Preços dos combustíveis vão baixar na próxima semana. Gasóleo desce três cêntimos e gasolina 1,5 cêntimos
A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,634 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95. Preços aliviam após seis semanas de ganhos.
Ao fim de seis semanas de ganhos, os preços dos combustíveis vão finalmente descer na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar três cêntimos mais barato a partir de segunda-feira, e a gasolina deverá descer 1,5 cêntimos, disse ao ECO uma fonte do setor.
Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,634 euros por litro de gasóleo simples e 1,718 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O preço do diesel subiu durante seis semanas consecutivas e a gasolina subiu nove.
Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.
Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.
Esta semana, os preços do gasóleo subiram 1,7 cêntimos e da gasolina 2,7, ligeiramente abaixo da expectativa do mercado que apontava para subidas de dois e três cêntimos, respetivamente.
O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a descer esta sexta-feira 1,18%, para 82,68 dólares por barril. Tudo aponta para uma ligeira descida semanal depois de as minutas da Reserva Feral norte-americana revelarem que uma descida das taxas de juro não está para breve.
Isso acabou por pesar sobre os preços do ouro negro, já que as taxas de juro mais elevadas mantêm todos os preços mais altos afetando assim a procura de energia, incluindo o petróleo. No entanto, o impacto foi atenuado pela menor produção da OPEP e pelo prémio de risco dos ataques houthis a navios no Mar Vermelho.
“Uma procura de petróleo suficientemente forte justaposta a dados macroeconómicos chineses fracos tem sido um tema recorrente”, disse Michael Tran, analista da RBC Capital Markets, numa nota, citada pela Bloomberg. “Até agora, os sinais fundamentais têm sido confusos”, acrescentou.
Numa prova desta confusão está a subida dos preços do crude na quinta-feira, apesar de ter sido oficialmente confirmado um aumento dos stocks nos EUA, o segundo em poucas semanas, o que deveria ter levado a uma redução dos preços. Os analistas alvitram a hipótese de a preocupação com a oferta começar a atrair mais atenção dos mercados. Simultaneamente, os dados económicos fracos de mercados-chave como a China, Reino Unido e Japão – que perdeu o terceiro lugar no pódio de terceira maior economia do mundo –, têm implicações negativas no aumento da procura, o que ajuda a moderar o efeito das preocupações com a oferta sobre os preços.
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