Sporting vai comprar o Alvaláxia e “reconstruir” o estádio nos próximos 10 anos

Plano estratégico da administração de Frederico Varandas para o Sporting assume duplicação das receitas para 170 milhões de euros até 2034. Estádio vai ganhar 2 mil com lugares com fecho do fosso.

O Sporting Clube de Portugal prepara-se para avançar com profundas mudanças na sua estrutura de negócio, que abarca por inerência Sociedade Desportiva Anónima (SAD), segundo o plano estratégico 2024-2034 apresentado esta manhã no auditório Artur Agostinho, no estádio José Alvalade.

Sob o slogan “Every day be better” (Todos os dias ser melhor), André Bernardo, vice-presidente do Sporting, revelou que o clube leonino chegou a um princípio de acordo para a compra do centro comercial Alvaláxia, que atualmente faz parte do completo Alvalade XXI, que inclui também o Estádio José Alvalade.

“Vai-nos permitir tornar num hub de entretenimento de referência, dar a melhor experiência de sempre a todos os sócios e adeptos, vai permitir melhorar a experiência de match day e também vai permitir chegarmos a um novo target” de consumidores, refere o membro do conselho de administração de Frederico Varandas.

Estas e outras alterações anunciadas esta manhã para o universo Sporting apontam para uma duplicação das receitas para 170 milhões de euros até 2034, face aos 85,2 milhões registados na última época desportiva.

André Bernardo adiantou ainda que, com a compra do Alvaláxia, o atual museu do clube será também deslocalizado para o complexo comercia que está na posse da empresa de private equity Explorer Investments desde o verão de 2017, após ter adquirido o imóvel à Silcoge, do Grupo SIL do empresário Pedro Silveira.

O Alvaláxia, inaugurado em 2003, ocupa uma área bruta de 17.600 metros quadrados tendo já feito parte do património do Sporting até 2006, quando o clube, então liderado por ano Filipe Soares Franco, alienou o espaço comercial por 19 milhões de euros ao grupo SIL e mais três imóveis: o Visconde de Alvalade (15 milhões de euros), a clínica da CUF (3,5 milhões de euros) e o health club (13,2 milhões de euros).

O ECO procurou uma confirmação junto da Explorer Investments sobre o anunciado princípio de acordo para a concretização do negócio do Alvaláxia anunciado esta manhã por André Bernardo, mas a empresa preferiu não fazer qualquer comentário sobre o assunto.

“Novo” Alvalade até 2034

Além da aquisição do Alvaláxia, André Bernardo anunciou também uma revolução do estádio Alvalade XXI. “Fomos buscar as melhores referências do que se faz lá fora”, anunciou André Bernardo, dando como exemplo um lounge no Mónaco, o sky bar do novo estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, os lounges dos Las Vegas Raiders, nos EUA, a entrada de jogadores no relvado do estádio do Espanhol, o pitch view ao estilo da NBA no estádio de San Siro, em Milão, e a entrada dos jogadores no estádio do Manchester City.

“Nós vamos ter tudo isto igual ou melhor no nosso novo estádio”, anunciou o vice-presidente do Sporting, sublinhando que todas estas novidades e outras que foram apresentadas estarão disponíveis a partir das 19h06 no site do clube. “Estamos a reinventar a experiência do dia de jogo em Portugal”, acrescentou.

Foi também anunciado que na próxima época, “correndo tudo bem em termos de licenciamento e obra” relativamente ao fecho do fosso, o estádio do campeão nacional terá quatro novas filas de lugares com cerca de 2 mil lugares.

Além disso, o plano estratégico para 2034 do clube leonino tem com ponto central a reconstrução do atual estádio. “Nos próximos 10 anos temos como objetivo abrir um concurso para a remodelação arquitetónica completa do estádio de Alvalade“, anunciou André Bernardo, referindo inclusive que o Sporting já recebeu uma proposta para esse fim.

“Assumimos o compromisso para que nos próximos 10 anos termos, por completo, um novo estádio com uma nova experiencia com referência global”, concluiu o responsável do clube leonino.

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