaceleração nos serviços e na construção.

Depois de no primeiro trimestre o PIB ter registado um crescimento homólogo de 2,5%, que colocou Portugal entre os países da Zona Euro mais pujantes, os dados conhecidos de abril mostram que a economia está agora a abrandar.

“Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para abril, apontam para uma diminuição na indústria e uma desaceleração nos serviços e na construção“, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira em comunicado.

Além disso, o INE refere também que o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, “diminuiu em maio, após ter aumentado entre janeiro e abril.”

O abrandamento da economia em abril acontece depois de o ICP “ter acelerado de forma intensa em janeiro e de ter interrompido a marcada trajetória descendente observada desde setembro”, lê-se no comunicado do INE.

Clima Economico
Fonte: INE

O INE nota que, em abril, o índice de produção industrial (IPI) apresentou uma variação homóloga de -7% (variações de 1,7% e -3,6% em fevereiro e março) e que o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 4,3% em abril (taxas de 12,5%, 3,8% e 3,9% nos primeiros três meses do ano).

No setor dos serviços, o índice de volume de negócios nos serviços (inclui comércio a retalho) revela uma desaceleração, contabilizando em abril uma variação homóloga de 4,3% em abril (8,5% no mês anterior). O mesmo comportamento teve o setor da construção, com o índice de produção na construção a registar uma variação homóloga de 2,4% em abril, após ter aumentado 3,5% no mês anterior.

O INE nota ainda que, na perspetiva da despesa, “o indicador de atividade económica desacelerou em abril, verificando-se um aumento do indicador de investimento e uma desaceleração do indicador de consumo privado.”

Os números do INE revelam que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador de investimento, aumentou em termos homólogos em abril, após a diminuição registada no mês precedente.

“A evolução do indicador registada em abril resultou do contributo positivo da componente de construção, que havia sido negativo no mês anterior”, refere o INE, sublinhando que, em sentido contrário, estiveram as componentes de máquinas e equipamentos e de material de transporte.

Na componente do consumo privado, os dados divulgados esta terça-feira destacam um “contributo positivo menos intenso” do consumo duradouro e do consumo corrente no mês de abril. Esta dinâmica resultou numa desaceleração do consumo privado em abril, após ter acelerado em março.

Consumo Privado Abril 2023
Fonte: INE

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Taxas Euribor continuam a subir e atingiram novos máximos

  • Lusa
  • 20 Junho 2023

As Euribor a três, seis e 12 meses voltaram a subir esta terça-feira e atingiram novos máximos. A mais usada nos créditos à habitação dos portugueses alcançou um novo máximo desde novembro de 2008.

As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses, atingindo novos máximos desde novembro de 2008.

  • Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 4,082%, mais 0,036 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • Euribor a seis meses avançou para 3,892%, mais 0,031 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • Euribor a três meses avançou para 3,587%, mais 0,036 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.

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📹 Simplex Ambiental: desburocratizar processos, com que impacto?

  • ECO
  • 20 Junho 2023

O diploma promete desburocratizar os processos, com impacto em setores como o imobiliário. Mas será que vamos assistir a uma mudança efetiva no licenciamento ambiental? Veja a conferência em vídeo.

A expectativa de uma mudança efetiva no licenciamento ambiental, a contribuição para a promoção de novos projetos ou para a captação de investimentos, são algumas das questões abordadas num debate promovido pelo ECO, que conta com a moderação de Ana Batalha Oliveira e tem a participação de José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, Pedro Ginjeira do Nascimento, Secretário-geral da Associação Business Roundtable Portugal e Raquel Freitas, Senior Councel da PLMJ, Coordenadora na Área do Ambiente.

Assista ao vídeo.

 

 

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Preços na produção corrigem pelo segundo mês consecutivo com queda de 3,5% em maio

O índice de preços na produção industrial apresentou, pelo segundo mês consecutivo, uma taxa de variação homóloga negativa. Desde fevereiro de 2021 que esta tendência não acontecia.

A pressão sobre a estrutura de custos das empresas está a abrandar. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta terça-feira, o índice de preços na produção industrial (IPPI) apresentou em abril o segundo mês consecutivo de taxas de variação homólogas negativas, algo que não acontecia desde fevereiro de 2021.

