Trabalhadores da STCP agendam duas novas greves, mas empresa garante serviços mínimos
A primeira greve, de 50 horas, realiza-se das 00:00 de segunda-feira às 02:00 de quarta-feira. A segunda, de 60 dias e às cinco primeiras horas de serviço de cada trabalhador, começa às 02:00 de 4ª.
Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vão fazer a partir de segunda-feira duas novas greves, nomeadamente uma de 50 horas e outra de 60 dias, anunciou esta quinta-feira o Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte.
Estas duas novas greves na STCP convocadas pelo Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN) acontecem depois de outras duas já realizadas nos meses de julho e agosto. Em comunicado, o STRUN especificou que a primeira greve, de 50 horas, realiza-se das 00:00 de segunda-feira às 02:00 de quarta-feira.
A segunda, de 60 dias e às cinco primeiras horas de serviço de cada trabalhador, começa às 02:00 de quarta-feira e termina às 02:00 de dia 17 de novembro, acrescentou. O sindicato saúda os trabalhadores que têm demonstrado o seu descontentamento e apela a que se unam e voltem a dar uma resposta nestas próximas greves.
“É lamentável que todos os dias fiquem dezenas de percursos por fazer por falta de motoristas suficientes, como se pode verificar nas escalas”, referiu. A STCP informou, igualmente em comunicado, que devido a esta greve de 50 horas a operação regular poderá sofrer perturbações estando, contudo, os serviços mínimos assegurados.
Os serviços mínimos definidos pelo Tribunal Arbitral envolvem, no período diurno dos dias úteis, seis viaturas na linha 205, cinco viaturas nas linhas 200 e 204 e três viaturas nas linhas 201, 207, 208 e 305. Já para o período noturno estão abrangidos pelos serviços mínimos duas viaturas nas linhas 200, 204, 205, 305, 502, 600, 602, 700, 701, 702, 801, 901/906 e 903 e uma viatura na linha 907.
No período de madrugada está previsto o funcionamento normal das linhas da rede de madrugada (1M, 2M, 3M, 4M, 5M, 7M, 8M, 9M, 10M, 11M, 12M, 13M).
A STCP recordou que, além desta greve de 50 horas, está igualmente agendada pela mesma entidade sindical uma segunda paralisação de trabalhadores, com início na quarta-feira (dia 18 de setembro) e por um período de 60 dias (até 17 de novembro), que se traduz numa greve às primeiras cinco horas de serviço. E acrescentou: “Esta paralisação vem, assim, juntar-se à greve que está em vigor desde o passado dia 08 de novembro de 2023 e que diz respeito às duas últimas horas de serviço”.
A STCP sublinhou que, desde a concretização da intermunicipalização, em janeiro de 2021, “o conselho de administração da STCP tem reunido com as diversas entidades sindicais representantes dos seus trabalhadores com a finalidade de estabelecimento de compromissos que permitiram elevar/melhorar substancialmente as condições de trabalho de todos os trabalhadores da STCP”.
Na nota de informação, a STCP recordou que o STRUN, representante de cerca de 14% dos trabalhadores da STCP, foi o único dos cinco sindicatos que não assinou nenhum acordo em 2024.
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