Fecho da linha da Beira Alta já custou quase 8 milhões em serviço rodoviário alternativo
Autocarros têm sido a alternativa usada pela CP para operar entre Coimbra e a Guarda, na sequência do encerramento, desde abril de 2022, da linha ferroviária da Beira Alta.
A CP – Comboios de Portugal já gastou 7,9 milhões de euros na contratação de autocarros que operam na Beira Alta, entre Coimbra e Guarda, como alternativa à linha ferroviária, que desde abril de 2022 está encerrada para obras, da responsabilidade da IP – Infraestruturas de Portugal, noticia o Público. Estima-se que a transportadora ferroviária tenha prejuízos de, pelo menos, sete milhões de euros por não poder operar com os seus comboios na Beira Alta.
No que toca às mercadorias, a IP não revelou o valor de compensações já pagas à Medway e à Captrain (antiga Takargo) por estas não poderem operar na Beira Alta. Apenas a Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias (APEF) referiu que esse valor “é exclusivamente para suportar o acréscimo de custos incorridos com o desvio pela Beira Baixa, considerando os comboios que eram realizados antes do encerramento”, que estava previsto durar apenas nove meses. A IP antecipa a reabertura da linha para novembro.
“O atraso excessivo das obras tem sido extremamente prejudicial porque a IP não suporta nenhum novo comboio que pretenda circular pela Beira Alta e que o tenha de fazer pela Beira Baixa enquanto exista o encerramento”, disse ainda a APEF. Como a IP também não suporta nenhum acréscimo de comboios nas rotas existentes e só compensa os comboios nas rotas e quantidades que se realizavam à data do encerramento, os operadores de mercadorias estão impedidos de aumentar a sua produção e responder a aumentos da procura.
A Linha da Beita Alta é considerada um dos principais canais para as exportações e importações das mercadorias em Portugal. As obras de modernização e de aumento de capacidade representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros, integrado no programa Ferrovia 2020.
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