Corticeira Amorim cria nova unidade de negócio

Para estancar perdas da Amorim Cork Floring, vão ser encerradas as empresas de distribuição próprias no exterior e ajustada a produção. CEO foi afastado.

A Corticeira Amorim vai criar uma nova unidade de negócio, a Amorim Cork Solutions, que resulta da reorganização dos setores “não rolha” e que será dirigida pelo atual CEO da Amorim Cork Composites. Para estancar as perdas da Amorim Cork Floring, além dos ajustamentos da estrutura produtiva, que se iniciaram em maio, a empresa decidiu encerrar as empresas de distribuição próprias no exterior.

Em maio deste ano, iniciou-se um processo de reestruturação” da unidade de negócio Amorim Cork Floring, “que implicou o ajustamento da sua estrutura produtiva e de suporte à dimensão atual das vendas, de forma a reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência pela otimização industrial”, avança a empresa num comunicado ao mercado no dia em que realiza o seu primeiro Capital Markets Day. “Este processo inclui ainda medidas de otimização comercial e consequente alteração do modelo de distribuição, que prevê o encerramento ou otimização das empresas de distribuição próprias no exterior”, lê-se no mesmo comunicado.

A Corticeira justifica o desempenho negativo do negócio de revestimentos, nos últimos anos, com o “exigente contexto económico e a intensificação da concorrência” que “têm impactado o mercado de pavimentos na Europa e, consequentemente, penalizado a atividade desta unidade de negócio”.

Assim, a solução encontrada pela empresa liderad por Rios Amorim foi afastar o atual CEO desta unidade. Será João Pedro Azevedo, atual CEO da Amorim Cork Composites, que assumirá esse cargo em acumulação com as funções que já exerce. A partir de janeiro de 2025 passará a ser o CEO da Amorim Cork Solutions, a nova unidade que a corticeira vai criar.

“Esta nova unidade de negócio potenciará o crescimento sustentável da Corticeira Amorim e as sinergias obtidas conduzirão a uma organização mais eficiente das operações “não rolha”, o que levará, a médio prazo, a um melhor desempenho, contribuindo para a diversificação do seu portefólio de aplicações”, acredita a administração da corticeira.

Nos resultados do primeiro trimestre deste ano — período no qual os lucros registaram uma queda homóloga de 32%, fixando-se nos 16,1 milhões de euros (desde 2021 que a empresa não fechava o primeiro trimestre com resultados tão baixos) — António Rios Amorim confirmou a notícia avançada em primeira mão pelo ECO, de que, no curto prazo, seria implementado um plano de otimização industrial na Amorim Cork Flooring.

(Notícia atualizada com mais informação)

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