Banco Montepio acorda aumento salarial de 3% este ano
Subida da remuneração está em linha com as restantes instituições bancárias: Novo Banco, BPI, Santander, Bankinter, BBVA, Credibom e Haitong.
O Banco Montepio chegou a acordo com um dos sindicatos bancários, o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), e vai aumentar os salários em 3%. A medida abrange os trabalhadores no ativo e reformados.
“O Banco Montepio, no âmbito do processo de revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), chegou a acordo com um dos sindicatos bancários sobre a atualização da sua tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária, em 3%, para 2024”, anunciou o banco em comunicado enviado às redações, sublinhando que este “aumento representa um esforço significativo do grupo, face à sua estratégia e trajetória de ajustamento e normalização”.
“Esta atualização contemplará todos os colaboradores ativos e reformados das instituições subscritoras do Acordo Coletivo do Grupo Banco Montepio“, acrescenta a mesma nota.
Este aumento está em linha com as restantes instituições bancárias abrangidas pelo acordo fechado entre o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e o Grupo Negociador das Instituições de Crédito (GNIC), coordenado pela Associação Portuguesa de Bancos (APB). O entendimento, conseguido em maio, ditou um aumento de 3% para este ano, retroativo a janeiro, e abrangeu o Novo Banco, BPI, Santander, Bankinter, BBVA, Credibom e Haitong.
Em comunicado o SNQTB considera que se trata de “um acordo que, considerando o valor previsível da inflação no final de 2024, irá permitir, pelo segundo ano consecutivo, recuperar uma parte do poder de compra que foi escandalosa e irresponsavelmente perdido em 2022”. “Este acordo traduz um desfecho equilibrado”, defende o sindicato.
Na quarta-feira, os sindicatos bancários afetos à UGT disseram em comunicado ter rejeitado o aumento salarial de 3% este ano proposto pelo Montepio, garantindo que o irão fazer “em todas as mesas negociais que apresentarem valores iguais”, considerando que perante os lucros dos bancos e o custo de vida os aumentos salariais têm de ser mais elevados.
Assim, os sindicatos da UGT reiteram a sua recusa em fechar acordos por 3% de aumento e avisam que passarão todos os processos negociais onde não haja um acordo superior a 3% para a fase de conciliação no Ministério do Trabalho. “Se os bancos têm margem para atribuir prémios – que não são iguais, não abrangem todos os ativos nem são pensionáveis, e não chegam aos reformados – a solução é simples: deixem de subverter a negociação coletiva e canalizem essas verbas para as matérias contratualizadas, como níveis e cláusulas de expressão pecuniária”, remataram Mais Sindicato, SBN e SBC.
Nota: Notícia atualizada com reação do SNQTB
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