Exclusivo Espanhóis apresentam melhores propostas para reabilitação do IP3
As construtoras espanholas apresentam as propostas mais baixas para a intervenção no IP3. Foram feitas dez propostas para este concurso público, ficando seis dentro do preço base lançado pelo Governo.
As construtoras espanholas lideram a corrida ao concurso público internacional para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu. As propostas apresentadas pela Ferrovial e pelo consórcio formado pela Acciona estão na frente, numa lista de dez propostas ao procedimento lançado em julho do ano passado.
Os espanhóis da Ferrovial apresentaram o valor mais baixo para a obra no IP3, avançando com uma proposta de 103,3 milhões de euros, ficando 20,6% abaixo do valor base para esta empreitada, segundo os valores a que o ECO teve acesso. Na lista segue-se a proposta liderada pela também espanhola Acciona, em consórcio com a DST, com um preço de 109,2 milhões de euros.
A espanhola FCC, em consórcio com a portuguesa Alberto Couto Alves (ACA), apresentam a terceira melhor oferta para a construção (114,99 milhões de euros), seguindo-se a ABB (117,99 milhões de euros), o grupo formado pela Teixeira Duarte, Gabriel Couto e Embeiral (118,15 milhões de euros) e a Mota-Engil (128,9 milhões de euros).
As outras quatro construtoras (Ilhaugusto, Sacyr Somague, Fernando L. Gaspar e Conduril) que manifestaram interesse no concurso apresentaram valores acima do valor base fixado para esta empreitada, com a Conduril a apresentar a proposta mais cara, acima de 175 milhões de euros.
O Governo lançou no passado mês de julho o concurso para uma intervenção no IP3, entre Santa Comba Dão e Viseu, num investimento de 130 milhões de euros. Na altura, o então ministro das Infraestruturas, João Galamba, adiantou que esperava “ter máquinas no terreno no final do próximo ano”, com o objetivo de “ter a obra pronta o mais rapidamente possível”.
Em causa está a ligação “entre Santa Comba Dão e Viseu, com perfil de autoestrada”, ou seja, duas faixas de cada lado. “Terminaremos estas intervenções no IP3 com mais de 85% com perfil de autoestrada e uma percentagem muito reduzida, por impossibilidade física de duplicação, sem ser com duas faixas de cada lado”, detalhou Galamba.
A expectativa era que a adjudicação da obra ocorresse durante este verão, enquanto o prazo de execução estará dependente da disponibilidade para introduzir maiores ou menores constrangimentos no trânsito local.
O último grande concurso ganho em Portugal pela Ferrovial foi a adjudicação da expansão do Metro do Porto, em 2020, num investimento de 288 milhões de euros.
Já a Acciona foi a empresa escolhida para a construção do Hospital de Évora, em abril de 2020, tendo-se proposto realizar a obra por 148,9 milhões de euros. Contudo, em outubro de 2022, pediu uma compensação adicional de 50 milhões de euros ao Estado para realizar o projeto.
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