Procura de empréstimos por empresas diminui substancialmente na Zona Euro
No arranque do ano, os bancos esperavam uma recuperação, mas registou-se uma descida na procura das empresas da Zona Euro.
A procura de empréstimos ou utilização de linhas de crédito por parte das empresas na Zona Euro caiu no primeiro trimestre do ano, o que contraria as expectativas de uma recuperação, revela o inquérito elaborado pelo Banco Central Europeu e divulgado esta terça-feira.
No arranque deste ano, “os bancos reportaram uma nova descida substancial na procura de empréstimos ou utilização de linhas de crédito por parte das empresas e uma pequena descida na procura de empréstimos à habitação, enquanto a procura de crédito ao consumo e outros empréstimos às famílias foi reportada como globalmente estável”, indica o BCE.
Este desempenho deveu-se a “taxas de juro mais elevadas, bem como a redução do investimento fixo por parte das empresas e a menor confiança dos consumidores por parte das famílias”, que “exerceram uma pressão atenuante sobre a procura de empréstimos”, explica o banco liderado por Christine Lagarde.
Mesmo assim, as expectativas da banca eram de uma recuperação ou pelo menos estabilização, mas tal ainda não se verificou. Agora, “os bancos esperam uma diminuição líquida moderada da procura de empréstimos às empresas e um aumento líquido da procura de empréstimos às famílias no segundo trimestre de 2024″.
Neste inquérito, conclui-se também que “o impacto positivo das decisões sobre as taxas diretoras nos lucros dos bancos deverá diminuir ao longo dos próximos seis meses”. As decisões do BCE impulsionaram as margens de juro líquidas ao longo dos últimos seis meses, mas no próximo semestre já não deverá produzir tanto efeito, sendo que “os bancos indicaram um impacto atenuante através dos volumes líquidos”.
“O impacto atenuante das decisões do BCE em matéria de taxas de juro esperado para os próximos seis meses também se estende à rentabilidade global dos bancos, com um contributo moderadamente negativo do provisionamento e das imparidades”, acrescenta o relatório.
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