Macron e esquerda unem-se para travar triunfo da extrema-direita de Le Pen

Centenas de candidatos da área política de Macron e da aliança de esquerda retiraram-se num esforço para evitar a vitória da extrema-direita na segunda volta das eleições francesas.

Os centristas, da ala de Emmanuel Macron, e os candidatos da aliança de esquerda uniram-se esta terça-feira para travar uma vitória da extrema-direita de Marine Le Pen, na segunda volta das eleições francesas que decorrem este domingo, dia 7 de julho, escreve o Politico.

Pelo menos 200 candidatos, tanto da aliança de esquerda como da coligação centrista do presidente Emmanuel Macron, retiraram-se da disputa eleitoral para apoiar os candidatos que têm mais hipótese de derrotar os nacionalistas de Le Pen, segundo estimativas da AFP e do Le Monde, citadas pelo mesmo jornal.

Esta tática dividiu o campo presidencial desde a primeira volta, depois de tanto Macron como o seu primeiro-ministro Gabriel Attal terem apelado à retirada de candidatos, com vista a uma união democrática-republicana. Mas a aliança tão desejada pelo ex-presidente de França parece estar a alinhar-se para evitar um triunfo da extrema-direita no domingo.

Na primeira volta, que se realizou a 30 de junho, o Rassemblement National (RN) teve um resultado histórico face há dois anos: conseguiu 34% dos votos juntamente com os seus aliados, superando os socialistas, a esquerda radical e os ecologistas que se uniram sob o nome de Frente Popular (28%) e (mais surpreendentemente) a Renascença liberal de Macron que acumulou apenas 20,3% dos votos. Foram as eleições mais participadas desde 1997.

Os resultados colocam o partido de Le Pen muito próximo da maioria absoluta – a única condição sobre a qual Jordan Bardella governaria caso fosse eleito primeiro-ministro pelo partido. De acordo com o instituto Ipsos, num parlamento composto por 577 círculos uninominais, o partido de Le Pen poderá obter entre 230 e 280 deputados. A esquerda ficaria com 125-165, os liberais de Macron com 70-100 lugares, e os republicanos (direita tradicional) com 41-61. Para o controlo da câmara são necessários 289 deputados.

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