“PS apoia decisão que o Governo tomou” sobre Alcochete, diz Pedro Nuno Santos
O secretário-geral do PS congratulou a decisão do Governo de avançar com a recomendação da Comissão Técnica e Independente sobre o novo aeroporto. "Nunca tive dúvidas", disse.
O secretário-geral do PS “congratulou” a decisão do Governo de avançar com a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro em Alcochete.
Em declarações aos jornalistas, esta terça-feira, após o anúncio da decisão pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos afirmou que o “PS apoia a decisão que o Governo tomou de seguir as recomendações” da Comissão Técnica e Independente (CTI) sobre a construção do futuro aeroporto, garantindo que esta solução terá toda a “segurança e estabilidade” de avançar.
“Um futuro Governo socialista nunca porá em causa esta solução, que é a correta. Nunca tive dúvidas de que Alcochete era a melhor localização para o futuro aeroporto“, acrescentou o líder do PS, recordando o polémico despacho que o próprio aprovou, em 2022, enquanto ministro das Infraestruturas – e prontamente anulado pelo então primeiro-ministro, António Costa – no qual defendia a decisão de se avançar, primeiro, com a inauguração de um aeroporto no Montijo, até 2026, para aliviar a pressão no aeroporto Humberto Delgado, e só mais tarde arrancar com a construção do aeroporto, em Alcochete, até 2035.
“Há dois anos, quando tomei essa decisão, ela não foi irrefletida, o país já levava 50 anos a estudar localizações. Havia, na minha opinião, condições para decidir de forma ponderada a localização Alcochete“, explicou líder socialista.
No entanto, o Governo de Luís Montenegro não avançará (só) nesse sentido: o novo aeroporto em Alcochete, denominado de “Luís de Camões”, será mesmo para avançar, mas antes será reforçada a capacidade do aeroporto Humberto Delgado até que a obra na margem sul fique concluída. Algo que só deverá acontecer na próxima década. Depois, Lisboa ficará servida de um aeroporto único. Montijo não consta na lista de projetos futuros do Governo de Montenegro.
“Montijo, há dois anos, servia apenas de transição para não perdermos milhares de milhões de euros que, inevitavelmente, vamos perder enquanto esperamos pelo aeroporto de Alcochete”, justificou o secretário-geral do PS, em declarações aos jornalistas.
Embora “congratule” o anúncio de Montenegro, Pedro Nuno Santos alerta, no entanto, que será necessário “avaliar” se o reforço de Humberto Delgado foi decidido “de forma ponderada” e sustentada por estudos.
Sobre a terceira travessia sobre o Tejo, também decidida e anunciada por Montenegro, Pedro Nuno Santos considera ser “fundamental”, não só por causa do aeroporto e da ligação entre Lisboa e Madrid, mas também porque permite ligar o Norte ao Sul do país.
“É uma infraestrutura muito importante. Saudamos a decisão, e queremos dar nota do apoio inequívoco do PS e a congratulação pessoal de podermos avançar com uma solução em Alcochete”, acrescentou.
“Montijo foi sempre inviável”, diz Galamba
O ex-secretario de Estado da Energia e ministro das Infraestruturas do Governo de António Costa (sucessor de Pedro Nuno Santos) recorreu às redes sociais para reagir ao anúncio de Luís Montenegro. “Muito bem“, escreveu na rede social X.
“Assumir Alcochete como única solução viável de longo prazo + Reafirmar obras já anunciadas para optimizar aeroporto Humberto Delgado + Confirmar terceira travessia do Tejo, prevista no Plano Ferroviário Nacional. Muito bem”, escreveu Galamba numa publicação, esta terça-feira.
Na mesma nota, aproveitou para criticar a decisão defendida por Pedro Nuno Santos, em 2022: “Portela+ Montijo+ Alcochete. Montijo sempre foi inviável, seja como solução transitória, seja como solução permanente”.
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Notícia atualizada pela última vez às 20h50
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