Segundo o INE, o IPPI apresentou uma taxa de variação homóloga de -3,5% em abril, depois de em maio ter também corrigido 0,9%, “após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março, na sequência do perfil ininterrupto de desaceleração observado desde julho de 2022”, refere o INE em comunicado.

Indice de Preços na Produção

Segundo o gabinete de estatísticas, “o agrupamento de Energia foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -17,9% e -20,8% em abril e maio, respetivamente.”

Excluindo a componente energética, o IPPI desacelerou para 2,2% em maio (4,7% em abril). O INE revela ainda que o índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 8,1% (9,9% no mês anterior), desacelerando pelo sexto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).

Do lado dos consumidores, a síntese económica de conjuntura do INE recorda que o Índice de Preços no Consumidor abrandou para 4% em maio, cerca de 1,7 pontos percentuais abaixo da taxa observada em abril.

“Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022 e ainda devido à isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, refere o INE.

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Desemprego registado volta a cair. Havia 286 mil pessoas inscritas no IEFP em maio

Em maio estavam inscritas 285.855 pessoas no IEFP, menos 9.567 pessoas do que em abril e menos 10.539 pessoas do que em maio de 2022.

O número de pessoas registadas nos centros de emprego como desempregadas baixou em maio para 285.855, recuando tanto a abril como em relação a igual período do ano passado. Em maio estavam inscritas no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) menos 9.567 pessoas (-3,2%) do que em abril e menos 10.539 pessoas (-3,6%) do que em maio de 2022, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-10.898), os que procuram novo emprego (-9.519) e os inscritos há 12 meses ou mais (-31.784)”, explica o IEFP.

Também o número de jovens desempregados inscritos no IEFP (30.011 pessoas) registou nova descida, com uma quebra de 5,8% (menos 1.861 pessoas) face ao mês anterior. Contudo, comparativamente ao período homólogo, subiu 1,2% (mais 359 pessoas).

Já o desemprego de longa duração (116.729 pessoas) registou uma nova diminuição em cadeia de 2,5% (menos 2.871 pessoas) e de 21,8% face ao nível registado em maio de 2022 (menos 31.784 pessoas).

Em maio, havia 4.524 casais com ambos os cônjuges em situação de desemprego, o que representa uma diminuição de 2,1% em cadeia (menos 98 casais nesta situação) e de 5,2% em termos homólogos.

A nível regional, só no Alentejo e no Centro é que o desemprego não baixou em termos homólogos, tendo aumentado 2,8% e 1%, respetivamente. Já as diminuições mais expressivas verificaram-se nas regiões autónomas da Madeira (-28,4%) e dos Açores (-12,8%) e no Algarve (-12,9%).

Comparativamente ao mês anterior, todas as regiões apresentaram decréscimos no desemprego, sendo a maior variação registada na região do Algarve (-15,9%).

Olhando para os grupos profissionais de todo o universo de desempregados registados nos centros de Portugal continental, o IEFP detalha que os mais representativos são os “trabalhadores não qualificados” (27,1%), seguidos dos “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (20,1%), do “pessoal administrativo” (12%) e dos “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,2%).

Face a maio do ano passado, “quase todos os grupos apresentam diminuições nas variações homólogas, destacando-se os ‘especialistas das atividades intelectuais e científicas’ (-5,2%), os ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores’ (-4,2%) e os ‘trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices’ (-3,4%)”.

Movimentações ao longo do mês

Ao longo de maio, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o País, 42.485 desempregados. Este número é superior em 14,6% ao observado no mesmo mês de 2022 (mais 5.415 desempregados) e também em relação ao verificado no mês anterior (mais 5.350 desempregados ou 14,4%).

as ofertas de emprego recebidas em maio totalizaram 12.760 em todo o país, valor inferior ao apurado no mês homólogo de 2022 (menos 2.467 ofertas ou uma quebra de 16,2%) mas superior face ao mês anterior (mais 3.978 ofertas ou um aumento de 45,3%).

As “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (20,6%), o “alojamento, restauração e similares” (13%) e o “comércio por grosso e a retalho” (12,3%) foram as atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo de maio.

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