Governo procura novos candidatos a fundos europeus “libertados” para o hidrogénio
Governo tem autorização da Comissão Europeia para encontrar novos projetos candidatos ao financiamento europeu que ficou livre após o cancelamento do projeto H2.Rdam.
O Governo tem autorização da Comissão Europeia para encontrar novos projetos candidatos ao financiamento europeu que ficou livre após o cancelamento do projeto H2.Rdam, focado na exportação de hidrogénio verde a partir de Sines.
A indicação foi dada pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, à margem da audição regimental que teve lugar na Assembleia da República esta quarta-feira de manhã.
De acordo com a governante, os fundos podem ser reatribuídos tanto ao mesmo projeto, desde que reformulado, como a um novo projeto dos mesmos promotores ou de outros.
A ideia é promover o uso local do hidrogénio verde já que, tal como frisou durante a audição, o transporte de hidrogénio verde ainda é tecnicamente muito exigente. Por via marítima, por exemplo, só existe um metaneiro no mundo capaz de fazer este transporte, afirmou Maria da Graça Carvalho.
Foi noticiado, no passado mês de abril, que o consórcio promotor do H2Sines.Rdam, do qual faziam parte a Shell e a Engie, desistiu do projeto. A Shell concluiu que o projeto “não era economicamente viável” e a Engie queixava-se de “falta de regulamentação clara”.
Luxemburgo interessado em apoiar Portugal no eólico offshore
Também à margem da audição, a ministra do Ambiente adiantou que, no âmbito do Plano Nacional da Energia e Clima, o Governo deverá avançar com a meta de apenas 1 GW (gigawatt) de eólico offshore até 2030, embora o número ainda não esteja fechado.
Além deste ajuste, Portugal poderá ter um aliado que ajudará a diminuir o risco do leilão. O Governo do Luxemburgo estará interessado em ceder financiamento no âmbito deste leilão, de modo a poder ter direito a “reclamar” o cumprimento de metas de descarbonização apoiando-se em capacidade instalada em território português.
Esta é uma possibilidade prevista na legislação europeia, explicou a ministra: países que não tenham possibilidade de investir em renováveis no seu território, por exemplo por limitações físicas ou técnicas, podem criar parcerias com outros Estados-membros, neste caso Portugal, e terão direito a reclamar como seus parte dos ganhos em termos de descarbonização.
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