“Numa empresa em que existe culto todas as pessoas são iguais”, afirma Pedro Castro e Almeida

Presidente do Santander Europa alertou para os riscos associados a uma empresa com uma cultura demasiado forte e defende ser exigente trabalhar no banco em Portugal, mas também "recompensador".

O presidente do Santander Europa, Pedro Castro e Almeida, defendeu esta quarta-feira que quando existe uma cultura demasiado forte numa empresa passa a existir um “culto”, o que, alertou, acarreta o risco de todas as pessoas serem iguais, não imprimindo diversidade à organização.

“Quando a cultura é muito forte vira culto. Numa empresa em que existe culto todas as pessoas são iguais e tendemos a contratar pessoas muito parecidas connosco. Isso é um risco. Quando existe é um dos principais motivos pela qual as empresas caem”, afirmou na conferência “Portugal o país onde vais querer estar”, que decorre esta quarta-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos.

Num painel que partilhou com a empresária Paula Amorim, presidente da Galp, moderado pelo maestro Martim Sousa Tavares, Pedro Castro e Almeida considerou que “nos últimos 100 anos o que permitiu que as empresas tivessem sucesso ou não tivessem está relacionado com a cultura, que não é mais do que os valores que organizam uma organização”.

Paula Amorim, presidente da Galp, e Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander Europa, na conferência da Business Roundtable Portugal. Fonte: Hugo Amaral

 

O responsável do Santander traçou um paralelo “entre gerir ou construir uma equipa numa empresa e gerir ou construir uma orquestra”, considerando essencial existirem três elementos essenciais para o sucesso: diversidade de talento, boa liderança e a atitude correta. “O maestro é também uma pessoa muito importante, não se esquecendo da nota de que a humildade do maestro é também muito importante. Não se esqueçam que o maestro não faz um único barulho durante o concerto”, disse.

Pedro Castro e Almeida vincou ainda que “o Santander em Portugal tem uma característica de ambição muito grande, de uma grande exigência, mas ao mesmo tempo uma grande valorização associada a essa exigência”.

“É difícil, é exigente trabalhar no Santander em Portugal, mas também é recompensador, em que se escolhem os líderes não pelos resultados que atingem, mas como atingem, em que o caráter é a característica mais forte”, apontou.

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