Há quase mais 12 mil idosos a receber complemento solidário. Valor médio da prestação disparou 51%

Em junho, rendimentos dos filhos deixaram de ser considerados para apuramento do CSI e valor de referência dessa prestação subiu. Resultado: há mais idosos a recebê-la e o valor médio disparou 50,9%.

O número de reformados a receber o complemento solidário para idosos (CSI) aumentou, em termos homólogos, mais de 9% em junho, mês em que os rendimentos dos filhos deixaram de ser considerados para o apuramento desta prestação. E o valor médio transferido para cada idoso disparou quase 51% face ao registado há um ano.

“O número de beneficiários do CSI foi de 141.655 em junho de 2024. Em relação ao mês anterior, verificou‐se um crescimento de 2,7% (mais 3.736 beneficiários) e, na variação face ao período homólogo, registou‐se um aumento de 11.836 titulares (9,1%)“, explica a Segurança Social, na síntese de informação estatística publicada esta sexta-feira.

De notar que até esse mês, em alguns casos, os rendimentos dos filhos eram considerados no apuramento da prestação a receber pelo idoso, mesmo que estes não transferissem para os pais qualquer montante mensal.

Tal significava que alguns reformados não tinham acesso ao CSI, mas o Governo decidiu retirar a partir de junho os filhos da equação, o que ajuda a explicar o aumento de beneficiários referido.

Por outro lado, o Governo reforçou o valor de referência. O CSI serve para complementar os outros rendimentos do beneficiário (como as pensões), ou seja, o valor a receber é igual à diferença entre os rendimentos atuais e o tal valor de referência, que passou de 550 euros para 600 euros em junho.

Em resultado, o valor médio da prestação aumentou, de acordo com os dados da Segurança Social, para 233,06 euros. Tal representa um aumento de 50,9% face ao período homólogo.

Esta prestação é especialmente pertinente não só porque abrange idosos mais vulneráveis, mas também porque grande parte dos seus beneficiários (69,1%) são mulheres. Uma vez que Portugal ainda enfrenta um fosso salarial entre géneros, as mulheres tendem a ter salários mais baixos do que os homens, o que resulta em pensões mais magras e maior fragilidade nos anos da reforma.

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