Café moído custa quase mais um euro ao bolso dos portugueses do que há um ano
Produto registou a maior taxa de crescimento homóloga entre os produtos do cabaz alimentar de bens essenciais, tendo subido 34%.
Os portugueses estão a pagar quase mais um euro pelo café moído torrado nos supermercados do que há um ano. O preço deste produto subiu 34% entre o início de agosto do ano passado e deste ano, tendo registado a maior taxa de crescimento homóloga entre os produtos do cabaz alimentar de bens essenciais, de acordo com dados da Deco Proteste divulgados esta sexta-feira.
A análise da Deco Proteste ao cabaz de produtos alimentares essenciais indica que a 9 de agosto de 2023 os portugueses pagavam 2,84 euros por uma embalagem de café torrado moído. Cerca de um ano depois, a 7 de agosto de 2024 já pagam 3,81 euros, o correspondente a um aumento de 0,97 euros.
A subida verifica-se também quando se considera o cabaz da semana de 7 de agosto face à semana anterior, com um aumento de 14%, correspondente a 0,52 euros. Olhando para o preço do café torrado moído no início da guerra na Ucrânia verifica-se ainda que o aumento é de 1,21 euros.
O preço do café tem estado a subir no mercado de futuros das matérias-primas, devido à oferta limitada, com um abrandamento das exportações do Vietname, devido à seca. No primeiro semestre este ano, as exportações de café do Vietname caíram 11,4% face a igual período do ano passado.
O preço do cabaz alimentar voltou a subir na semana de 7 de agosto face à semana anterior, fixando-se em 227,34 euros, traduzindo um aumento de 2,14 euros. Face a igual período de 2023 o aumento foi de 15,40 euros.
Do conjunto de 63 produtos alimentares, os preços dos flocos de cereais (mais 0,52 euros), da polpa de tomate (0,21 euros) e do café (0,52 euros) registaram a maior subida de pontos percentuais, seguido pelo atum (0,26 euros).
Os dados da Deco Proteste revelam uma subida de 0,95% no preço do cabaz alimentar essencial, o correspondente a mais 2,14 euros, face à semana anterior e um aumento mais pronunciado face ao período homólogo. Entre o dia 9 de agosto de 2023 e o dia 7 de agosto de 2028 os portugueses passaram a pagar mais 15,4 euros, em média, pelo cabaz considerado. Entre os produtos com as maiores taxas de aumentos face ao período homólogo destacam-se ainda o atum posta em azeite (30%, 0,49 euros), o azeite virgem extra (26%, 1,74 euros), os cereais fibra (24%, 0,93 euros) e o iogurte líquido (22%, 0,36 euros).
A subida do preço do cabaz é ainda mais acentuada quando considerado o início da guerra na Ucrânia, altura em que o mesmo cabaz custava menos 43,71 euros. Considerando os produtos desde 23 de fevereiro de 2022 até 7 de agosto deste ano, as maiores taxas de crescimento de preço registaram-se nas mercearias (mais 33%) e na carne (mais 27,59%). Os portugueses estão a pagar, por exemplo, mais 86% e 84% pela pescada fresca e pelo azeite virgem extra, respetivamente, o correspondente a 5,21 euros e 3,83 euros.
No entanto, desde o início do ano, o preço do cabaz alimentar caiu 8,7 euros, sendo a dourada o que registou o menor crescimento (6%, 0,38 euros), contra o atum em posta de azeite como o produto com a maior taxa de variação (17%), um aumento nominal de 0,32 euros.
O cabaz considerado pela Deco Proteste inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre outros.
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