Montenegro diz que “está em marcha vitória inequívoca” da AD mas não vai pedir “nenhuma maioria”
O presidente do PSD afirma que "não vai pedir maioria nenhuma" e lutará pelo maior número de votos possível, enquanto BE acusa Ventura de falar de condicionamentos inexistentes.
O presidente do PSD afirmou esta segunda-feira que “está em marcha uma vitória inequívoca da AD”, mas, questionado se vai pedir maioria absoluta, respondeu que “não vai pedir maioria nenhuma” e lutará pelo maior número de votos possível.
No final de uma arruada em Chaves (distrito de Vila Real), Luís Montenegro subiu a um banco, tal como tem feito noutros locais, e agradeceu “o empenho, motivação e energia” dos apoiantes que se juntaram à iniciativa.
“Está de facto em marcha uma mudança política em Portugal, está de facto em marcha uma vitória inequívoca da AD no próximo domingo”, disse, avisando, contudo, que “é preciso que o entusiasmo da rua seja transportado para as secções de voto”.
Questionado se vai pedir, nesta última semana de campanha, a maioria absoluta, respondeu: “Eu não vou pedir nenhuma maioria, vou pedir votos, lutarei voto a voto para ter o maior número de votos”.
Nas declarações aos jornalistas, Montenegro não respondeu diretamente a perguntas sobre posições de outros candidatos, mas reiterou acreditar numa maioria de direita no próximo domingo.
“Não acredito em nenhum tipo de chantagem sobre as pessoas, confio muito na lucidez das pessoas”, disse, quando instado a comentar uma posição do líder da IL, Rui Rocha.
O presidente do PSD e líder da AD repetiu não estar, nesta campanha, interessado “em grandes considerações sobre o jogo político partidário, que se fará em função os resultados”.
“Quem manda é o povo, temos um programa político de mudança e sentimos que as pessoas querem aderir a ele”, declarou, em declarações prestadas a meio da arruada, com um dos filhos ao seu lado.
BE acusa “aprendiz de Bolsonaro” Ventura de falar de condicionamentos inexistentes
A coordenadora bloquista criticou esta segunda-feira as declarações de “aprendiz de Bolsonaro” de André Ventura sobre “ilusões de condicionamentos” das eleições, assegurando que o BE já tinha resolvido a “piada de mau gosto” nas redes sociais antes de o Chega a denunciar.
Mariana Mortágua esteve esta manhã em Setúbal para denunciar o “mar de cimento” em que se transformou Troia, tendo sido questionada, a bordo do barco em que fez a viagem, sobre a polémica da noite anterior que envolveu um militante do BE ao dizer nas redes sociais que se preparava para anular os votos no Chega.
“Parecem-me declarações de aprendiz de Bolsonaro sobre supostas ilusões de condicionamentos que não existem”, começou por responder.
De acordo com a líder bloquista, “houve um militante do Bloco de Esquerda que fez uma piada de mau gosto e, por isso, foi contactado imediatamente para apagar essa piada de mau gosto das redes sociais”.
“Foi contactado e solicitado para que pudesse pedir dispensa da sua participação nas mesas de votos, coisa que acedeu. Esse pedido já foi feito, já foi respondido e o assunto está encerrado”, enfatizou.
Mortágua rejeitou ainda que a ação do BE tenha decorrido da denúncia do presidente do Chega porque, segundo a líder bloquista, quando André Ventura prestou as suas declarações na véspera, “já o pedido de dispensa tinha sido feito”.
Tavares pede “sangue frio” na campanha e avisa para consequências do discurso de ódio
O porta-voz do Livre Rui Tavares pediu esta segunda-feira “sangue frio” na reta final da campanha para as legislativas e avisou que o discurso de ódio feito por alguns “aprendizes de feiticeiro” da extrema-direita tem consequências reais.
“Há momentos de tensão, houve ontem um momento de tensão em Guimarães que poderia ter tido aqueles efeitos que não desejamos, consequências de acidentes físicos, de lesões. É uma eleição decisiva, mas toda a gente tem que manter desde logo o sangue frio”, apelou Rui Tavares, numa referência ao incidente na campanha do PS, no domingo, no qual um homem atirou um vaso de uma varanda contra o desfile socialista.
O dirigente falava aos jornalistas à margem de uma visita à cooperativa Artesanal Pesca, em Sesimbra, distrito de Setúbal, acompanhado pelo cabeça-de-lista, Paulo Muacho, círculo pelo qual o Livre almeja eleger e onde passará o nono dia de campanha.
Rui Tavares foi também questionado sobre um elemento do BE que disse nas redes sociais que se preparava para anular votos do Chega e da Aliança Democrática, o que foi condenado pelo partido e qualificado de “piada de mau gosto”.
O cabeça-de-lista por Lisboa do Livre defendeu que se aproveite “o sentido de humor para coisas que não gerem mal entendidos e que não possam dar a entender que de alguma forma aquilo que é sacrossanto nas eleições, a fidedignidade dos votos, esteja em causa”.
Tavares pediu “uma grande dose de sentido cívico e de responsabilidade” na utilização das redes sociais, nomeadamente por parte de políticos, realçando que, em época de campanha eleitoral, “em que tudo é facilmente polarizado, todos somos de uma maneira ou de outra políticos
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